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Esta unidade trará temas que envolvem a perícia ambiental e a importância para
resguardar e elucidar as questões ambientais brasileiras. Neste trabalho foram
apresentados os seguintes temas: 1) Noções básicas à perícia ambiental,
enfocando nos princípios do direito ambiental, conceito sobre o meio ambiente e a
legislação brasileira; 2) Impactos e passivos ambientais, ecologia e seus recursos
naturais; 3) Perícia ambiental e seus objetivos, o papel do perito, a importância da
perícia e as etapas para elaboração de um laudo. O perito ambiental é um
profissional de extrema importância para auxiliar e fiscalizar as agressões
ocasionadas ao meio ambiente, na dimensão do meio físico, biótico e antrópico,
tanto na esfera pública como na esfera privada. O papel desse profissional é
concluir o caso periciado por meio de um laudo conclusivo com as respostas aos
quesitos judiciais com embasamentos técnicos, jurídicos e científicos. A atuação
nesse campo de trabalho é recente e tem um próspero caminho pela frente.
REFERÊNCIAS
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO
Tudo aquilo que nos cerca pode ser definido como meio ambiente. Para Melo
(2007), os vocábulos “meio” e “ambiente” implicam na noção daquilo que nos cerca,
que é periférico, que está ao redor, em torno de um centro. Para este autor, faz-se
necessária uma compreensão do meio ambiente a partir de uma visão biocêntrica,
que considere o homem como um ser integrado ao meio ambiente e não externo ao
mesmo. Portanto, o autor considera que é necessário contrapor-se à visão
antropocêntrica, que percebe o homem como o centro.
Outro ponto a ser considerado, é o fato de que o conceito de meio ambiente é
amplo, podendo ser percebido e estabelecido em diferentes perspectivas. Pode-se,
por exemplo, definir o que é o meio ambiente politicamente, biologicamente, ou até
mesmo concentrar sua definição relacionada a algum tema particular, como a saúde;
o que é o meio ambiente considerando a saúde (CARVALHO, 2004).
Se o meio ambiente for percebido no sentido biológico, pode-se dizer que ele
consiste na parte biótica (viva) e abiótica (física ou não viva). Nesta perspectiva, ele
regula a vida dos organismos, incluindo os seres humanos, e consiste na atmosfera,
hidrosfera, litosfera e biosfera. Podendo, ainda, ser dividido em: a) micro meio
ambiente; b) macro meio ambiente; c) meio ambiente abiótico (físico); d) meio
ambiente biótico (vivo). (BEGON et al., 2007).
a) O micro meio ambiente seria o que circunda o organismo de imediato, em
escala mais próxima;
b) O macro meio ambiente refere-se às condições abióticas e bióticas que
cercam o organismo externamente e em escala mais ampla;
c) Meio ambiente físico considera fatores e condições como, temperatura,
luminosidade, umidade, solo, minerais etc. Estes fatores estariam
compondo a atmosfera, litosfera e hidrosfera.
d) Meio ambiente inclui as formas de vida, plantas, fungos, animais e
microrganismos.
Quando se considera uma escala mais ampla, além da biologia, incluindo
outras áreas do conhecimento, como a sociologia, o conceito de meio ambiente,
torna-se, consequentemente, mais amplo. De acordo com Melo (2007, p.44):
Meio ambiente é o conjunto dos elementos abióticos (físicos e
químicos) e bióticos (fauna e flora), organizados em diferentes
ecossistemas naturais e sociais em que se insere o homem,
individual e socialmente, num processo de interação que
atenda ao desenvolvimento das atividades humanas, à
preservação dos recursos naturais e das características
essenciais do entorno, dentro dos padrões da natureza e dos
padrões de qualidade definidos.
Ainda neste sentido, de acordo com Dias e Marques (2011), o meio ambiente
é a integração dos ecossistemas naturais e artificiais, do solo, da água, do ar, do
patrimônio histórico, paisagístico e turístico. José Afonso da Silva (2000, p. 20)
salienta que:
O meio ambiente é, assim, a interação do conjunto de
elementos naturais, artificiais e culturais que propiciem o
desenvolvimento equilibrado da vida, em todas as suas formas.
A integração busca assumir uma concepção unitária do
ambiente, compreensiva dos recursos naturais e culturais.
IMPORTANTE
O conceito de meio ambiente é amplo, podendo ser considerado sob diferentes
perspectivas e áreas do conhecimento, como a biologia e a sociologia. Atualmente,
a CF tutela a existência de três tipos de meio ambiente: natural, artificial e cultural,
sendo todos passíveis de preservação.
Saiba mais:
Vídeo sobre o assunto: https://www.youtube.com/watch?v=tPGtO8EFwwk
Acesse os links:
http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-
ambiental/historico-mundial
https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_06.06.2017/art_225_.a
sp
Observação: Considerando o tema, é importante que o aluno tenha conhecimento
do conceito de meio ambiente, para que possa compreender o que é passível de
preservação estabelecido na norma da lei.
1.3.1 PERÍCIA
A perícia é um meio de prova consistente promovida por parecer técnico de
pessoa habilitada. Ela presta-se a provar fatos de percepção técnica, que dependem
de conhecimento especializado. A perícia verifica e certifica, tendo a percepção,
observação e a apreciação, momentos de verificação. Ela tem caráter híbrido,
incumbindo às partes indicar assistente técnico e também apresentar quesitos. Em
suma, ela versa sobre fatos da causa que escapam ao conhecimento ordinário, pois
relacionam-se ao conhecimento específico. A perícia pode haver em qualquer área
onde houver controvérsia ou pendência (SILVEIRA, 2006; ASSIS, 2011).
A partir de tudo que foi exposto fica claro que o dano ambiental é de difícil
reparo, e que por isso deve ser priorizada a sua prevenção.
No que diz respeito aos crimes ambientais, eles podem ser classificados, de
acordo com: contra a fauna; poluição dos recursos hídricos; poluição sonora;
poluição do ar; polução do solo; crimes contra o ordenamento humano e patrimônio
cultural.
ATENÇÃO
Tendo em vista que agora você tem uma clara noção sobre os conceitos de meio
ambiente, perícia ambiental e danos ambientais, você pode ter uma compreensão
mais rica da Lei de crimes ambientais. Atente-se bem às normas que serão
apresentadas.
1.3.4 LEI DE CRIMES AMBIENTAIS
Conforme já mencionado, a Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá
outras providências. De acordo com o Art. 2º,
Quem, de qualquer forma, concorre para as práticas dos
crimes previstos nesta lei, incide nas penas a estes cominadas,
na medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o
administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário da pessoa jurídica
que sabendo da conduta criminosa se outrem, deixar de
impedir a sua prática, quando podia evita-la.
ATENÇÃO
Conforme foi possível perceber, existe uma grande quantidade de legislação
pertinente à área de preservação ambiental. Aqui foram salientadas apenas as
principais normativas, que versam sobre diversos tópicos que abrangem a área,
como as penalidades cabíveis às infrações cometidas ao meio ambiente, normativas
para a realização de estudos e relatórios de impactos ao meio ambiente, criação de
áreas de preservação permanente, uso de agrotóxicos, preservação dos recursos
hídricos, dentre outros temas. Sendo assim, embora o tema seja amplo, o perito
ambiental deve ter um conhecimento acerca das normativas principais, para o bom
exercício da sua função.
CAPÍTULO 1 – RECAPITULANDO
QUESTÕES DE CONCURSOS
Questão 1
Ano: 2012 Banca: FEPESE Órgão: FATMA Prova: Advogado Nível: Superior
Considerando a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), assinale a alternativa
correta:
a) O crime de destruição de floresta de preservação permanente não admite
modalidade culposa.
b) Perseguir espécimes da fauna silvestre sem permissão, licença ou autorização da
autoridade competente é caracterizado como crime contra o meio ambiente.
c) Aquele que pratica experiências para fins didáticos ou científicos com animais não
incorre, em nenhuma hipótese, na pena prevista para o crime de maus tratos aos
animais.
d) A liberação de balões de festa junina capazes de provocar incêndios não
caracteriza crime contra a flora.
e) A alteração do aspecto de edificação protegida — isto é, tombada em função de
seu valor histórico ou cultural — caracteriza infração administrativa e enseja a
responsabilidade civil para reparação do dano, mas não configura delito de natureza
criminal.
Questão 2
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRF 5º Região Prova: Analista Judiciário Nível:
Médio.
Em matéria de crimes ambientais (previstos na Lei n o 9.605/1998) e da
responsabilidade das pessoas jurídicas,
a) a lei prevê apenas a responsabilidade civil e administrativa da pessoa jurídica e
penal de seus representantes legais.
b) a responsabilidade penal da pessoa jurídica depende da verificação de dolo do
administrador.
c) a responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas,
autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.
d) caberá apenas a responsabilidade civil quando a infração for cometida por
decisão de seu representante legal, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou
benefício da sua entidade.
e) pelo princípio constitucional da individualização da pena, não caberá, em hipótese
alguma, a responsabilidade penal da pessoa jurídica.
Questão 3
Ano: 2012 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: Advogado Nível: Superior
Sobre responsabilidade por danos ambientais e meios judiciais de proteção
ambiental, sabe-se que a:
a) Administração Pública não pode ser considerada responsável por danos
ambientais que decorram da omissão de seu dever de fiscalizar, ainda que contribua
diretamente para a degradação ambiental.
b) comprovação dos danos causados ao meio ambiente não é exigida, no caso de
ação civil pública de responsabilidade pelo derramamento de óleo em águas
marítimas.
c) execução judicial de termo de ajustamento de conduta depende de laudo
comprobatório dos danos ambientais causados que tenham dado origem àquele.
d) pessoa física ou jurídica que contribua indiretamente para a ocorrência de um
dano ambiental pode ser considerada poluidora.
e) formação do litisconsórcio passivo é obrigatória nas ações judiciais que tenham
como objetivo a reparação de danos ambientais.
Questão 4
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TCE-AP Prova: Analista de Controle Nível: Médio.
O desenvolvimento sustentável visa atender às necessidades do presente sem
comprometer as possibilidades de as gerações futuras atenderem suas próprias
necessidades. Esta afirmação se baseia em duas ideias:
a) Todos os recursos naturais são infinitos e qualquer dano ambiental causado pelo
homem é reversível.
b) Os recursos naturais não são suficientes nem para a geração atual e os danos
ambientais causados pelo homem são sempre irreversíveis.
c) Muitos recursos naturais são finitos e danos ambientais causados pelo homem
podem ser irreversíveis.
d) Os recursos naturais são suficientes para muitas gerações e todos os danos
ambientais causados pelo homem são reversíveis.
e) Os recursos naturais já estão praticamente esgotados e qualquer dano ambiental
causado pelo homem é reversível.
Questão 5
Ano: 2016 Banca: IADHED Órgão: Prefeitura de Araguari – MG Prova: Procurador
Municipal Nível: Superior.
Qual princípio reconhecido, inspirador da conduta administrativa e com origem no
âmbito do direito ambiental, exige da Administração Pública a adoção de postura
preventiva com o fito de evitar que eventuais danos à coletividade ou ambientais
acabem por concretizar-se:
a) Princípio da premonição;
b) Princípio da antecipação;
c) Princípio da precaução;
d) Princípio do desenvolvimento sustentável.
e) Princípio da Verdade.
TREINO INÉDITO
Dentre as competências da função do perito técnico, assinale a alternativa que não
corresponde a sua função técnica:
a) Atuar como auxiliar da justiça e ser habilitado e nomeado pelo juiz para opinar.
b) Elaborar Laudo pericial além das informações prestadas por ele.
c) O perito técnico será fiscalizado pelo assistente técnico na execução de um laudo
pericial.
d) O perito atua nos crimes contra fauna, flora, poluição, ordenamento político,
administração pública e crimes de usurpação.
e) O perito julga os processos judiciais.
NA MÍDIA
A ecologia deixou de ser uma área restrita à biologia, ela é também uma
forma de pensar a relação do homem com a sociedade e com a natureza. Ecologia,
significa, atualmente, propor novas formas de desenvolvimento, voltadas à melhoria
da qualidade de vida e à preservação do meio ambiente (BEGON et al., 2007).
Como ciência, ecologia é a área que estuda os seres vivos e suas relações
com os outros seres vivos e com o meio ambiente. A palavra ecologia vem do grego
e significa o estudo da “casa” onde se vive (BEGON et al., 2007).
Dentro da ecologia temos alguns conceitos importantes, para a melhor
compreensão do meio ambiente, são eles:
Fatores abióticos: são fatores físicos ou químicos, como, por exemplo,
temperatura, pH, salinidade, luminosidade etc.
Fatores bióticos: organismos vivos;
População: conjunto de organismos da mesma espécie que vivem juntos,
quando consideramos o mesmo espaço e tempo;
Comunidade ou biocenose: conjunto de populações que vivem em
determinado local no mesmo espaço e tempo;
Ecossistema: é formado pela parte biótica e abiótica. Como exemplo de
ecossistema podemos citar desde uma ferida até uma floresta tropical.
Biosfera: é o conjunto de ecossistemas, são as regiões que compõem o
globo terrestre.
Biota: conjunto de seres vivos que habitam determinado ambiente geológico,
por exemplo, biota lagunar (seres que habitam lagoas), biota marinha (seres
que habitam o ambiente de água salgada, biota terrestre (seres que habitam
áreas continentais).
Habitat: é o local onde os organismos vivem, como se fosse o endereço
deles;
Nicho ecológico: é o papel do organismo no local, como se fosse a sua
profissão.
A perícia ambiental, considerando todas as características do meio ambiente
em homeostase (ou seja, em equilíbrio), visa encontrar desequilíbrios, percebendo
suas causas e compreendendo as suas consequências. Deste modo, pode-se dizer
que a perícia ambiental visa detectar alterações que ocorrem no meio físico,
biológico e antrópico. Sendo que o meio físico, englobaria o solo, a água e o ar. Já
a parte biótica, biológica, englobaria os seres vivos – animais, plantas,
microrganismos, fungos (LAZZARINI, 2005).
Recursos naturais são bens extraídos da natureza de forma direta ou indireta,
que são transformados para a utilização pelo homem. A Lei 6.938/81 considera
recursos ambientais a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas,
os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera. Tais
recursos podem ser divididos em renováveis e não renováveis. Se após o uso, os
recursos podem ser renovados, são ditos renováveis. A fauna, a flora, entre outros,
podem ser considerados passíveis de renovação. Por outro lado, existem os
recursos não renováveis, por exemplo, a água e o petróleo (FREITAS, 2019).
A reflexão acerca do que são recursos renováveis e não renováveis é muito
importante, porque as características dos recursos implicam diretamente na forma
de utilização dos mesmos. Por exemplo, os recursos renováveis devem ser
utilizados racionalmente de forma que o seu uso permita a sua renovação; já os
não renováveis devem ser utilizados de forma que não deixem de existir (FREITAS,
2019).
Embora o termo “recursos naturais” seja muito utilizado para fazer menção
aos recursos advindos do meio ambiente, a legislação brasileira adotou,
preferencialmente o termo “recursos ambientais”.
Tratando-se dos recursos, um outro termo frequentemente utilizado é o “valor
ambiental”. Valor sugere um conceito de bem ou serviço. No caso dos serviços
ambientais, os economistas iniciam o processo de mensuração do valor
distinguindo entre valor de uso e valor de não uso do bem ou do serviço ambiental
(COSTA, 2018).
O valor de uso (VU) refere-se ao uso efetivo ou potencial que o recurso pode
prover. Por exemplo, o valor que os indivíduos estão dispostos a pagar para visitar
determinado parque ou conservar determinadas espécies, que possuem interesse
econômico (COSTA, 2018).
O valor de não uso (VNU) ou valor intrínseco ou, ainda, valor de existência,
é um valor que reside nos recursos ambientais. O valor que determinado ambiente
tem por si próprio, não considerando a relação que possui com os seres humanos.
É um valor quando consideramos o uso efetivo no presente ou no futuro (COSTA,
2018).
O conceito de valor é muito importante, pois ele está diretamente relacionado
às estimativas dos danos ao meio ambiente quando medidas mitigatórias ou
aplicação de penas como, por exemplo, as multas. De acordo com Marques e
Comune (1996):
Existe a necessidade de valorar corretamente os bens e
serviços do meio ambiente, entendidos no desempenho das
funções: provisão de matérias primas, capacidade de
assimilação de resíduos, amenidade, estética e recreação,
biodiversidade e capacidade de suporte às diversas formas de
vida no planeta Terra. Há, também, necessidade de procurar
integrar esses valores apropriadamente estimados, às decisões
sobre a política econômica e ambiental e aos cálculos das
contas econômicas nacionais.
ATENÇÃO
É muito importante que o aluno tenha domínio sobre estes conceitos ecológicos,
pois eles darão fundamentação teórica aos peritos. Lembrem-se sempre, um bom
perito é aquele que tem boa fundamentação teórica. Fique sempre atento a isso!
Saiba mais:
Vídeos sobre o assunto:
https://www.youtube.com/watch?v=0STcZt0DXxw
https://www.youtube.com/watch?v=zsUZc703JOw
Acesse os links:
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/bio_ecologia/ecologia.php
https://inf.ufes.br/~neyval/Gestao_ambiental/Tecnologias_Ambientais2005/Ecologia/
CONC_BASICOS_ECOLOGIA_V1.pdf
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
BEGON, M., TOWSEND, C.R. & HARPER, J.L. Ecologia: de indivíduos a
ecossistemas. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
ODUM, E. P. & BARRET, G. W. Fundamentos da Ecologia. São Paulo: Thompson
Learning, 2007.
RICKLEFS, R. E. 2010. A economia da natureza. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2010.
Atualmente, a poluição atmosférica tem sido muito debatida, dada a sua relação
com o aquecimento global, em decorrência do aumento, na atmosfera, de gases
associados ao efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e extremamente
importante para a manutenção da vida na terra. Por meio deste efeito, a terra
consegue manter temperaturas médias globais compatíveis com a vida. O efeito
estufa funciona da seguinte forma, o sol emite calor que incide na terra, parte dele é
absorvida pela terra e parte é refletida de volta para o espaço. No entanto, uma
parcela da radiação irradiada pela superfície fica retida na atmosfera em decorrência
da presença de gases de efeito estufa, que impedem que o calor seja totalmente
dissipado no espaço. Permitindo a manutenção do equilíbrio energético e evitando a
ocorrência de grandes amplitudes térmicas; por isso o nome efeito estufa, é como se
uma grande estufa fosse formada (Figura 1) (SOUSA, 2019).
IMPORTANTE
Faz parte da construção do conhecimento científico e, de certo modo, da
metodologia científica o debate pautado na experimentação científica. Sendo assim,
para uma visão crítica do processo científico e até mesmo para a construção de
cidadãos críticos, o debate de diferentes proposições é essencial. Alunos, fiquem
sempre atentos às diferentes abordagens e estudos acerca de um mesmo tema,
grande parte do conhecimento é construído como base em um panorama geral
sobre o tema!
SAIBA MAIS
Vídeos sobre o assunto: http://usptalks.prp.usp.br/pt/tag/efeito-estufa-pt/
Acesse o link:
https://nacoesunidas.org/tema/ods13/
Observação: É extremamente importante a atualização constante do profissional da
área ambiental na temática da poluição, sendo a poluição atmosférica um dos tipos
de poluição mais amplamente debatidos dado o aquecimento global ser, em partes,
produto deste tipo de poluição.
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
BERLW, B. & CLARKE, T. Ouro azul: como grandes corporações estão se
apoderando da água do planeta. São Paulo: M. Books, 2003.
CHIARAVALLOTI, R. M. & PÁDUA, C. V. Escolhas sustentáveis. São Paulo:
Urbana, 2017.
CRETON, J. C. & STHEL, M. S. A ciência do aquecimento global. Rio de Janeiro:
Quartet, 2011.
O EIA é realizado por uma equipe de profissionais que são remunerados pelo
empreendedor. O EIA dá origem ao RIMA e este é avaliado também por uma equipe
multidisciplinar do Órgão Ambiental. O RIMA também se submente à apreciação
pública, consistindo, portanto, em um dos instrumentos mais transparentes do meio
ambiental.
IMPORTANTE
O Estudo de Impactos Ambientais e Relatório de Impactos Ambientais são de
extrema importância na definição dos Passivos Ambientais. Deste modo, é muito
importante que os profissionais que desenvolvam o EIA e o RIMA sejam
especialistas, da mesma forma que é imprescindível uma equipe multidisciplinar.
Contabilidade ambiental
A contabilidade ambiental pode ser conceituada segundo Carvalho (2012, p.
111) “como o destaque dado pela ciência aos registros e evidenciações da entidade
referentes aos eventos relacionados ao meio ambiente”.
Em outras palavras, pode ser definida como o resultado positivo ou negativo
que a fabricação ou desenvolvimento de um produto ou realização de um serviço
provoca no meio ambiente. Ela irá refletir nos ativos e passivos ambientais, além de
demonstrar ao usuário a modificação ocorrida no patrimônio líquido decorrente do
fato ambiental ocasionado pela empresa (COSTA, 2012).
A contabilidade ambiental tem como finalidade segundo Ribeiro (2005, p. 45):
Identificar, mensurar e esclarecer os eventos e transações
econômico-financeiros que estejam relacionados com a
proteção, preservação e recuperação ambiental, ocorridos em
um determinado período”.
No entanto, esta prestação de contas por parte da empresa, que deve ser
realizada não é uma tarefa fácil de ser executada pelo profissional contábil. Ao
compreendermos melhor o termo contabilidade e as suas características, fica clara a
compreensão de porque o tema é tão complexo. Deste modo, a seguir, a
contabilidade como área da ciência será considerada conjuntamente com a temática
ambiental, para que fiquem claras as dificuldades enfrentadas.
FIQUE ATENTO
Conforme o aluno pode perceber, a estimativa dos passivos ambientais além de ser
coordenada por meio de estudos e relatórios ambientais, está integrada à
contabilidade, constituindo o que se conhece como contabilidade ambiental. Neste
sentido, surge também a gestão ambiental que é um conjunto de medidas
mitigatórias aos danos ambientais causados pelo processo produtivo da empresa.
Ou seja, o campo referente aos passivos ambientais é vasto e merece devida
atenção do aluno!
CAPÍTULO 2 – RECAPITULANDO
QUESTÕES DE CONCURSOS
Questão 1
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: TJ-MS Prova: Juiz Substituto Nível: Superior.
Segundo estabelecido na Política Nacional do Meio Ambiente, entende-se por
poluição a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta
ou indiretamente:
a) lancem matérias em dissonância com a qualidade tecnológica fixada pelas
normas da ABNT.
b) afetem 70% das interações de ordem física do meio ambiente.
c) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.
d) afetem as condições sociais ou fitossanitárias da biota.
e) criem condições favoráveis às ações políticas e econômicas.
Questão 2
Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Engenheiro Junior Nível:
Superior
A degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que, direta ou
indiretamente, prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população é
denominada:
a) processo ecológico
b) poluição do meio ambiente
c) estudo prévio de impacto
d) impacto ambiental regional
e) princípio de predominância de interesse
Questão 3
Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: Prefeitura de Valença - BA Prova: Técnico
Ambiental. Nível: Médio
Considerando a poluição do solo em áreas rurais, qual, dentre as alternativas a
seguir, é considerada uma prática que intensifica a poluição do solo?
a) Substituir o fertilizante sintético pelo adubo natural.
b) Utilizar técnicas de manejo de culturas em que aplica-se a rotação dessas
culturas.
c) Explorar minas a céu aberto para a extração mineral.
d) Dar preferência ao uso de práticas conservacionistas ao invés de práticas
vegetativas para evitar a erosão do solo.
e) Utilizar o controle biológico de pragas que destroem a microfauna dos solos.
Questão 4
Ano: 2013 Banca: IBFC Órgão: PC-RJ Prova: Perito Criminal Nível: Superior.
Uma política estabelecida pela Resolução CONAMA nº 001/86 traz uma série de
procedimentos de estudos ambientais para a implantação de empreendimentos, que
inclusive são de acesso público. Assim, identifique a alternativa que incide
procedimentos dentro desta resolução.
a) EIA/RIMA, definidos como estudos de impactos ambientais e relatório de impacto
ao meio ambiente
b) EIA/RIMA, definidos como estudo inicial ambiental e relatório indicador de meio
ambiente.
c) PDA, potencial de degradação ambiental.
d) PDA/RIMA, sendo potencial de degradação ambiental e relatório indicador de
meio ambiente.
e) EIA/ PDA, como estudo inicial ambiental e potencial de degradação ambiental.
Questão 5
Ano: 2015 Banca: IF-RS Órgão: IF-RS Prova: Professor Nível: Superior.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, as
mudanças observadas atualmente no sistema da Terra não têm precedentes na
história humana. Os esforços de desacelerar o ritmo ou tamanho das mudanças,
inclusive maior eficiência de recursos e medidas de mitigação, tiveram resultados
modestos e não reverteram as mudanças ambientais adversas. A respeito destas
mudanças, assinale a alternativa INCORRETA:
a) Os aumentos da temperatura média acima dos limiares em algumas localidades
têm levado a impactos significativos na saúde humana, como a maior incidência de
casos de malária.
b) A maior frequência e gravidade dos episódios climáticos, como enchentes e
secas, num patamar inédito, afetam tanto os bens naturais quanto a segurança
humana.
c) Fatores múltiplos e interconectados, como secas combinadas com pressões
socioeconômicas, afetam a segurança humana.
d) Perdas significativas da biodiversidade e constante extinção de espécies estão
afetando o suprimento de serviços ecossistêmicos, como o colapso de diversas
atividades pesqueiras e a perda de espécies usadas para fins medicinais.
e) O descongelamento acelerado da camada de gelo no Ártico, bem como o
derretimento de geleiras, devido à amplificação do aquecimento global, é uma
mudança abrupta, porém reversível.
O termo “aquecimento global” tem sido muito utilizado para falar das mudanças
climáticas devido ao aumento de gases do efeito estufa Essa mudança climática
implica em drásticas consequências na dinâmica climática da terra e também pode
afetar a biodiversidade do planeta, quais são essas consequências?
TREINO INÉDITO
É um tipo de poluição comum nas cidades, aglomerações de pessoas, aeroportos,
casas de show, construções, entre outros. Este tipo de poluição não acumula no
meio ambiente como outras fontes poluidoras. Além do incômodo causado, há a
alteração da audição e a diminuição da qualidade de vida das pessoas. Em relação
à afirmação, qual das alternativas está correta:
a) Poluição das Águas
b) Poluição dos Rios.
c) Poluição dos Solos.
d) Poluição Sonora.
e) Poluição dos Bichos.
NA MÍDIA
Passivo ambiental é um histórico da contaminação do ser humano em
áreas localizadas
O passivo ambiental representa o sacrifício de benefícios econômicos que
serão realizados para a preservação, recuperação e proteção do meio ambiente, de
forma a permitir a compatibilidade entre o desenvolvimento econômico e o meio
ecológico ou em decorrência de conduta inadequada em relação às questões
ambientais. Diz respeito não só às sanções por degradação ambiental, mas também
às medidas empresariais para a prevenção de danos ambientais que têm reflexos
econômico-financeiros.
Esse processo compromete tanto o presente quanto o futuro da empresa,
exemplificado nas situações em que a empresa tem de assumir a responsabilidade
pelas consequências de suas atividades operacionais, como o depósito de resíduos
no meio ambiente. Para a identificação do passivo ambiental das empresas, entre as
formas possíveis, estaria o uso das informações contidas tanto no Estudo de
Impacto Ambiental (EIA) quanto no Relatório do Impacto ao Meio Ambiente (RIMA).
Fonte: Revista Ad Normas.
Data: 30 out. 2018.
Leia a notícia na íntegra: https://revistaadnormas.com.br/2018/10/30/passivo-ambiental-e-
um-historico-da-contaminacao-do-ser-humano-em-areas-localizadas/
NA PRÁTICA
A utilização de tantos recursos naturais e a degradação do ambiente resultou
em grandes ameaças ao planeta terra como aquecimento global, doenças
provenientes de poluição e desmatamento, por exemplo. A busca por um meio
ambiental mais sustentável por parte da comunidade internacional construiu leis e
políticas ambientais destinadas a resguardar uma relação menos degradante entre o
homem e o meio ambiente.
Atualmente, o Brasil é um dos países que tem um sistema complexo de
proteção ao meio ambiente, contando com o esforço conjunto dos três poderes, por
meio dos instrumentos legais protetores da natureza. Um desses instrumentos é o
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que tem como objetivo avaliar as consequências
ambientais decorrentes de uma ação ou projeto, além de trazer medidas de redução
dos problemas. O EIA faz parte da política nacional do meio ambiente que delibera
sobre quais atividades devem elaborar o diagnóstico e o Relatório de Impacto
Ambiental (RIMA). Esse documento é uma forma de cuidar do interesse público e
uma importante ferramenta para o desenvolvimento sustentável.
CAPÍTULO 3 – PERÍCIA AMBIENTAL
3.1.3 PERÍCIA
A utilização de provas periciais no judiciário brasileiro pauta-se basicamente
pela sujeição ao código de Processo Civil e seu artigo 145, em seus §§ 1º e 2º; 147
e 420 a 439. Sidou (1997) diz que a perícia é o meio de prova consistente no exame,
vistoria ou avaliação, levada a efeito por pessoa dotada de conhecimento técnico,
em torno de uma pessoa, coisa ou fato cuja revelação se faz necessária para formar
a convicção do juiz sobre a demanda.
Silveira (2006) complementa a ideia dizendo que a perícia é uma atividade
realizada por peritos com o objetivo de esclarecer e explicar fatos que geram
incertezas ou dúvidas. As perícias normalmente são obrigatórias e estão ligadas a
um litígio, alguma disputa ou ação judicial. Essas provas periciais podem ser
solicitadas por um juiz, um promotor ou por uma das partes interessadas.
A perícia é um procedimento de investigação elaborado por um profissional
habilitado, que pretende confirmar ou explicar um acontecimento por intermédio de
um exame, vistoria e avaliação de caráter técnico e especializado. A perícia surgiu
com a medicina legal, que procurava esclarecer crimes a partir de vestígios nos
corpos humanos, com passar do tempo a necessidade de perícias em outras áreas
passou a ser realidade.
Neste contexto, Assis (2011) diz que a perícia pode acontecer em qualquer
área quando houver uma contestação ou pendência, como por exemplo, perícia
médica, perícia ambiental, perícia criminal, perícia contábil, perícia de balística,
perícia de imóveis, dentre outros.
Saiba mais:
Vídeos sobre o assunto: https://www.brasildefato.com.br/2018/06/10/documentario-
denuncia-crimes-ambientais-graves-em-barcarena-pa-nos-ultimos-15-anos/
Acesse o link:
http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/Procedimentos.pdf e
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-39512005000300006
FIQUE LIGADO
Existe uma diferença entre perito oficial e perito judicial. Peritos oficiais são todos os
profissionais que são contratados pelo Estado para exercer a função pericial; já os
peritos judiciais são auxiliares do juiz que respondem tecnicamente aos quesitos
levantados no processo.
IMPORTANTE
A perícia ambiental é uma atividade profissional de relevante interesse social, de
natureza complexa e ainda está em fase inicial de estruturação, que requer uma
prática multidisciplinar e atuação de profissionais especializados para o trato das
questões envolvidas, além de exames, estudos e pesquisas que fundamentem o
desenvolvimento de seus aspectos jurídicos, teóricos, técnicos e metodológicos.
O homem pensou por muito tempo que a natureza fosse uma fonte de matéria
prima inesgotável. Contudo, ele já vem vendo e sentindo os efeitos de seu uso
abusivo, percebendo que cada vez mais os recursos estão ficando escassos. A
partir de meados do século XX, as leis ambientais começaram a surgir, a fim de
proteger e garantir o uso consciente do meio ambiente. É nesse contexto que
aparece o perito ambiental, um especialista com atuação multidisciplinar para
auxiliar o legislador a fazer uma aplicação correta e eficaz da lei a ser cumprida.
Em suma, é importante que o profissional de perícia ambiental seja
multidisciplinar e procure sempre se atualizar em relação às mudanças legislativas
para prestar um serviço técnico de qualidade e que não cause danos maiores ao
meio ambiente, auxiliando a justiça de uma maneira mais eficaz.
CAPÍTULO 3 – RECAPITULANDO
QUESTÕES DE CONCURSOS
Questão 1
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TCE-AP Prova: Analista de Controle Nível: Superior.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) instituiu os critérios e as
diretrizes para o licenciamento ambiental. Com base nesses critérios e diretrizes, é
INCORRETO afirmar que:
a) o licenciamento ambiental deve servir como um instrumento de gestão ambiental.
b) o prazo máximo de validade da Licença Prévia e da Licença de Instalação poderá
ser de até dez anos.
c) a licença ambiental estabelece as condições e restrições para a localização,
instalação e operação de empreendimentos potencialmente poluidores.
d) o impacto ambiental que afeta diretamente mais de um Estado é denominado
impacto ambiental regional.
e) um projeto potencialmente impactante ao meio ambiente só conseguirá obter a
licença ambiental depois de apresentado o Estudo de Impacto Ambiental e
respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
Questão 2
Ano: 2014 Banca: CEC Órgão: Prefeitura de Piraquara – PR Prova: Biólogo Nível:
Superior
Questão 3
Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: IBAMA Prova: Analista Ambiental. Nível: Médio
Questão 4
Ano: 2016 Banca: AOCP Órgão: Prefeitura de Valença – BA Prova: Técnico
Ambiental Nível: Médio.
Questão 5
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário Nível: Superior.
O produto final de uma perícia é o laudo entregue para o juiz, esse laudo deve ser
objetivo e conclusivo às questões levantadas, sem haver margem para falsas
conclusões. Para o laudo ser completo, ele deve percorrer três etapas para sua
elaboração, quais são essas etapas?
TREINO INÉDITO
Normalmente, são obrigatórias e estão ligadas a um litígio, a alguma disputa ou
ação judicial, elas podem ser solicitadas por um juiz, um promotor ou por uma das
partes interessadas.
a) Plano Diretor Municipal.
b) Plano de Saneamento Básico.
c) Licenciamento.
d) Perícia.
e) Estudo de Impacto de Vizinhança.
NA MÍDIA
Documentos já indicavam risco alto de rompimento da barragem
em Mariana
O programa Ambiente é o Meio desta semana traz entrevista com os peritos
criminais da Polícia Federal Marcus Andrade e Rodrigo Mayrink. Eles atuam na
unidade da Polícia Federal, em Minas Gerais, responsável pelas perícias do
desastre de Mariana, que contou com 55 peritos criminais de diversas áreas;
Andrade é farmacêutico industrial e Mayrink é médico veterinário.
Mayrink explica que o laudo pericial, documento produzido pelos peritos
criminais, tem o objetivo de fazer a análise técnica e isenta, para que o julgador do
processo possa se basear ao definir a sentença. “Somos profissionais de diversas
áreas para atuar com os olhos da ciência em assuntos criminais tratados pela
Polícia Federal”, afirma Andrade.
No último dia 5, o rompimento da barragem completou três anos e eles
explicam que a Polícia Federal age em casos em que existem prejuízos de
interesses da União, o que ocorreu em Mariana, onde a extensão dos danos
ultrapassou as fronteiras dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo,
caracterizando um desastre nacional.
Mayrink explica ainda como foi possível afirmar que se tratava de um desastre
e não de um acidente ambiental. Ele conta que só puderam confirmar após a
liberação do laudo de engenharia. “Desde a implantação da barragem, em 2008, ela
foi sendo gerenciada com uma série de erros, de negligências e más práticas de
segurança, que culminou com o rompimento, o que chamamos de desastre”,
declara.
Fonte: Jornal da USP
Data: 14 nov. 2018.
Leia a notícia na íntegra: https://jornal.usp.br/radio-usp/radioagencia-
usp/documentos-da-empresa-ja-indicavam-risco-alto-de-rompimento-da-barragem-
em-mariana/
NA PRÁTICA
As discussões em torno do tema ambiental vêm, cada vez mais, tornando-se
foco da sociedade em geral como universidades, empresas, organizações civis,
mídia e também da população em geral. Esse fato deve-se às crescentes
preocupações com o futuro do meio ambiente. A aplicabilidade, a punição e o apoio
da sociedade em geral, buscando por um meio ambiente mais sustentável, ligam-se
diretamente à forma de trabalho do poder público na busca de apresentar melhores
condições de vida para a população, por meio de investigações e ações realizadas
pelo Estado, para a prevenção ou correção e para a preservação do meio ambiente.
É nesse cenário que o trabalho do perito ambiental entra como colaborador
nas investigações contra ataques ambientais, prestando serviços técnicos para
juízes. Esses profissionais devem ter curso superior em alguma área ligada ao meio
ambiente (Engenheira Ambiental, Agronomia, Geografia, Química, dentre outros), e
devem ser legalmente habilitados para serem nomeados por um juiz para pesquisar
e elucidar fatos técnicos e científicos em um processo ambiental. O bom perito
ambiental judicial deve ter engajamento, comprometimento e realizar um trabalho
com a melhor qualidade possível, além de ter ciência da prática e de procedimentos
forenses.
REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, H. R. de. Perícia médica judicial. Rio de Janeiro: Guanabara Dois,
1982.
COSTA JR., P.J da. Curso de Direito Penal. 8. ed. São Paulo: DPJ, 2005.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
SÁ, A.L.; SÁ, A. M. L. Dicionário de contabilidade. 8.ed. São Paulo: Atlas, 1990.
SIDOU, J. M. O. Processo civil comparado – histórico e contemporâneo. Rio de
Janeiro: Editora Forense Universitária, 1997.
GABARITOS
CAPÍTULO 01
Questões de concursos
01 02 03 04 05
B C D C C
TREINO INÉDITO
Gabarito: B
CAPÍTULO 02
Questões de concursos
01 02 03 04 05
C B C A E
TREINO INÉDITO
Gabarito: D
CAPÍTULO 03
Questões de concursos
01 02 03 04 05
B A A E C
TREINO INÉDITO
Gabarito: D