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Tratamento Preliminar e Primário

Caixas de Gorduras
Caixas de Gordura

¾ Os líquidos, as pastas e demais corpos não


miscíveis com a água, mas que têm peso
específico menor, e, portanto, tendem a flutuar na
superfície, podem ser retidos por dispositivos muito
simples, denominados caixas de gordura.
¾ Os esgotos domésticos possuem grande
quantidade de óleos, graxas e outros materiais
flutuantes. Existe então, a necessidade da
remoção destes materiais para se evitar:
obstruções dos coletores, aderência nas peças
especiais das redes de esgoto, acúmulo nas
unidades de tratamento e principalmente aspectos
desagradáveis no corpo receptor.
Principais Sistemas de Caixas de Gordura

¾ Caixa de gordura domiciliar;

¾ Caixa de gordura coletiva;

¾ Remoção de gordura nas unidades de tratamento;

¾ Tanques aerados ou flotadores;

¾ Separadores de óleo.
Suas características físicas devem ser
dimensionadas para as seguintes
condições:
¾ Capacidade de acumulação de gordura entre cada limpeza;

¾ Condições de tranqüilidade hidráulica;

¾ Entrada e saída projetados para permitir escoamento do


efluente;

¾ Distâncias mínimas respeitadas;

¾ Condições de vedação para mau odores e contato com insetos


e roedores.
Tratamento Preliminar e Primário
Decantadores Primários
Decantadores

Os decantadores são unidades dimensionadas,


para que o líquido tenha uma baixa velocidade,
possibilitando assim, a sedimentação de
algumas partículas floculentas.

Partículas floculentas são aquelas, que podem


variar sua velocidade de sedimentação, devido
a modificação de sua forma, dimensão e
densidade, durante o processo de
sedimentação.
Decantação

¾ O processo de sedimentação para a remoção de partículas


sólidas em suspensão é um dos mais comuns no
tratamento da água. Consiste na utilização das forças
gravitacionais para separar partículas de densidade
superior a da água, depositando-as em uma superfície ou
zona de armazenamento. As partículas que não são
removidas na sedimentação, seja por seu pequeno
tamanho ou por serem de densidade muito próxima a da
água, deverão ser removidas na filtração.
Decantação

¾ A sedimentação, com coagulação previa, é um processo de

clarificação usado na maioria das estações de tratamento,

visando reduzir a carga de sólidos aplicada aos filtros. A

sedimentação de partículas floculentas é usualmente

chamada de decantação e, as unidades onde se realiza

este processo, de tanques de decantação ou, simplesmente

decantadores.
Decantadores

¾ Os primeiros decantadores foram tanques de fluxo


horizontal. Suas principais vantagens residem na sua
inerente simplicidade, alta eficiência e baixa sensibilidade a
condições de sobrecarga. Por esses motivos sua utilização
é ainda defendida por diversos engenheiros.

¾ Seu mais recente e forte concorrente é o chamado


decantador tubular ou de alta taxa, o qual, se resultante de
um projeto hidráulico adequado, tem uma eficiência pelo
menos igual aos daqueles.
Decantador ou Sedimentador
Decantador ou Sedimentador
Decantador de fluxo horizontal

FOTOS
Vertedor do decantador
Tratamento Preliminar e Primário
Coagulação/Floculação
Coagulação

Coagulação é uma operação unitária responsável


pela desestabilização das partículas coloidais
em um sistema aquoso, preparando-as para a
sua remoção nas etapas subseqüentes do
processo de tratamento.
Mistura rápida e coagulação

¾ Coagulação: processo através do qual os coagulantes são


adicionados à água, reduzindo as forças que tendem a
manter separadas as partículas em suspensão.

¾ A mistura rápida tem, portanto, a finalidade de promover a


dispersão do coagulante à água. Esta dispersão deve ser a
mais homogênea e mais rápida possível. Isto constitui um
dos problemas mais sérios no tratamento da água, tendo
em vista que as quantidades de coagulantes utilizadas são
muito pequenas comparadas com o volume de água a ser
tratada.
Eficiência de coagulação
¾ A eficiência da coagulação e, portanto, das fases
subseqüentes do tratamento, está relacionada com a
formação dos primeiros complexos de cátions metálicos
hidrolisados, cuja composição depende das condições da
água no momento que entram em contato.
¾ Esta reação de hidrólise é muito rápida e, para haver a
desestabilização dos colóides, é indispensável a dispersão
de algumas gramas de coagulante sobre toda a massa de
água em um tempo muito curto, o que implica na
necessidade de aplicá-lo em uma região de grande
turbulência. A dispersão do coagulante é facilitada quando
se dilui a solução a um valor suficientemente baixo, a
diluição de 1% tem conduzido a bons resultados.
Tipos de Substâncias Coagulantes
¾ Coagulantes Inorgânicos: Sulfato de Alumínio,
Sulfato Férrico, Hidróxicloreto de Alumínio e Cloreto Férrico;

¾ Coagulantes Orgânicos: cloreto de polidialil-dimetil-


amônio, Aluminato de Sódio (SUPERFLOC) Granifloc, OPTIFLOCs,

p-viniltolueno ácido sulfônico

¾ Coagulantes Naturais: taninos vegetais (bananeira,

aroeira, barbatimão, etc.) (compostos polihidroxidofenólicos).


Floculação
Floculação
Misturadores rápidos
Os misturadores rápidos podem ser
hidráulicos (calha Parshall e vertedores de
queda livre) ou mecânicos (agitadores). Como
regra geral, a unidade ou câmara de mistura
rápida deve ficar o mais próximo possível dos
tanques de floculação. A situação ideal é
aquela em que a floculação segue
imediatamente após a mistura rápida.
Floculação

¾ A coagulação, ou seja, a desestabilização e agregação


inicial da matéria coloidal pela adição à água de produtos
químicos floculantes realiza-se na câmara de mistura
rápida. Segue-se o processo de floculação que consiste na
aglomeração das partículas já desestabilizadas, pelas
colisões induzidas por seu movimento relativo.

¾ Na floculação, a água já coagulada movimenta-se de tal


forma dentro dos tanques que os flocos misturam-se,
ganhando peso, volume e consistência.
Tipos de Floculadores
¾ Os floculadores podem ser de natureza mecânica, hidráulica, de
chicanas, e em meio poroso, entretanto, o mais utilizado é o floculador
de chicana.

¾ Nos projetos de floculadores de chicana são observadas as seguintes


recomendações:

z A velocidade da água ao longo das chicanas devera estar


compreendida entre 0,3 m/s, no inicio da floculação e 0,1 m/s no
final da floculação.

z O espaçamento mínimo entre chicanas fixas, devera ser de 0,6 m.

z O espaço entre a extremidade da chicana e a parede do canal, ou


seja, a passagem livre entre duas chicanas consecutivas, deve ser
igual a 1,5 vezes o espaçamento entre as mesmas.
Floculador Com Chicanas
Floculador com Chicanas
Floculadores de chicana
Floculadores Mecanizados
Tipos de Agitadores Mecânicos
Floculador Mecânico
Floculador Mecânico
Agitador Mecânico
Tratamento Preliminar e Primário
Flotação
Flotação

Saída do
material
flotador

efluente
Compressor
de ar Câmara de flotação

bomba

afluente

Sem Pressurização do Afluente


Processo de Floculação

1 2 3 4

Fr

F2
F2

F1 F1

Velocidade ascensional
Partícula sedimentando Agregação ar partícula Floco menos denso
Efluente bruto Efluente Floculado Início da Flotação Flotação: 15s

Flotação: 30s Flotação: 3 min Flotação: 4 min (Efluente tratado)


Tratamento Preliminar e Primário
Filtração
Filtração

¾ Os filtros são usados para remover material suspenso da


água de todos os sistemas de tratamento.

¾ É geralmente colocado a jusante do tanque de reação e


serve para remover qualquer floco que seja leve demais
para se assentar durante o processo de decantação.

¾ Os filtros operam normalmente sob pressão, alguns, porém,


são projetados para um fluxo por gravidade.

¾ Os filtros mais utilizados são os filtros de areia.


Filtros de areia
¾ Geralmente os filtros de areia sob pressão são feitos de aço revestido
ou aço inoxidável e são de forma cilíndrica. A maioria dos deles têm um
topo arredondado para coletar o ar, e um respirador para retirar o ar.

¾ O meio filtrante é composto por camadas de areia e saibro, de


granulometrias diferentes. Abaixo do nível mais baixo de saibro (o
saibro maior) estão os tubos que coletam a água do filtro. A altura de
expansão da torta deverá ser no mínimo, 50% da altura das camadas
de areia e saibro.

¾ A limpeza é efetuada através da corrente de água limpa ou invertendo-


se o fluxo da água através do filtro, retrolavagem, de modo a expulsar
todo material estranho acumulado.
Esquema de Um Filtro de Areia
Filtro de Areia
Filtro de areia em alvenaria
Filtro de areia
Filtro de areia e decantador
Funcionamento do Filtro Biológico
Tratamento Preliminar e Primário
Tratamento por Disposição no Solo
Sistema de Infiltração-Percolação
Escoamento Superficial
Fertirrigação
Disposição no solo

adaptado de VON SPERLING, 1996


Tratamento Preliminar e Primário

Digestão, Secagem e Disposição


dos Lodos
Tipos de Lodos
¾ Lodos frescos: retirados após produção;

¾ Lodos sépticos: em início de putrefação;

¾ Lodos digeridos: após digestão


Objetivos da Secagem de Lodos

¾ Destruir bactérias patogênicas;


¾ Reduzir e estabilizar “MO” dos lodos frescos;
¾ Reduzir o volume dos lodos através da
liquefação, gaseificação, adensamento e
remoção das fases líquida e gasosa;
¾ Facilitar a secagem dos lodos resultantes;
¾ Utilizar os lodos digeridos e estabilizados como
fonte de húmus; e
¾ Aproveitar os gases resultantes
Tratamento Preliminar e Primário

Desinfecção
Desinfecção
¾ A desinfecção tem por finalidade a destruição de microorganismos
patogênicos presentes na água (bactérias, protozoários, vírus e
vermes).

¾ Deve-se notar a diferença entre desinfecção e esterilização. Esterilizar


significa a destruição de todos os organismos, patogênicos ou não,
enquanto que a desinfecção é a destruição de parte ou todo um grupo
de organismos patogênicos.

¾ A desinfecção é necessária, porque não é possível assegurar a


remoção total dos microorganismos pelos processos físico-químicos,
usualmente utilizados no tratamento da água ou esgoto.
Agente de desinfecção mais empregado

¾ Entre os agentes da desinfecção (desinfetantes) o mais largamente


empregado na purificação da água é o cloro, porque:

z É facilmente obtido como gás, líquido ou sólido (hipoclorito).

z É barato.

z É fácil de aplicar devido a sua alta solubilidade.

z Deixa um residual em solução, de concentração facilmente determinável,


que, não sendo perigoso ao homem, protege o sistema de distribuição.

z É capaz de destruir os microorganismos patogênicos.

¾ O cloro apresenta algumas desvantagens, é um gás venenoso e


corrosivo, requerendo cuidados no manejo. Pode ainda causar
problemas de gosto e odor, particularmente na presença de fenóis.
Principais Doenças de Veiculação Hídrica
Agentes de desinfecção

¾O mecanismo da desinfecção depende


basicamente da natureza do desinfetante e
do tipo de organismo que se pretende
inativar.

¾ Os agentes de desinfecção podem ser:

z Químicos

z Físicos
Agentes Químicos
Pode-se classificar estes subprodutos em:
z Compostos orgânicos halogenados, como
trihalometanos, ácidos haloacéticos, halocetonas e outros,
resultantes da cloração;
z Outros compostos orgânicos, como aldeídos, cetonas,
carbono orgânico assimilável e carbono orgânico
biodegradável, associados ao ozônio, ao cloro e aos
processos de oxidação avançada;
z Compostos inorgânicos, com cloritos e cloratos,
associados ao dióxido de cloro, gerado quando o dióxido
de cloro é exposto à luz solar, e ao bromato, associado a
ozonização.
Agentes Químicos
A maioria dos desinfetantes químicos é um
forte oxidante que também pode ser
empregado no tratamento de águas a fim de
controlar o gosto e o odor, manter os filtros
mais limpos, remover o ferro e o manganês,
destruir o sulfeto de hidrogênio, diminuir a
cor, controlar o crescimento microbiano nas
redes, desinfeccionar as adutoras, aprimorar
a floculação, oxidar a amônia na proteção de
membranas filtrantes e controlar algas no
pré-tratamento.
Outros Agentes Químicos
¾ Cloraminas NH2Cl: são um pouco menos
eficientes que o cloro gasoso para vírus e
Giárdia, mas competem com os
hipocloritos em eficiência de desinfecção.
Mantêm o residual na rede de distribuição
de água potável, evitando o crescimento
e, simultaneamente, reduzindo a
formação de trihalometanos.
Outros Agentes Químicos

¾ Dióxido de cloro ClO2 : é uma


alternativa ao cloro gasoso, mas
possui alto custo de geração e às
dificuldades de operação.
Outros Agentes Químicos
¾ Ozônio O3 : bastante empregado na
Europa e em muitos pequenos sistemas
de tratamento de água nos Estados
Unidos, para desinfecção e oxidação. É
capaz de oxidar compostos orgânicos e
inorgânicos na água, os quais exercerão
uma demanda do oxidante antes de
ocorrer a desinfecção.
Outros Agentes Químicos

¾ Ferratos Íon ferrato - FeO42- : O


ferrato tem sido utilizado para o
controle de odores em meio liquido e
gasoso, para precipitação de ferro e
manganês em substituição à
cloração e para desinfecção de
efluentes industriais mistos.
Outros Agentes Químicos

¾ Permanganato de potássio KMnO4:


não possui ação desinfetante primário
e secundário quando aplicado em
doses comumente utilizadas em
tratamento de água. Altas doses têm
custos elevados; mas, mesmo assim,
esse agente químico tem sido
empregado para oxidação do ferro e
do manganês.
Ainda Sobre o Permanganato de Potássio
Outros Agentes Químicos
¾ Ácido Peracético – CH3COOOH

¾ Peróxido de Hidrogênio – H2O2

¾ Iodopovidona

¾ Formaldeído – H2CO
Agentes Físicos

¾O principal agente físico empregado á


desinfecção é a irradiação com luz de
baixo comprimento de onda, ou seja,
ultravioleta (UV).

¾ Processos Oxidativos Avançados na


desinfecção de água,

¾ Radiação Solar.
Radiação Ultravioleta (UV)
¾ Ao contrário de outros desinfetantes, que têm ação química, a
radiação ultravioleta atua por meio físico, atingindo
principalmente os ácidos nucléicos dos microrganismos,
promovendo reações fotoquímicas que inativam os vírus e as
bactérias.
¾ A radiação ultravioleta utilizada para a inativação de
microorganismos, usualmente, é obtida por meio de lâmpadas
especiais. A grande maioria é composta por lâmpadas de
vapor de mercúrio ionizado, de baixa e media pressão e com
diversos valores de potencia. Isso significa que o método de
desinfecção com radiação ultravioleta utiliza a energia elétrica
a fim de gerar radiação para a eliminação, a inativação ou a
inviabilizarão de microorganismos.
Equipamento UV
Esterilizador por raios UV
Processos oxidativos avançados

¾ Nesses processos, geralmente, há o envolvimento da


geração de espécies transientes, que são oxidantes
poderosos, porém de baixa seletividade, principalmente o
radical hidroxila (OH-) e, em alguns casos, o oxigênio
singlete.

¾ Atualmente os processos oxidativos avançados têm


recebido grande atenção, devido à capacidade de converter
poluentes em espécies químicas inócuas, como gás
carbônico e água, ou seja, causar a mineralização total do
poluente.
Radiação solar

¾ A literatura mostra que os microorganismos patogênicos


geralmente presentes na água são vulneráveis ao calor e
radiação ultravioleta. Uma vez que o sol é fonte natural,
universalmente disponível e gratuita, tanto de calor como de
radiação ultravioleta, imagina-se que essa fonte seja a base de
um método de desinfecção efetivo e de baixo custo para uso
em regiões afastadas e menos favorecidas.
Radiação Solar
¾ Os estudos relativos a desinfecção solar, conhecida como
sodes (solar disinfection), tiveram seu inicio no final de
década de 70, passando a ter maior reconhecimento a
partir de 1985. A radiação solar, aplicada para a
desinfecção de água, utilizando recipientes de plástico e de
vidro, mostrou-se efetiva, pois foi obtida inativação de
99,9% de coliformes em 95 minutos de exposição, ao passo
que foram necessários 630 minutos para se obter a mesma
eficiência com luz artificial. A completa eliminação de
organismos patogênicos requer um mínimo de 2 horas de
exposição à radiação solar direta e intensa.
Tratamentos Secundários
ou Biológicos

Filtração biológica aeróbia;

Filtração biológica anaeróbia;

Lodos ativados;

Reatores anaeróbios.
Tratamento Secundário

Filtração Biológica Aeróbia


Filtração Biológica Aeróbia

É o processo no qual os microorganismos usam os


componentes orgânicos presentes no efluente, em
presença de oxigênio, para produzir novas células
(crescimento microbiano) e os produtos finais CO2 e água.
O processo aeróbio consegue converter 50% da matéria
orgânica presente nos produtos da respiração sendo o
restante convertido em células microbianas, as quais
constituem o lodo.
Células Bacterianas, fungos e outros
¾ Fórmula Química Aproximada: C7H11NO3 ( base seca);

¾ Bactérias heterotróficas (aeróbias estritas ou facultativas):


Pseudomonas, Bacillus, Escherichia, Micrococus,
Aerobacter, Zooglea ramigera, entre outros.

¾ Bactérias autotróficas: Nitrossomonas e Nitrobacter

¾ Fungos: Geotrichum (pouco comum)

¾ Microfauna: ciliados livres, ciliados pendiculados,


flagelados, amebas, rotíferos, nematóides e anelídeos.

¾ Protozoários: predadores das bactérias, principalmente as


livres do tipo Vorticella
Tratamento Secundário

Filtração Biológica Anaeróbia


Filtro Anaeróbio
¾ O filtro anaeróbio é constituído essencialmente por
um tanque com recheios de pedras, peças
cerâmicas de material sintético ou de outros
materiais que servem de suporte para
microrganismos. Nos interstícios do leito do reator
também evoluem flocos ou grânulos, que possuem
elevada participação de microrganismos que atuam
na degradação dos contaminantes da água
residuária.
Filtros Anaeróbios
¾ Apresentam elevada eficiência na remoção de DBO;

¾ Não exigem unidades de decantação auxiliar – baixo teor


de sólidos;

¾ Funciona melhor quando o afluente tem baixa quantidade


de graxas e óleos;

¾ Bactérias anaeróbias fazem a digestão;

¾ Fluxo ascendente;

¾ Recheio – meio de suporte dos microorganismos – britas ,


anéis plasticos, bambú, etc.
Esquema de Um Filtro Anaeróbio

SAÍDA

CAMADA
COM 0,60 ATÉ 1,20 METROS
RECHEIO
SUBMERSA
NO ESGOTO

ENTRADA 0,20 ATÉ 0,50 METROS

D
Vantagens de um Filtro Anaeróbio

¾ Ausência de gastos com aeração;

¾ Aplicação para resíduos com qualquer concentração;

¾ Flexibilidade operacional;

¾ Baixa produção de lodo ( já estabilizado );

¾ Possibilidade de ficar longo tempo sem alimentação;

¾ Fácil construção pela pequena altura necessária.


Indústrias indicadas para o uso do Filtro
Anaeróbio
¾ Usinas de açúcar e álcool; ¾ Indústria farmacêutica;

¾ Águas de lavagem de garrafa; ¾ Indústria química;

¾ Matadouros e frigoríficos; ¾ Coqueria;

¾ Laticínios; ¾ Indústria petroquímica;

¾ Cítricos; ¾ Cervejarias;

¾ Curtumes; ¾ Indústria têxtil;

¾ Indústria alimentícia;
Reator UASB
(upflow anaerobic sludge blanket)
¾ Biomassa cresce dispersa – formação de grânulos
de bactérias que servem como meio suporte

¾ Concentração de biomassa elevada – manta de lodo

¾ Formação de CH4 (metano) e CO2

¾ Biogás – metano - queima ou reaproveitamento

¾ Baixa produção de lodo – já estabilizados – leitos de


secagem

¾ Não há necessidade de decantação primária na


maioria dos casos
REATORES UASB: Esquema de
funcionamento
UASB – Reator Anaeróbio de Manta de Lodo

O reator Uasb em sua coluna ascendente consiste de um


leito de lodo, sludge bed, uma zona de sedimentação, sludge
blanket, e o separador de fase, gas-solid separator - GSS .
Este separador de fases, um dispositivo característico do
reator, tem a finalidade de dividir a zona de digestão (parte
inferior), onde se encontra a manta de lodo responsável pela
digestão anaeróbia, e a zona de sedimentação (parte superior).
A água residuária, que segue uma trajetória ascendente dentro
do reator, desde a sua parte mais baixa, atravessa a zona de
digestão escoando a seguir pelas passagens do separador de
fases e alcançando a zona de sedimentação.
UASB – Reator Anaeróbio de Manta de Lodo

A água residuária após entrar e ser distribuída pelo


fundo do reator UASB, flui pela zona de digestão, onde se
encontra o leito de lodo, ocorrendo a mistura do material
orgânico nela presente com o lodo. Os sólidos orgânicos
suspensos são quebrados, biodegradados e digeridos através
de uma transformação anaeróbia, resultando na produção de
biogás e no crescimento da biomassa bacteriana. O biogás
segue em trajetória ascendente com o líquido, após este
ultrapassar a camada de lodo, em direção ao separador de
fases.
UASB – Reator Anaeróbio de Manta de Lodo
Esquema de um UASB
Reator UASB

Itabira
Reator UASB

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