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PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

EM OBRA

“Remodelação da Rede de Abastecimento de


Água no Lugar de Ancas - 1ª fase”

Exemplar nº ____ de ____

1
ÍNDICE

ÍNDICE.................................................................................................................................................. 2
1. Introdução .......................................................................................................................................... 3
1.1. Âmbito de Aplicação................................................................................................................. 4
2. Memoria Descritiva ............................................................................................................................ 6
2.1. Identificação da Obra ............................................................................................................... 6
2.2 Comunicação Prévia ................................................................................................................. 7
2.3. Legislação Aplicável ................................................................................................................. 7
3. Avaliação e Hierarquização dos Riscos do Processo Construtivo ....................................................... 11
3.1. Avaliação de Riscos ............................................................................................................... 11
3.2. Fundamentação do Processo Construtivo ........................................................................... 12
3.3. Hierarquização do Risco ........................................................................................................ 12
3.3. Avaliação e Hierarquização de Riscos ................................................................................. 13
3.3.1 FASE 1- ESCAVAÇÃO DE VIA PÚBLICA COM ABERTURA DE VALA........................ 13
3.3.2 FASE 2- APLICAÇÃO DE CUBOS DE GRANITO ............................................................. 15
3.3.3 FASE 2- SELAGEM DE VALAS......................................................................................... 16
4. Projeto de Estaleiro e Memória Descritiva ......................................................................................... 17
4.1 Sinalização ............................................................................................................................... 17
4.1.1 Segurança nos trabalhos em Rodoviárias............................................................................... 17
4.1.2 -Tipos de trabalhos e sua sinalização..................................................................................... 21
4.2 Plano de acesso ...................................................................................................................... 23
4.3 Plano de Controlo de Equipamentos ..................................................................................... 23
4.4 Movimentação de Cargas em estaleiro ........................................................................ 25
4.5 Acessos ao estaleiro. Registo dos trabalhadores presentes no estaleiro ........................... 26
4.6 Organização do estaleiro ........................................................................................................ 26
5. Requisitos de Segurança e Saúde dos Trabalhadores ................................................... 27
5.1 Identificação dos Trabalhadores ............................................................................................ 27
5.2 Exames Médicos dos Trabalhadores ..................................................................................... 27
6. Cronograma detalhado de trabalhos ................................................................................... 28
7. CONTROLO DE SUBEMPREITEIROS E SUCESSIVA CADEIA DE SUBCONTRATAÇÃO....... 29
8. Organização da empreitada ................................................................................................... 29
8.1 Reuniões de segurança .......................................................................................................... 31
8.2 Obrigações dos intervenientes no domínio da segurança e saúde no trabalho ................. 31
9. PLANOS E REGISTOS DE MONITORIZAÇÃO E PREVENÇÃO .................................................. 31
10. Plano de Formação e Informação dos trabalhadores ......................................................................... 32
11. Gestão de acidentes......................................................................................................................... 33
11.1 Seguro de Acidentes de Trabalho e Outros ........................................................................ 33
11.2 Acidentes ............................................................................................................................... 33
11.3 Estatística dos acidentes de trabalho .................................................................................. 34
12. Plano de Emergência....................................................................................................................... 34

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1. Introdução

O presente Plano de Segurança e Saúde (PSS) diz respeito à obra de “Remodelação da Rede
de Abastecimento de Água no Lugar de Ancas - 1ª fase”, que se integra, nomeadamente, na
alínea a) do artigo 7º do Decreto-lei 273/2003, de 29 de Outubro, tendo sido preparado
atendendo ao PSS de Projeto.
Este plano é baseado no sistema de gestão de segurança e estabelece os procedimentos gerais
de segurança a realizar na execução da respetiva empreitada, dando cumprimento ao estipulado
na diretiva Comunitária nº 92/57/CEE, transposta para a legislação Portuguesa, através do
Decreto-Lei (DL) nº 273/2003 de 29 de Outubro.
Este PSS, tem como princípio garantir a segurança e a proteção da saúde de todos os
intervenientes, tendo em conta os princípios gerais de prevenção de riscos profissionais
consagrados no regime aplicável em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho.
Com o intuito de promover e garantir os princípios de Saúde, Higiene e Segurança estabelecem-
se um conjunto de medidas e preceitos a aplicar durante a execução de trabalhos que, através
de previsão de potenciais riscos, conduzirão à eliminação e controlo de fatores de risco e
conduzirão a probabilidade de ocorrência de acidente e incidentes, bem como a prevenção da
ocorrência de riscos para a saúde dos trabalhadores na execução da empreitada.
Na empreitada em obra serão executados trabalhos de construção, nomeadamente, os de
construção civil descritos nas alíneas a), b) e c), no âmbito do ponto nº2, do art.º2 do DL 273.
Este PSS é constituído por um Documento Base e por um Apêndice que inclui um conjunto de
anexos. O documento base corresponde ao referido no anexo II do DL 273/2003 de 29 de
Outubro, o apêndice corresponde ao desenvolvimento que se refere no anexo III do DL 273/2003.
O Presente documento está organizado nas seguintes 15 secções: Introdução, Memória
Descritiva, Avaliação e Hierarquização dos Riscos, Projeto de Estaleiro, Requisitos de
Segurança e Saúde, Cronograma de Trabalhos, Condicionantes à Seleção de Parceiros,
Diretrizes da Entidade Executante em matéria de Prevenção de Riscos Profissionais, Meios que
Asseguram a Cooperação entre os Intervenientes na Obra, Sistema de Gestão de Informação e
Comunicação, Sistema de Informação e Formação, Procedimentos de Emergência, Sistema de
Comunicação da Ocorrência de Acidente e Incidentes, Sistema de Transmissão de Informação
ao Coordenador de Segurança e Instalações Sociais. O apêndice inclui ainda um conjunto de
anexos referidos ao longo deste PSS.
Cada exemplar que seja necessário replicar /distribuir, será numerado na folha de rosto,
registado e assinado pelo detentor da cópia, no formulário em anexo a este PSS (nº2 “ Registo
de Distribuição de PSS e Atualizações e Correções”). Deverá igualmente ser registada qualquer
alteração ou correção necessária a este PSS.

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1.1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO

As regras e conceitos expressos neste Plano devem ser sempre consideradas como os requisitos
mínimos exigidos em questões de Segurança e Saúde, tendo em conta a legislação vigente.
Assim, na execução dos trabalhos será de realçar sempre os seguintes princípios gerais:
a) Fazer cumprir a legislação nacional aplicável e todas as diretrizes provenientes
das entidades fiscalizadoras competentes;
b) Organizar um sistema de segurança que permita uma eficaz prevenção dos
riscos que podem afetar a vida, saúde e integridade física dos trabalhadores presentes
em obra;
c) Fomentar a cooperação entre os trabalhadores tendo em vista a prevenção dos
riscos profissionais;
d) Informação dos trabalhadores, em termos que permitam a compreensão de
todas as medidas a tomar no estaleiro, no que respeita à segurança e saúde no trabalho.
Este PSS foi elaborado de forma a ter um carácter dinâmico e evolutivo durante a execução dos
trabalhos da empreitada, devendo integrar os projetos, planos e registos de todas as medidas
implementadas no âmbito da segurança e saúde.
Assim, todas as adaptações / complementos devem considerar a inclusão / integração dos
elementos preparados nos prazos estabelecidos que, salvo indicação em contrário, os prazos
referem-se a dias úteis. As adaptações / complementos serão sempre feitas atendendo aos
processos construtivos e métodos de trabalho utilizados na execução dos trabalhos pela
Entidade Executante, aos condicionalismos existentes, à organização do Estaleiro e ao
planeamento da obra.
Para a integração dos elementos que constituem as adaptações / complementos do Plano de
Segurança e de Saúde resultante da implementação do divulgado neste PSS, deverá a Entidade
Executante constituir os anexos referidos no texto com uma numeração sequencial (cuja lista se
apresenta no início do Apêndice deste PSS, e que deverá ser complementada com outros anexos
a criar durante a execução dos trabalhos) e acrescentar outros que durante a execução da
empreitada a Entidade Executante, a Fiscalização ou o Coordenador de Segurança da Obra venha
a considerar necessários.
A adaptação / complemento do PSS consiste assim essencialmente na preparação e integração
de projetos, planos e procedimentos referidos neste documento e na realização de registos das
ações executadas que no seu conjunto serão incluídos nos anexos e que farão parte integrante
do PSS.
A manutenção atualizada da documentação do PSS é responsabilidade da Entidade Executante.
São obrigações gerias do empregador, assegurar ao trabalhador condições de segurança e
saúde em todos os aspetos do seu trabalho (lei nº102/2009, de 10 de setembro). Deve ainda
zelar, de forma continua e permanente, pelo exercício da atividade em condições de segurança
e saúde para o trabalhador, tendo em conta os seguintes princípios gerais de prevenção
previstos na Diretiva Quadro da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (Diretiva n.º
89/391/CEE de 29 de Junho), transposta para o direito interno pela lei 3/2014 de 28 de janeiro.
a. Evitar os riscos;
b. Planificar a prevenção como um sistema coerente que integre a evolução
técnica, a organização do trabalho, as condições de trabalho, as relações sociais
e a influência dos fatores ambientais;
c. Identificação dos riscos previsíveis em todas as atividades da empresa,
estabelecimento ou serviço, na conceção ou construção de instalações, de locais
e processos de trabalho, assim como na seleção de equipamentos, substâncias e
produtos, com vista à eliminação dos mesmos ou, quando esta seja inviável, à
redução dos seus efeitos;

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d. Integração da avaliação dos riscos para a segurança e a saúde do trabalhador no
conjunto das atividades da empresa, estabelecimento ou serviço, devendo adotar as
medidas adequadas de proteção;
e. Combate aos riscos na origem, por forma a eliminar ou reduzir a exposição e aumentar
os níveis de proteção;
f. Assegurar, nos locais de trabalho, que as exposições aos agentes químicos, físicos e
biológicos e aos fatores de risco psicossociais não constituem risco para a segurança
e saúde do trabalhador;
g. Adaptação do trabalho ao homem, especialmente no que se refere à conceção dos
postos de trabalho, à escolha de equipamentos de trabalho e aos métodos de trabalho
e produção, com vista a, nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho
repetitivo e reduzir os riscos psicossociais;
h. Adaptação ao estado de evolução da técnica, bem como a novas formas de
organização do trabalho;
i. Substituição do que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
j. Priorização das medidas de proteção coletiva em relação às medidas de proteção
individual;
l. Elaboração e divulgação de instruções compreensíveis e adequadas à atividade
desenvolvida pelo trabalhador.

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2. Memoria Descritiva

2.1. Identificação da Obra

DESIGNAÇÃO DA OBRA

Nome: Remodelação da Rede de Abastecimento de Águas no lugar de Ancas – 1ª fase

Localização: Ancas, União de Freguesias de Amoreira e Gândara, Paredes e Ancas

DONO DA OBRA

Nome: Município de Anadia

Morada: Apartado 19
Praça do Município
3780-909 Anadia

ADJUDICATÁRIO

Nome:

Resp. d./Técnica da Obra:


Encarregado da Obra:
Técnico de Segurança:

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2.2 Comunicação Prévia
Em conformidade com o disposto no art. 15°, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 273/03 de 29 de
Outubro, será feita comunicação prévia da abertura do estaleiro à Autoridade para as
Condições do Trabalho (anexo nº3), que deverá ser datada, assinada e indicar os
seguintes elementos:
a)O endereço completo do estaleiro;
b) A natureza e a utilização previstas para a obra;
c) O dono da obra, o autor ou autores do projeto e a entidade executante, bem como
os respetivos domicílios ou sedes;
d) O fiscal ou fiscais da obra, o coordenador de segurança em projeto e o
coordenador de segurança em obra, bem como os respetivos domicílios;
e) O diretor técnico da empreitada e o representante da entidade executante, se for
nomeado para permanecer no estaleiro durante a execução da obra, bem como os
respetivos domicílios, no caso de empreitada de obra pública;
f) O responsável pela direção técnica da obra e o respetivo domicílio, no caso de
obra particular;
g) As datas previstas para início e termo dos trabalhos no estaleiro;
h) A estimativa do número máximo de trabalhadores por conta de outrem e
independentes que estarão presentes em simultâneo no estaleiro, ou do somatório
dos dias de trabalho prestado por cada um dos trabalhadores, consoante a
comunicação prévia seja baseada nas alíneas a) ou b) do n.o1;
i) A estimativa do número de empresas e de trabalhadores independentes a operar
no estaleiro;
j) A identificação dos subempreiteiros já selecionados.
A comunicação prévia deve ainda ser acompanhada de:
a)Declaração do autor ou autores do projeto e do coordenador de segurança em
projeto, identificando a obra;
b) Declarações da entidade executante, do coordenador de segurança em obra, do
fiscal ou fiscais da obra, do diretor técnico da empreitada, do representante da
entidade executante e do responsável pela direção técnica da obra, identificando o
estaleiro e as datas previstas para início e termo dos trabalhos.
Qualquer alteração dos elementos constantes da comunicação prévia deverá ser
comunicada à Autoridade para as Condições do Trabalho. Mensalmente deverá ainda
comunicar a identificação de subempreiteiros.
Uma cópia da comunicação prévia estará afixada no estaleiro em local bem visível.

2.3. Legislação Aplicável

Regulamentação de carácter Geral

Lei 3/2014 de, 28 de janeiro - Transpõe a diretiva n.º 89/391/CEE, relativa à aplicação
de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e da saúde dos
trabalhadores no trabalho;
Decreto-Lei n.º 347/93, de 1 de Outubro – Transpõe para o direito interno a Diretiva n.º
89/656/CEE, de 30 de Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de
saúde para os locais de trabalho;
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Decreto-Lei n.º 987/93, de 6 de Outubro – Estabelece as normas técnicas de execução
do Decreto-lei n.º 347/93, de 1 de Outubro;
Decreto-Lei n.º 362/93, de 15 de Outubro – Estabelece as regras relativas à informação
estatística sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais;
Portaria n.º 1179/95 de 26 de Setembro – Aprova o modelo da ficha de notificação da
modalidade adotada pela empresa para a organização dos serviços de segurança,
saúde e higiene no trabalho;
Portaria n.º 53/96 de 20 de Fevereiro – Alterações à Portaria nº 1179/95 de 26 de
Setembro;
Lei n.º 98/2009 de 4 de Setembro – Aprova o novo regime jurídico dos acidentes de
trabalho e das doenças profissionais;
Decreto-Lei n.º 106/2017 de 29 de agosto - Regula a recolha, publicação e divulgação
da informação estatística sobre acidentes de trabalho;
Portaria n.º 14/2018 de 11 de janeiro - Regula os modelos de participação relativa a
acidentes de trabalho, por parte dos empregadores, incluindo entidades empregadoras
públicas que tenham transferido a responsabilidade, pela reparação de acidentes de
trabalho e de trabalhadores independentes ou de serviço doméstico.

Trabalho em Construção Civil

□ Decreto-Lei n.º 41821 de 11 de Agosto de 1958 – Aprova o Regulamento de


Segurança na Construção Civil e no Trabalho da Construção Civil – RSTCC
□ Decreto-Lei n.º 46427, de 10 de Julho de 1965 – Aprova o Regulamento de
instalações provisórias destinadas ao pessoal empregado nas obras;
□Portaria n.º 101/96, de 3 de Abril - Estabelece regras técnicas de concretização das
prescrições mínimas de Segurança e de Saúde nos locais e postos de trabalho nos
estaleiros, conforme determina o Decreto-Lei n.º 155/95;
□ Decreto-Lei n.º 308/89 de 14 de Setembro – Comete ao CMOPP competência para
fiscalizar a proteção, organização, segurança e sinalização de estaleiros de obras
□ Decreto-Lei nº 273/2003, de 29 de Outubro (Revoga o Decreto-Lei nº 155/95 de 1 de
Julho (DR nº 150/95, Série I-A) – Transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva nº
92/57/CEE, do Conselho, de 24 de Junho, relativa às prescrições mínimas de segurança
e saúde a aplicar nos estaleiros temporários e ou móveis, na redação dada pela Lei nº
113/99, de 3 de Agosto – (DR nº 179/99, Série I-A) – Desenvolve e concretiza o regime
geral das contraordenações laborais, através da tipificação e classificação das
contraordenações correspondentes à violação da legislação específica de segurança,
higiene e saúde no trabalho em certos sectores de atividades ou a determinados riscos
profissionais.

Equipamento de Proteção Individual

□ Decreto-Lei n.º 128/93, de 22 de Abril – Regras técnicas a observar na conceção e


fabrico do equipamento de proteção individual – E.P.I, de acordo com a Diretiva n.º
89/686/CEE, de 21 de Dezembro;
□ Decreto-Lei n.º 348/93, de 1 de Outubro – Transpõe para o direito interno a Diretiva
n.º 89/656/CEE, de 30 de Novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e
de saúde na utilização de equipamentos de proteção individual;

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□ Decreto-Lei n.º 988/93, de 6 de Outubro – Estabelece a descrição técnica do
equipamento de proteção individual, de acordo com o artigo 7º do Decreto-lei n.º 348/93,
de 1 de Outubro;
□ Decreto-Lei n.º 1131/93, de 4 de Novembro – Regulamento técnico dos
equipamentos de proteção individual, de acordo com o artigo 2º do Decreto-Lei n.º
128/93, de 22 de Abril;
□ Decreto-Lei n.º 139/95, de 14 de Junho – Estabelece as exigências sobre a
segurança e marcações de EPI;
Portaria n.º 109/96 de 10 de Abril – Altera os Anexos I, II, IV, e V da Portaria 1131/93 de
4 de Novembro.

Máquinas, Equipamentos e Materiais de Estaleiro

□ Portaria n.º 879/90 de 20 de Setembro – Estabelece as disposições legais sobre a


poluição sonora emitida por diversos equipamentos;
□ Decreto-Lei n.º 105/91 de 8 de Março – Estabelece o regime de colocação no
mercado e utilização de máquinas e material de estaleiro;
□ Decreto-Lei n.º 273/91 de 7 de Agosto – Aparelhos de elevação e movimentação;
□ Decreto-Lei n.º 286/91 de 9 de Agosto – Aparelhos de elevação e movimentação;
□ Decreto-Lei n.º 113/93 de 10 de Abril – Define procedimentos a adotar com vista a
que os materiais de construção se revelem adequados ao fim a que se destinam;
□ Decreto-Lei n.º 330/93, de 25 de Setembro – Transpõe para o direito interno a Diretiva
n.º 90/269/CEE, de 29 de Maio, relativa às prescrições mínimas de segurança e de
saúde na movimentação manual de cargas;
□ Decreto-Lei n.º 349/93 de 1 de Outubro – Transpõe para o direito interno a Diretiva
n.º 90/270/CEE de 29 de Maio relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde
respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados de visor;
□ Decreto-Lei n.º 378/93 de 5 de Novembro – Transpõe para o direito interno a Diretiva
n.º 89/392/CEE de 14 de Junho e 91/368/CEE de 20 de Junho, relativas à conceção e
fabrico de máquinas;
□ Portaria n.º 566/93 de 2 de Junho – Estabelece as exigências essenciais das obras
suscetíveis de condicionar as características dos materiais nelas utilizados;
□ Portaria n.º 989/93 de 6 de Outubro – Regulamenta o Decreto-Lei n.º 349/93 de 1 de
Outubro;
□ Portaria n.º 145/94 de 12 de Março – Regulamenta o Decreto-Lei n.º 378/93 de 5 de
Novembro;
□ Decreto-Lei n.º 214/95 de 18 de Agosto – Estabelece as condições de utilização e
comercialização de máquinas usadas, visando eliminar riscos para a saúde e segurança
das pessoas;
□ Portaria n.º 280/96 de 22 de Julho – Altera os anexos I, II, III, IV e V da Portaria n.º
145/94 de 12 de Março;
□ Decreto-Lei n.º50/05, de 25 de Fevereiro – Revoga o D.L 82/99- Altera o regime
relativo às prescrições mínimas de segurança e saúde para a utilização de
equipamentos de trabalho. Transpõe para o direito interno a Diretiva nº95/63/CEE.
□ Decreto-Lei n.º 103/2008, de 24 de junho – Estabelece as regras relativas á
colocação no mercado e entrada em serviço das máquinas e dos componentes de
segurança, transpondo para a ordem jurídica interna a Diretiva n. 98 / 37 / CE do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 22 de Junho.
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Sinalização de Segurança

□ Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de Junho - Transpõe para o direito interno a Diretiva


n.º 92/58/CEE, de 24 de Junho relativa às prescrições mínimas para sinalização de
segurança e de saúde no trabalho;
□ Portaria n.º 1456-A/95, de 11 de Dezembro - Regulamenta as prescrições mínimas
de colocação e utilização da sinalização de segurança e saúde no trabalho;
□ Decreto Regulamentar n.º 22-A/98 de 1 de Outubro.
□ Decreto Regulamentar n.º 41/02 de 20 de Agosto (alterações)
□ Decreto-lei nº 114/92, de 3 de Maio.

Ruído e Vibrações

□ Decreto-Lei nº 182/2006, de 6 de setembro - Prescrições mínimas de segurança e


de saúde em matéria de exposição dos trabalhadores aos riscos devidos aos agentes
físicos (ruído);
□ Decreto-Lei nº 9/2007 de 17 de Janeiro - Aprova o Regulamento Geral do
Ruído revoga o regime legal da poluição sonora, aprovado pelo Decreto-Lei
n.º292/2000 de 14 de Novembro;
□ Decreto-Lei 221-2006, de 8 de Novembro - Transpõe para a ordem jurídica interna a
Diretiva n.º 2005/88/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de Dezembro,
que altera a Diretiva n.º 2000/14/CE, relativa à aproximação das legislações dos
Estados membros em matéria de emissões sonoras para o ambiente dos equipamentos
para utilização no exterior.

Riscos Elétricos

□ Decreto-Lei n.º 13/70 de 30 de Outubro – Regulamento de segurança de elevadores


elétricos;
□ Decreto-Lei n.º 37/70, de 17 de Janeiro – Estabelece os primeiros socorros em
acidentes pessoais produzidos por correntes elétricas;
□ Decreto Regulamentar n.º 13/80 de 16 de Maio – Atualiza o Decreto-Lei n.º 513/70
de 30 de Outubro;
□ Decreto-Lei n.º 740/74 de 26 de Dezembro – Aprova o regulamento de segurança de
instalações de utilização de energia elétrica (alterado pela Portaria n.º 303/76 de 26 de
Abril).

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3. Avaliação e Hierarquização dos Riscos do
Processo Construtivo

3.1. Avaliação de Riscos

A avaliação do risco consiste no processo de identificar, estimar (quantitativa ou


qualitativamente) e valorar os riscos para a saúde e segurança dos trabalhadores. Este processo
visa obter a informação necessária à tomada de decisão relativa as ações preventivas a adotar.
A avaliação de riscos é um exame sistemático de todos os aspetos relacionados com o trabalho,
com vista a apurar os fatores desencadeadores de danos e o modo de eliminar os perigos,
através das medidas de controlo adequadas.
Segundo o artigo 4 da lei 102/2009, Prevenção é o conjunto de políticas e programas públicos,
bem como disposições ou medidas tomadas ou previstas no licenciamento e em todas as fases
de atividade da empresa, do estabelecimento ou do serviço, que visem eliminar ou diminuir os
riscos profissionais a que estão potencialmente expostos os trabalhadores.
Os princípios gerais da prevenção passam segundo o artigo 15º da lei de 102/2009 de 10 de
setembro pela Identificação dos riscos previsíveis de locais e processos de trabalho, como a
seleção de equipamentos com vista a eliminação dos mesmos, quando não seja possível à
redução dos seus efeitos. A integração da avaliação dos riscos para a segurança e saúde no
trabalho, devendo adotar medidas adequadas de proteção.
A avaliação de riscos é considerado o ponto mais importante das exigências legais ao nível da
saúde no trabalho. Em primeiro lugar estabelece medidas preventivas e corretivas, como
segundo ponto, permite determinar níveis de risco e prevê critérios para eleger prioridades de
atuação. Permite estabelecer programas de atuação e deteta necessidades de formação dos
trabalhadores. Por fim, ainda é capaz de comprovar as medidas existentes.
A avaliação de riscos permite que os empregadores tomem as medidas necessárias para
proteger a segurança e saúde dos trabalhadores. Podemos dizer que a avaliação de riscos tem
dois objetivos centrais: estimar a importância de um determinado risco e informar o empregador
sobre a necessidade e o tipo de medidas a adotar.
Uma avaliação de riscos bem realizada, permite não só reduzir ou eliminar os acidentes e
incidentes de trabalho, as doenças profissionais como melhorar o desempenho da empresa.
Nesta avaliação deverão estar presentes dois princípios: a) Estruturar a avaliação de forma
a garantir que todos os perigos e riscos relevantes são abrangidos; b) quando o risco é
identificado, iniciar a avaliação começando por analisar se o risco pode ser eliminado.
A figura abaixo apresenta as fases de um processo de gestão do risco profissional. Uma
avaliação terá de começar pela análise de riscos.

Figura 1 - Gestão do Risco

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3.2. Fundamentação do Processo Construtivo

Esta primeira fase do projeto diz respeito à remodelação da rede de abastecimento de


água no lugar de Ancas. Terá a extensão aproximada de 1020 metros lineares, que se
encontra compreendida entre o acesso Nascente do lugar e a Rua Bairro dos
Passarinhos.
Estes trabalhos consideram-se fundamentais para a melhoria das condições de vida dos
moradores desta zona residencial.
A rede de abastecimento existente tem apresentado enumeras roturas, estando no final
da sua vida útil. Pretende-se com esta empreitada salvaguardar o bem essencial
“ÀGUA” prevenindo desperdícios e melhorando a qualidade da água (substituindo
tubagens por matérias mais resistentes e menos poluentes).
Para o efeito serão criadas duas valas, uma de cada lado da rua, de forma a prevenir o
rompimento do alcatrão em caso de avaria da rede. Aproveitando a movimentação de
terras e a escavação da abertura de valas nas bermas, decorrerá um consequentemente
alargamento da via.
Uma segunda fase de trabalhos corresponde à rede de drenagem pluvial, que será
construída com valas de plataforma com pendentes suaves, que permitam o trânsito
pedonal e executadas em cubos de granito. Esta fase de trabalhos decorrerá nas
valetas.
Uma última fase corresponde ao tapamento de vala no pavimento rodoviário, com
betuminoso asfáltico a frio.

3.3. Hierarquização do Risco


A Análise Preliminar de Riscos é um que consiste em identificar os principais fatores de
risco associados a execução das tarefas, a utilização dos equipamentos e materiais, de modo a
identificar as técnicas e medidas preventivas apropriadas para fazer face aos fatores de risco.
O esquema será idêntico ao utilizado pela ACT nas campanhas de Segurança e Saúde no
Trabalho da Condução Automóvel Profissional.
Para melhor organizar o risco operacional ao longo das obras de reparação de rede de
abastecimento de águas, será utilizado o método das Matrizes 3x3. Neste método Semi-
Quantitativo, sabemos que:
Rico = Probabilidade X Gravidade
Depois de identificar o risco, seleciona.se a probabilidade de ocorrência do mesmo de
1, 2 ou 3 de acordo com o quadro abaixo.

Em seguida seleciona-se o nível de gravidade do mesmo de 1, 2 ou 3, de acordo com o


quadro abaixo.

Em seguida, faz-se o cruzamento dos níveis selecionados na seguinte matriz.

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Nesta matriz, não há uma multiplicação efetiva, mas sim um cruzamento dos níveis de
Gravidade e Probabilidade.

A figura abaixo permite interpretar o nível de Risco de acordo com Prioridades de


Intervenção

3.3. Avaliação e Hierarquização de Riscos


3.3.1 FASE 1- ESCAVAÇÃO DE VIA PÚBLICA COM ABERTURA DE VALA

A primeira fase de trabalho é a fase que acarreta maiores riscos profissionais,


considerada como risco especial (soterramento), íntegra a alínea a) do artigo 7 do
decreto de lei 251/2003 de 29. Seguidamente em forma de cronograma são
apresentadas as principais atividades desenvolvidas nesta fase:

a. Mobilização da Frente de Trabalho:


-Transporte de Materiais
-Deslocação de Máquinas e Equipamentos de Trabalho

b. Escavação Mecânica:
- Manobramento da retroescavadora

c. Assentamento de Tubo:
13
- Colocação de tubos no buraco

d. Aterro da Vala:
- Aterramento da vala com tubos já assentados

Em seguida, em forma de tabela são apresentados e hierarquizados os riscos, assim


como algumas medidas preventivas obrigatórias para o bom funcionamento da
atividade.

Atividade Intervenientes Risco Nível de EPI/EPC Medidas Preventivas


Risco
Mobilização Operários Atropelamento 1x3 Obrigatório: O Camião e a Máquina
da Frente de Manobradores Abalroamento Moderado Botas de biqueira e deverá ter alarme de
Trabalho Queda de palmilha de aço sonoro de marcha atrás.
Materiais (EN345-1/EN ISO A Carga a ser
20345-S3/S1P) transportada deverá ser
Capacete de devidamente coberta
proteção (EN397), com lona plástica
fora da cabine de
Escavação Operários Atropelamento 1x3 condução Não opere a
Mecânica Manobradores Abalroamento Moderado Luvas de proteção retroescavadora
Queda de (EN388) próximo de cabos
Materiais elétricos.
Não Manobre nem
Se aplicável: transite a
Máscara de retroescavadora na
proteção (EN borda das escavações
149:2001+A1:2009) com presença de
Óculos de proteção colaboradores no
(EN166) interior da mesma.
Manter as escavações
EPC se Aplicável: permanentemente
Cones isoladas.
Escadas Todas as escavações
Placas de devem ter escadas de
Sinalização acesso ou rampa.
As escavações devem
permanecer limpa,
principalmente nas
bordas.
Os materiais deverão
ser depositados a uma
distância superior à
metade da profundidade
da escavação.

Assentamento Operários Prensagem 2x2 Os tubos deverão ser


de Tubo Perfurações Moderado transportados sobre a
Corte carroceria dos camiões
Escoriações e devidamente
amarrados.
Manusear os tubos de
forma segura e longe de
rede elétrica.

Aterro da Vala Operários Soterramento 2x2 Não retirar materiais e


Queda de Moderado nem transportar
Nível colaboradores no
Projeção de interior da vala.
Objetos Não a aterrar a vala com
colaboradores no
interior da mesma.

14
Para complementar a informação, deverá consultar o anexo n º4 “Ficha de equipamento
de proteção Individual e Coletiva de Trabalho”, assim como o anexo nº 5 “ Fichas de
Medidas Preventivas e Corretivas- Relativas ao Processo Construtivo”

3.3.2 FASE 2- APLICAÇÃO DE CUBOS DE GRANITO

A Segunda fase de trabalho diz respeito à compactação, aplicação de pó de areia e


assentamento dos cubos. Em seguida em forma de cronograma são apresentadas as
principais atividades desenvolvidas nesta fase:

Atividade Intervenientes Risco Nível de EPI/EPC Medidas Preventivas


Risco
Compactação Manobrador Queda ao 1x2 Obrigatório: O Manobrador deverá
de vala e de do mesmo nível; Danoso Botas de biqueira e estar informado sobre o
cubos, com equipamento Entalamento e palmilha de aço correto funcionamento
talochas de esmagamento; (EN345-1/EN ISO do equipamento;
vibratórias (ex: compactação Exposição ao 20345-S3/S1P) Vigiar o comportamento
Saltitam) ruido e Luvas de proteção do tabuleiro;
vibrações; (EN388) Usar os equipamentos
Eletrocussão; Proteção auditiva de Proteção adequado,
Explosão; (ANSI S 12.6/2008) de acordo com o manual
Lesão de utilização;
Músculo- Rodar os trabalhadores
esquelética; que compactam com
Inalação de Se aplicável: talochas Vibratórias, por
Poeiras Máscara de forma a diminuir os
proteção (EN riscos causados por
149:2001+A1:2009) vibrações;
Óculos de proteção Realizar períodos de
(EN166) pausa, sempre que
necessário;
Regar
convenientemente toda
a zona de trabalho de
forma a evitar o
aparecimento de
poeiras.

Aplicação de Operários Atropelamento; 3x3 Obrigatório: Regar


pó de areia Manobradores Abalroamento; Tolerável Botas de biqueira e convenientemente toda
Queda de palmilha de aço a zona de trabalho de
Materiais; (EN345-1/EN ISO forma a evitar o
Escoriações; 20345-S3/S1P) aparecimento de
Queimaduras; Luvas de proteção poeiras.
Inalação de (EN388) Realizar um transporte
Poeiras; correto da carga de
Se aplicável: areia de acordo com o
Máscara de guia de movimentação
proteção (EN de cargas (anexo nº?)
149:2001+A1:2009)
Óculos de proteção
(EN166)
Assentamento Operários Lesão músculo 2x1 Obrigatório: Realizar uma correto
de Cubos de esquelética; Danoso Botas de biqueira e manuseio de
Granito Escoriações palmilha de aço ferramentas manuais de
nos joelhos; (EN345-1/EN ISO acordo com o anexo nº
Esmagamento 20345-S3/S1P) ?
/prensagem de Luvas de proteção Realizar um transporte
mão e/ou (EN388) correto da carga de
dedos; Fardamento de areia de acordo com o
trabalho com guia de movimentação
joelheiras de cargas (anexo nº?)

15
3.3.3 FASE 2- SELAGEM DE VALAS

A última fase de trabalho diz respeito ao tapamento de valas na faixa de rodagem,


aplicando asfalto a frio. O cronograma seguinte apresentada as principais atividades
desenvolvidas nesta segunda fase:

Atividade Intervenientes Risco Nível de EPI/EPC Medidas Preventivas


Risco
Compactação Manobrador Queda ao mesmo 1x2 Obrigatório: O Manobrador
de vala, com do nível; Danoso Botas de biqueira e deverá estar
talochas equipamento Entalamento e palmilha de aço informado sobre o
vibratórias de esmagamento; (EN345-1/EN ISO correto
(ex: Saltitam) compactação Exposição ao ruido 20345-S3/S1P) funcionamento do
e vibrações; Luvas de proteção equipamento;
Eletrocussão; (EN388) Vigiar o
Explosão; Proteção auditiva comportamento do
Lesão Músculo- (ANSI S 12.6/2008) tabuleiro;
esquelética; Usar os
Inalação de equipamentos de
Poeiras Proteção adequado,
Se aplicável: de acordo com o
Máscara de manual de utilização;
proteção (EN Rodar os
149:2001+A1:2009) trabalhadores que
Óculos de proteção compactam com
(EN166) talochas Vibratórias,
Proteção auditiva por forma a diminuir
(ANSI S 12.6/2008) os riscos causados
por vibrações;
Realizar períodos de
pausa, sempre que
necessário;
Regar
convenientemente
toda a zona de
trabalho de forma a
evitar o aparecimento
de poeiras.

Aplicação de Operários Lesão 3x3 Obrigatório: Regar


asfalto a frio musculosquelética; Tolerável Botas de biqueira e convenientemente
Irritação da pele; palmilha de aço toda a zona de
Projeção de Areias (EN345-1/EN ISO trabalho de forma a
20345-S3/S1P) evitar o aparecimento
Luvas de proteção de poeiras.
(EN388) Realizar um
Fardamento de transporte correto da
proteção (calças e carga de asfalto de
camisola de manga acordo com o guia de
comprida) movimentação de
cargas (anexo nº?)
Se aplicável: Usar
Máscara de obrigatoriamente
proteção (EN mangas compridas
149:2001+A1:2009) (que tapem a
Óculos de proteção totalidade do braço),
(EN166) e calças, de forma a
não existirem zonas
do corpo expostas ao
produto.
Seguir as instruções
de utilização de
acordo com o
fabricante do produto
(ficha técnica em
anexo)

16
4. Projeto de Estaleiro e Memória Descritiva

A elaboração do projeto de estaleiro atende à regulamentação específica nesta matéria,


entre os quais, Decreto 46.427/65, de 10 de Julho, ao DL nº 141/95, de 14 de Junho, à
Portaria nº 1456-A/95, de 11 de Dezembro.
A localização da obra é um fator importante neste projeto de estaleiro, é
fundamental compreender as limitações de trabalhar em ruas rodoviárias e em zonas
urbanas. Para melhor compreender essas limitações, é essencial rever a literatura.

4.1 SINALIZAÇÃO

4.1.1 Segurança nos trabalhos em Rodoviárias


Segundo a Junta Autónoma das Estradas (1997) uma estrada para cumprir a
sua missão deverá estar em bom estado de conservação e funcionamento, permitindo
uma circulação de tráfego fluída e segura. Contudo existem duas situações que levam
a uma quebra no serviço das estradas: Obstáculos ocasionais, casos de acidentes e
outros, e trabalhos de conservação e manutenção na estrada sendo neste caso as
operações programadas de modo a provocar o menos impacto possível. Assim pode
dividir-se as anomalias nos seguintes grupos:
• Perigos Temporários;

• Trabalhos Fixos;

• Trabalhos Móveis

Entende-se por Zona de Trabalhos Rodoviários a parte da estrada abrangidas


pelas obras que estão a ocorrer num determinado local, está sinalizada pela sinalização
temporária. Este género de sinalização tem como princípios fundamentais (pag.2,
manual de sinalização temporária (1997): informar os condutores da existência de
obstáculos, levá-los a mudar de comportamento, adaptando-os às circunstâncias, guiar
os condutores na zona afetada e informá-los do fim da anomalia.
Segundo o Manual de Sinalização Temporária da Junta Autónoma das Estradas
(1997), na aplicação da sinalização dever-se-á ter em conta os seguintes princípios:
adaptação, coerência, valorização, leitura e compreensão.
• Na adaptação deve-se ter em conta:

• As características da estrada: número de vias (2 ou 3);com/sem


via de lentos, largura da plataforma, tipo de pavimento e traçado;

• A natureza e duração da anomalia: se a ocorrência é prevista ou


inesperada, se a zona de trabalhos é fixa ou móvel (lenta);

• A importância: importância dos trabalhos e os meios envolvidos


para a realização dos trabalhos;

• A visibilidade: se é durante o dia ou durante a noite, se é durante


uma época de chuvas, se é zona de nevoeiros, se a totalidade da zona
de circulação alternada é visível na aproximação da mesma;

17
• O Tráfego: a velocidade de circulação na zona, o volume de
tráfego, o tipo (ligeiros ou pesados), a variação do tráfego durante o
período de execução dos trabalhos;

• A localização: zonas rurais ou dentro de localidades, interligação


com outras estradas;

• No princípio da Coerência deve verificar-se se a sinalização permanente


não contradiz a sinalização temporária.

• No princípio da Valorização deve compreender-se se a sinalização


temporária é credível e se justifica.

• No princípio da Leitura e Concentração deve verificar-se se a


sinalização é de fácil leitura e se não se encontra muito concentrada.

Segundo o artigo 79º do decreto regulamentar 22-A/98 de 1 de Outubro, sempre


que a duração das obras seja superior a 30 dias, deve ser elaborado um projeto de
sinalização temporária a implementar na via. Poderá ser dispensado se a situação a
sinalizar, estiver prevista no manual de sinalização da via em causa, como o caso das
estradas nacionais que se baseiam no “Manual de Sinalização Temporária” publicado
em 1997 pela Junta Autónoma das Estradas.
De acordo com o artigo 77º do decreto regulamentar nº22 A/98 de 1 de Outubro
“A sinalização temporária destina-se a prevenir os utentes da existência de obras ou
obstáculos ocasionais na via pública…”. A sinalização temporária deve ser efetuada
com recurso a sinais verticais e luminosos, bem como as marcas rodoviárias e
dispositivos complementares, de acordo com o número 2 do artigo 77º do mesmo
regulamento. Esta sinalização pretende transmitir as obrigações, restrições ou
proibições especiais que temporariamente lhes são impostas. A sinalização temporária
compreende a sinalização de aproximação, a sinalização posição e a sinalização final,
tal como indica a figura 2.

18
Figura 2 - Zona de trabalhos rodoviários (fonte: Manual de Sinalização Temporária, junta
autónoma de estradas, 1997)

A sinalização de aproximação compreende a pré-sinalização, a sinalização


avançada e a intermédia. Sempre que existam obras e obstáculos ocasionais na via
pública, a zona onde estes se situam desse ver antecipada pela colocação desta
sinalização. “Este género de sinalização obriga os condutores a um redobrar de atenção
e prudência e leva a uma progressiva diminuição do andamento dos seus veículos,
evitando a ocorrência de acidentes e permitindo uma maior fluidez do tráfico na zona de
restrição” (pag. 5 Manual de sinalização temporária, 1997).
A pré-sinalização alerta com suficiente antecipação os condutores, indicando-
lhes a aproximação da zona de perigo. Utiliza-se sempre que haja necessidade de fazer
desvio de circulação ou mudança de via de trânsito ou sempre que a natureza e a
importância de um obstáculo ocasional ou zona de trabalhos o exijam (artigo 84º do dec.
reg. 22 – A/98). Deverão ser utilizados os seguintes sinais de indicação previsto nº3 do
artigo 90º do mesmo regulamento, disponíveis no anexo 1.
A sinalização avançada é a sinalização que segue à pré-sinalização, apenas é
dispensada se as obras ou obstáculos não impliquem condicionamentos de trânsito.
São utilizados sinais de perigo sendo obrigatório a utilização do A23-trabalhos na via,
de acordo com a figura 4.

19
Figura 3 - A23- Trabalhos na via

A sinalização intermédia deve ser marcada com recurso a sinais de proibição


ou cedência de passagem (limitação de velocidade, proibição de ultrapassar ou outras
proibições). Sempre que seja necessário moderar a velocidade, de acordo com o nº3
do artigo 86 do decreto regulamentar do 22/A- 98, a diferença entre os limites máximos
e mínimos deve ser de 20Km/h. A proibição de ultrapassagem deve estar sempre
associada a uma limitação de velocidade e ser aplicada sempre que: exista um
estreitamento considerável da faixa de rodagem, seja suprimida uma via de trânsito à
circulação e exista desvio de circulação.
A sinalização de posição delimita a zona de obras e garante a proteção da área
interdita, a segurança dos trabalhadores, a facilidade de acesso às viaturas de apoio,
etc. A sinalização de posição deve delimitar convenientemente o obstáculo ou a zona
de obras, bem como as suas imediações. A sinalização utilizada é a sinalização de
obrigação (dispositivos complementares) de acordo com o anexo II. Sempre que
necessário estreitar ou desviar a faixa de rodagem devem ser utilizadas guias de acordo
com os números 4, 5 e 6 do artigo 87 do decreto regulamentar 22/A-98.
A sinalização final informa os condutores que a zona de restrições acabou e
que as condições de circulação tornam a ser as normais. É materializada pela
sinalização de fim de proibições anteriormente imposta e ainda o sinal ST14, figura 5.

Figura 4 ST14- Fim de Obras

A sinalização deverá ser montada pela seguinte ordem a que os condutores a


vão encontrar: sinalização de aproximação, sinalização de posição e sinalização final.
Caso não seja possível a montagem de uma só vez, deverão ser colocados nos lugares
sem estarem visíveis e destapados após estarem reunidas as condições de segurança.
A desmontagem deverá ser realizada pela ordem inversa a que foi montada.
A sinalização temporária deverá ser complementada por dispositivos luminosos
intermitentes de cor amarela autónomos e independentes da iluminação pública,
sempre que necessário (durante a noite e sempre que a visibilidade for insuficiente).
Este tipo de dispositivos são colocados obrigatoriamente nos vértices superiores do
primeiro sinal de pré-sinalização (figura 6) e no primeiro sinal de sinalização avançada,
na sinalização de posição deverá ser colocada uma lanterna de disparo sequencial (ET-
8 e ET-9) no intuito de demarcar a linha contínua exterior de um estreitamente de via e
desvio de circulação.

20
Figura 5 - sinalização de pré-sinalização com dispositivo luminoso intermitente de cor
amarela

Para que possa ocorrer uma leitura correta da sinalização esta deve estar
colocada de modo que a distância entre sinais seja a recomendada para a velocidade a
que os veículos circulam no instante da leitura. De acordo com os termos seguintes,
conforme previsto no artigo 95º do decreto regulamentar nº22-A/98:
• V < 60 km – 50 m;

• 60 < V < 80 Km – 100 m;

• 80 < V < 100 Km – 150 m;

• V > 100 Km – 250 m

• Dentro das localidades a distância pode ser reduzida até aos 30 m.

De acordo com o artigo 96º do mesmo decreto regulamentar, o primeiro sinal de


sinalização avançada deve ser colocado a uma distância de 400m antes da zona de
obras. A distância pode ser reduzida para 150m e para 30 dentro das localidades. O
primeiro sinal de limitação de velocidade deve ser colocado a uma distância não superior
a 300m da zona de obras, salvo casos excecionais devidamente justificados. A
sinalização de posição deve ser colocada na proximidade imediata da zona de perigo e
balizá-la de forma conveniente. A sinalização final deve ser colocada à distância de
100m após a zona de obras. Não devem ser agrupados mais do que dois sinais no
mesmo suporte ou lado a lado.
Segundo a pag. 6 do Manual de Sinalização Temporária (Junta Autónoma de
Estradas, 1997) Os sinais que constituem a sinalização de aproximação e final, e seus
suportes, não deverão ocupar nenhuma parcela, por mínima que seja, das vias de
circulação abertas ao tráfego, mas situar-se completamente sobre as berma ou dentro
das zonas delimitadas, sem se sobreporem ao traço ou à linha que os separa das vias
de circulação.
A sinalização temporária horizontal é um complemento à sinalização vertical, a
cor utilizada é laranja e a largura não pode ser inferior a 12cm. A linha contínua deve ter
um comprimento mínimo de 20m dentro das localidades e 30 fora das localidades, a
linha descontínua deve ter uma relação traço-espaço de 2,5m/1,0m.

4.1.2 -Tipos de trabalhos e sua sinalização


Os trabalhos fixos são habitualmente trabalhos executados na estrada devidamente
programados pelas brigadas responsáveis pela conservação de estrada, deverão seguir
o esquema de sinalização mais indicado de acordo com o anexo 4 (esquemas para
trabalhos fixos, F01 e seguintes) e ter as seguintes fases:
• Escolher o melhor local e hora tendo em conta vários fatores condicionantes
como a visibilidade e o tráfego;

21
• Montar a sinalização pela ordem legal (da pré-sinalização à final), garantindo a
coerência entre a sinalização temporária e a permanente;

• Delimitar o espaço encerrado o tráfego com balizas ou cones e colocar a


sinalização final;

• Desmontar a sinalização pela ordem inversa.

Os trabalhos móveis são os trabalhos que mesmo programados, a velocidade de


progressão é baixa, podendo constituir perigo para a circulação. A implementação dos
esquemas de trabalho móveis encontra-se no anexo 5 e são representados pela letra M
(M01 e seguintes). De acordo com o nº 2 do artigo 100º do decreto regulamentar nº22-
A/98 de 1 de Outubro, a sinalização deverá avançando à medida que os trabalhos vão
progredindo de modo a não ficar muito distante dos trabalhos.
Caso a natureza dos trabalhos o justifique, em função da respetiva mobilidade,
pode ser dispensada a sinalização avançada e a sinalização de posição, desde de que
fique suficientemente acautelada a segurança dos utentes da via. Devendo segundo o
número 3 do mesmo artigo (100º, dec. Reg. 22-A/98), ser colocado o sinal A23 sobre os
veículos que acompanham os trabalhos, nestes veículos devem ser colocados
dispositivos complementares com as caraterísticas do dispositivo ET3, da seguinte
forma: à frente, um dispositivo a toda a largura do veículo, à retaguarda de forma mais
adequada, sinalizando as partes mais salientes.
A implementação dos esquemas de circulação alternada deverá ser executada
com a maior cautela possível, devido aos perigos associados. Segundo o Manual de
Sinalização Temporária da JAE deverá cumprir as seguintes fases:
• Fase 1 – colocação da sinalização no sentido prioritário (sinalização de
aproximação e final);

• Fase 2 - colocação da sinalização no sentido afetado exceto a sinalização de


posição;

• Fase 3 – Após o início da regularização da circulação alternada por sinalização


luminosa (noite ou más condições climatéricas) ou raquetes de sinalização,
colocar a sinalização de posição.

A sinalização de desvio de itinerário, além da sinalização legal, já abordada, inclui


também sinalização de orientação ao longo do desvio até onde seja possível retomar o
itinerário interrompido. Segundo a JAE deverá seguir a seguinte ordem:
• Fase 1 – Iniciar a montagem de sinalização pelo fim, isto é pela sinalização final.
Seguidamente montar toda a sinalização necessária nas intersecções; sempre
do fim do desvio até ao seu início;

• Fase 2 - Montar a pré-sinalização, sinalização avançada e sinalização


intermédia;

• Fase 3 – Após estar executada a sinalização avançada em ambos os sentidos,


colocar a sinalização de posição.

A Sinalização Pessoal dos trabalhadores é fundamental, para que possam ser vistos à
distância pelos condutores. Este género de sinalização deverá cumprir a norma sendo
a área obrigatória de refletorização (amarelo florescente, vermelho alaranjado
florescente ou vermelho florescente) preferencialmente correspondente à classe 3
(material de base Fluorescente de 0,80m2 e 0,20m2 de bandas retrorrefletoras).
De acordo com estas indicações dever-se-á consultar no anexo nº4 : “Ficha de
Sinalização”.

22
4.2 Plano de acesso
Nos termos do Decreto-lei n.º 273/2003, devem adotar-se as medidas
necessárias para garantir as condições de acesso, deslocação e circulação
necessárias à segurança de todos os trabalhadores no estaleiro, incluindo os
elementos da fiscalização e eventuais visitantes.
Conjuntamente com o projeto do estaleiro, a entidade executante preparara
o Plano de acesso, programa a adoção das medidas capazes de garantir
adequadas condições de acesso, deslocação e circulação necessárias à
segurança de todos os trabalhadores, eventuais visitantes no estaleiro e
transeuntes nas imediações do estaleiro tendo em conta a natureza,
características, dimensão e localização das zonas da obra em causa.
O Plano de acesso, circulação e sinalização integrará plantas que identifiquem
o estaleiro, as vias rodoviárias e ferroviárias bem como os caminhos
pedonais.
Na preparação do Plano de acesso, circulação e sinalização deverá ser
considerado o seguinte:
• Identificar todos os acessos ao estaleiro (viaturas e pessoas)
• Tomar as medidas necessárias para que o acesso ao estaleiro seja
reservado a pessoas autorizadas. Não deve ser permitido em algum caso o
atravessamento do estaleiro por pessoas estranhas à obra.
• Prever a colocação dos dispositivos necessários para garantir a segurança
na entrada e saída de viaturas no estaleiro
• Na definição dos caminhos de circulação deve ser considerada a
movimentação de todos os materiais e equipamentos utilizados na obra.
• Os caminhos de circulação de veículos pesados devem, antes de utilizados,
ser regularizados e compactados de forma a possuírem a capacidade
necessária, sem que apresentem deformações excessivas.
• Os caminhos de terra batida no tempo seco devem ser regularmente
regados de forma a evitar o levantamento de pó, e no tempo de chuvas,
devem ser espalhados materiais adequados para evitar a criação de lamas.
• Os rodados dos camiões deveram sempre que necessário ser lavados para
que não sujem a via publica.
• Todas as entradas no estaleiro têm que ser sinalizadas proibindo a entrada
a pessoas estranhas à obra e indicação do equipamento de protecção
individual obrigatória dentro do estaleiro (no mínimo, capacete e botas com
palmilha e biqueira de aço)
• Os caminhos pedonais externos devem ser identificados, protegidos e
sinalizados de forma a proporcionar adequadas condições de segurança aos
transeuntes.

4.3 Plano de Controlo de Equipamentos

Este plano deverá ser compatibilizado com o plano de trabalhos. A utilização


dos equipamentos ao longo do tempo, deverá estar prevista neste documento

23
devendo ser elaborado um gráfico, onde esteja patente em linhas o tipo de
equipamento a utilizar e em colunas o tempo de afetação á obra ao longo dos
meses.
A figura abaixo apresenta um gráfico com o plano de equipamentos previstos
em obra.

Antes da entrada em obra, o equipamento será apresentar uma pasta com


todos os documentos necessários presentes no anexo 13, nomeadamente:
1. Cópia do livre ou registo do equipamento
2. Cópia da apólice de seguro correspondente
3. Cópia do Certificado CE
4. Manual de Instruções em Português
5. Ficha de verificação do extintor
6. Ficha de Verificação/ Manutenção do equipamento
7. Cópia do certificado /licença de Condução do Operador
/(es).

Deverão ser tidas em consideração as seguintes regras e medidas de


segurança:
- Todas as máquinas devem estar em boas condições mecânicas e elétricas;
- Todos os equipamentos pesados, devem ser inspecionados regularmente,
antes do início dos trabalhos. Os operadores destes equipamentos devem ser
especializados e competentes para trabalhar com o equipamento sob sua
responsabilidade. Os sistemas de segurança terão de estar em boas
condições de funcionamento.
- Gráficos de capacidade de cargas, velocidade de operação recomendados,
avisos específicos de perigo e toda a informação essencial deverão ser
rigorosamente colocadas em todos os equipamentos;
Os registos de inspeção e verificação dos equipamentos em obra serão
fornecidos ao técnico responsável pelo equipamento, o qual terá que os
preencher de forma adequada periodicamente.
A periodicidade de realização desse controlo depende do tipo e das
condições de utilização dos equipamentos.
Os equipamentos automotores e os de elevação de cargas serão objeto de
controlo semanal, exceto se forem desmobilizados temporariamente. Anexo
nº 14

24
As gruas automóveis serão objeto de controlo diário, desde que estejam a
trabalhar.
Todas as situações anómalas detetadas deverão ser registadas e
tomadas as ações corretivas que se mostrarem necessárias.
As Fichas de Avaliação de Riscos dos Equipamentos estão presentes no
anexo nº15.

4.4 MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS EM ESTALEIRO


A movimentação mecânica de cargas conduz elevado risco para quem circula debaixo
da carga, nomeadamente:
-Risco de esmagamento do corpo ou parte do corpo devido a capotamento ou
tombamento do equipamento de trabalho;
-Risco de esmagamento por tombamento (transversal e longitudinal) ou capotamento
do equipamento de trabalho devido à cedência do solo ou inclinação do terreno superior
ao limite máximo permitido pelo fabricante;
-Choque ou impacto devido a projeção do condutor para fora do habitáculo;
- Atropelamento de pessoas;
- Queda de objetos sobre o condutor ou sobre terceiros, durante a movimentação ou
elevação; - Incêndio e explosão;
- Eletrocussão por contacto direto com partes ativas do equipamento;
- Quando utilizado equipamento intermutável para elevação de pessoas (plataforma de
trabalho):
o Queda de pessoas em altura da plataforma de trabalho, quando o trabalho é efetuado
sobre as estruturas de proteção ou por inadequada movimentação da própria
plataforma;
o Queda da plataforma por inadequado acoplamento ou por uso de plataforma não
certificada ou plataforma não compatível com o empilhador telescópico;
o Queda de objetos sobre os trabalhadores;
- Uso de equipamentos intermutáveis não adequados ao fim a que se destinam (ex.:
utilização do manipulador de tijolos para elevar pessoas ou uso de garfos para
transporte de cargas de formato circular).
A movimentação manual de cargas constitui uma das causas de muitos acidentes
graves em diversas atividades, como sejam a agricultura e, em geral, em trabalhos de
armazenagem e transporte.
O facto de um grande número de acidentes e faltas ao trabalho serem devidos a
problemas da coluna vertebral, resulta desta parte do corpo ser a mais afetada por
traumatismos consecutivos, originados na deficiente utilização do dorso. Qualquer que
seja a tarefa a executar, o trabalhador utiliza o seu corpo de diversas maneiras, sendo
necessário utilizá-lo racionalmente, de acordo com os princípios biomecânicos de
segurança.
As lesões dorso lombares e as perturbações músculo-esqueléticas transformaram-se
num dos principais problemas causados pelo trabalho, e o seu aparecimento revela, nas
empresas, uma rotura entre organização do trabalho, a distribuição das tarefas, a carga
e os horários de trabalho e a capacidade dos trabalhadores para desempenharem as
suas atividades, ou seja, demonstram a inadequação entre as exigências profissionais
e as capacidades funcionais dos trabalhadores.
Consultar em anexo nº 9, “ Fichas e segurança de transporte de cargas em estaleiro”
25
4.5 Acessos ao estaleiro. Registo dos trabalhadores presentes
no estaleiro

O transporte dos trabalhadores é da responsabilidade do Empreiteiro. O transporte fora


do estaleiro só deverá ser feito em veículos com cabina reservada a transporte de
passageiros. O transporte dentro do estaleiro deverá ser feito nas condições anteriores
ou, quando tal não for possível, em veículos de carga devidamente adaptados para o
transporte de pessoal. É expressamente proibido:
• Proceder ao transporte de trabalhadores em atrelados e camiões basculantes;
• Transportar conjuntamente na cabina trabalhadores e materiais;
• Exceder a lotação da cabina e transportar trabalhadores em pé;
• Iniciar a marcha com os taipais abertos.
Os acessos deverão estar sempre desimpedidos, sendo expressamente proibido o
armazenamento de materiais (ainda que temporário) e o estacionamento de viaturas ou
equipamentos. Os acessos ao estaleiro destinados a peões estarão devidamente
protegidos relativamente à circulação de veículos. Nos acessos destinados a veículos
existirá um fosso de lavagem dos rodados das viaturas.
A entrada no estaleiro de pessoas não autorizadas é proibida. A direção da obra deverá
fornecer diariamente ao coordenador de segurança em obra ou á equipa de fiscalização
uma listagem dos trabalhadores presentes no estaleiro e das respetivas entidades
empregadoras. Estas listagens diárias serão mantidas como registo. Deve consultar-se
o anexo nº 7.

4.6 Organização do estaleiro

Chama-se uma vez mais a atenção para a obrigatoriedade de garantir o


funcionamento das lojas e bar existentes, bem como os acessos ao parque
de estacionamento. Consultar anexo 12- riscos em estaleiros
A entidade executante deverá apresentar ao coordenador de obra em matéria
de segurança e saúde o plano do estaleiro, onde estarão assinalados os
seguintes elementos (referem-se também algumas características gerais a
satisfazer por esses elementos):
 Vedações diversas (sobretudo redes, e chapas metálicas) – dependendo
do que se necessita acautelar;
 Instalações de apoio à execução dos trabalhos;
 Equipamento de apoio;
 Instalações sanitárias
 Armazém materiais / ferramentaria (pequena área de armazém de
materiais e ferramentas ligeiras).
O estaleiro será vedado de forma a evitar acesso fácil de pessoas estranhas
à obra e junto à vedação e em locais de boa visibilidade, será colocada a
sinalização que consta no Plano de Sinalização, adiante apresentada.
Em estaleiro deverá existir permanentemente uma caixa de primeiros
socorros, devidamente equipada, meios de combate a incêndio, pessoal

26
instruído para tratamento de pequenos ferimentos e equipa de 1ª
intervenção.
Além disso deverá garantir-se a eficaz e periódica limpeza da obra, com envio
a vazadouro dos lixos e entulhos resultantes dos trabalhos em curso.
O plano de estaleiro será apresentado pela entidade executante e aprovado
pelo coordenador de segurança em obra. Os trabalhos no estaleiro só poderão
ter início após esta aprovação.
A Memória descritiva e justificativa, assim como as respetivas Plantas fazem
parte do Projeto de Estaleiro que se encontra no ANEXO 11 do PSS.

5. Requisitos de Segurança e Saúde dos


Trabalhadores

5.1 Identificação dos Trabalhadores

É responsabilidade do Entidade Executante identificar todos os trabalhadores


da obra, incluindo os dos sub-empreiteiros, tarefeiros e trabalhadores
independentes, caso existam.
Todos os trabalhadores da obra antes de iniciarem funções na obra terão que
preencher uma ficha de identificação individual em anexo nº18, a qual deve
conter os principais dados de identificação pessoal (nome, data de
nascimento, naturalidade, n.º do bilhete de identidade, n.º da segurança
social, …), entidade empregadora, cópia do contrato ou indicação do local
onde se encontra o contrato, data do contrato, categoria profissional e a data
de início de funções na obra.

5.2 Exames Médicos dos Trabalhadores

Nos termos da legislação vigente constitui obrigação da entidade


empregadora assegurar a vigilância adequada da saúde dos trabalhadores
em função dos riscos a que se encontram expostos, devendo para tal
promover a realização de exames de saúde, tendo em vista verificar a aptidão
física e psíquica dos trabalhadores, bem como a repercussão do trabalho e
das suas condições na saúde do trabalhador.
É assim obrigação da Entidade Executante assegurar que cada trabalhador
da obra possui aptidão física e psíquica para o exercício das suas funções. Na
ficha individual de cada trabalhador terá que ser notada a data do último
exame médico a que o trabalhador foi sujeito e o resultado da inspeção
médica, devendo ser anexada a cada ficha individual declaração assinada pelo
Médico do Trabalho atestando a aptidão do trabalhador e a data da próxima
inspeção médica.
Os trabalhadores que sofram acidentes que resultem em incapacidade
temporária por um período superior a 30 (trinta) dias devem, antes de
regressar ao trabalho ser sujeitos a inspeção médica.
É responsabilidade da Entidade Executante proceder à verificação das fichas
individuais de todos os trabalhadores na primeira semana de cada mês de
27
forma a garantir que todos os trabalhadores têm as inspeções médicas
válidas.
A Entidade Executante deverá também organizar uma lista com todos os
trabalhadores da obra (próprios, subempreiteiro, tarefeiros, trabalhadores
independentes), constituída pelo menos pelas seguintes colunas de
informação: número de ordem, nome do trabalhador, data da última inspeção
médica, menção apto ou não apto, data da próxima inspeção médica, registo
de número de ordem de substituição (caso um dado trabalhador seja sujeito
a nova inspeção e incluído novamente noutra posição da mesma lista). Todas
as folhas desta lista deverão ser assinadas e datadas pelo Médico do Trabalho
e pelo Diretor Técnico da Empreitada.
No anexo 19 deve ser arquivada essa lista com todos os trabalhadores
incluídos e contendo todos os dados mencionados e devidamente assinadas
pelo Médico do Trabalho.
• Pessoal com menos de 18 anos e mais de 50: exames anuais;
• Pessoal entre os 18 e os 50 anos: exames de 2 em 2 anos.
• Exames ocasionais por motivo de acidente, doença ou a pedido do
trabalhador;
• Exames auxiliares de diagnósticos (análise clínicas, audiometria,
electrocardiologia e optometria) de acordo com os riscos do posto de trabalho
e as características do trabalhador.
• Vacinação antitetânica ou de outra, de acordo com as orientações da
Organização Mundial de Saúde (O. M. S.).
➢ É de apresentação obrigatória por parte dos subempreiteiros o
fornecimento das fichas médicas individuais referentes à aptidão ou inaptidão
dos trabalhadores afectos à empreitada, nos 15 dias subsequentes à sua
contratação.

6. Cronograma detalhado de trabalhos

O plano de trabalhos permite controlar a execução de atividades de trabalho


que constam do respetivo mapa face aos prazos previstos. Por outro lado, o
plano de trabalhos permite verificar quais as atividades que se realizam em
simultâneo, bem como avaliar a compatibilidade, em termos de segurança,
dessas atividades.
O plano de trabalhos encontra-se no Anexo 6. A previsão das cargas de mão-
de-obra constitui um elemento essencial em matéria de Segurança e Saúde,
uma vez que permite verificar os períodos de maior concentração, em
simultâneo, da mão-de-obra no empreendimento e, consequentemente, com
maior probabilidade de se verificarem acidentes.

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Será também de incluir o respetivo resumo de documentação a preencher
mensalmente pela entidade executante, constante em impresso próprio
criado para o efeito, introduzido no Anexo 7.
A Entidade Executante arquivará todos os Planos de Trabalhos aprovados ou
fará constar no mesmo, registo que refira o arquivo onde se encontram.
A Entidade Executante deverá planear os trabalhos da empreitada por forma
a assegurar que a mesma seja executada em condições de segurança, para
o que deve identificar previamente as fases de execução e as prioridades das
mesmas, assim como as incompatibilidades de execução simultânea face aos
riscos que daí decorrem.
Com a definição prévia das fases de execução da empreitada pretende-se
identificar objetivamente e anular os potenciais riscos resultantes de um
incorreto planeamento dos trabalhos.
O Entidade Executante arquivará os documentos relativos à definição
das fases de execução da empreitada no anexo 6.

7. CONTROLO DE SUBEMPREITEIROS E
SUCESSIVA CADEIA DE SUBCONTRATAÇÃO

Atendendo ao art.º 21.º do Decreto-Lei n.º 273/03 de 29 de Outubro, o controlo


de todos os sub-empreiteiros e sucessiva cadeia de subcontratação compete a
Entidade Executante, devendo para tal registar e manter permanentemente
atualizado esse registo utilizando para o efeito, arquivando esses registos no
anexo 7.
NOTA: A Direção da Obra deverá assegurar que as empresas subcontratadas
tenham o conhecimento das regras de segurança do presente plano.

8. Organização da empreitada

O organograma funcional identifica as ligações funcionais e hierárquicas da


obra

Dono de Obra

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Representante do Dono de
Obra

Equipa Projetista Fiscalização e Entidade executante


Coordenação de Obra

Empreiteiro geral

Coordenador do Dir. Tec. da Obra


Projeto em matéria
de Segurança
Coordenador de Encarregado
Obra em matéria Geral
de Segurança
Responsável
Segurança

Sub-
empreiteiros

Autores do Projeto Equipa de Trabalhadores


Fiscalização Independentes

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8.1 Reuniões de segurança
O coordenador de obra em matéria de segurança e saúde promoverá, com uma
periodicidade adequada, reuniões onde serão abordadas as questões de segurança,
higiene e saúde no trabalho. As atas destas reuniões serão mantidas como registo.

8.2 Obrigações dos intervenientes no domínio da segurança e


saúde no trabalho

As obrigações de cada interveniente estão mencionadas no Decreto-Lei 273/03 nos


seguintes artigos:

• Dono da obra – Art. 17º do Decreto-Lei 273/03

• Autor do Projecto – – Art. 18º do Decreto-Lei 273/03

• Coordenador de segurança em obra – Art. 19º do Decreto-Lei 273/03

• Entidade Executante – Art. 20º do Decreto-Lei 273/03

• Sub-empreiteiros – Art. 22º do Decreto-Lei 273/03

• Trabalhadores independentes – Art. 23º do Decreto-Lei 273/03

9. PLANOS E REGISTOS DE MONITORIZAÇÃO E


PREVENÇÃO

Os planos de Monitorização e Prevenção visam estabelecer para os elementos /


operações de construção com riscos associados, as medidas preventivas a adotar face a
esses riscos, assim como estabelecer o processo de registo de forma a comprovar a
execução das medidas previstas.
Os planos específicos e correspondentes planos e registos de monitorização serão
elaborados pela entidade executante para cada trabalho relevante. Nenhum trabalho
relevante poderá ser iniciado sem que estejam aprovados os respetivos planos, sendo a
entidade executante responsável por qualquer situação decorrente do início de qualquer
trabalho relevante que não tenha o seu plano especifico aprovado pelo coordenador de
segurança.
Com os Planos de monitorização e Prevenção pretende-se identificar os riscos e planear
as respetivas medidas preventivas associadas à execução de cada elemento / operação
de construção.
A Ficha de Inspeção de Tarefas, que tem como objetivo verificar se as tarefas estão a
ser executadas devidamente e serão registadas em Registos de Inspeção e Prevenção
que se encontram ANEXO 16 deste PSS.
31
A cada PMP corresponderá um plano Especifico e uma ou mais Instruções de Trabalho.
Os planos específicos deverão descrever os métodos e processos construtivos na ótica
da segurança, como base para a identificação e avaliação de riscos e estabelecimentos
das ações e medidas preventivas a serem implementadas pela entidade executante, de
forma a dar cumprimento ao estabelecido na legislação em vigor, em matéria da
segurança dos trabalhos de construção.
A entidade executante terá de elaborar, instruções de trabalho e os planos específicos
para os trabalhos com riscos especiais.
Desta forma, PMP ‘S, caso o coordenador de segurança em obra o determine, deverão
conter ações de prevenção, devidamente aprovados antes de passar a fase seguinte de
trabalhos ou operação.
Todos os trabalhos específicos, contendo em anexo os PMP’s respetivos, deverão ser
numerados sequencialmente e ser arquivados após validação pelo Coordenador de
Segurança em obra, sobrepondo as mais recentes as mais antigas.
A entidade executante deverá manter permanentemente atualizada a listagem de todos
os PE’S, PMP’s, com indicação das versões dos documentos em vigor e as datas de
elaboração e aprovação dos mesmos.
Desta forma, antes do início de cada atividade a entidade executante, obriga-se a
comunicar por escrito ao coordenador de segurança, a existência e conformidade de
toda a documentação exigida neste PSS, sem a qual não poderá dar início aos
trabalhos.
O Coordenador de segurança deverá assim certificar-se, de que foram cumpridos os
seguintes aspetos gerais de segurança:

• Foi feito o planeamento de segurança em conformidade com o projeto, prevendo-


se a organização dos espaços de trabalho e a existência dos planos específicos
aplicáveis.
• Existe uma cadeia de responsabilidades bem definida, nomeadamente ao nível
dos responsáveis em cada frente de trabalho.
• Foi feita a receção de todos os equipamentos de trabalho e que os mesmos estão
em conformidade com a legislação em vigor.
• Todos os trabalhadores afetos a atividade possuem formação específica sobre os
riscos e respetivas medidas de preventivas, associadas a atividade.
• Todos os trabalhadores em obra estão cobertos com o seguro de acidentes de
trabalho e possuem ficha de aptidão médica.
• Foram distribuídos a todos os trabalhadores os EPI’s adequados as suas tarefas.

10. Plano de Formação e Informação dos trabalhadores

Tendo em conta o dispositivo legal, cabe ao empregador colaborar e fomentar para a


sensibilização no âmbito da higiene e segurança do trabalho.
Está previsto um plano de Formação e Informação dos Trabalhadores tendo em vista a
prevenção para os riscos de acidentes de trabalho e doenças profissionais.
Nos termos da Lei-Quadro sobre Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, constitui
obrigação da entidade empregadora assegurar a formação e informação dos
trabalhadores tendo em conta as funções que desempenham e o posto de trabalho que
ocupam.

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Atendendo às características dos trabalhos a realizar, ao prazo de execução da
empreitada, às condicionantes existentes e aos métodos e processos construtivos, o
Entidade Executante deverá preparar até 11 (onze) dias após a data da consignação,
um Plano de Formação e Informação dos Trabalhadores.
O Plano de Formação e Informação dos Trabalhadores poderá incluir acções de
diversos tipos, nomeadamente:
− Ações de sensibilização da generalidade dos trabalhadores para a segurança e
saúde no trabalho;
− Afixação de informações gerais sobre a segurança no trabalho, realçando aspetos
essenciais;
− Incluir a calendarização de reuniões periódicas por grupos de trabalhadores;
− Proporcionar formação específica a trabalhadores sempre que se justifique;
− Proporcionar formação adequada a trabalhadores com tarefas específicas no âmbito
da segurança e saúde (técnico de prevenção, socorrista, etc.).
Todas as ações do âmbito da Formação e Informação dos Trabalhadores devem ser
registadas, incluindo nomeadamente, registos de presenças, tema abordado, duração, etc..
No Anexo 20 encontra-se a calendarização e identificação das ações de formação e
informação. No registo da ações de formação que após preenchido devera constar no
anexo 21

11. Gestão de acidentes

11.1 Seguro de Acidentes de Trabalho e Outros

Todos os trabalhadores de uma obra devem estar cobertos por um seguro de acidentes
de trabalho, ficando à responsabilidade do Adjudicatário essa tarefa. Esses seguros,
tem de ser verificados com alguma periodicidade, para que haja garantia de que ao
longo do decorrer da obra, todos os trabalhadores estão cobertos.
Deverá anexar-se ao PSS e deverá constar em obra, uma listagem actualizada de todos
os seguros de acidentes de trabalho, assim como de outros seguros, referentes ao
empreendimento e aos intervenientes directos na execução dos trabalhos.
Apresenta-se em anexo 1 um modelo MVR 9 para o preenchimento de dados dos
seguros de trabalhos e de outros seguros existentes que deve contar no anexo 22.

11.2 Acidentes

Sempre que ocorram acidentes de trabalho o Responsável do estaleiro avisa a Técnico


de Segurança para que este participe à seguradora nos prazos legalmente
estabelecidos. O técnico de segurança terá que preencher o modelo MVR 10 – Registo
de Acidentes, onde que se registam todas as informações relevantes para permitir uma
análise detalhada do acidente.
O Técnico de Segurança entregará fotocópia da participação à seguradora, no prazo
legalmente estabelecido.

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O Técnico de Segurança comunicará ao ACT e ao Coordenador de Segurança em Obra
a ocorrência de acidentes graves ou mortais, e exigirá o mesmo procedimento aos
subempreiteiros contratados, solicitando a estes fotocópia do registo.
É de extrema importância referir que todos os acidentes ocorridos serão alvo de registo
em documento próprio. Este documento é apresentado no Anexo 23 deste PSS.

11.3 Estatística dos acidentes de trabalho

Um dos objectivos da aplicação do Plano de Segurança e Saúde, será a não ocorrência


de acidentes de trabalho, o que deverá ser comprovada estatisticamente.
Para o efeito serão utilizados dois índices designados por Índice de Frequência (IF) e
Índice de Gravidade (IG) que se definem do seguinte modo:

nº de acidentes c/ baixa* 106


IF = ---------------------------------------------
nº horas trabalhadas

nº de dias úteis perdidos* 103


IG = -----------------------------------------------
nº horas trabalhadas

IF representa o número de acidentes com baixa por um milhão de horas trabalhadas e


IG corresponde ao número de dias úteis perdidos por cada mil horas trabalhadas.
Mensalmente será calculado os índices de sinistralidade da empreitada, e arquivada no
anexo24.

12. Plano de Emergência

Nos temos da legislação em vigor, constitui obrigação do empregador o estabelecimento


das medidas a adotar em caso de ocorrência de acidente ou mesmo de uma catástrofe
(incêndios, explosões, sismos, inundações).
Dado as dimensões da obra, no tocante a primeiros socorros, deverá existir no estaleiro
uma caixa de primeiros socorros contendo os materiais necessários. Deve localizar-se
em local de fácil acesso estar devidamente sinalizada.
Deve existir material de combate a incêndios em locais acessíveis, devidamente
sinalizados, de acordo com a legislação em vigor, e em perfeito estado de
funcionamento. Para isso deverão ser regularmente verificados a fim de se garantir um
funcionamento efetivo dos mesmos em caso de acidente.
Durante os períodos de trabalho haverá em obra trabalhadores em número suficiente e
devidamente instruídos no uso do material de combate a incêndio.

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Desta forma, o Plano de Emergência, dadas as dimensões da obra e os riscos que esta
acarreta, reduz-se a uma sequência de procedimentos a adotar em caso de acidente. O
objetivo primordial é prestar-se, no menor espaço de tempo possível, a assistência
necessária à vítima. Desta forma, resumiu-se numa série de passos, que deve estar
afixada em local apropriado, os procedimentos a seguir em caso de emergência Anexo
26.
Para facilitar as operações em caso de emergência, resumiu-se num quadro os
principais números de emergência da área, em que se localiza a obra Anexo 27. Este
deverá estar sempre exposto em local apropriado.

Chaves, Fevereiro de 2020

O Técnico de Segurança Superior de Segurança no Trabalho:

_____________________________________________
(título profissional nº12542001ET6)

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