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Segurança do Trabalho: Gestão Ambiental

Instituto de Educação Santa Maria, R. Padre João Porto, 481 - Centro, Pompéu - MG Fone: (37) 3523-1502
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Segurança do Trabalho: Gestão Ambiental

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1.1 MEIO AMBIENTE: AR, ÁGUA E SOLO ............................................................... 4
1.1.1 ÁGUA .......................................................................................................................... 5
1.1.2 AR ................................................................................................................................ 6
1.1.3 SOLO ........................................................................................................................... 7
1.1.4 RESÍDUOS E EFLUENTES........................................................................................ 8
1.1.5 EFLUENTES ............................................................................................................. 10
1.1.6 TRATAMENTO DE EFLUENTES ........................................................................... 11
2 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS, PNEUMÁTICOS, ELÉTRICOS E MECÂNICOS
PARA COLETA E TRATAMERNTO DE RESÍDUOS E EFLUENTES ......................... 11
2.1 HIDRÁULICOS ............................................................................................................ 11
2.2 PNEUMÁTICOS .......................................................................................................... 12
2.3 MECÂNICOS ............................................................................................................... 12
2.4 ELÉTRICOS ................................................................................................................. 12
2.5 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................... 13
3. LIXÃO ........................................................................................................................... 15
3.1 ATERRO SANITÁRIO ................................................................................................ 15
4 FORMULAÇÃO DE PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL .............................. 16
4.1 ELEMENTOS DO SISTEMADE GESTÃO AMBIENTAL ........................................ 17
4.1.1 Requisitos Gerais ................................................................................................. 18
4.1.2 POLÍTICA AMBIENTAL .................................................................................... 18
4.1.3 Identificação de Aspectos e Impactos .................................................................. 18
4.1.4 Requisitos Legais e Outros................................................................................... 19
4.1.5 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO ................................................................ 19
4.1.6 COMPETÊNCIA, TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO ...................... 19
4.1.7 COMUNICAÇÃO................................................................................................ 20
4.1.8 DOCUMENTAÇÃO ............................................................................................. 20
4.1.9 CONTROLE DE DOCUMENTOS .................................................................... 20
4.1.10 CONTROLE DE REGISTROS ........................................................................ 20
4.1.11 CONTROLE OPERACIONAL ....................................................................... 20

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4.1.12 PREPARAÇÃO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS .................................... 21


4.1.13 VERIFICAÇÃO .................................................................................................. 21
4.1.14 MONITORAMENTO E MEDIÇÕES .............................................................. 21
4.1.15 AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E OUTROS
............................................................................................................................................. 22
4.1.16 AUDITORIA INTERNA ............................................................................. 22
4.1.17 AÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA ........................................................... 22
4.1.18 ANÁLISE PELA ADMINISTRAÇÃO.................................................................. 22
5 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE – NBR ISO 9001 .................................... 22
5.1 COMPARAÇÃO DOS ELEMENTOS – QUALIDADE (ISO 9001) e
AMBIENTAL (ISO 14001) .......................................................................................... 23
5.1.1 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ................................................................................... 23
6 CERTIFICADO DE MOVIMENTAÇÃO DE RESÍDUOS DE INTERESSE
AMBIENTAL ..................................................................................................................... 25
7 COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL...................... 26
8. EXERCICIOS DE FIXAÇÃO ....................................................................................... 27
9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL .......................................................................................... 27
10. LEGISLAÇÕES AMBIENTAIS ................................................................................. 28
11.DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL ................................................................... 32
12. CONFERENCIA MUNDIAIS SOBRE O MEIO AMBIENTE ................................... 35
13. AGENDA 21 E AGENDA 21 LOCAL .................................................................................37
14. BIBLIOGRAFIA ...............................................................................................................39

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1. INTRODUÇÃO
Ao término desta disciplina você será capaz de:

 Compreender o Meio Ambiente em relação ao Ar, Água e Solo;


 Compreender a Poluição Ambiental;
 Compreender os conceitos e Resíduos e Efluentes e seus tipos;
 Compreender os conceitos de Aterros Sanitários de Lixões e diferenciá-los;
 Conhecer e compreender as formulações de Programas de Gestão Ambiental;
 Compreender a elaboração de Atividades Educativas, bem como sua divulgação e
avaliação dos resultados;
 Conhecer e compreender as Normas da ABNT;
 Conhecer e compreender a Legislação DAEE;
 Conhecer e compreender a Qualidade no Processo (ISO 9001/14001);
 Conhecer e identificar os Equipamentos Hidráulicos, Pneumáticos, Elétricos e
Mecânicos usados no tratamento de resíduos e efluentes;
 Conhecer e compreender Procedimentos de Manutenção Preventiva/Corretiva;
 Conhecer e compreender Técnicas de Avaliação de Resultados;
 Conhecer e compreender a Legislação e Normas Ambientais

1.1 MEIO AMBIENTE: AR, ÁGUA E SOLO

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, em 1972, na cidade de
Estocolmo, Suécia, meio ambiente foi definido como “o conjunto de componentes físicos,
químicos, biológicos e sociais capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto
ou longo, sobre os seres vivos e as atividades humanas”. O que ocorre hoje é que as atividades
humanas estão alterando o meio ambiente de maneira muito rápida, reduzindo cada vez mais a
quantidade e a qualidade dos recursos naturais.
O conceito de meio ambiente, porém, não está limitado apenas aos aspectos naturais,
abrangendo também a interação entre o meio biológico (fauna, flora, micro-organismos etc.),
fatores físicos (atmosfera, solo, rochas, água) e meio social e econômico.
Porém, como já mencionado, essa relação nem sempre é harmônica. As atividades
humanas estão provocando impactos violentos na Natureza, o que trará, mais cedo ou mais tarde,
consequências desastrosas pelo próprio ser humano.

“PRÁTICAS CONSCIENTES NA INDÚSTRIA REDUZEM O CONSUMO DE ÁGUA

De todo potencial de água que existe no planeta, quase um quinto (22%)


é utilizado pela indústria, estima o site acadêmico Evergreen. Por isso, este
setor tem papel fundamental na conservação do recurso natural.
Práticas como reuso, aproveitamento de água da chuva, limpeza a seco
e uso consciente na produção têm sido adotadas para gerar economia na conta e,
principalmente, reduzir o impacto da indústria na manutenção deste recurso. Veja alguns
exemplos de grandes empresas que estão poupando o precioso líquido durante a fabricação de
seus produtos.
Ambev - A fabricante de bebidas Ambev informou ter reduzido o consumo de água de
sua produção em 36%, por meio da reutilização da matéria-prima nos últimos dez anos. Ao
final do segundo semestre de 2002, a companhia tinha um índice de consumo médio de 536

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litros de água para cada 100 litros de produção. Em 2012, a quantidade usada era de 340 litros
para produzir obter o mesmo resultado.
(...)
Coca-Cola -A multinacional alcançou seu menor nível de uso de água em 2012. A
empresa passou a usar 1 litro e 400 ml para produzir um litro de cada um de seus produtos, são
30 ml a menos - um copo de cafezinho leva 50 ml, observando cada unidade. Mas ao todo a
redução caiu de 9,4 milhões de metros cúbicos para 8,2 milhões, de 2011 em relação ao ano
passado.
Google - A empresa adota datacenter (centro de processamento de dados, onde ficam
os servidores) na Finlândia, que usa metade do que habitual com energia, água e outros
recursos necessários para refrigerar os computadores.
Nestlé - A maior empresa mundial de nutrição, com operações industriais em 83
países, anunciou que desde 1988, até o fim de 2012, o uso de água na multinacional caiu 81%.
Isso equivale a 25,8 milhões de m3, capaz de abastecer, por um ano, uma comunidade de 350
mil habitantes. Na emissão de carbono, a redução foi de 63%. A marca também tem realizado
um projeto para reutilizar suas garrafas de água mineral, mas esta ação está em
desenvolvimento e deve ser restrita às escolas. Leia na íntegra a matéria publicada em
15/07/13 acessando o site Eco Desenvolvimento (http://www.ecodesenvolvimento.org/dicas-e-
guias/guias/2013/julho/praticas-conscientes-na-industria-reduzem-o?tag=agua)”

1.1.1 ÁGUA

Ocorre em quase toda a superfície do planeta, sendo que 97% é salgada e apenas 3% é
doce, utilizável. Deste percentual, a maior parte está em calotas polares e em geleiras. Apenas
0,01% da água está em rios e lagos.
Ciclo da água: ao evaporar, condensa-se em grandes altitudes formando nuvens, Volta
em forma de chuva, infiltrando-se na terra e formando o lençol freático, que alimentará rios,
lagos e mares, reiniciando o ciclo.
A água não é um recurso infinito como se acreditava
no passado. Na verdade, muitos países já enfrentam crises de
abastecimento de água.
Contribuem para a diminuição da oferta de água a
superpopulação com o intenso consumo pelas sociedades, a
urbanização, as atividades produtivas e falta de medidas
ambientais que reduzam sua perda e aumentem sua oferta. – “Você leu a matéria que abre o
estudo sobre a água, publicada no site Eco Desenvolvimento? Veja que algumas empresas já
se procupam em evitar o desperdício, reduzindo seu consumo.”
Dentre os fatores que diminuem a oferta de água, podemos destacar a poluição. Além de
reduzir a disponibilidade do recurso, contribui para transmitir doenças; anualmente morrem
milhões de pessoas, especialmente crianças vítimas de diarreia, como conseqüência da
contaminação hídrica. A poluição pode ser classificada como:

• Poluição industrial: resíduos químicos sem tratamento lançados por


indústrias em coleções de água (rios, lagos, represas, mares), contaminado
plantas e animais que vivem no ambiente aquático.

• Insumos agrícolas: agrotóxicos e fertilizantes que matam pragas e adubar o


solo, porém contaminam o lençol freático e mananciais. Quando lixiviados pela
chuva escoam até os cursos de água, contaminando-os. Uma parte é absorvida
pelo solo e chega ao lençol freático, contaminando poços e

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nascentes.

• Esgoto doméstico: lançamento de esgotos domésticos sem tratamento nos


cursos e coleções de água. O rápido aumento dos nutrientes (eutrofização)
favorece a multiplicação de bactérias e algas unicelulares que consomem o
oxigênio, matando vários organismos aquáticos.

“CHINA MUDARÁ COMBUSTÍVEIS PARA REDUZIR POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA”

A medida é uma entre várias que pretendem diminuir a poluição. A


previsão é que o padrão seja adotado em todo o país até o fim de 2017.
A China vai reformular os combustíveis de automóveis a partir de 2015,
como parte de uma série de medidas para tentar diminuir a intensa poluição
atmosférica que afeta as principais cidades. As autoridades do país vão
promover o uso de veículos elétricos e híbridos e continuar com a eliminação dos veículos
antigos que não cumprem os limites de emissão. As medidas foram divulgadas na noite da
última quinta-feira, 30, e publicadas nesta sexta-feira, 31, na imprensa oficial.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma anunciou que as principais
cidades do país devem adotar os novos combustíveis, mais limpos, no fim de 2015. O novo
padrão deve se estender ao restante do país até o fim de 2017.
O governo deve estimular o uso de veículos elétricos ou híbridos, que deverão
representar pelo menos 30% das novas unidades compradas até 2016.
Leia esta reportagem na íntegra divulgada pelo jornal O Povo em
31/10/2014acessando:
http://www.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/asia/2014/10/31/noticiasasia,3340552/china
-mudara-combustiveis-para-reduzir-poluicao-atmosferica.shtml.”

1.1.2 AR

O ar é formado por uma mistura de vários gases, como nitrogênio (N2),


oxigênio (O2), gás carbônico (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e vapor
d'água.
Um dos grandes maiores problemas ambientais da atualidade é a poluição
atmosférica, característica dos grandes centros urbanos e industriais. É consequência da queima
de combustíveis fósseis nos transportes, na geração de energia elétrica e na produção industrial.
Os poluentes mais emitidos são o dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO),
hidrocarbonetos (HC), CFC´s (Clorofluorcarbonetos), aldeídos (R-CHO), óxidos de nitrogênio
(NOx), óxidos de enxofre (SOx) e material particulado (MP).
Esses poluentes provocam vários problemas ecológicos (aumento do
efeito estufa, destruição da camada de ozônio, inversão térmica etc.). O ser
humano, que também faz parte desse meio, tem sua saúde afetada, pois doenças
respiratórias crônicas e alérgicas, como a bronquite e rinite, são uma
das consequências desse processo.
“Olha só um dos países que mais poluem a atmosfera no mundo, a China, começando a
se preocupar com esse problema, como divulgado pela reportagem do jornal O Povo.
Esperamos que outros países sigam esse exemplo.”

“PRESIDÊNCIA VETA PRAZO MAIOR PARA MUNICÍPIOS ACABAREM COM LIXÕES

Ampliação foi incluída pelo Congresso em MP sobre desonerações. Executivo também


vetou isenções de impostos a alguns setores da economia.

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O vice-presidente da República, Michel Temer, vetou trecho de uma medida provisória


aprovada pelo Congresso que previa a ampliação em quatro anos do prazo para municípios
acabarem com lixões. O veto foi publicado nesta sexta-feira (14) no ‘Diário Oficial da União’ e foi
assinado por Temer porque a presidente Dilma Rousseff está em viagem oficial fora do Brasil.
O texto sobre lixões foi incluído pelos parlamentares na MP 651 de 2014, que trata de
medidas de incentivo à economia. A Lei de Resíduos Sólidos, que é de 2010, fixou o mês de agosto
deste ano como prazo máximo para a substituição dos lixões por aterros sanitários.
Sob a alegação de que os municípios não teriam condição de cumprir a regra, deputados e senadores
adiaram o prazo para a extinção dos lixões. Na votação da MP no Senado, o senador Romero Jucá
(PMDB-RR), relator da MP na comissão mista que analisou a matéria, já havia anunciado que o
governo vetaria essa ampliação do prazo.
‘A prorrogação de prazos, da forma como prevista, contrariaria o interesse público, por
adiar a consolidação de aspecto importante da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Além disso, a
imposição de veto decorre de acordo realizado no plenário do Senado Federal com as Lideranças
Parlamentares, que se comprometeram a apresentar alternativa para a solução da questão’, diz o
vice-presidente da República na justificativa do veto.”
Esta reportagem, divulgada pelo jornal G1, pode ser acompanhada na íntegra acessando:
http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/11/presidencia-veta-prazo-maior-para-municipios-
acabarem-com-lixoes.html.”

1.1.3 SOLO
O solo é o produto final dos processos físicos, químicos e biológicos
que degradam as rochas, sendo uma mistura de minerais, matéria orgânica e
água. Sua principal característica é sustentar a vida vegetal no planeta.
A poluição do solo decorre do acúmulo de lixo sólido, como
embalagens de plástico, papel e metal que não são degradados pelo micro-

organismos, permanecendo por até milhares de anos, e da deposição de produtos químicos,


como fertilizantes, pesticidas e herbicidas nocivos aos vegetais, animais e micro-organismos
que vivem neste elemento.
“Ficou claro que os lixões são um dos maiores contaminantes do solo, não é? Isso será
retomado nesta apostila mais adiante; esperamos que esta lei, mencionada na reportagem do
jornal G1 realmente seja cumprida.”

“A indústria de fertilizantes BioSolo conta, em seu corpo de


funcionários, com o Técnico em Segurança do Trabalho Cézar. Ele está
incumbido deformar uma equipe, liderada pelo Engenheiro Alexandre,
especializado em Gestão Ambiental, que irá levantar os problemas
decorrentes de resíduos emitidos pela empresa em suas atividades industriais, e adequar esses
resíduos às normas e legislações vigentes.

Para isso primeiro levantaram os principais resíduos emitidos pela empresa.


Verificaram que os maiores problemas estavam na emissão de efluentes carregados de fosfatos
que, em coleções de água, podem provocar a explosão no crescimento de cianobactérias,
micro-organismos produtores de toxinas aos peixes, e na geração do fosfogesso, material
sólido que simplesmente fica acumulado nas áreas externas da empresa, formando verdadeiras
montanhas, e que, por suas propriedades químicas, pode contaminar o lençol freático.

Após esse levantamento, começaram a elaborar as alternativas para reduzir a geração


desses resíduos ou, de alguma forma, reaproveitá-los. No caso dos efluentes líquidos
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carregados de fosfatos, o processo de precipitação-flotação é o mais indicado, no qual os


contaminantes são tratados por meio de compostos que geram resíduos separáveis da parte
líquida. Em relação ao fosfogesso, descobriram que pode ser usado no lugar do calcáreo na
agricultura, tendo um preço mais baixo para o produtor rural.”

1.1.4 RESÍDUOS E EFLUENTES

Resíduos Sólidos: são todos os restos sólidos ou semi-sólidos que já


não apresentam utilidade nas atividades que os geraram, mas podem se tornar
matéria-prima para outras atividades, como os plásticos, metais, vidros e outros
materiais recicláveis, ou mesmo restos de folhas e alimentos, que podem ser
convertidos em adubo.
A indústria classifica resíduo como material que não foi transformado
em produto, o que gera prejuízos. Dessa forma, hoje em dia pesquisa-se muito sobre formas de
evitar desperdícios ou reaproveitar esses resíduos.

Os resíduos sólidos podem ser classificados como:

Resíduo Hospitalar: proveniente de hospitais e outros estabelecimentos de


serviços de saúde, formado por seringas, agulhas, curativos e outros materiais que
podem apresentar algum tipo de contaminação por micro-organismos causadores de
doenças infecciosas;

Resíduos Domiciliares: provenientes das residências; aqui podem ser encontrados


restos de alimentos, resíduos sanitários, papel, metais, plásticos, vidro etc.

Resíduos Agrícolas: compostos por embalagens de


agrotóxicos, restos orgânicos (palhas, estrume, animais mortos
etc.), produtos veterinários etc.; são gerados pelas atividades
agrícolas (plantações) ou pecuárias (criação de animais).

Resíduos Comerciais: constituídos por materiais recicláveis como papel, papelão


e plásticos de embalagens; podem conter restos sanitários e orgânicos.

Resíduos Industriais: são constituídos por escórias (impurezas resultantes


da fundição de metais), cinzas, lodos, óleos, plásticos, papel, borrachas etc.,
todos materiais com alta carga de contaminação química provenientes das
diversas atividades industriais. – “É isso mesmo, você acabou de associar com o
fosfogesso gerado pela indústria de fertilizantes BioSolo, correto?”

Entulhos: restos provenientes da construção civil e reformas, compostos por restos


de demolição (madeiras, tijolos, cimento, blocos, metais etc.), de obras e solos de escavações,
sendo recicláveis quase 100% destes resíduos.

Resíduo Público ou de Varrição: proveniente das vias públicas, galerias etc.


Apresenta composição variada, podendo ser formado por grama, restos de
alimentos, animais mortos, folhas e galhos de árvores, papel, plástico, etc.

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De acordo com o TIPO:

- Resíduo Reciclável: papel, plástico, metal, alumínio, vidro etc.

- Resíduo Não Reciclável ou Rejeito: resíduos que não são recicláveis, ou


resíduos recicláveis contaminados;

De acordo com a COMPOSICÃO QUÍMICA:

Orgânicos: restos de alimentos, folhas, grama, animais mortos, esterco, papel, madeira etc.
Alguns compostos orgânicos podem ser tóxicos, como:

 Poluentes Orgânicos Persistentes (hidrocarbonetos de alto


peso molecular, clorados e aromáticos, alguns pesticidas
(Ex.: DDT, DDE, lindane, hexaclorobenzeno,
bifenilpoliclorados). Estes compostos orgânicos são tão
perigosos que foi criada uma norma internacional para seu
controle, a chamada Convenção de Estocolmo);

 Poluentes Orgânicos Não Persistentes (óleos e óleos usados,


solventes de baixo peso molecular, alguns pesticidas
biodegradáveis e a maioria dos detergentes).

 Inorgânicos: vidros, plásticos, borrachas etc.

De acordo com a PERICULOSIDADE:

Essa classificação foi definida pela ABNT na Norma NBR 10.004/2004


(http://www.abetre.org.br/biblioteca/publicacoes/publicacoes-abetre/classificacao-de-residuos)
da seguinte forma:
Resíduos Perigosos (Classe I): são aqueles que podem apresentar riscos para a sociedade
ou para o meio ambiente. São considerados perigosos também os que apresentem uma das
seguintes características: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e/ou
patogenicidade. Na norma estão definidos os critérios que devem ser observados em ensaios
de laboratório para a determinação destes itens. Os resíduos que recebem esta classificação
requerem cuidados especiais de destinação, como madeiras e panos contaminados com óleos e
graxas, solventes, serragens contaminadas com produtos químicos, tecidos contaminados e
outros; devem ser separados nos tambores cor laranja e seu resíduo acondicionado na caçamba
classe I no deposito de resíduos perigosos.

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Resíduos Não Perigosos (Classe II): não apresentam nenhuma das características acima,
podem ainda ser classificados em dois subtipos:
Classe II A – não inertes: são aqueles que não se enquadram no item anterior, Classe I, nem no
próximo item, Classe II B. Geralmente apresenta alguma dessas características:
biodegradabilidade, combustibilidade e solubilidade em água.
Classe II B – inertes: quando submetidos ao contato com água destilada ou desionizada, à
temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção da cor, turbidez, dureza e sabor,
conforme anexo G da norma NBR10.004/2004.
Caracterização

Para que os resíduos sólidos sejam caracterizados deve-se conhecer suas propriedades
físicas (granulometria, peso, volume, resistência mecânica etc) e químicas (reatividade,
composição, solubilidade etc.). Algumas normas utilizadas na caracterização dos resíduos:
- ABNT NBR10.004/2007 – Resíduos Sólidos – Classificação
- ABNT NBR10.005/2004 – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos
sólidos
- ABNT NBR10.006/2004 – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos
sólidos
- ABNT NBR10.007/2004 – Amostragem de resíduos sólidos
- ABNT NBR12.808/1993 – Resíduos de Serviços de Saúde – Classificação
- ABNT NBR14.598/2000 – Produtos de petróleo – Determinação do ponto de fulgor
- USEPA – SW846 – Test Methods for Evaluating Solid Waste – Physical/Chemical Methods
(Métodos de Testes para Avaliação de Resíduos Sólidos – Métodos Físicos/Químicos)

Responsabilidade

A responsabilidade pela coleta e destinação do lixo gerado pode variar entre os Estado e
municípios conforme a legislação local, mas normalmente os municípios são responsáveis pela
coleta e destinação dos resíduos domiciliares, comerciais e públicos, enquanto os resíduos de
serviços de saúde, industrial, de portos, aeroportos e terminais ferroviários e rodoviários,
agrícolas e entulhos, são de responsabilidade das empresas que os produziram.

1.1.5 EFLUENTES

São produtos líquidos e gasosos resultantes de diversas ações


antrópicas. Podem ser classificados em:

Efluentes gasosos: esses efluentes são liberados em maiores quantidades em áreas


urbanas e industriais devido à ação das indústrias e da queima de combustíveis pelos veículos
automotores.

Efluentes líquidos: têm origem em diversas fontes, podendo ser divididos em:

Domésticos: são caracterizados por grande quantidade de matéria orgânico, já que são
compostos de fezes, restos de alimentos etc. Podem apresentar poluentes químicos por conter
produtos como os de limpeza;

Industriais: os gerados pelas indústrias agrícolas e alimentícias são ricos em matéria


orgânica. Outros tipos de indústrias geram efluentes ricos em diversos compostos químicos

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tóxicos. – “Opa, olha aí o tipo de efluente rico em fosfatos gerado pela BioSolo, a indústria de
fertilizantes.”

Agrícolas: São ricos em nitrogênio, fósforo e enxofre devido aos fertilizantes


e agrotóxicos utilizados em plantações, ou provenientes de criações de animais. Os poluentes
agrícolas atingem as águas penetrando no solo e alcançando o lençol freático. Quando levados
pelas águas da chuva, carregam os nutrientes para as coleções de água e provocam a explosão
de crescimento de algas e cianobactérias (eutrofização), que provoca mortandade de peixes e
outros organismos por diminuição do oxigênio da água. – “Você deve ter percebido que alguns
efluentes industriais também causam a eutrofização, como é o caso dos emitidos pela BioSolo,
a indústria de fertilizantes.”

Pluviais urbanos: a água das chuvas traz consigo resíduos como fuligem e outros
compostos de carbono liberados por carros quando lava o ambiente das cidades, contaminando
assim rios e outras coleções de água.

Depósitos de resíduos sólidos: O chorume ou líquido percolado, líquido escuro, viscoso e


de forte odor, é um composto concentrado de matéria orgânica e com grande potencial poluente
produzido pela decomposição do lixo nos lixões. Em sua composição há substâncias orgânicas
(nitratos, fosfatos etc.), materiais inorgânicos
como mercúrio, cobre, chumbo, arsênio, cádmio, cobalto e cromo, além de micro-organismos
patogênicos.

1.1.6 TRATAMENTO DE EFLUENTES

Algumas técnicas podem ser usadas para o tratamento de efluentes, com o intuito de
diminuir seu teor poluente, como, por exemplo:
Gradeamento: separação, por meio de grades, do material efluente mais grosseiro;
Biodigestão: geralmente usado para o chorume, o líquido sofre decomposição aeróbica (na
presença de oxigênio) antes de ser liberado em coleções de água;
Sedimentação: separação do material, porém orientada pela diferença de densidade
existente entre eles (os mais "pesados" ficam no fundo e os mais "leves" na superfície);
Equalização e correção do Ph: equilibra-se o Ph do efluente antes de ser liberado numa
massa de água ou esgoto;
Flotação: remoção de substâncias colóides. – “Note que este é o tratamento que a indústria
de fertilizantes BioSolo realiza em seus efluentes líquidos.”

2 EQUIPAMENTOS HIDRÁULICOS, PNEUMÁTICOS, ELÉTRICOS E MECÂNICOS


PARA COLETA E TRATAMERNTO DE RESÍDUOS E EFLUENTES

No tratamento de resíduos e efluentes são utilizados diversos equipamentos e máquinas.


A seguir são mostrados alguns exemplos:

2.1 HIDRÁULICOS

Bomba hidráulica para transporte de efluentes líquidos Empilhadeira para transporte de


material compactado

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Prensa hidráulica para compactação de material triturado Carro hidráulico para transporte
de paletes

2.2 PNEUMÁTICOS

Transportador pneumático para manuseio Aerador para tratamento de efluentes com carga orgânica
de materiais triturados, em pó ou
granulados

2.3 MECÂNICOS

Carro coletor de resíduos Separador água/óleo para efluentes Triturador de


sólidos resíduos
sólidos líquidos

2.4 ELÉTRICOS

Esteira para transporte de materiais sólidos diversos

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Meio Ambiente: Ar, Água, Solo;


Olá!!!! Vamos relembrar o
Resíduos e Efluentes;
que foi visto até o
Tratamento de Resíduos
momento:
Efluentes;
Equipamentos para Tratamento de
Resíduos e Efluentes

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2.5 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

OK, pessoal!Vamos agora


realizar algumas atividades
para fixar os conteúdos
estudados até o momento!

1. Em relação às fontes de contaminação das águas, associe corretamente os conceitos


apresentados na primeira coluna com suas características na segunda:

a) Poluição industrial ( ) Permanecem nas plantas e no solo, com a chuva uma


parcela das substâncias escoa em forma de enxurrada até
os cursos de água, contaminando-os

b) Insumos agrícolas ( ) O rápido aumento dos nutrientes (eutrofização)


favorece a multiplicação de bactérias e algas unicelulares
que consomem o oxigênio, matando vários organismos
aquáticos

c) Esgoto doméstico ( ) Resíduos químicos sem tratamento lançados por


indústrias em coleções de água (rios, lagos, represas,
mares), contaminado plantas e animais que vivem no
ambiente aquático

2. Leia atentamente as afirmações a seguir e complete os parênteses com V para


verdadeiro ou F para falso em relação à classificação dos resíduos sólidos e seus
exemplos:

( ) Resíduo Hospitalar: qualquer resto proveniente de hospitais e serviços de saúde


como pronto-socorro, enfermarias, laboratórios de análises clínicas, farmácias etc.
Constituído de seringas, agulhas, curativos e outros materiais que podem apresentar
algum tipo de contaminação por agentes físicos ou químicos;
( ) Resíduos Domiciliares: gerados nas residências tendo composição variável. Nesse
tipo de resíduo podem ser encontrados restos de alimentos, resíduos sanitários, papel,
plástico, vidro etc.;
( ) Resíduos Agrícolas: gerados pelas atividades agropecuárias (cultivos, criações de
animais, beneficiamento, processamento, etc.). Podem ser compostos por embalagens de
defensivos agrícolas, restos orgânicos (palhas, cascas, estrume, animais mortos, bagaços
etc.), produtos veterinários etc.;
( ) Resíduos Comerciais: produzidos pelo comércio em geral. A maior parte é
constituída por materiais não recicláveis como papel e papelão, principalmente de
embalagens, e plásticos, mas também podem conter restos sanitários e orgânicos.

3. Leia as alternativas e assinale a correta. Os trabalhadores de uma fazenda aplicam


nas plantações inseticidas à base de BHC (hexaclorobenzeno). Esta substância
pode ser classificada como:
a) Poluente orgânico não persistente;
b) Poluente inorgânico persistente;
c) Poluente inorgânico não persistente;
d) Poluente orgânico persistente;
e) Poluente inorgânico.

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4. Leia o trecho a seguir e assinale a alternativa que corretamente preenche as


lacunas. Uma oficina mecânica gera, devido a suas atividades, estopas sujas de
graxa. De acordo com a NBR 10.004/2004, este tipo de resíduo é classificado como
; para seu descarte, deve :
a) Resíduo Não Perigoso Classe II A; ser acondicionado em sacos de lixo comuns;
b) Resíduo Não Perigoso Classe II A; ser separado em tambores na cor laranja;
c) Resíduo Perigoso Classe I; ser separado em tambores na cor laranja;
d) Resíduo Não Perigoso Classe II B; ser acondicionado em sacos de lixo comuns;
e) Resíduo Perigoso Classe II A; ser separado em tambores na cor laranja;

5. Leia o trecho a seguir e assinale a alternativa que corretamente preenche as


lacunas. Em uma granja de suínos, as águas da lavagem das baias dos animais,
carregadas de fezes, são despejadas em um córrego local que deságua em uma
pequena represa. Esta coleção de água está apresentando coloração esverdeada;
observa-se que os peixes vêm constantemente à superfície. Este é um exemplo de
, causada por , que provoca :
a) Eutrofização; efluentes sólidos agrícolas; diminuição do oxigênio;
b) Eutrofização; efluentes líquidos industriais; diminuição do oxigênio;
c) Eutrofização; efluentes sólidos agrícolas; aumento do oxigênio;
d) Eutrofização; efluentes líquidos agrícolas; aumento do oxigênio;
e) Eutrofização; efluentes líquidos agrícolas; diminuição do oxigênio;

6. Leia as afirmações a seguir e complete e assinale a alternativa correta. Para a


situação apresentada na questão anterior, a granja deverá realizar o tratamento
dos efluentes:
I - Por meio de flotação do material descartado;
II - Por meio da decomposição bacteriana aeróbica do material em lagoas de
biodigestão;
III - Por meio de sedimentação do material descartado;
a) Somente I correta;
b) Somente II correta;
c) Somente III correta;
d) I, II e III corretas;
e) I, II e III incorretas

7. Leia o trecho a seguir e assinale a alternativa correta. Ainda aproveitando o caso


apresentado nas questões 5 e 6, a granja em questão deverá instalar equipamentos
para bombear as águas de lavagem contaminadas e para oxigenar os tanques de
tratamento. Estes equipamentos são classificados, respectivamente, como:
a) Hidráulico e pneumático;
b) Pneumático e mecânico;
c) Pneumático e hidráulico;
d) Hidráulicos, somente;
e) Pneumáticos, somente

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3. LIXÃO

É uma área de deposição de resíduos sólidos a céu aberto, sem


nenhum tipo de preparação do solo para receber estes resíduos.
Institucionalizados ou clandestinos, esses locais recebem volumes
diários de lixo.
Como não possuem nenhum tipo de proteção, esses locais se
tornam fontes de poluição causada pela decomposição do lixo,
contaminando o solo, os lençóis freáticos e o ar.
A matéria orgânica entra em decomposição e produz chorume (“opa, lembra-se dele?”)
e o gás metano. O chorume, como já visto, escoa e penetra na terra, contaminando a água dos
lençóis freáticos.
Formado por metano, gás carbônico (CO2) e vapor d’água, o biogás é liberado
diretamente para a atmosfera sem nenhum tratamento, sendo os dois primeiros agentes do efeito
estufa. Não bastando os impactos ambientais, o acumulo de lixo ainda atrai animais
transmissores de doenças, como ratos, moscas e baratas. Os lixões ainda são utilizados, sob
enorme risco à saúde, como fonte de renda para a população carente, que recolhe material
reciclável e, em alguns casos, chega a se alimentar dos restos encontrados no lixo.

3.1 ATERRO SANITÁRIO

É o espaço utilizado para receber resíduos sólidos (domésticos,


comerciais, de serviços de saúde, da indústria de construção, e também
resíduos sólidos retirados do esgoto) gerados pela atividade humana. -
“todos os tipos de resíduos estudados anteriormente, observe”. É
regulamentado pela Resolução CONAMA 404/2008.
Para que o chorume não atinja o lençol freático, a base do
aterro sanitário deve conter uma camada impermeável de polietileno de alta densidade, sobre
uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de líquidos para o solo. O chorume
deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro) causando menor impacto ao meio
ambiente.
Deve apresentar sistema de coleta de biogás, que será queimado na atmosfera ou
aproveitado para geração de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, sua
utilização pode, conforme previsto no Protocolo de Kioto, resultar na compensação por créditos
de carbono.
A cobertura não deve permitir a infiltração de águas pluviais, usando-se normalmente
uma camada de argila compactada. O aterro sanitário deve apresentar sistema
para monitoramento ambiental e pátio de estocagem de materiais. Quando recebem resíduos de
populações acima de 30 mil habitantes devem possuir muro ou cerca limítrofe, controle de
entrada de resíduos, guarita de entrada, prédio administrativo, oficina e borracharia.
Os aterros sanitários, no Brasil, são definidos como depósitos de resíduos sólidos
urbanos de origem doméstica, varrição de vias públicas e comércios. Os resíduos industriais
devem ser destinados a aterro próprio de resíduos sólidos industriais (enquadrado como classe II
quando não perigoso e não inerte e classe I quando tratar-se de resíduo perigoso, de acordo com
a NBR 10.004/2004.

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“A indústria de fertilizantes BioSolo está passando por uma


reestruturação. Em decorrência disto, foi convocada uma equipe composta por
vários profissionais, dentre eles o Técnico em Segurança do Trabalho Cézar.
Terão a importante e trabalhosa tarefa de elaborar um Sistema de Gestão
Ambiental (SGA) nesta empresa, que reduzirá os impactos ambientais de suas
atividades.

‘SGA? Conheço isso, é um sistema que usa o PDCA, certo?’, pergunta o técnico Cézar.
‘Isso mesmo, Cézar, nesse sistema nós planejamos, colocamos em ação, verificamos se está
tudo OK e mudamos alguma coisa se precisar, é o PDCA mesmo, e a base é a ISO 14001, a
Qualidade em Gestão Ambiental.’, responde Sidney, o gerente geral da empresa e profissional
delegado como chefe da equipe. É Engenheiro, com especialização em Gestão Ambiental.
Para que esse sistema seja implantado na BioSolo, em um primeiro momento devem
identificar quais são os impactos ambientais e suas consequências, e devem encontrar soluções
adequadas à Política Ambiental elaborada pela direção da indústria. Antes desse projeto sair
do papel, foram convocadas reuniões em todos os setores com a direção, a fim de conseguir de
todos a compreensão e o comprometimento com o sistema.
O gerente geral Sidney ficou encarregado de encabeçar o projeto devido a sua
liderança inovadora e carismática, que sabe impor sem ser autoritário, além de ser um
profundo conhecedor de todas as etapas e setores da empresa e de ter boa bagagem nos
requisitos legais envolvidos no processo. Também irá atuar nas escolas demonstrando a
preocupação com a qualidade da água e solo.
A análise dos processos industriais da BioSolo indicaram como impactos mais
significativos a geração de fosfogesso, um resíduo sólido com potencial para contaminação do
solo e do lençol freático, e efluentes líquidos ricos em fosfatos, poluidores potenciais de cursos
e coleções de água. ‘É só isso mesmo?’, pergunta o técnico Cézar a um dos funcionários do
setor de produção. ‘Se você ou mais alguém notar algum outro problema, avise, ok?’, completa.
Com base nesses dados, começaram a planejar o sistema para sua implementação em
breve. ‘Como modificar os processos sem prejudicar a produção?’, perguntam representantes
do setor industrial em uma das frequentes reuniões entre eles. ‘Quais são as leis e normas que
a empresa deve obedecer? E quais são as multas caso algum desses itens seja difícil ou
impossível de implantar? São valores maiores ou menores que o de novos equipamentos que
venham a ser adquiridos?’, perguntam, preocupados, outros do setor financeiro.
Após intermináveis reuniões entre os setores e, principalmente, entre os componentes
da equipe, chega-se a algumas conclusões. Os equipamentos utilizados no tratamento dos
efluentes líquidos terão que ser modificados. O fosfogesso, que formava montanhas nos pátios
externos da empresa, será vendido a produtores rurais.
O impacto foi sentido pouco tempo depois. As medições dos parâmetros das águas
provenientes do tratamento dos efluentes indicavam níveis bem mais baixos de fosfatos, agora
sim não preocupantes, diferente da época em que o tempo todo beiravam os limites toleráveis.
As montanhas de fosfogesso aos poucos diminuíram e a venda do produto engordou um pouco o
orçamento da empresa. ‘Agora fazemos dinheiro com lixo!’, comemora alguém do setor
financeiro.

4 FORMULAÇÃO DE PROGRAMAS DE GESTÃO AMBIENTAL

A implantação de um SGA (Sistema de Gestão Ambiental) pode aparentar


ser muito complexo. O tempo e os recursos normalmente trabalham contra, mas
uma das formas de reverter isso é adotando um plano de ação simples e eficaz,
como o desenvolvido pela EPA (Environmental Protection Agency – Agência de
Proteção Ambiental dos Estados Unidos) em 2001 e apresentado a seguir:

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Para implementar do SGA deve-se em primeiro lugar conseguir o


comprometimento da alta administração da empresa, que é fundamental para
o suporte do sistema.
Quem vai liderar deve apresentar autoridade, entender o
funcionamento da empresa e ter habilidades de gerenciamento. Será o
projetista e construtor do sistema, devendo preparar a estrutura e o orçamento preliminares
para desenvolver o SGA. – “Você reconheceu o Sidney, o gerente geral da indústria BioSolo
aqui?”
Os custos devem contabilizar o tempo dos funcionários utilizados no SGA,
treinamento, consultoria, materiais e eventuais equipamentos.

A equipe responsável pela implementação deve identificar e acessar


resultados, oportunidades e processos existentes. As equipes devem reunir-se
sempre, principalmente no início do processo. - “olha aí o pessoal das reuniões
da indústria BioSolo, o técnico Cézar no meio deles!”
O auxílio dos empregados da empresa é de grande valia, pois conhecem de
perto os problemas ambientais, de saúde e segurança relativos às suas áreas de trabalho, bem
como dos processos das operação, podendo, dessa forma, auxiliar a equipe a elaborar os
procedimentos. – “com certeza você se lembrou do técnico Cézar conversando como o
operário do setor de produção da indústria BioSolo, não é mesmo?”
O SGA a ser implementado deverá ser comparado a sistemas já existentes, como por
exemplo, a NBR ISO 14001, com objetivo de avaliar a estrutura e os procedimentos, a política,
os impactos ambientais, programas de treinamento, entre outros fatores. Esta avaliação visa
determinar quais elementos do sistema elaborado pela empresa estão adequados e quais
devem ser melhorados. – “note que foi o que o gerente geral da indústria BioSolo Sidney
explicou ao técnico Cézar.”

4.1 ELEMENTOS DO SISTEMADE GESTÃO AMBIENTAL

Os cinco principais estágios do SGA definidos pela NBR ISO


14001/2004 são:

1. Política Ambiental: a administração se compromete com a melhoria ambiental e


estabelece a política ambiental da empresa;
2. Planejamento: faz-se a revisão das operações, a identificação dos impactos ambientais
e requisitos legais e ambientais, o estabelecimento dos objetivos, a definição das metas
e elaboração do plano;

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3. Implementação e Operação: a empresa estabelece responsabilidades, realiza treinos,


comunicação, procedimentos operacionais e plano de emergência; também verifica se
as metas ambientais estão sendo alcançadas;
4. Verificação: a empresa monitora as operações e verifica se as metas estão sendo
alcançadas. Caso contrário, são implantadas as ações corretivas;
5. Análise pela administração: através da análise o SGA sofre mudanças e ajustes,
criando um ciclo de melhoria contínua.

Para realizar um SGA é necessário deixar claro a todos os empregados a importância


de tornar a questão do meio ambiente uma prioridade para a empresa, realizar a gestão
ambiental em todas as situações e lugares e identificar e verificar as causas de problemas,
prevenindo sua ocorrência.

4.1.1 Requisitos Gerais

O SGA baseia-se no ciclo PDCA: Planejar, Fazer, Verificar e


Agir. Desta forma, planeja-se as ações, coloca-se em prática, monitora-
se e modifica-se quando necessário, verificando-se se o desempenho do
SGA está sempre em melhoria contínua. – “note que foi o que o
gerente geral da indústria BioSolo Sidney explicou ao técnico Cézar
quando este disse que sabia do que se tratava o PDCA.”
A NBR ISO 14001/2004 define que “a organização deve estabelecer, documentar,
implementar, manter e continuamente melhorar um sistema da gestão ambiental em
conformidade com os requisitos desta Norma e determinar como ela irá atender a esses
requisitos.”

A ISO 14001/2004 é usada como parâmetro pois:

• É aceita internacionalmente;
• Pode ser exigida da empresa como condição de negócio em alguns mercados;
• A Norma é a base de muitos modelos de SGA.

As principais características da ISO 14001/2004 são:

• Uso do modelo PDCA;


• Visa prevenir a poluição do solo, ar e água;
• Requer a identificação e avaliação dos possíveis impactos ambientais
• Abordagem de processos com base na ISO 9001/2000
• Compromisso com a melhoria contínua

4.1.2 POLÍTICA AMBIENTAL

A Política Ambiental é a base na qual a empresa determina seus objetivos


e metas, sendo o compromisso da empresa e da administração para com o meio
ambiente.
A Política Ambiental é a motivação para a adoção do SGA. Esta política
deve exigir o comprometimento da direção nos atendimento à legislação, à
prevenção de poluição e melhoria contínua do SGA. – “perceba que esta
política é mencionada na história da implantação do SGA na indústria BioSolo.”

4.1.3 Identificação de Aspectos e Impactos

Antes de se implantar o SGA deve-se analisar a situação ambiental inicial. Para isso,
deve conhecer os impactos ambientais de suas atividades. Para isso deve monitorar as

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emissões atmosféricas, os resíduos sólidos e perigosos, eventuais contaminação do solo, os


efluentes líquidos despejados em coleções de água, o uso e a ocupação do solo, o uso de
matérias-primas e recursos naturais, as condições de operação e outros aspectos relacionados
ao meio ambiente e à comunidade local. – “note que a empresa BioSolo passa a monitorar
através de medições o impacto das mudanças adotadas, verificando, com isso, já não
apresenta números tão preocupantes.”

4.1.4 Requisitos Legais e Outros

A implementação de um SGA pressupões obediências às leis ambientais, que podem


ser municipais, estaduais ou federais. Para isso é necessário ter conhecimento de quais são
aplicáveis à realidade da empresa, bem como consciência do custo do seu não cumprimento.
– “na história da implementação do SGA da indústria BioSolo é mencionado o
conhecimento em leis ambientais do gerente geral Sidney.”

4.1.5 IMPLEMENTAÇÃO E OPERAÇÃO

A NBR ISO 14001 estabelece como requisitos para implementação e operação do SGA:

Requisitos da ISO 14001


-Assegurar a disponibilidade de recursos
1.Requisito: -Recursos humanos e habilidades especializadas
-Infraestrutura organizacional,
-Tecnologia
-Recursos financeiros
Funções, responsabilidades e autoridades devem ser:
2.Requisito: -Definidas;
-Documentadas e
-Comunicadas
Nomeação de um ou mais representante(s) que:
-Assegure que um sistema de gestão ambiental seja estabelecido,
3.Requisito: implementado e mantido.
-Relate à alta direção o desempenho do sistema de gestão ambiental

4.1.6 COMPETÊNCIA, TREINAMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO

O SGA somente terá sucesso se TODOS na empresa, desde os funcionarias


operacionais, passando pelo pessoal de escritório e a direção, sejam efetivamente treinados, não
apenas comunicados formalmente sobre a política ambiental. A NBR ISO 14001/2004 requer
que:
a) trabalhos potencialmente geradores de impactos ambientais sejam realizados por
funcionários competentes e treinados para realizar as tarefas;
b) o treinamento seja realizado;
c) TODAS as pessoas estejam conscientes da política ambiental, do sistema da gestão
ambiental e dos aspectos ambientais das atividades.

Em relação aos treinamentos, estes são de fundamental importância quando novos


empregados são contratados, quando há transferência de empregados para novos trabalhos ou
atividades, em caso de empregados que não seguem procedimentos ou instruções, ou quando
estes são modificados, na introdução de novos processos, materiais ou equipamentos. Outras
situações que exigem treinamentos são a modificação de objetivos e metas, surgimento de
novas legislações que afetam as atividades da empresa e, finalmente, quando o desempenho no
trabalho não está aceitável.

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“Em relação à conscientização, lembramos mais uma vez as reuniões e a interação


com os funcionários; lembra-se da conversa do técnico Cézar com os funcionários da
indústria BioSolo?’’

4.1.7 COMUNICAÇÃO

A comunicação interna da empresa pode ser realizada por meios diversos, como
periódicos, boletins informativos de notícias; reuniões de administração; reuniões regulares de
grupos de trabalhos; quadros de avisos e intranet. Tais meios devem possibilitar que o SGA
seja implantado em TODOS os níveis. – “em destaque a forma mais comum de comunicação
na indústria BioSolo, como visto na história que abre o assunto.”

4.1.8 DOCUMENTAÇÃO

A documentação do SGA pode variar de acordo com o tamanho e a complexidade da


organização, e deve incluir a política, objetivos e metas ambientais, a descrição do escopo do
SGA, a descrição dos principais elementos do SGA, os documentos exigidos pela NBR 14001
e os documentos que assegurem o planejamento, a operação e o controle eficazes dos processos
que estejam associados com seus aspectos ambientais. – “olha só o trabalho que os
componentes da equipe responsável pela implantação do SGA na BioSolo têm pela frente;
vai sobrar até para o técnico Cézar!”

4.1.9 CONTROLE DE DOCUMENTOS

A operação adequada do SGA exige que estejam disponíveis


versões relevantes dos documentos, ou seja, os documentos devem ser
arquivados e preservados para eventual consulta em auditorias, por
exemplo.

4.1.10 CONTROLE DE REGISTROS

Os responsáveis e a administração da organização podem precisar consultar a qualquer


momento informações necessárias para julgar se os objetivos, metas e programas ambientais
estão sendo realizados de acordo com o planejado. Além de seu uso interno, os registros
também devem estar disponíveis a interessados sobre informações a respeito do SGA; para
isso são importantes registros exatos, atualizados e rastreáveis.
Dentre os registros mais importantes destacam-se objetivos, metas e programas
ambientais; requisitos legais; licenças; comprovação de treinamentos; relatórios de auditorias;
relatórios de identificação de não conformidades, ações corretivas e preventivas e
rastreabilidade; relatórios de vazamentos ou outros incidentes ambientais; comunicações com
clientes, fornecedores ou contratantes; resultados de amostragem e monitoramento; registros
de manutenção e inspeção, e, por fim, registros de calibração de equipamentos. Concluindo: a
empresa deve manter os registros que demonstrem conformidade com os requisitos do SGA,
sendo fundamental que permaneçam legíveis. – “ou seja, a equipe responsável pela
implantação do SGA na BioSolo deve se preocupar não apenas com a redação dos
documentos, mas também sua conservação e arquivamento.”

4.1.11 CONTROLE OPERACIONAL

A empresa, para adotar o SGA, necessita controlar as atividades que


resultam em impactos ambientais. Assim, é necessária a elaboração de
documentos que comprovem que as atividades da organização ocorrem de

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acordo com a política ambiental.

Alguns exemplos de atividades e operações que podem requerer controle são o


gerenciamento e disposição de resíduos; o uso de produtos químicos; o armazenamento e
manuseio de matérias-primas e produtos químicos; o tratamento de efluentes líquidos; as
emissões atmosféricas; as descargas acidentais no ar, água ou solo e o transporte de produtos
para o cliente. – “veja que quase todas as atividades listadas passíveis de controle fazem
parte do processo produtivo da indústria de fertilizantes BioSolo.”

4.1.12 PREPARAÇÃO E RESPOSTA A EMERGÊNCIAS

A preparação e resposta a emergências visa minimizar os impactos em


acidentes ambientais.
É recomendado pela NBR ISO 14001/2004 conhecer acidentes ou
incidentes já ocorridos, informações de segurança de produtos, layout da planta
da empresa, os fluxogramas de processos e os projetos de engenharia e os
sistemas de segurança (alarmes, sprinklers etc.).
Programas de preparação e resposta a emergências, para serem eficazes, exigem
avaliação do potencial para acidentes e emergências, prevenção de incidentes e seus impactos
ambientais, procedimentos para atuação frente a incidentes, avaliações e testes periódicos dos
procedimentos de emergência e, finalmente, em caso de acidente ambiental, eliminação ou
atenuação dos impactos ambientais causados. – “a equipe responsável pela implantação do
SGA na BioSolo deve, assim, preocupar-se não apenas com o evitar acidentes, mas o que
fazer caso aconteçam.”

4.1.13 VERIFICAÇÃO

Para a empresa que adota o SGA é importante que sejam detectadas as


não conformidades, que pode incluir o não cumprimento de leis e metas
propostas. Nestes casos, devem ser adotadas as ações corretivas apropriadas
para a situação. Posteriormente, devem ser analisados os não cumprimento das
propostas para definir e implantar medidas preventivas.

O monitoramento e as medições permitem avaliar como o SGA está operando por meio
de medições do desempenho ambiental das operações, da analise das causas dos problemas, da
identificação dos pontos nos quais são necessárias ações corretivas e, por fim, na melhoria do
desempenho e da eficiência do sistema adotado. – “observe que este aspecto é mencionado na
história da implantação do SGA na indústria BioSolo; é complementado pelo item que será
comentado a seguir, o monitoramento e as medições; é o que permite a empresa verificar
que os parâmetros ambientais não estão mais perigosamente perto dos limites.”

4.1.14 MONITORAMENTO E MEDIÇÕES

Após a implantação do SGA na empresa deve-se verificar se as medidas


tomadas estão dando resultado. As medições dos parâmetros ambientais passíveis de
impactos fornecem as informações necessárias a esse controle.
Os dados coletados a partir do monitoramento e medição podem ser analisados para
identificar padrões e obter informações, que podem ser utilizadas para decidir as ações
corretivas e preventivas. – “note como a indústria de fertilizantes BioSolo realizou o
monitoramento dos parâmetros dos efluentes líquidos; somente por meio de medições
poderiam verificar que os números já não chegam tão perto dos limites máximos.”

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4.1.15 AVALIAÇÃO DO ATENDIMENTO A REQUISITOS LEGAIS E OUTROS

A empresa deve ser capaz de demonstrar que atende aos requisitos


legais, incluindo autorizações ou licenças aplicáveis. Dessa forma, deve
manter os registros das avaliações. – “devido a seu grande conhecimento em
legislação ambiental decorrente de sua especialização, o gerente geral Sidney
da indústria BioSolo e os advogados da empresa ficarão a cargo desta parte.”
4.1.16 AUDITORIA INTERNA

Após a implementação do SGA em uma empresa, todos os


processos devem ser verificados continuamente a fim de se detectar
problemas e falhas em seu andamento.
As auditorias internas são importantes pois mostram à direção,
que, como já mencionado várias vezes neste assunto, deve ser
participativa no processo, problemas não percebidos pela mesma, mas evidentes para os setores
mais próximos da produção. Auditorias internas periódicas revelam de que forma os requisitos
do SGA estão sendo cumpridos e seus resultados. – “mais reuniões? Sim, mais reuniões
para a equipe responsável pela implantação do SGA na BioSolo com a diretoria da
empresa.”

4.1.17 AÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA

Aconteceu um acidente com repercussão ambiental na empresa... E


agora? Agora, após os procedimentos emergenciais, o problema deve ser
corrigido. O SGA não é um procedimento perfeito e normalmente são
observados problemas, especialmente no início.
As ações realizadas para sanar o problema que causou o acidente são chamadas “ações
corretivas”. Porém, como ficou claro, são ações emergenciais, e não devem ser realizadas cada
vez que o problema acontece, pois o objetivo é que o acidente nunca mais ocorra. Dessa forma,
outras medidas devem ser tomadas levando-se em conta o que se observou em relação às causas
do acidente, com intuito de prevenção, sendo estas chamadas de “ações preventivas”.
“Em resumo: caso ocorra algum acidente, a equipe responsável pela implantação do
SGA na BioSolo deve solucionar o problema (plano de emergência e ações corretivas) e
investigar suas causas adotando medidas para que não aconteça de novo (ações
preventivas).”

4.1.18 ANÁLISE PELA ADMINISTRAÇÃO

Como os objetivos econômicos, ambientais e sociais da empresa são


de interesse imediato da direção, esta deve realizar revisões periódicas e
avaliações de todos os fatos levantados a respeito da situação ambiental da
organização por meio de auditorias, monitoramentos, controles operacionais
e outros dados e informações.
Além disso, deve também comparar os fatos com a política ambiental da empresa e com
os objetivos, metas e programas previstos no SGA. Estas revisões promovem a melhoria
contínua e também a garantia de que o SGA segue suprindo as necessidades ambientais da
empresa.

5 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE – NBR ISO 9001

A NBR ISO 9001/2000 (assunto que é visto com mais detalhes na


apostila Gestão da Qualidade) é a norma que define exigências na Gestão da
Qualidade de uma empresa. De acordo com essa norma, as empresas devem
“demonstrar sua capacidade para a constante disponibilização de produtos que

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atendam aos requisitos dos clientes, os regulamentares e os da própria organização, e


demonstrar que atingem a satisfação do cliente através de aplicação eficiente do sistema,
inclusive dos processos para a melhoria continua e para a prevenção de não-conformidades.”

O objetivo dessa norma é garantir a qualidade do produto final e a satisfação do


cliente. Assim, o foco a ser observado no processo de certificação é o produto final. Resíduos e
efluentes podem ser produtos secundários de uma empresa (como o fosfogesso e os efluentes
líquidos da BioSolo) e não atingem diretamente o cliente, sendo esta a principal diferença entre
este sistema (ISO 9001), e o voltado para a qualidade ambiental (ISO 14001).
5.1 COMPARAÇÃO DOS ELEMENTOS – QUALIDADE (ISO 9001) e
AMBIENTAL (ISO 14001)
A ISO 14001 é a norma internacional que trata de assuntos ligados à
gestão ambiental e apresenta a mesma base da ISO 9001, ou seja, “planejar,
fazer, verificar, agir” (Ciclo PDCA).
Há na verdade muitos requisitos comuns entre os dois sistemas, sendo
a principal diferença a ênfase sobre o meio ambiente (14001) em vez da
qualidade do produto (9001).
Assim, a ISO 9001 define os requisitos para assegurar que o produto ou serviço
satisfaça as necessidades dos clientes, enquanto a ISO 14001 foca na proteção ao meio ambiente
controle sobre atividades que podem gerar impacto ambiental.
“Em outras palavras: para a ISO 14001, a ser adotada como guia para a elaboração
do SGA da indústria de fertilizantes BioSolo, o foco é o meio ambiente; para garantir a
qualidade dos fertilizantes produzidos pela empresa, a norma adotada já é a ISO 9001, que
foca o produto em si.”

Lixão e Aterro Sanitário;


Olá!!!! Vamos relembrar o Formulação de Programas de
que foi visto até o Gestão Ambiental;
momento: Elementos do SGA (Sistema de
Gestão Ambiental;
ISO 14001 (Qualidade Ambiental)

5.1.1 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

OK, pessoal!Vamos agora realizar algumas


atividades para fixar os conteúdos estudados até
o momento!

1. Leia o trecho a seguir e marque se é verdadeiro ou falso e justifique sua resposta. Os


lixões são locais de destinação de resíduos cuja base deve ser constituída por um sistema
de drenagem de chorume acima de uma camada impermeável de polietileno de alta
densidade, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material
líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve
ser tratado e/ou recirculado. Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases
que possibilite a coleta do biogás. Já os aterros sanitários são áreas de deposição de
resíduos sólidos sem preparação anterior do solo.
( )V ( )F Justificativa:

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2. Em relação aos estágios do SGA definidos pela ISO 14001/2004, relacione


corretamente as colunas:

a) Política Ambiental ( ) a empresa conduz a revisão de suas operações,


identifica os aspectos e impactos e os requisitos legais e
ambientais, estabelece os objetivos, avalia alternativas,
define as metas e elabora o plano para alcançar as metas
propostas;

b) Planejamento ( ) a empresa avalia através do monitoramento das


operações e de medições, se as metas estão sendo
alcançadas. Se não estiverem sendo alcançadas, são
realizadas as ações corretivas;

c) Implementação e ( ) a empresa inicia o plano de ação estabelecendo


Operação responsabilidades, desenvolvendo treinamentos,
comunicação, procedimentos operacionais e o plano de
emergência, verificando se as metas ambientais propostas
estão sendo alcançadas;

d) Verificação ( ) através da análise o SGA é modificado para otimizar a


sua efetividade. O estágio de análise do SGA cria um
ciclo de melhoria contínua;

e) Análise pela administração ( ) a administração se compromete com a melhoria


ambiental e estabelece a política ambiental da empresa;

3. Leia as alternativas abaixo e assinale a correta. Para uma efetiva implantação do


Sistema de Gestão Ambiental, deve haver:
a) Comprometimento apenas da alta diretoria, uma vez que tomarão todas as decisões
pertinentes à política ambiental da empresa;
b) Comprometimento apenas do pessoal operacional, pois são os mais envolvidos e interessados
no processo de melhorias do aspecto ambiental da empresa;
c) Comprometimento apenas das pessoas cujo trabalho possa causar impacto(s) ambiental(is)
significativo(s) identificado(s) pela organização e que sejam competentes para realizar as
tarefas para as quais foram designadas;
d) Comprometimento apenas dos novos empregados contratados, pois serão os executores
dos programas a serem implementados;
e) Comprometimento de todos na empresa; é necessário que todas as pessoas estejam
conscientes da política ambiental, do sistema da gestão ambiental e dos aspectos ambientais
das atividades, produtos e serviços da organização que possam ser afetados pelo seu trabalho.

4. Leia as alternativas abaixo e assinale a correta. Em relação à documentação do SGA, esta


deve incluir, exceto:
a) Política, objetivos e metas ambientais;
b) Comunicações com clientes, fornecedores, contratantes e outras partes externas;
c) Descrição do escopo do SGA,
d) Descrição dos principais elementos do SGA e sua interação e referência aos documentos
associados,
bem como documentos, incluindo registros, requeridos pela Norma 14001/2004,
e) Documentos, incluindo registros, determinados pela organização como sendo necessários
para assegurar o planejamento, operação e controle eficazes dos processos que estejam
associados com seus aspectos ambientais significativos;

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5. Uma indústria de tintas deixou de despejar em um córrego próximo seus efluentes após
instalação de novos equipamentos e revisão de procedimentos antigos. Para o SGA, pode-
se dizer que neste caso houve efetivação do (a):
a) Controle de Registros;
b) Controle de Documentos;
c) Controle Operacional;
d) Verificação de Desvios;
e) Preparação e Respostas a Emergências

6. Ainda com relação à questão 5, houve I - a preocupação da empresa em instalar


equipamentos para tratamento dos efluentes, II - e estes passam por constante
manutenção com objetivo de garantir seu funcionamento perfeito. Com base nestas
informações, assinale a alternativa correta:
a) Pode-se classificar I como Ação Preventiva e II como Ação Corretiva;
b) Pode-se classificar I como Ação Corretiva e II como Ação Preventiva;
c) I e II podem classificados como Ação Preventiva;
d) I e II podem classificados como Ação Corretiva;
e) I e II não se classificam como Ação Corretiva nem Ação Preventiva.

7. Leia o trecho a seguir e marque se é verdadeiro ou falso e justifique sua resposta. As


Normas ISO 9001 e ISO 14001 são semelhantes pois seguem a mesma abordagem “planejar,
fazer, checar, agir”. Porém, as diferenças estão no fato de a ISO 9001 tratar de desenvolver e
entregar um produto ou serviço que satisfaça as necessidades dos clientes, enquanto a ISO
14001 foca na necessidade de proteger o meio ambiente e de implementar controles para
aquelas atividades significativas que poderiam ter um impacto ambiental.
( )V ( )F Justificativa:

6 DMR - CERTIFICADO DE MOVIMENTAÇÃO DE RESÍDUOS DE INTERESSE


AMBIENTAL

O MTR é o documento emitido pelo gerador, por meio do Sistema MTR-MG, numerado
sequencialmente, que contém informações sobre o resíduo a ser encaminhado para a destinação,
o gerador, o transportador e o destinador. A identificação do resíduo é feita informando tipo de
resíduo, quantidade, classe e formas de acondicionamento e destinação. Um novo MTR deve ser
emitido pelo gerador toda vez que uma carga de resíduos for encaminhada a uma unidade de
destinação. O CDF é o documento emitido pelo destinador por meio do Sistema, em nome do
gerador, para atestar a destinação dada aos resíduos sólidos ou aos rejeitos recebidos. Ou seja,
após a realização do procedimento de destinação do resíduo (triagem, reciclagem, reutilização,
tratamento, disposição em aterro, uso agrícola ou outro), o destinador emite o CDF visando
comprovar para o gerador do resíduo que sua destinação foi devidamente realizada. No CDF é
informado quais MTRs referem-se à carga que foi destinada. Já a DMR é o documento emitido
semestralmente por geradores e destinadores de resíduos instalados em Minas Gerais cujas
atividades ou empreendimentos sejam enquadrados nas classes 1 a 6, conforme Anexo Único
da Deliberação Normativa Copam nº 217/2017 e da Deliberação Normativa Copam nº 74/2004,
para consolidar o registro das respectivas operações realizadas com resíduos sólidos e rejeitos
no período. (https://www.mg.gov.br/servico/emitir-declaracao-de-movimentacao-de-residuos-
dmr). O DMR é obrigatório para todos os tipos de resíduos de interesse:

• Resíduos industriais perigosos (classe I, segundo a Norma NBR 10.004, da ABNT);

Resíduos e rejeitos abrangidos pelo Sistema MTR


(http://www.feam.br/sistema-mtr-mg)

 Resíduos e rejeitos sujeitos apenas à DMR (Art. 11 da DN 232/2019)

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- resíduos e rejeitos radioativos, visto que estão sujeitos a normas específicas da Comissão Nacional de
Energia Nuclear – CNEN;
- resíduos sólidos e rejeitos em geral, quando transportados em veículos não motorizados, mesmo que em
via pública;
- resíduos sólidos ou rejeitos não perigosos, quando destinados pelo gerador para associações ou
cooperativas de artesãos ou de catadores de materiais recicláveis;
- resíduos sólidos da indústria sucroalcooleira constituídos por vinhaça, torta de filtro, bagaço, cinzas de
caldeira a biomassa, material particulado coletado do sistema de controle de emissões de caldeira a
biomassa, quando movimentados entre a usina e os empreendimentos integrados ou parceiros, para
aplicação em solo agrícola, ainda que transitem por via pública;
- resíduo identificado como escória de alto forno, oriundo da indústria siderúrgica;
- resíduos sólidos e rejeitos de qualquer natureza, quando movimentados apenas dentro do
estabelecimento gerador ou entre unidades cuja transferência seja feita por meio de duto, esteira, correia
transportadora ou similares ou, ainda, com a utilização de veículo que não transite por via pública;
- resíduos e rejeitos da construção civil, gerados em obras de implantação de empreendimentos lineares,
tais como rodovias, ferrovias, dutos e tubulações para fins diversos, desde que as áreas de recepção ou de
disposição tenham sido abrangidas pelo processo de licenciamento ambiental;
- resíduos da construção civil classe A gerados em obras de implantação de vias, quando destinados
diretamente do local de geração para o local de reaproveitamento como base ou sub-base de
pavimentação.
Resíduos não abrangidos pelo Sistema MTR (Art. 2º da DN 232/2019)
- resíduos sólidos urbanos coletados pela administração pública municipal, inclusive os resíduos de
capina, poda e supressão de vegetação em área urbana ou rural executadas por empresas detentoras de
concessão da distribuição de energia elétrica e suas contratadas, em função das atividades de manutenção
preventiva ou corretiva em seus sistemas.
- resíduos sólidos e rejeitos agrossilvipastoris assim entendidos aqueles gerados na propriedade rural,
inerentes às atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados aos insumos utilizados
nessas atividades. Para os resíduos e rejeitos constituídos por agrotóxicos e suas embalagens, bem como
os medicamentos veterinários e suas embalagens, a dispensa de uso do sistema se dará apenas para a
etapa compreendida pelo transporte primário, assim entendido como a etapa do transporte a partir do
ponto de geração do resíduo até a central ou posto de recebimento de embalagens de agrotóxicos e afins,
vazias ou contendo resíduos ou, no caso de medicamentos e suas embalagens, até o ponto ou local de
entrega.
- resíduos sólidos e rejeitos que não foram gerados em Minas Gerais nem serão destinados no Estado,
estando apenas em trânsito em território mineiro.
- resíduos constituídos por solo proveniente de obras de terraplanagem – material excedente advindo de
movimentação de terra, gerado durante a execução de uma obra, podendo ser composto por solo, pedras,
pedregulhos ou material vegetal dispensado de comprovação de destinação de rendimento lenhoso.
- resíduos e rejeitos provenientes de manutenção in loco de estruturas e equipamentos de sistemas
públicos de saneamento ou de rede de distribuição de energia elétrica, na etapa que compreende o
transporte do local de manutenção até o local de recebimento dos resíduos mantido pelo gerador.
- resíduos submetidos a sistema de logística reversa formalmente instituído, quando gerados por pessoa
física, na etapa compreendida pelo transporte primário (primeira etapa do transporte a partir do local de
geração até o ponto ou local de entrega oficial do sistema, ou até a central de recebimento desses
resíduos).

Lista de resíduos do Sistema MTR-MG


(http://www.feam.br/images/stories/2020/MTR/Lista_de_residuos_Sistema_MTR.xls)

CURSO ONLINE: ( http://trilhasdosaber.meioambiente.mg.gov.br/course/view.php?id=317)

7 CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL

Como visto com mais detalhes na apostila “Legislação Aplicável à


Segurança do Trabalho”, este órgão fiscaliza e licencia atividades consideradas

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potencialmente poluidoras, e, a partir da Lei 13.542 de 07/05/2009, passa a
licenciar atividades que implicam no corte de vegetação e intervenções em áreas
consideradas de preservação permanente e ambientalmente protegidas. As
atividades e empreendimentos sujeitos a emissão de Licença Prévia, Licença de Instalação e
Licença de Operação pela CETESB são:
 Indústrias e Serviços – “como a BioSolo é uma indústria de fertilizantes, entra neste quesito”;
 Aquicultura;
 Aterros de resíduos inertes e da construção civil;
 Aterros sanitários;
 Bases de armazenamento;
 Cemitérios;
 Cogeração de energia;
 Depósito ou comércio atacadista de produtos químicos;
 Dutos e linhas;
 Estações de tratamento de água;
 Extração mineral ;
 Fabricação de biocombustível (exceto álcool);
 Recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos;
 Incineradores de resíduos de serviços de saúde;
 Crematórios;
 Transbordo de resíduos de serviços de saúde;
 Outros sistemas de tratamento de resíduos de serviços de saúde;

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 Sistemas de tratamento de esgotos sanitários;


 Termoelétricas;
 Transbordos de resíduos sólidos domiciliares;
 Usina de compostagem;
 Usinas de reciclagem de resíduos da construção civil;
 Postos de combustível;
8. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
OK, pessoal!Vamos agora
realizar algumas
atividades para fixar os
conteúdos estudados até o
momento!

1. Em relação ao MDR (Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse


Ambiental), leia as alternativas abaixo e complete os parênteses com V para verdadeiro ou
F para falso:

( ) MDR é o documento que aprova o encaminhamento de resíduos de interesse ambiental a


locais de reprocessamento, armazenamento, tratamento ou disposição final, licenciados ou
autorizados pela CETESB;
( ) É obrigatório para todos os resíduos industriais perigosos (classe I, segundo a Norma NBR
10.004, da ABNT);
( ) É obrigatório para resíduo sólido domiciliar coletado pelo serviço público, quando enviado
a aterro privado ou para outros municípios; lodo de sistema de tratamento de efluentes líquidos
industriais; lodo de sistema de tratamento de efluentes líquidos sanitários gerados em fontes de

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poluição definidos no artigo 57 do Regulamento da Lei Estadual 997/76, aprovado pelo Decreto
Estadual 8.468/76 e suas alterações;
( ) É opcional no caso de EPI contaminado e embalagens contendo bifenil policlorados;
resíduos de curtume não caracterizados como Classe I, pela NBR 10.004 e resíduos de indústria
de fundição não caracterizados como Classe I, pela NBR 10.004;
( ) É obrigatório para Resíduos de Portos e Aeroportos, incluindo os resíduos com
características de resíduos domiciliares e os controlados pelo “Departamento da Polícia
Federal".

2. Ainda em relação ao MDR, leia as alternativas abaixo e assinale a incorreta em relação


ao pedido deste certificado. Empresa deve formalizar o pedido na CETESB, e
documentação exigida inclui:
a) Impresso denominado "Solicitação de", utilizado para quaisquer pedidos de Licenças,
Certificados ou Pareceres;
b) Impresso MCE - Resíduos Industriais - Folha Adicional, com informações sobre geração,
composição e destinação de resíduos industriais;
c) Carta de Anuência, do local de destino dos resíduos;
d) Licença e autorização específica do órgão ambiental do Estado de destino, quando se tratar de
encaminhamento dentro do Estado;
e) Procuração, quando for o caso.

3. Leia o trecho a seguir e marque se é verdadeiro ou falso e justifique sua resposta. As


atividades e empreendimentos sujeitos a emissão de Licença Prévia, Licença de Instalação e
Licença de Operação pela FEAM incluem, dentre outros: aquicultura; aterros de resíduos inertes
e da construção civil; aterros sanitários; bases de armazenamento; cemitérios; fabricação de
biocombustível (exceto álcool); recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos;
incineradores de resíduos de serviços de saúde; crematórios; transbordo de resíduos de serviços
de saúde.( ) V ( ) F Justificativa:

4. Leia as afirmações abaixo e assinale a correta. Uma propriedade rural localizada no


Interior do Estado de São Paulo pretende captar água de um rio próximo para irrigação
de suas culturas. Para que isso ocorra de maneira legal, deverá:
a) Solicitar o MDR junto à SEMAD;
b) Solicitar a outorga junto ao DAEE;
c) Solicitar a outorga junto à CETESB;
d) Solicitar o MDR junto so DAEE;
e) Solicitar autorização do IBAMA.

09 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Entre as várias ferramentas de gestão ambiental temos a


Educação Ambiental, que tem como objetivos transmissão de
conhecimentos, desenvolvimento da consciência ambiental e mudança de
percepção em relação ao meio ambiente.
Uma comunicação cuidadosa e clara das empresas com a
comunidade é importante para qualquer programa educação ambiental.
Um dos princípios básicos da educação ambiental sobre os resíduos é o conceito dos
três "Rs": reduzir, reutilizar e reciclar:

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 reduzir: estimular o cidadão a reduzir a quantidade de resíduos e


combater o desperdício visando a preservação dos recursos naturais.
 reutilizar: os mesmos objetos, usar embalagens retornáveis e
reaproveitar embalagens descartáveis para outros fins são algumas
práticas recomendadas para os programas de educação ambiental.
reciclar: separar os materiais recicláveis, quando não for possível reduzi-los ou reutilizá-los.

“Observe que uma das tarefas do gerente geral Sidney, que lidera a equipe que está
implementando o SGA na indústria de fertilizantes BioSolo, é justamente dar palestras nas
escolas da região mostrando a preocupação da empresa com seus impactos ambientais. Dentre
os três princípios básicos da educação ambiental, a BioSolo tem como exemplo a passar à
comunidade a redução de resíduos (tratamento mais eficiente dos efluentes líquidos) e
reutilização dos mesmos (uso do fosfogesso como insumo agrícola).”

10 LEGISLAÇÕES AMBIENTAIS

Em relação às legislações ambientais brasileiras, seguem exemplos de


várias leis e resoluções que devem ser observadas e respeitadas pelas empresas ao
definir a Política Ambiental, cuja adequação será avaliada durante as reuniões e
auditorias nas empresas que adotam o SGA:

Artigo 225, caput, da Constituição Federal: o Poder Público e a coletividade devem


assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente sadio e equilibrado;
Resolução no 9 CONAMA: disciplina a audiência pública na análise do Relatório de
Impacto Ambiental (RIMA);
Resolução CONAMA 404/2008: Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento
ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos ;
Resolução CONAMA 357/2005: dispõe sobre a classificação dos corpos de água e
diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e
padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências; - “veja que esta legislação
deve ser seguida pela indústria de fertilizantes BioSolo.”
Resolução CONAMA 382/2006: dispõe sobre emissões de gases atmosféricos e tratamento
de efluentes gasosos;
Resolução CONAMA 430/2011: dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de
efluentes, complementa e altera a Resolução 357/2005; - “veja que esta legislação deve ser
seguida pela indústria de fertilizantes BioSolo.”
Resolução CONAMA 436/2011: Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes
atmosféricos para fontes fixas instaladas ou com pedido de licença de instalação anteriores a
02 de janeiro de 2007; complementa a Resolução 382/2006;
Lei 12.305/10 - Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS: O Plano Nacional de
Resíduos Sólidos define metas, diretrizes e mecanismos para o manejo adequado de resíduos
em todo o Brasil por empresas públicas e privadas; - “veja que esta legislação deve ser
seguida pela indústria de fertilizantes BioSolo.”
Lei 9.433/97: Política Nacional de Recursos Hídricos, que trata da água, seu uso e sua
preservação; - “veja que esta legislação deve ser seguida pela indústria de fertilizantes
BioSolo.”
Lei 9605/98: Lei dos Crimes Ambientais – estabelece os crimes contra o meio ambiente e
suas punições;
Código Florestal Brasileiro - Lei nº 4771/65: promulgada durante o segundo ano do
governo militar, estabeleceu que as florestas existentes no território nacional e as demais
formas de vegetação, ... são bens de interesse comum a todos os habitantes do País.
Política Nacional do Meio Ambiente - Lei nº 6938/81: tornou obrigatório o licenciamento
ambiental para atividades ou empreendimentos que possam degradar o meio ambiente.

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Aumentou a fiscalização e criou regras mais rígidas para atividades de mineração,


construção de rodovias, exploração de madeira e construção de hidrelétricas.- “veja no
destaque que a indústria de fertilizantes BioSolo enquadra-se nessa categoria devido a seus
efluentes e resíduos sólidos.”
Lei de Crimes Ambientais - Decreto nº 3179/99: instituiu punições administrativas e
penais para pessoas ou empresas que agem de forma a degradar a natureza. Atos como
poluição da água, corte ilegal de árvores ou morte de animais silvestres tornaram-se crimes
ambientais. – “os impactos ambientais da BioSolo, se não forem sanados pelas ações
corretivas, acabarão se tornando um transtorno devido a esta Lei.”
Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC) - Lei nº 9985/2000:
definiu critérios e normas para a criação e funcionamento das Unidades de Conservação
Ambiental.
Medida Provisória nº 2186-16/2001: deliberou sobre o acesso ao patrimônio genético,
acesso e proteção ao conhecimento genético e ambiental, assim como a repartição dos
benefícios provenientes.
 Lei de Biossegurança - Lei nº 11105/2005: Estabeleceu sistemas de fiscalização sobre as
diversas atividades que envolvem organismos modificados geneticamente.
 Lei de Gestão de Florestas Públicas - Lei nº 11284/2006: normatizou o sistema de gestão
florestal em áreas públicas e criou um órgão regulador (Serviço Florestal Brasileiro). Esta lei
criou também o Fundo de Desenvolvimento Florestal.

As leis, decretos e resoluções apresentados aqui podem ser consultados através dos
seguintes links: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano.cfm?codlegitipo=3;
http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/leis_ambientais.htm;
http://www2.camara.leg.br/responsabilidade-social/ecocamara/leis-ambientais

Olá!!!!  Educação
Ambiental;
Está acompanhando? Vamos  Legislação
relembrar o que foi visto até
Ambiental
o momento:

i. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

OK, pessoal!Vamos agora realizar


algumas atividades para fixar osconteúdos
estudados até o momento!

1. Leia as alternativas abaixo e complete os parênteses com V para verdadeiro ou F para


falso. Uma indústria de produtos de limpeza, no passado altamente poluidora, hoje está
em fase de adquirir o certificado da Norma ISO 14001. Periodicamente realizam palestras
relatando a própria experiência em relação à preservação ambiental. Com isso, esta
empresa cumpre seu papel em Educação Ambiental, que visa:
( ) Construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências
voltadas para a conservação do meio ambiente;
( ) Transmissão de conhecimentos em relação ao meio ambiente;
( ) Desenvolvimento da sensibilidade e consciência crítica;
( ) Mudança de percepção em relação ao meio ambiente;
( ) Conhecer a interligação dos sistemas e se perceber parte dele.
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2. Leia as alternativas abaixo e assinale a correta. Um dos princípios preconizados pela


educação ambiental é o de reduzir, através do qual estimula:
a) o cidadão a diminuir a quantidade de resíduos que gera;
b) o reaproveitamento dos mesmos objetos;
c) o escrever na frente e verso da folha de papel;
d) usar embalagens retornáveis e reaproveitar embalagens descartáveis para outros fins;
e) separar materiais recicláveis quando não for possível reduzi-los ou reutilizá-los

3. Leia a afirmações a seguir e assinale a alternativa correta. Uma indústria que deseje se
adequar aos padrões de emissão de poluentes atmosféricos deverá seguir:
I - Resolução CONAMA 382/2006: dispõe sobre emissões de gases atmosféricos e tratamento
de efluentes gasosos;
II - Resolução CONAMA 430/2011: dispõe sobre as condições e padrões de lançamento de
efluentes, complementa e altera a Resolução 357/2005;
III - Resolução CONAMA 436/2011: Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes
atmosféricos para fontes fixas instaladas ou com pedido de licença de instalação anteriores a 02
de janeiro de 2007; complementa a Resolução 382/2006
a) I, II e III corretas;
b) I, II e III incorretas;
c) Somente I e II corretas;
d) Somente I e III corretas;
e) Somente II e III corretas.

4. Em relação a exemplos de legislações ambientais no Brasil, faça a correlação correta das


colunas apresentadas a seguir:

Resolução CONAMA 357/2005 ( ) promulgada durante o segundo ano do


governo militar, estabeleceu que as florestas
existentes no território nacional e as demais formas
de vegetação, ... são bens de interesse comum a
todos os habitantes do País
Código Florestal Brasileiro - Lei nº ( ) instituiu punições administrativas e penais para
4771/65 pessoas ou empresas que agem de forma a degradar
a natureza. Atos como poluição da água, corte ilegal
de árvores, morte de animais silvestres tornaram-se
crimes ambientais
Lei de Crimes Ambientais - Decreto nº ( ) Política Nacional de Recursos Hídricos, que
3179/99 trata da água, seu uso e sua preservação
Lei 9.433/97 ( ) tornou obrigatório o licenciamento ambiental
para atividades ou empreendimentos que possam
degradar o meio ambiente. Aumentou a fiscalização
e criou regras mais rígidas para atividades de
mineração, construção de rodovias, exploração de
madeira e construção de hidrelétricas
e) Política Nacional do Meio ( ) dispõe sobre a classificação dos corpos de água
Ambiente - Lei nº 6938/81 e diretrizes ambientais para o seu enquadramento,
bem como estabelece as condições
e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras
providências

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11. DESENVOVIMENTO SUSTENTAVEL

Conceito de Desenvolvimento
Sustentável

O desenvolvimento sustentável é um assunto que não faz parte apenas do cotidiano


das empresas que utilizam recursos naturais nos seus processos produtivos. A partir
das últimas décadas, este assunto se tornou tão relevan-te na sociedade, que até
empresas de pequeno porte ou aquelas que nãoproduzem resíduos que geram
poluição em grande escala também aderiramà esta tendência.

Assim podemos verificar que este assunto não é muito antigo no ambiente
empresarial, pois apenas em 1973 Maurice Strong menciona o termo “eco-
desenvolvimento”, que foi definido como “Desenvolvimento endógeno e
dependente de suas próprias forças, tendo por objetivo responder à proble-mática da
harmonização dos objetivos sociais e econômicos do desenvolvi- mento com uma
gestão ecologicamente prudente dos recursos e do meio”.

Já na década de 1980 a União Internacional para a Conservação da Naturezadivulgou


um relatório chamado “A Estratégia Global para a Conservação” onde indicou pela
1ª vez a definição para Desenvolvimento Sustentável.

Desta forma surge um dos conceitos mais aceitos de DS mais aceitos atéhoje, o
qual foi apresentado por Gro Brundtland (1987) no Relatório “ONosso Futuro
em Comum” da Comissão Mundial sobre Meio Ambientee Desenvolvimento
(CMMAD), mais conhecido como Relatório Brundtland para o Desenvolvimento
Sustentável.

“O processo de desenvolvimento que permite às gerações atuais satisfaze- rem as


suas necessidades sem colocar em perigo a satisfação das necessida-des das
gerações futuras”.

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O Relatório definiu que o desenvolvimento
sustentável é aquele que “procura satisfa- zer as
necessidades da geração atual, sem comprometer
a capacidade das gerações fu-turas de
satisfazerem as suas próprias neces-sidades,
significa possibilitar que as pessoas,agora e no
futuro, atinjam um nível satisfa-tório de
Figura 2.1: Gro desenvolvimento social e econômico
Brundtland
Fonte:
http://www.riosvivos.org.br

e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razo-ável dos


recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais.”

O relatório é o resultado de longos debates e vieram fazer frente a inúme- ras


pesquisas realizadas por diversas organizações como é o caso do Clube de Roma
que foi fundado em 1968 e reúne pessoas que possuem grandeimportância em
diversos países buscando um crescimento econômico e sus-tentável para todos.

Mas, para podermos situar você até este Relatório é melhor indicar que exis-tem uma
série de eventos, pesquisas, livros e debates que ocorreram ante-riormente a sua
publicação e que contribuíram para o debate do tema.

O Clube de Roma juntamente com o MIT – Massachusetts Institute of Tech-nology


publicaram um relatório conhecido com Os Limites do Crescimento em 1972 onde
eram expostos os resultados de projeções sobre os impactos causados pelo consumo
humano de forma exagerada.

Em 1972 também é realizada em Estocolmo – Suécia a 1ª Conferência sobreo


Ambiente Humano das Nações Unidas, onde foi discutido pela primeiravez em
escala mundial as preocupações ambientais.

Você já ouviu falar sobre a Rio 92? Então, a partir da década de 90 tivemos a2ª
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimentona qual
178 países debateram a questão ambiental, que tiveram como resul-tado final uma
série de convenções e tratados acerca da questão ambiental.

Uma delas foi o Protocolo de Kyoto resultante de uma conferência sobre


mudanças climáticas assinado no Japão em 1997, no qual estabeleceu-se que os
países industrializados deveriam reduzir a emissão de gás carbônico com o intuito
de diminuir a ação do efeito estufa. Este protocolo não foiaceito pelos Estados
Unidos, o qual é responsável pela emissão de 35% dos poluentes mundiais.

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O desenvolvimento sustentável é buscado de diferentes formas por países de todo o mundo,
como, por exemplo, o acordo procurando diminuir suasemissões de gás carbônico com a
assinatura do Protocolo de Kyoto queé “um acordo internacional criado no âmbito da
Convenção-Quadro dasNações Unidas sobre Mudanças Climáticas, aprovado na cidade de
Quioto, no Japão, em 1997 e que entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005. Seu principal
objetivo é estabilizar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) naatmosfera e assim frear o
aquecimento global e seus possíveis impactos. Ao todo, 184 países ratificaram o tratado até o
momento.” Fonte: Brasil, (2012) disponível em
http://www.brasil.gov.br/cop/panorama/o-que-
-esta-em-jogo/protocolo-de-quioto
Atividades de aprendizagem
Quais são as ações desenvolvidas por empresas que você conhece que são indicativos do
desenvolvimento sustentável?
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12. CONFERÊNCIAS MUNDIAIS SOBRE O MEIO AMBIENTE
1ª Conferência das Nações Unidassobre o Meio Ambiente Humano – Estocolmo
1972
Representantes de 113 países, 250 Organizações Não Governamentais e da ONU se
reuniram na Suécia para discutir a degradação provocada no plane- ta pela ação humana.
As diferentes perspectivas dos países desenvolvidos e daqueles em desenvolvimento
marcaram as discussões durante o evento promovido pela ONU, em Estocolmo na Suécia.
Se por um lado os países desenvolvidos estavam preocupados com a de- vastação do meio
ambiente no planeta, os países em desenvolvimento bus- cavam soluções para problemas
básicos de sobrevivência como a falta de alimentos suficientes para todos; falta de
saneamento básico provocando doenças graves em grandes populações; falta de moradia,
etc.
Como resultado das discussões deste evento, foi redigida a Declaração sobre o Meio
Ambiente Humano que você encontra na íntegra no link http://
www.meioambiente.pr.gov.br/arquivos/File/agenda21/
Declaracao_Rio_Meio_Ambiente_Desenvolvimento.pdf
Princípios da Declaração de Estocolmo
1. Deve-se defender os direitos humanos devem ser defendidos e
con- denar o apartheid o e o colonialismo.
2. Os recursos naturais devem ser preservados.
3. A capacidade da Terra de produzir recursos renováveis deve ser
mantida.
4. A fauna e a flora silvestres devem ser preservadas.
5. Os recursos não-renováveis devem ser compartilhados, não
esgotados.

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6. A poluição não deve exceder a capacidade do meio ambiente de
neutralizá-la.
7. A poluição danosa aos oceanos deve ser evitada.
8. O desenvolvimento é necessário à melhoria do meio ambiente.
9. Os países em desenvolvimento requerem ajuda.
10. Os países em desenvolvimento necessitam de preços justos para
suas exportações, para que realizem a gestão do meio ambiente.
11. As políticas ambientais não devem comprometer o
desenvolvimento.
12. Os países em desenvolvimento necessitam de recursos para
desenvol- ver medidas de proteção ambiental.
13. É necessário estabelecer um planejamento integrado para o
desen- volvimento.
14. Um planejamento racional deve resolver conflitos entre meio
am- biente e desenvolvimento.
15. Assentamentos humanos devem ser planejados de forma a
eliminar problemas ambientais.
16. Os governos devem planejar suas próprias políticas
populacionais de maneira adequada.
17. As instituições nacionais devem planejar o desenvolvimento
dos re- cursos naturais dos Estados.
18. A ciência e a tecnologia devem ser usadas para melhorar o meio
ambiente.
19. A educação ambiental é essencial.
20. Deve-se promover pesquisas ambientais, principalmente em
países em desenvolvimento.
21. Os Estados podem explorar seus recursos como quiserem,
desde que não causem danos a outros.
22. Devem ser indenizados os Estados que sofrerem danos dessa
forma
23. Cada país deve estabelecer suas próprias normas.
24. Deve haver cooperação em questões internacionais.
25. Organizações internacionais devem ajudar a melhorar o meio
ambiente.
26. Armas de destruição em massa devem ser eliminadas.
Fonte:
http://www.educacaoambiental.pro.br/victor/unidades/DeclaraAmbienteHumano.pdf

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A 2ª Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento –
Rio de Janeiro 1992
Também conhecida como Cúpula da Terra, Eco 92 ou Rio 92, esta conferên- cia reuniu no
Rio de Janeiro 108 chefes de Estado para discutir a preservação dos recursos naturais de
nosso planeta bem como as enormes discrepâncias que existem entre os hemisférios norte e
sul, em termos de desenvolvimento.
Você deve estar se perguntando: mas isso já não havia sido discutido em Estocolmo, 20 anos
antes desta conferência? O que mudou desde a 1ª Con- ferência da ONU? A conferência de
Estocolmo lançou as bases para a discus- são sobre estes temas diante da situação em que o
planeta se encontrava e nas perspectivas para seu futuro.
Em 1992, os participantes tinham como objetivo trazer para a mesa de dis- cussão um modelo
de desenvolvimento econômico que considerasse a es- cassez de recursos além do
desenvolvimento sustentável necessário para o crescimento equilibrado dos países.
Alguns documentos foram produzidos ao final deste encontro:

 Convenção de clima – 153 países assinaram este termo (incluindo os EUA) que promovia o
compromisso com a redução dos gases responsá- veis pelo aquecimento de nosso planeta.
 Convenção da biodiversidade – Este documento não foi assinado pe- los EUA. O acordo previa
a proteção de espécies da fauna no planeta, bem como o acesso pago às fontes de biodiversidade
(como a Amazô- nia!) e, por fim, a transferência da tecnologia e o reconhecimento de patentes
provenientes do descobrimento feito a partir das espécies exis- tentes na biodiversidade de nosso
planeta.

 Declaração do Rio – Esta declaração é para o meio ambiente o que foi para a Humanidade a
Declaração Universal dos Direitos do Homem.

 Agenda 21 – Documento que veremos em detalhes na próxima aula, pois apresenta


recomendações para a implementação da sustentabilidade.

13. AGENDA 21
“A Agenda 21 é o resultado mais emblemático da 2ª Conferência das Nações Unidas
para o Meio Ambiente, procura desenvolver a sustentabilidade em uma escala global,
buscando minimizar os impactos gerados por nossa maneira de viver”.

A Agenda 21 é resultado diplomático mais relevante da Conferência das Nações Unidas para o
Meio Ambiente a Rio 92, depois de inúmeros debates entre todos os países membros das Nações Unidas,
com revisões, acordos, consultas populares e recomendações de inúmeros participantes oriundos de
ONGs – Organizações Não Governamentais, governos, empresas, sindi- catos e da população em geral
foi aprovado por 179 países membros e vem sendo ratificados por todos os países que acolheram o
programa.
Agenda 21 é uma relação de compromissos que se pretende que sejam atingidos e adotados pelos
países membros das Nações Unidas no século XXI, indicando compromissos que devem ser cumpridos
no curto, médio e longo prazo.
O planejamento adequado para a produção e o consumo sustentável, buscando criar uma nova
cultura que evite o desperdício de materiais e recursos é a meta desta ação implementada pelas Nações
Unidas com a sustentabilidade, e que pode ser aplicada em muitos aspectos da vida cotidiana de pessoas
e governos.
Contem uma série de programas com ações relacionadas com a melhoria do desenvolvi- mento
econômico, social e ambiental para que sejam referencia em todo o planeta no século XXI, buscando
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modificar as formas existentes de produção e consumo.
A Agenda 21 Global é extremamente abrangente, em seus 40 capítulos e 4 seções contempla
temas que correlacionam inúmeros parâmetros que devem ser levando em conta na elaboração de
políticas públicas. Servindo como indicador para o planejamento de ações de cunho local em todos os
setores da sociedade, fornecendo possíveis soluções para que governos, empresas e organizações não
governamentais busquem a sustentabilidade em diferentes locais existentes, e principalmente que levem
em conta as particularidades locais.
Reinterpreta o termo progresso e busca influenciar as políticas públicas com a participação do
cidadão comum, que tem a possibilidade da utilização des- te instrumento como forma de ver seus direitos
e reinvindicações atendidos e contemplados em programas, projetos e ações desenvolvidas pelos países,
estados e municípios.
Depois de 5 anos na Conferencia Rio+5 em 1997 realizada em Nova Iorque (EUA), foram
adequados alguns pontos que estavam gerando controvérsias e foi proposto uma agenda complementar
chamada de Objetivos do Milênio que tem como objetivos mudar a realidade de milhões de pessoas e
atingir a todos os países do mundo até 2015.
Atuando de forma direta na implementação de politicas publicas que comtemplem programas e
ações que possam combater alguns dos principais problemas que atingem a população mundial. Tem
como metas:
 Acabar com a fome e a miséria

 Educação básica de qualidade para todos

 Igualdade entre sextos e valorização da mulher

 Reduzir a mortalidade infantil

 Melhorar a saúde das gestantes

 Combater a AIDS, a Malária e outras doenças

 Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente.

 Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento

Fonte: www.portalodm.com.br
Resumo
A Agenda 21 nasceu da necessidade de pensarmos uma mudança na forma de agir da
humanidade, buscando comprometer a governos e população em geral com uma série de metas

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para o século XXI que podem alterar nosso meio de vida e torna-lo mais sustentável.
ATIVIDADE:
Pesquise as ações que são realizadas em empresas de sua cidade que estão voltadas para a Agenda
21. Observe que muitas vezes, as organi- zações implementam ações, mas não as vinculam a
programas nacionais e internacionais voltados para o desenvolvimento sustentável e para a
sustentabilidade. Isso acontece nas empresas que você conhece?

AGENDA 21 LOCAL

A Agenda 21 Local é o objetivo final, fazer com que as autoridades que estão junto a população
mais necessitada de ser contemplada com ações e programas, realmente tenham acesso ao que é
oferecido.

Para Stadler e Maioli (2011 p.114)

A implantação da Agenda 21 no Brasil passou por uma série de ações que buscavam resgatar a
forma do país se auto-organizar. Começou com uma ampla discussão na sociedade civil onde se
fez entrevistas com 40 mil brasileiros e contemplou a participação dos excluídos e aqueles que
possuem o poder no Brasil, onde através do debate foram propostos soluções para o futuro
sustentável de todos visando contri- buir para a criação de um novo modelo de desenvolvimento
mundial.

A Agenda 21 somente funciona se tiver a parceria de diversos e diversificados setores da


comunidade em que está inserida, pois precisa da contribuição de todos para a implantação da
sustentabilidade que visa melhorar a qualidade de vida de pessoas e meio ambiente e a equidade no
bem estar social.

No caso brasileiro o impacto da Agenda 21 foi sentido principalmente no desenvolvimento de


programas governamentais de inclusão social, educa- ção, saúde, distribuição de renda,
sustentabilidade e preservação de recursos naturais, ética.

As principais políticas estão promovendo o acesso aos brasileiros a universi- dades púbicas e
privadas com a criação de políticas de cotas e financiamen- to estudantil, farmácia popular, campanhas
de vacinação, combate a en- demias, saúde da mulher, programas de acesso a renda (Brasil sem miséria,
Bolsa Família, Segurança Alimentar), Boas Práticas de Educação Ambiental na Agricultura
Familiar.
Estes são alguns dos programas do governo federal que são citados, mas existem inúmeros
outros que são desenvolvidos por governos estaduais e municipais por todo o Brasil.

14. BIBLIOGRAFIA

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TAVARES, José da Cunha. Administração aplicada à segurança do trabalho, São Paulo, Ed.
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