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Módulo – II
Abril de 2009
Tratamento de Emissões, Efluentes e Resíduos Sólidos na Indústria de Alimento.
Professor: Ms. Jorge Wilson Pereira da Silva
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................3
1.1 - LEIS AMBIENTAIS E PARÂMETROS DE QUALIDADE ..........................................................................................3
2- TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS ...............................................................................................5
2.1 - LIMITES E CONDIÇÕES PARA LANÇAMENTO .....................................................................................................5
2.2 - LEVANTAMENTO DE DADOS INDUSTRIAIS ........................................................................................................8
2.3 - TÉCNICA DE CARACTERIZAÇÃO DE DESPEJOS ................................................................................................16
2.3.1 - Considerações Iniciais ..............................................................................................................................16
2.3.1.1 Demanda Química de Oxigênio (DQO) .................................................................................................................18
2.3.1.2 Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO).............................................................................................................21
2.3.1.3 Carbono Orgânico Total (COT) .............................................................................................................................24
2.3.1.4 Outros Parâmetros ..................................................................................................................................................25
2.4 - ALGUMAS NOÇÕES DE AMOSTRAGEM DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS ....................................................................35
2.4.1 - Corpos Receptores Não Estagnados.........................................................................................................36
2.4.2 - Corpos Receptores Estagnados.................................................................................................................42
2.5 - RELAÇÕES IMPORTANTES AO TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS:.........................................................44
2.6 - ETAPAS DO TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS .....................................................................................46
2.6.1 - Tratamento Preliminar e Primário ...........................................................................................................55
2.6.1.1 Equalização/Correção do pH .............................................................................................................................55
2.6.1.2 Separação Sólido/Líquido...................................................................................................................................56
2.6.1.2.1 Separação de Sólidos Grosseiros em Suspensão..................................................................................56
2.6.1.2.2 Separação de Partículas Discretas (Caixas de Areia)............................................................................63
2.6.1.2.3 Caixa de Gordura:........................................................................................................................................65
2.6.1.2.4 Decantadores ...............................................................................................................................................66
2.6.1.2.5 Flotação.........................................................................................................................................................73
2.6.1.2.6 Tratamento dos Gases................................................................................................................................75
2.6.1.2.7 Tratamento Por Disposição no Solo..........................................................................................................76
2.6.1.2.8 Digestão, Secagem e Disposição dos Lodos...........................................................................................84
2.6.2 - Tratamento Secundário.............................................................................................................................85
2.6.2.1 Tratamento Biológico Aeróbio (Bio-oxidação):.....................................................................................................85
2.6.2.2 Tratamento Biológico Anaeróbio ...........................................................................................................................97
2.6.2.3 Lagoas de Estabilização (ou Maturação) ..............................................................................................................103
2.6.3 - Tratamentos Terciários (ou Acabamento) ..............................................................................................104
2.6.3.1 Tratamento Eletrolítico.........................................................................................................................................104
2.6.3.2 Cloração ...............................................................................................................................................................104
2.6.3.3 Radiação Ultravioleta ...........................................................................................................................................105
2.6.3.4 Oxidação Utilizando O3 ........................................................................................................................................106
3- TRATAMENTO DE EMISSÕES GASOSAS ................................................................................................111
3.1 - A ATMOSFERA DA TERRA ............................................................................................................................111
3.2 - METEOROLOGIA E SUA RELAÇÃO COM A POLUIÇÃO DO AR ........................................................................111
3.3 - TIPOS DE POLUENTES DO AR ........................................................................................................................113
3.4 - FONTES DE POLUIÇÃO DO AR .......................................................................................................................118
3.5 - EFEITOS DA POLUIÇÃO DO AR ......................................................................................................................119
3.6 - EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR ...................................................................................129
3.6.1 - Controle em Fontes Fixas .......................................................................................................................130
4- TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................144
4.1 - FORMAS DE DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS........................................................................................147
5- BIBLIOGRAFIA (REFERENCIADA E COMPLEMENTAR) ...................................................................152
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1- Introdução
Um dos principais pontos para o sucesso ecológico de um país são as leis existentes
que regularizam o uso do meio.
Todo rio deverá ter uma classificação de acordo com o seu padrão de qualidade
desejado. Padrão de qualidade é a condição que o rio tem após receber um efluente.
O CONAMA nº. 20 estabelece um padrão de emissão que se pode lançar em
qualquer corpo d’água independente do seu padrão de qualidade.
A cobrança pelo uso da água será um instrumento de ajuda à despoluição dos
córregos, simplificando, quem não estiver enquadrado no CONAMA 20 será autuado e
responderá por processos criminais, já quem estiver enquadrado no CONAMA 20 pagará
somente pela poluição remanescente da Estação de Tratamento de Esgoto.
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Constituição Brasileira
O CONAMA n º 20 diz que os efluentes devem ser tratados, para que os rios
mantenham um padrão de acordo com o uso do homem, ou seja, um rio que serve
somente para navegação não tem a necessidade de ter uma qualidade para a recreação
de contato direto ou para o abastecimento humano. A polêmica é gerada, pois esta lei
protege o homem e não o meio ambiente.
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Tabela 1 - Condições dos efluentes em função dos locais de lançamento (Decreto estadual 8468 de
08.09.76, artigo 18 a 20).
Efluentes lançados nas Efluentes lançados em
coleções de água ou em sistemas públicos de
sistema público de esgotos esgoto provido de estação
desprovidos de estação de de tratamento.
tratamento.
pH entre 5,0 e 9,0
Temperatura máximo 40 °C
Materiais sedimentáveis
(l / hora em “cone ImHof“) máximo 1,0 ml / l máximo 10,0 ml / l
Substâncias solúveis em hexana máximo 100,0 mg / l máximo 100,0 mg / l
Demanda bioquímica de Oxigênio
- DBO (5 dias - 20 °C) máximo 60,0 mg / l* --
Arsênico máximo (mg / l) 0,2 mg / l 0,2 mg / l
Bário máximo (mg / l) 5,0 -
Boro máximo (mg / l) 5,0 -
Cádmio máximo (mg / l) 0,2 0,2
Chumbo máximo (mg / l) 0,5 0,5
Cianeto máximo (mg / l) 0,2 0,2
Cobre máximo (mg / l) 1,0 1,0
Cromo hexavalente máx (mg / l) 0,1 0,5
Cromo Total máximo (mg / l) 5,0 5,0
Estanho máximo (mg / l) 4,0 4,0
Fenol máximo (mg / l) 0,5 0,5
Ferro Solúvel máximo (mg / l) 15,0 30,0
Fluoreto máximo (mg / l) 10,0 10,0
Manganês Solúvel máx. (mg / l) 1,0 -
Mercúrio máximo (mg / l) 0,01 0,01
Níquel máximo (mg / l) 2,0 2,0
Prata máxima (mg / l) 0,02 0,1
Selênio máximo (mg / l) 0,02 0,2
Sulfeto máximo (mg / l) - 50,0
Zinco máximo (mg / l) 5,0 5,0
Regime de lançamento Contínuo de 24 h por dia com variação máxima de
50 % da vazão horária média
Outras condições Não podem alterar as características Ausência de águas pluviais e
das águas (Veja tabela 2) despejos que possam causar
obstrução na rede de esgoto.
* Este limite somente poderá ser ultrapassado no caso de efluente de sistema de tratamento de
águas residuárias que reduza a carga poluidora (em termos de DBO 5 dias, 20°C) do despejo em, no
mínimo, 80%.
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Tabela 2: Parâmetros ou valores da qualidade dos corpos de água que não podem ser alterados pelo
lançamento de efluentes, mesmo tratados (Decreto estadual 8460 de 08.09.76, artigos 10 a 13).
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4
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Determinação da Vazão:
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Q = Volume/Tempo
a) Cubagem
Anota-se o tempo que a água leva para encher um recipiente de volume conhecido.
Existem locais de difícil acesso sendo praticamente impossível instalar um dispositivo
para se medir a vazão, ou nos casos que os custos forem elevados para se instalar um
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vertedor só para se coletar uma amostra, pode-se adotar o seguinte procedimento: fecha-
se a entrada do reservatório, mede-se a altura (h) e o tempo (T) que leva para se ter um
desnível (Δh).
b) Vertedores
Para cada faixa de vazão deve-se adotar um tipo de vertedor, com o seu formato e
equação específica.
Fig. 02b – Vertedor Retangular e Triangular de Thompson, com régua de medição instalada.
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Estimativa Populacional
P = P2 + Ka (T – T2), sendo
Ka = (P2 – P1)/(T2 – T1)
ln P = ln P2 + Kg ( T – T2 ), sendo
Kg = (ln P2 – ln P1)/(T2 – T1)
onde:
P = K
1 + e a - b.t
2 P o P 1 P 2 - (P 1 ) 2 (P o + P 2 )
K =
P o P 2 - (P 1 ) 2
1 log (K - P o )
a=
0,4343 Po
-1 log P o (K - P 1 )
b=
0,4343d P 1 (K - P o )
onde:
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P . q . CR m3 d-1
Q=
1000
P . q . CR L s-1
Q=
86400
onde
P = população estimada;
CR = coeficiente de retorno de esgoto;
q = consumo per capita de água;
Q = vazão do esgoto.
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Deve-se considerar aos valores acima a vazão devida à infiltração na rede coletora
de esgoto. A norma NBR 9649 da ABNT, diz: “TI, Taxa de contribuição de infiltração,
depende de condições locais tais como: Nível de água do lençol freático, natureza do
subsolo, qualidade da execução da rede, material da tubulação e tipo de junta utilizado. O
valor entre 0,05 a 1,0 L/s. Km adotado deve ser justificado”.
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Um fator que complica bastante a tarefa para uma adequada caracterização desses
despejos, como no caso dos despejos industriais, é a acentuada variabilidade da sua
composição e vazão com o tempo. Além disso, não se deve deixar de mencionar os
problemas associados à representatividade das amostras coletadas do despejo real.
Desta forma, podemos depreender que constitui-se uma tarefa muito difícil, dentro
das limitações de tempo disponíveis, obter-se uma caracterização completa da
composição de um dado despejo considerando-se, como mencionado acima, a imensa
variedade de formas com que o agente poluidor pode se apresentar neste despejo.
Um efluente pode conter substâncias orgânicas biodegradáveis e não
biodegradáveis e contaminantes inorgânicos. Espécies inorgânicas reativas são
facilmente determinadas, ao passo que a determinação de substâncias orgânicas solúveis
tem sido mais problemática.
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Sólidos em suspensão;
Sólidos em solução;
Líquidos imiscíveis na forma de emulsões;
Líquidos imiscíveis na forma de filmes superficiais;
Espumas;
Neste já difícil problema, um outro fator que adiciona ainda mais dificuldades é
aquele relacionado com variação da qualidade da amostra entre o instante de coleta da
amostra e o instante de realização da medida. Esta variação da qualidade da amostra
pode ter uma ou mais das seguintes causas:
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Assim podemos concluir que mesmo a glicose, quando lançada num corpo receptor,
se configura como um poluente, pois ela será degradada por ação biológica (servirá como
substrato para os microrganismos aeróbios/anaeróbios/facultativos, naturalmente
existentes no corpo receptor).
Nessa atividade de metabolização do substrato, os microrganismos vão retirar 1067
mg de oxigênio dissolvido das águas do corpo receptor para cada 1000 mg de substrato.
(Nota: 1067 corresponde ao fator de conversão estequiométrico, ou seja, converte massa
de glicose em massa de oxigênio e vice-versa).
Quando se diz, por exemplo, que o vinhoto tem uma DQO de 20000 PPM, quer-se
dizer que, nas condições de realização do teste, cada litro de vinhoto consome 20000 mg
de oxigênio (cedido pelo agente oxidante) para que as substâncias constituintes do
vinhoto sejam quimicamente oxidadas.
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Os resultados acima apenas indicam que, nas condições em que o teste de DQO é
realizado, a piridina não é oxidada por via química.
A fim de se determinar a DQO de uma solução de glicose pura, no nosso
Laboratório foram conduzidos ensaios com uma solução de concentração igual a 5.000
mg/L. Como visto, a DTO desta solução será:
[o valor numérico 1,067 é o fator de conversão - este converte massa de glicose (CH2O)
em massa de oxigênio e vice-versa].
Usando o método do dicromato os seguintes resultados foram obtidos:
É evidente que nas condições do teste da DQO não só substâncias orgânicas são
oxidadas, mas também outras, como sulfetos, sulfitos, nitritos, etc. A DQO representa
quase um limite superior da possibilidade de estabilização total de um despejo.
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Podemos desta forma, concluir que num despejo real a medida da DQO raramente
coincidirá com a medida da DBO, pois na medida da DQO estarão contidas substâncias
biodegradáveis (acusadas no teste de DBO) e substâncias não-biodegradáveis, pois,
dadas as condições em que a medida da DQO é realizada, podemos esperar que tanto as
substâncias biodegradáveis quanto as não-biodegradáveis sejam quimicamente oxidadas.
Assim, temos que:
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Um efluente que possui uma relação alta DQO/DBO, ou seja, uma alta DQO e baixa
DBO pode ser um efluente de difícil degradabilidade, contendo substâncias recalcitrantes.
Isto significa que um tratamento biológico pode não enquadrar este efluente dentro dos
padrões estabelecidos para seu descarte, ou que será necessário um longo tempo de
residência nos reatores de um processo biológico ou ainda ser necessária a implantação
de um tratamento terciário. Muitos efluentes industriais se encaixam neste perfil.
Quando possui uma baixa relação DQO/DBO, pode-se dizer que este efluente é de
maior degradabilidade, pois uma fração razoável deste efluente é naturalmente
biodegradável. Assim, muito provavelmente, um processo biológico poderá enquadrar
este efluente. Um efluente doméstico, por exemplo, que contém grande quantidade de
matéria orgânica biodegradável apresenta uma DBO de cerca de 50% da DQO.
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- -
2 NO2 + O2 → 2 NO2
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Como pode ser visto, a DQO e a DBO fornecem resultados importantes, mas não
muito confiáves sob o ponto de vista da concentração do carbono dissolvido. Já as
análises de COT são excelentes para determinar a concentração de matéria orgânica em
solução.
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9 TURBIDEZ
9 COR
9 CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO DISSOLVIDO
9 pH
9 DUREZA
9 SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS
9 SÓLIDOS FLUTUANTES
9 CONCENTRAÇÃO DE MATERIAL TÓXICO
9 TEMPERATURA
9 MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS
TURBIDEZ
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10
15
20
50
100
200
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COR
O teste de cor se faz por comparações visuais com soluções mistas de cloroplatinato
de potássio e de cloreto de cobalto ou ainda por meio de discos coloridos (discos de
Hellige), fotometria e espectrofotometria. A unidade de cor corresponde a 1 ppm de
platina, na forma de cloroplatinato de potássio.
Efluentes de diversas indústrias, tais como: pigmento, papel, têxtil, curtume, etc.
possuem compostos corados, na forma de material em suspensão, coloidal ou em
solução. Estas substâncias absorvem a radiação solar de curto comprimento de onda (luz
visível) impedindo a sua penetração na água reduzindo, em conseqüência, a ação
fotossintética das espécies vegetais clorofiladas existentes no corpo receptor
(particularmente as algas). A principal fonte de oxigênio no corpo receptor‚ é justamente a
ação fotossintética, através da qual os vegetais clorofilados consomem o CO2 dissolvido
na água e liberam o O2.
A diminuição da cor de um despejo pode ser conseguida através de processos de
coagulação-floculação, seguido de sedimentação ou flotação, filtração, cloração,
ozonização ou ainda por adsorção em colunas de carvão ativo (vistos posteriormente).
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
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pH - (Potencial Hidrogeniônico)
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DUREZA
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Sólidos em suspensão;
Sólidos coloidais;
Sólidos dissolvidos.
Sólidos orgânicos;
Sólidos inorgânicos
Sólidos voláteis;
Sólidos fixos (secagem a 600 oC).
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S. orgânicos
(90)
S. sedimentáveis S. inorgânicos
(120) (30)
S. em suspensão
(200) S. orgânicos
(55)
S. não sedimentáveis S. inorgânicos
(80) (25)
Sólidos
Totais
(600) S. orgânicos
(30)
S. coloidais
S. inorgânicos
(40)
(10)
S. dissolvidos
(400) S. orgânicos
(125)
S. dissolvidos
S. inorgânicos
(360)
(235)
SÓLIDOS EM SUSPENSÃO
SÓLIDOS FLUTUANTES
Nesses estão incluídos óleos, graxas e o petróleo. Sua presença no despejo, além
de tornar desagradável o aspecto do corpo receptor, apresenta os seguintes
inconvenientes:
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TEMPERATURA
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0 14,6
5 12,8
10 11,3
15 10,2
20 9,2
25 7,6
50 5,6
MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS
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Obs: os parâmetros de controle de poluição são especificados para cada indústria e muitas
vezes é necessário o controle de algum parâmetro específico para determinada indústria.
Estes controles são estabelecidos pelo órgão de controle da Legislação Ambiental
responsável em cada estado.
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9 Vazão da corrente de despejo deve ser conhecida ou, pelo menos, fácil de ser
estimada ou medida;
9 O ponto de amostragem deve ser de fácil acesso e ter condições para o
trabalho em segurança do operador;
9 Nesse ponto, a corrente de despejo deve ser bem misturada de modo a garantir
a homogeneidade da amostra coletada.
não se pode coletar a amostra uma vez ao dia para as análises, por exemplo. O que se
faz, na prática, é uma amostragem composta, na qual o efluente é coletado várias vezes
ao dia e então composto.
Os procedimentos para monitoramento, amostragem e armazenamento de
amostras de efluentes são muito bem descritos em manuais específicos da área.
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DBO OD
Alta ↑ Baixa ↓
Baixa ↓ Alta ↑
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A eutrofização é o processo que ocorre quando um corpo receptor está com excesso
de certos nutrientes básicos. Este termo se aplica ao processo de enriquecimento
excessivo e continuado de um corpo receptor por macronutrientes, causando um
desenvolvimento massivo e indesejável de plantas aquáticas, alterando seu equilíbrio
biológico.
É um processo lento que ocorre na natureza, relacionado ao envelhecimento dos
corpos receptores, que pode ser acelerado com o lançamento de macronutrientes (N e P),
advindos das atividades humanas. Outros fatores como: tempo de residência, velocidade
do fluxo, profundidade, condições climáticas, cor ou turbidez do corpo receptor, etc.,
podem afetar a eutrofização.
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Como se sabe, a remoção total de N e P não pode ser executada e nem mesmo é
desejada, pois estes elementos e seus compostos são nutrientes para o desenvolvimento
dos fitoplâncton e algas - organismos produtores e base da cadeia alimentar do
ecossistema do lago.
O processo de eutrofização consiste na progressão gradual (sucessão ecológica)
de um estágio de vida aquática para outra, sucessão esta causada pelo grau de
disponibilidade de nutrientes e pela correspondente produção de biomassa dentro do
corpo receptor. O estágio primário deste processo é caracterizado pela baixa
concentração de nutrientes e pela pequena produção de biomassa‚ denominado de
oligotrófico.
O estágio subseqüente é denominado de mesotrófico e corresponde a um nível
intermediário tanto no que se refere à disponibilidade de nutrientes quanto no que se
refere à produção de biomassa. À medida que este processo de "envelhecimento"
prossegue, o corpo receptor se torna eutrófico, que corresponde a um estágio
caracterizado por elevada disponibilidade de nutrientes e produção de biomassa. A alta
concentração de biomassa reduz a incidência da luz solar dentro do corpo receptor,
reduzindo assim a síntese de biomassa a qual, ao se decompor em condições
anaeróbias, liberam os nutrientes os quais entram novamente no processo até o estágio
final que é a drenagem total do corpo receptor, ou seja, o aterro do mesmo.
Os limnologistas concordam que um corpo receptor estagnado se constitui numa
formação transitória em relação à escala geológica do tempo. Essa transitoriedade deve-
se, sobretudo, ao fato de que as próprias águas que drenam para o seu interior, carream
sedimentos, que, em virtude da redução da velocidade da água, vão se depositando nas
margens e no fundo, originando assim, um lento, assoreamento do corpo receptor. Em
virtude da pequena lâmina d'água junto às margens, nelas se desenvolve uma vegetação
fixa a qual, pela retenção dos sedimentos, acelera ainda mais o assoreamento das
margens. Além disso, a decomposição anaeróbia dessa vegetação contribui com mais
nutrientes. Esse novo incremento da disponibilidade de nutrientes acelera ainda mais o
crescimento da flora aquática.
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Outras relações importantes são aquelas entre sólidos fixos e sólidos voláteis.
Relações SF/SV, SSF/SSV, SDF/SDV elevadas indicam a predominância absoluta de
material inerte na água residuária e a necessidade de sua separação prévia a fim de se
efetivar o tratamento biológico.
Balanço de Sólidos:
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Para que sejam evitados estes impactos negativos, deve ser realizado o tratamento
de águas residuárias, que tem como objetivos:
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As águas residuais devem ser separadas de acordo com as suas características, de modo
a minimizar os efeitos da sua descarga e os custos do seu tratamento. Daí que as unidades fabris
devam possuir redes separativas para as águas residuais domésticas, industriais e pluviais
provenientes das suas instalações.
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Efluente
↓
Separação lixo
↓
sedimentação
↓
Estabilização aeróbia lodo
Decomposição anaeróbia
secagem
↓
Lodo queima
Gás ou
combustível deposição
lançamento
a) com ênfase no processo aeróbio
Efluente
↓
Separação Lixo
↓
Sedimentação
↓
Decomposição anaeróbia lodo secagem
queima
Gás combustível ou
Estabilização aeróbia lodo deposição
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⇒ Equalização/Correção do pH
⇒ Grades ou desintegradores;
⇒ Caixas de areia ou desarenadores;
⇒ Tanques de remoção de óleos e graxas (Caixas de Gorduras);
⇒ Aeração preliminar;
⇒ Tratamento dos gases.
⇒ Decantação primária;
⇒ Precipitação química (Floculação);
⇒ Digestão dos lodos;
⇒ Disposição sobre o terreno, incineração ou retirada dos lodos
resultantes;
⇒ Desinfecção;
⇒ Filtros grosseiros.
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2.6.1.1 Equalização/Correção do pH
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a) Gradeamento:
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Para pequenas estações (vazão < 5 l/s), pode-se enterrar este material, desde que,
adequadamente. Devem-se ter vários cuidados para que não ocorra o acúmulo de
resíduos no gradeamento, para consequentemente não haver mau cheiro.
45 º a 60º
t
a
A desvantagem das grades repousa no fato de que sólidos finos e fibras podem
atravessar seus vãos flutuando na água.
O gradeamento é a primeira unidade de uma estação de tratamento de esgoto,
sendo que essa unidade, só não deve ser prevista, na ausência total de sólidos grosseiros
no efluente a ser tratado.
Na Tabela 14 constam as dimensões das barras, as quais devem ser robustas para
suportar os impactos e esforços devidos aos procedimentos operacionais exigidos das
mesmas.
Material retido:
⇒ Condicionamento (lavados, secados, adições de substâncias químicas)
⇒ Incinerado;
⇒ Aterro sanitário
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t a = 20 mm a = 25 mm a = 30 mm
6 mm 75 % 80 % 83,4 %
8 mm 73 % 76,8 % 80,3 %
10 mm 67,7 % 72,8 % 77 %
13 mm 60 % 66,7 % 71,5 %
Grades, cujo processo de limpeza é mecânico, podem ser distinguidas entre grades
de encaixe (remoção por um pente móvel) e grades rotativas (afasta o material retido nas
grades por dentes presos nas correntes circulares).
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b) Peneiramento:
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⇒ Peneiras estáticas:
Neste tipo de operação o efluente flui na parte superior, passando pela peneira
inclinada, sendo posteriormente encaminhado para unidade seguinte. Os sólidos fixados
na peneira são empurrados pela força do próprio efluente.
Este tipo de peneira é muito empregado nas indústrias; de celulose e papel, têxtil,
nos frigoríficos, curtumes, fábricas de sucos, fecularias, como também na remoção de
sólidos suspensos de esgotos sanitários.
afluente
Sólidos retidos
Efluente
alimentação
alimentação
sólidos
líquido descarte de
depurado sólidos
escoamento
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⇒ Peneiras rotativas:
http://www.fh-nuernberg.de/tc/lab-aust/lim/abwasserkap4.pdf
sentido da rotação
escovas reguláveis
raspador
eliminação
dos sólidos
grosseiros
chapa
perfurada
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Partículas discretas são aquelas que durante a sedimentação, não alteram sua
forma, peso ou volume.
Nos sistemas de tratamento de esgoto doméstico, partículas discretas são quase
totalmente constituídas de areia, que surge através do sistema de coleta mal construído.
Outras partículas discretas são os cereais, muito encontrados em indústrias
alimentícias.
As partículas discretas devem ser retiradas antes do processo biológico, devido as
suas características abrasivas; por serem inertes e tenderem a se acumular nos sistemas
de tratamento.
As partículas de areia devem ser removidas, nas unidades de tratamento preliminar,
denominadas caixas de areia ou desarenadores. Essas unidades são dimensionadas a
partir do conhecimento da velocidade de sedimentação das partículas.
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adequada com dimensões do canal. O material retirado deve ser colocado junto ao
material retirado das peneiras, para ser encaminhado ao aterro sanitário.
Planta Baixa
Corte
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Os líquidos, as pastas e demais corpos não miscíveis com a água, mas que têm
peso específico menor, e, portanto, tendem a flutuar na superfície, podem ser retidos por
dispositivos muito simples, denominados caixas de gordura.
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2.6.1.2.4 Decantadores
Os decantadores são unidades dimensionadas, para que o líquido tenha uma baixa
velocidade, possibilitando assim, a sedimentação de algumas partículas. Partículas
floculentas são aquelas, que podem variar sua velocidade de sedimentação, devido a
modificação de sua forma, dimensão e densidade, durante o processo de sedimentação.
A abrangência do fenômeno é a floculação, que depende da possibilidade de
choques entre as partículas. Esses efeitos podem ser quantificados, através de testes de
sedimentação, não sendo possível equacioná-los, em função das características das
partículas e do fluido; ao contrário do que ocorre com as partículas discretas.
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motor
afluente
efluente
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¾ Coagulação:
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o Substâncias Coagulantes
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Velocidade de Sedimentação
2.6.1.2.5 Flotação
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1 2 3 4
Fr
F2
F2
F1 F1
Velocidade ascensional
Saída do
material
flotador
efluente
Compressor Câmara de flotação
de ar
bomba
afluente
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afluente
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Sistema de Infiltração-Percolação
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Escoamento Superficial
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Fertirrigação
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Tipos de Lodos:
DIGESTÃO DE LODOS:
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Bactérias autotróficas:
Nitrossomonas e Nitrobacter
Geotrichum
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6 < pH <8
Como se verá a seguir, estes processos podem ser projetados em associação com o
processo anaeróbio. Quando a ênfase recai sobre o processo aeróbio, o lodo resultante
deve ser digerido anaerobiamente em reatores. Quando o processo anaeróbio é utilizado
primariamente, utiliza-se, se necessário um processo aeróbio para o tratamento final do
efluente. Os principais tratamentos aeróbios são:
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Fig. 37 - Ejetores –Função de aeração sem geração de odor. Atual sistema de aeração do Ramal B do
tratamento de influentes da Replan.
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⇒ AERAÇÃO PROLONGADA
⇒ CÉLULAS DE AERAÇÃO
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Este processo no qual o efluente possa através de um meio poroso sólido, cuja
superfície se encontra coberta por microorganismos. É um sistema muito barato, fácil de
operar, mas apresenta baixa eficiência quando existe muita variação de carga. O meio
pode ser de pedras, madeira, plástico ou outro material que permita aderência do limo. O
efluente deve ser distribuído sobre o leito por pulverizadores rotativos ou bocais. Pode ser
aplicada a recirculação de lodo para aumentar a eficiência do processo, devido à alta taxa
de conversão assim obtida.
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⇒ LAGOAS AERÓBIAS
Lagoas aeradas são bacias de grande volume nas quais, analogamente ao reator
de lodo ativado, a aeração do despejo é feita por meio de unidades mecânicas de
aeração (aeradores de superfície).
A diferença fundamental entre a lagoa aerada e o reator de lodo ativado reside no
fato de que na lagoa aerada não há reciclo do lodo, ou seja, o lodo formado‚ juntamente
com o despejo tratado, é lançado diretamente no corpo receptor ou, se necessário,
enviado para unidades de tratamento de lodo. Os tempos de retenção são elevados e a
carga mássica e volumétrica são menores.
A concentração de sólidos na lagoa aerada será função das características do
despejo e do tempo de residência. No caso de despejos domésticos, por exemplo, essa
concentração pode variar na faixa de 50 mg/L a 500 mg/L.
Nesse regime, o nível de agitação é tal que todos os sólidos são continuamente
mantidos em suspensão e o tempo de residência é da ordem de 3 dias.
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SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Produtos de metabolização
O2 Novas células
A oxidação bioquímica por via aeróbia é mais exotérmica do que a reação por via
anaeróbia. Considerando o exemplo da glicose:
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rápido. Uma bactéria aeróbia se multiplica em cerca de 20 minutos enquanto que uma
anaeróbia necessita, por vezes de 10 dias.
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moagem
bruto
cloração
Condicionamento digestão
de lodo anaeróbia
moagem sedimentação
sedimentação leito filtrante secundária
primária de alta taxa
Bruto de areia
cloração
condicionamento digestão
de lodo anaeróbica
Corpo receptor
secagem dispersão final de água
do lodo seco
digerido
Fig. 44 - Diagrama para tratamento de esgoto com leito filtrante (Chanlett, 1979).
A digestão anaeróbia é um processo fermentativo que tem como finalidade a
remoção de matéria orgânica, a formação de biogás e a produção de biofertilizantes mais
ricos em nutrientes, portanto é uma alternativa atraente para alguns casos de esgoto
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- Desvantagens:
⇒ FILTRO ANAERÓBIO
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0,03 metros
0,15 metros cada
de diâmetro
espaçamento
Fig. 45: Detalhe do Fundo Falso de um Filtro Anaeróbio. Fonte: NBR 7229 / 1982
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CAMADA COM
RECHEIO 0,60 ATÉ 1,20 METROS
SUBMERSA
NO ESGOTO
• Indústria petroquímica;
• Cervejarias;
• Indústria têxtil;
⇒ FOSSAS SÉPTICAS
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várias funções como: decantação e digestão de sólidos em suspensão, que irá formar o
lodo, sendo este acumulado na parte inferior, ocorrerá a flotação e uma retenção de
materiais mais leves e flotáveis como: óleos e graxas, que formarão uma escuma na parte
superior. Os microrganismos existentes serão anaeróbios e ocorrerá a digestão do lodo,
com produção de gases.
⇒ BIODIGESTORES ANAERÓBIOS
2.6.3.2 Cloração
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UV-A (315 a 400 nm), UV–B (280 a 315 nm) e UV-C (100 a 280 nm)
Fig. 47 - Reatores para desinfecção de águas que utilizam lâmpadas com radiação UV.
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• Remoção da cor
• No auxílio da floculação
O2 O• + O• (1.1)
O• + O2 O3 (1.2)
O3 → O2 + O• (1.3)
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Floculação
Processo
O3
Biológico
DBO
Processos
Figura 49: Comportamento da DQO e da DBO para uma seqüência de processos para tratamento de
chorume, incluindo coagulação, ozonização e tratamento biológico.
pH 6 - 7 pH 6 - 7 pH 8 - 9 pH 6 –7
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Leva a baixos valores de DQO e DBO Não se pode ter O3 na água por um
longo período de tempo
Sua eficiência pode ser pouco alterada Pode não oxidar certos compostos
com as mudanças de pH e T orgânicos a CO2 e H2O
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No começo da história do homem, a natureza podia tomar conta das suas próprias
poluições naturais, tal como a erupção de um vulcão ou a queima de uma floresta.
Havia ventos suficientes, chuvas e correntes de ar para dispersar estes poluentes.
Entretanto, como o homem aumentou o volume dos seus poluentes, esta autodepuração
natural do ar não pode se manter e a poluição aumentou aos níveis atuais.
Vários fatores devem ser levados em conta na determinação do atual estágio do
problema da poluição do ar:
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PARTICULADOS
GASES
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são poluentes comuns mas quando eles estão presentes, podem ser distinguidos pelo
seu odor característico de repolho e ovo podre.
c) Os gases contendo hidrogênio são poluentes que incluem o dióxido nítrico e o dióxido
de nitrogênio. O óxido nítrico é sem cor, relativamente não perigoso e é produto da
queima de combustível a altas temperaturas. Mas ele pode reagir com átomos de
oxigênio para formar o dióxido de nitrogênio.
Esta reação ocorre especialmente na presença e condições de formação do
"smog" fotoquímico. O dióxido de nitrogênio tem odor ligeiramente doce e cor marrom
amarelada. Em concentrações altas, pode parecer marrom. As duas maiores fontes de
geração de óxido de nitrogênio são combustão em fontes estacionárias na indústria, na
geração de energia, no aquecimento de ambientes e também provenientes dos veículos
automotores. Os óxidos de nitrogênio são os principais componentes requeridos na
formação do "smog" fotoquímico e da chuva ácida.
Além do óxido nítrico e do dióxido de nitrogênio, existem alguns compostos
orgânicos hidrogenados. Um exemplo é o nitrato de peroxi acetila, comumente conhecido
como PAN, que é formado de reações químicas e "smog" fotoquímico.
O PAN é um fitóxido, isto é, causa danos às plantas.
d) O ozônio é um gás composto de três átomos de oxigênio, enquanto o oxigênio que
utilizamos para nossa respiração contém dois átomos de oxigênio. O ozônio é um gás
sem cor com um característico cheiro de ar fresco, em geral, percebido durante as
trovoadas com tempestades. Ele ocorre na atmosfera naturalmente mas também pode ser
formado por reações químicas envolvendo os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos, na
presença de luz solar, próximo da superfície da Terra. As reações químicas envolvendo a
luz solar são chamadas de reações fotoquímicas.
Existem três fontes naturais de ozônio. A principal delas está na estratosfera, onde
a produção de ozônio ocorre com a reação fotoquímica da luz ultravioleta com oxigênio. O
ozônio estratosférico é freqüentemente trazido da superfície da Terra, por corrente de ar,
e pode constituir em uma grande quantidade de ozônio, observado ao nível do solo. O
ozônio é também produzido por relâmpago mas como uma fonte menor. Há uma terceira
maneira de produção de ozônio: por reações fotoquímicas envolvendo óxido de nitrogênio
e hidrocarbonetos naturalmente emitidos pela vegetação. Exemplos de hidrocarbonetos
naturais, são os terpenos que são compostos químicos produzidos pelas árvores
coníferas.
Essas áreas possuem um odor associado a elas. Em média, o ozônio produzido
naturalmente representa mais da metade das concentrações de ozônio medidas. O
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LÍQUIDOS
A chuva caindo através de uma atmosfera limpa tem pH de 5,6 a 7 unidades de pH.
A chuva ácida tem um pH abaixo de 5,6. Em geral, quanto mais baixo o pH, mais poluída
e mais corrosiva a chuva se tornará.
Centenas de lagos nos Estados Unidos e na Escandinávia se tornaram tão ácidos
que não mais possuem vida aquática. Mais de 90 lagos no Estado de Nova York na
região de Adirondacks já não possuem mais peixes devido às condições ácidas. No
Brasil, uma das únicas regiões onde se mediu chuva ácida foi em Cubatão e em Santa
Catarina na região carbonífera. No centro leste dos Estados Unidos os números de pH
chegam aos valores de 4 a 4,2.
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Saúde Humana
áreas urbanas têm um maior risco por estarem expostas aos poluentes do ar que podem
afetar o seu bem estar.
O trato respiratório é afetado pela poluição do ar. A cilia do nariz e das superfícies
internas que levam até os pulmões pode coletar as partículas maiores dos poluentes;
entretanto, as partículas menores e os gases são capazes de entrar nos pulmões.
Quando nós respiramos, os alvéolos, transformam o oxigênio em dióxido de carbono. A
poluição pode causar em alguns desses alvéolos o aumento de seu volume, alterando
sua resiliência, de forma que a respiração fica mais difícil. Os poluentes do ar podem
também diminuir ou até parar a ação das cílias, que normalmente carregam muco e os
poluentes no trato respiratório. O muco pode engrossar ou aumentar e as vias
respiratórias podem ficar entupidas. Os problemas de respiração podem aparecer por
causa de uma ou mais dessas reações. Também, os microorganismos e outros materiais
estranhos podem ser suficientemente removidos, fazendo o trato respiratório suscetível a
infecções.
A poluição do ar tem sido associada com doenças respiratórias crônicas. Os
poluentes do ar podem causar ataques de asma brônquica. Durante tais ataques, ocorre o
estreitamento temporário das vias áreas menores (bronquíolos) produzido por um
espasmo do músculo, um aumento das secreções de mucos, ou encolhimento da
membrana mucosa. Os poluentes do ar agravam tanto a bronquite crônica como o
enfisema pulmonar. Na bronquite crônica, uma quantidade anormal de muco é produzida
no brônquio, resultado de tosses contínuas. O enfisema pulmonar é caracterizado pela
quebra das paredes do alvéolo. Durante essa doença, um dano irreversível aos tecidos
ocorrerá. O alvéolo aumenta, perde a sua resiliência e se desintegra. Respiração curta é
sintoma dessa doença. No câncer do pulmão, existe um crescimento anormal de células
originando a membrana mucosa do brônquio. Embora improvável que câncer do pulmão
seja produzido por uma só causa, os poluentes do ar podem paralisar a cília e permitir
que substâncias carcinogênicas permaneçam em contato com as células do brônquio
mais tempo que o normal. Alguns poluentes do ar têm sido identificados como
substâncias capazes de causar câncer, por hidrocarbonetos aromáticos (benzeno,
benzopireno).
Existe uma associação próxima entre o sistema respiratório e circulatório. Se o
sistema respiratório é afetado por uma doença e não pode trocar os gases no sangue
completamente, o coração precisa trabalhar mais intensamente para bombear sangue
suficiente para repor as perdas de oxigênio. Como resultado, o coração e os vasos
sanguíneos estarão sob “stress” e poderão surgir algumas mudanças como aumento do
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Vegetação
Várias plantas são sensitivas para os poluentes do ar. Algumas são usadas como
indicadores de poluentes do ar porque elas demonstram um tipo característico de dano
para um poluente específico. Os poluentes do ar entram nas folhas das plantas
principalmente através dos seus poros ou estômatos. A extensão dos danos varia devido
a vários fatores: as características dos poluentes (concentração, duração, propriedades
físicas e químicas etc.); condições climáticas (temperatura, intensidade de luz,
precipitação etc.); condições do solo (umidade, nutrientes etc.) e fatores biológicos
(estágio de desenvolvimento, composição genética, insetos, doenças etc.). Os poluentes
do ar afetam vários tipos de vegetação, incluindo as plantações na agricultura. Eles
também afetam a agricultura através da diminuição do valor do produto (a qualidade pode
ser afetada e a época de venda pode ser adiantada ou atrasada), ou aumenta o custo da
produção (decréscimo do valor da plantação, pela necessidade de uso de fertilizantes e
irrigação etc.).
Diferentes espécies de vegetação e variedades dentro das espécies diferem na sua
suscetibilidade a poluentes particulares. Os principais poluentes que causam danos às
plantas e algumas das espécies que são afetadas estão listadas na tabela 29 (resumo de
poluentes, sintomas e vegetação afetada).
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Materiais
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Tempo
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b) Aumento na precipitação: A maioria dos partícula dos de pequeno tamanho serve como
um excelente núcleo na formação de nuvens de gotas.
Consequentemente isto pode causar o aumento na precipitação à jusante de
grandes fontes de material particulado.
c) Alteração da temperatura global da Terra: existem dois fatores opostos para serem
considerados: primeiro, as concentrações de dióxido de carbono (CO2) vem aumentando
constantemente nas últimas décadas. O dióxido de carbono é emitido por todos os
processos de combustão; entretanto, não é considerado um poluente do ar. Uma vez que
o CO2 dificulta a passagem do aquecimento solar na baixa atmosfera, o aumento de CO2
pode induzir ao aumento da temperatura global da Terra. Alguns cientistas acham que
isto poderia levar a um derretimento parcial da calota polar o que causaria um aumento no
nível dos oceanos com ocorrência de enchentes em certas cidades costeiras.
O segundo fator para ser considerado é o efeito dos particulados de pequeno
tamanho que interceptam parte da energia do sol impedindo-a de alcançar a superfície da
Terra. Isto poderia promover uma diminuição da temperatura da superfície terrestre.
Essas teses ainda não foram confirmadas. Entretanto como as emissões aumentam,
existe uma grande probabilidade de que alguns destes efeitos se confirmem rapidamente.
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Quanto menor a partícula pior é para a saúde, pois, nem sempre o maior dano é
causado pela quantidade mas sim pelas partículas inaladas, portanto as menores,
sem considerar a sua toxidade (ex.: Chumbo).
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♦ MATERIAL PARTICULADO
a) Coletores Gravitacionais:
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b) Coletores Centrífugos:
A coleta das partículas é feita pela ação da força centrífuga sobre as mesmas. Ao
entrar no equipamento o efluente gira em torno do mesmo e depois volta para o outro
cilindro (um cilindro externo para a entrada e outro interno para a saída).
As partículas são arrastadas para a parede do equipamento ficando presas, sendo
que com uma agitação mecânica destas paredes as partículas são coletadas.
Pode apresentar eficiência maior considerando partículas de mesmo tamanho.
Sua eficiência aumenta quanto maior for a força centrífuga.
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c) Filtro de Mangas
O sistema funciona por sucção e a coleta é feita pela superfície da manga. Quando
o filtro fica sujo, o sistema perde a ação filtrante sendo necessário sua limpeza.
Ex: Aspirador de pó.
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d) Precipitador Eletrostático
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♦ GASES E VAPORES
a) Incineração:
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b) Torres de Absorção
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c) Torre de Adsorção
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d) Condensador
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O termo “lixo” é utilizado para designar os resíduos sólidos, que por sua natureza,
tamanho ou quantidade, não são adicionados aos efluentes líquidos.
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Vantagens:
♦ Capacidade de absorção diária de grande quantidade de resíduos (em
Campinas: 600 ton / dia da coleta + 100 ton./ dia classe II e III).
♦ Oferece condições para decomposição biológica da matéria orgânica presente;
♦ Limitação da procriação de micro e macro vetores;
♦ Possibilita a recuperação de áreas degradadas e de baixo valor comercial;
♦ Aceitação de todo tipo de lixo (exceção das classes especiais);
♦ Dispensa pessoal altamente qualificado.
Desvantagens:
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Cuidados especiais:
• Localização adequada;
• Elaboração de projeto criterioso;
• Implantação de infra-estrutura de apoio;
• Implantação de obras de controle da poluição;
• Adoção de regras operacionais específicas.
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♦ Compostagem
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Ainda segundo Kiehl (1979), a compostagem pode ser classificada, segundo quatro
fatores: aeração, temperatura, ambiente, e tipo de processamento.
lixo glicose
ação enzimática
n(C6H10O5) + (H2O) n(C6H12O6)
microorganismos
n(C6H10O5) + (H2O) 6n(CO2) + 6n(H2O) - n ( 688.000 cal)
lixo residual dióx. carb. água calor
♦ Reciclagem
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5- BIBLIOGRAFIA
DAVIS, M.L. & Cornwell, P.A. (1991) Introduction to Environmental Engineering. 2a.ed
McGraw Hill.
FORESTI, E.(1993). Controle de processos de tratamento de despejos.
notas de aula de pós-graduação em hidráulica e saneamento na EESC-USP
FORESTI, E.(1998) – “Notas da aula de Processos e Operações em Tratamento de
Resíduos SHS-705”, Pós Graduação em Hidráulica e Saneamento na Escola de
Engenharia de São Carlos.
FORTES, J., CUNHA, C. (1994). Influência das águas continentais sobre as regiões
costeiras: Enfoque da legislação atual. Qualidade de águas continentais no Mercosul.
IMHOFF, K. R.(1986) – Manual de Tratamento de Águas Residuárias. São Paulo.
HERZKA & Booth (1980) Food Industry Waste: Disposal and Recovery
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