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TRATAMENTO DE ÁGUA

ÁGUA PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO

• Classe Especial: ao abastecimento para consumo humano,


com desinfecção.

• Classe 1: ao abastecimento para consumo humano, após


tratamento simplificado.

• Classe 2: ao abastecimento para consumo humano, após


tratamento convencional.

• Classe 3: ao abastecimento para consumo humano, após


tratamento convencional ou avançado.

• Classe 4: não é destinada para o consumo humano.


ETA - Abastecimento de água

 Local e tipo de captação


 ETA
 Reservatórios
Fonte: 3

www.copasa.com.br  Distribuição
Finalidades de um tratamento de
água
• Higiênicas – redução de bactérias, algas, protozoários,
substâncias venenosas
• Estético: remoção ou redução de odor, turbidez,
dureza, sabor
• Econômico: remoção ou redução de dureza,
corrosividade.
TIPOS DE TRATAMENTO

• Tratamento com simples desinfecção: adição de cloro na água


antes da distribuição à população, processo conhecido como
cloração.

• Tratamento simplificado: adição de cloro e flúor na água antes


da distribuição à população, processo conhecido como fluoretação.

• Tratamento convencional: A água bruta passa por tratamento


completo em ETA, dotado dos processos de floculação, decantação,
filtração, correção de pH, desinfecção (cloração) e fluoretação,
antes de ser distribuída à população.

•Tratamento avançado: clarificador de contato, pré-oxidação,


flotação, centrifugação, membranas filtrantes.
Tratamento Convencional

• Cor: presença de tanino.


Substância vegetal – proteção
Varia de cor: incolor até castanho intenso
Floculação

• Sulfato de alumínio
Faixa de pH : 5,5 a 8,0

A água não está nesta faixa:


Cal ou Aluminato de sódio
Tratamento da Água

Água recuperada
Adensador Clarificador

lodo
Aterro
Lodo desidratado Centrífuga
Sanitário

Tratamento do lodo
ETAPAS DO TRATAMENTO CONVENCIONAL

Manancial Coagulação Floculação Sedimentação

Polímero Agente oxidante

Correção de pH Fluoretação Desinfecção Filtração

Alcalinizante

Água Final
ETA Convencional com Filtros
Lentos
Filtro lento

• Rígido em termos de projeto;


• Baixa velocidade de filtração;
• Simples e eficiente;
• Usado apenas para água de pouca turbidez;
• Grandes áreas de terreno e volume elevado de obra
civis.
ETA Convencional com Filtros
Rápidos
• Camadas simples: areia;
• Camadas múltiplas: areia + antracito (carvão mineral
negro queima sem chama e sem cheiro).
• Gera um grande leque de opções e eficiência.
Gradeamento
COAGULAÇÃO

• A coagulação é um processo físico-químico em que a substância


coagulante adicionado à água, num processo de mistura rápida,
proporciona formação de coágulos.

• Na coagulação se processa a desestabilização das partículas


coloidais e em suspensão, com a remoção das forças que as mantém
separadas. O processo se inicia logo após a aplicação dos
coagulantes, através de um processo de mistura rápida e dura poucos
segundos.
COAGULAÇÃO
• Objetivos:

• Remoção da turbidez orgânica e inorgânica, que não pode ser


eliminada por simples sedimentação.

• Remoção de cores, aparente e verdadeira da água.

• Eliminação de bactérias, vírus e organismos patogênicos


susceptíveis de serem separados por coagulação.

• Eliminação de algas e plânctons presentes nas águas.

• Eliminação de substâncias produtoras de gosto e odor na água.


COAGULANTES EMPREGADOS

• Sulfato de alumínio (sólido ou líquido)

• Cloreto férrico (líquido)


- Águas ácidas (pH 4) ou alcalinas (pH 11), fortemente coloridas e que
contenha ácido sulfúrico.

• Sulfato férrico (líquido)


- Águas ácidas (pH 3,5)

• Cloreto de polialumínio (sólido ou líquido)

• Coagulantes orgânicos catiônicos (sólido ou líquido)


DISPOSITIVOS PARA MISTURA RÁPIDA

• Dispositivos Hidráulicos:
• Calhas Parshall

• Vertedores retangulares

• Malhas difusoras

• Injetores
PROCESSO DE COAGULAÇÃO EM VERTEDORES
RETANGULARES
PROCESSO DE COAGULAÇÃO EM CALHAS
PARSHALL
Câmara de Mistura Rápida
DISPOSITIVOS PARA MISTURA RÁPIDA

• Dispositivos Mecânicos:
• Agitadores mecânicos

• Turbinas

• Hélice propulsora
SISTEMAS DE AGITAÇÃO
ETA
AERADORES

• Remoção de gases dissolvidos, de odor e sabor


• Ativação de processos de oxidação da matéria
orgânica ( Bactéria aeróbica + OD)
• Introduzir ar no meio aquoso de modo a oxigenar o
líquido.
• Aeração em queda livre na entrada do reservatório
Aerador de bandeja

• A água cai atravessando degraus sucessivamente –


efeito cascata;
• Esses tabuleiros podem conter cascata e pedra brita.
Aerador por borbulhamento

• A bolha tende a flutuar e escapar pela superfície da


água.

• Cálculo: Comprimento do tanque é calculado em


função do tempo de permanência da água: 10 a 30
minutos.
• Requer projetos sofisticados, consumo maior de
energia
Sedimentação simples

• Água: o poder de dissolver substâncias depende da


velocidade do movimento.

• Quanto menor a velocidade de escoamento, menor


seu poder de carreamento.
• Substâncias + grosseiras sedimentáveis
• Material sólido sedimenta: carrega microrganismo;
pequenas partículas
Melhorando a qualidade da água.

Sedimentação: reservatório (redução da velocidade da


água).
• Água for captada de fontes superficiais , deve-se ter
uma caixa de areia antes da tomada.

• Decantar a areia, protegendo a tubulação, bombas


Desgastes do efeito abrasivo
• O próprio manancial de captação pode funcionar
naturalmente como um grande reservatório de
sedimentação simples.
SEDIMENTAÇÃO POR
COAGULAÇÃO
Casa de química
Câmara de mistura rápida
FLOCULAÇÃO
• A floculação é um processo pelo qual as partículas (coágulos
formados) se aglutinam em pequenas massas, com peso específico
maior do que o da água, formando flocos.

• Ela se caracteriza pelo transporte das partículas dentro do líquido,


através de um processo de mistura lenta, para que façam contato
entre si, formando coágulos porosos (flocos). Nesse processo as
partículas desestabilizadas chocam-se umas às outras e formam os
coágulos maiores (flocos).
Floculação

Durante a floculação, as partículas desestabilizadas na


mistura rápida são aglutinadas umas com as outras e
com o floculante formando os flocos.

Para que isto aconteça, a água deve ser submetida a uma


agitação lenta, durante um tempo que pode variar,
na maioria dos casos, de vinte a quarenta minutos.
Em se tratando de água, cada caso é um caso.

Algumas vezes, podemos flocular a água com tempos de floculação


inferiores a vinte minutos. Normalmente, iniciamos a
floculação com muita agitação da água em
tratamento (isto é, gradientes de velocidade mais elevados).
Ao longo do floculador, esse grau de agitação vai sendo reduzido
(isto é, o gradiente de velocidade vai sendo reduzido).

Com isto, os flocos vão crescendo e se tornando mais pesados.


Na saída do floculador, desejamos obter flocos
pesados o suficiente para que a maioria deles possam ser
separados da água em tratamento, por sedimentação no interior
dos decantadores.
Existem, basicamente, duas formas de efetuarmos essa
agitação:

- Fazendo com que a água percorra um caminho cheio de


mudanças de direção;
- Introduzindo equipamentos mecânicos, capazes de manter
a água em constante agitação.
No primeiro caso, temos os floculadores hidráulicos.
No segundo caso, temos os floculadores mecanizados,
PROCESSO DE FLOCULAÇÃO

• Floculadores Hidráulicos

- Fluxo horizontal
- Fluxo vertical
- Fluxo helicoidal: Alabama
FLOCULADORES HIDRÁULICOS

Existem diversas formas através das quais podemos construir


floculadores hidráulicos.

Entre eles, os floculadores hidráulicos dos tipos de chicanas.


Alabama, por serem os mais difundidos no nosso meio.

Pouco usual: os floculadores de meio granular e os floculadores de


telas.
Floculadores de Chicanas

Estes floculadores podem ser de dois tipos: de chicanas verticais


e de chicanas horizontais.

Chicanas: conjunto de cortinas verticais formando


compartimentos em série
Floculadores de Chicanas

Chicanas verticais, a água percorre o floculador em movimentos


sucessivamente ascendentes e descendentes.

A água originária da câmara número


1 passa para a câmara número 2
através de uma passagem situada no
fundo.
Em seguida, a água passa para a
câmara número 3 através de uma
passagem superior.
Floculadores de Chicanas

Os floculadores de chicanas verticais têm muita câmaras de


floculação.
De modo geral, eles têm cerca de quarenta câmaras. (é bem mais
fácil limpar e regular floculadores com menor número de
câmaras).
FLOCULADOR HIDRÁULICO DE FLUXO
VERTICAL
Floculadores de Chicanas

No floculador de chicanas horizontais,

a agitação é assegurada pela passagem da água em tratamento por


sucessivas mudanças horizontais de direção.
Floculadores de Chicanas
Como no caso de chicanas verticais, é desejável que a
velocidade média de escoamento da água em seu
interior seja superior a 0,10 m/s.
Floculador de chicanas com
gradiente variável
FLOCULADOR HIDRÁULICO DE FLUXO
HORIZONTAL
FLOCULADOR HIDRÁULICO DE FLUXO
HORIZONTAL
Hidráulico Fluxo horizontal
Fluxo Horizontal
Floculadores Alabama

A jusante de cada passagem de interligação, é construído um


anteparo, que tem por objetivo desviar para cima o fluxo da
água em tratamento.

Em seguida, o fluxo desce novamente, para atingir a passagem de


interligação seguinte.
Floculadores Alabama

Nesse tipo de floculador, as câmaras são sempre


interligadas por baixo.
Floculadores Alabama

Os floculadores podem ter menos câmaras que os floculadores


de chicanas verticais.

Normalmente o número de câmaras dos floculadores


Alabama é em torno de vinte. São, por isto, mais fáceis de
operar, no que diz respeito à realização de limpezas e ajustes.
FLOCULADOR HIDRÁULICO ALABAMA–
FLOCULADOR HIDRÁULICO ALABAMA–
FLOCULADORES MECANIZADOS

No Brasil, dois tipos básicos de floculadores mecanizados são os


mais utilizados:

os que utilizam paletas, que giram em torno de um eixo e os


que empregam turbinas ou hélices.
FLOCULADORES MECANIZADOS

Floculadores mecanizados (paletas), conforme a sua forma de


construção, se dividem em:

➢ Floculadores de paleta de eixo vertical;


➢ Floculadores de paleta de eixo horizontal;
➢ Floculadores de paleta única, de eixo vertical.
FLOCULADORES DE PALETAS

Os eixos são
movimentados por
conjuntos motor
redutor, instalados
sobre as passarelas
do floculador.
FLOCULADORES DE PALETAS
FLOCULADORES DE PALETAS

Floculador de Paletas de Eixo Horizontal

A água coagulada introduzida numa série de câmaras. Em


cada uma delas, o gradiente de velocidade mais intenso que na
seguinte e menos intenso que na anterior.

O gradiente de velocidade depende da velocidade de rotação


do eixo e das características da paleta: altura, espessura e
espaçamento, entre outras.
FLOCULADORES DE PALETAS
FLOCULADORES DE PALETAS
FLOCULADORES DE PALETAS

Floculador de Paleta Única de Eixo Vertical


Embora mais raro, algumas estações de tratamento de água
brasileiras ainda utilizam esse tipo de equipamento.

A água coagulada é introduzida numa série de câmaras. Na primeira


delas, o gradiente de velocidade é mais intenso que na segunda.
Por sua vez, o gradiente de velocidade na segunda câmara é mais
intenso que na terceira. O gradiente de velocidade depende
da rotação de eixo e das características da paleta: altura e
espessura, entre outras.
SISTEMAS DE AGITAÇÃO
ESCOAMENTO RADIAL E AXIAL
Escoamento radial
Escoamento Axial
FLOCULADORES DE HÉLICE
Observação

Em estações de maior porte é importante não ter apenas uma


linha de floculação, principalmente quando
a floculação é mecanizada, pois com apenas uma linha é
necessário parar a produção de água quando se
fizer necessária a manutenção de equipamentos.
Critérios de seleção das unidades de
floculação

A seleção do sistema de floculação é influenciada por uma série de


fatores, entre eles:
a) Tamanho da instalação;
b) Regularidade na vazão e período de operação;
c) Segurança operacional;
d) Capacidade operativa e de manutenção local;
e) Características construtivas;
f) Custo; e
g) Disponibilidade de energia.
Exemplo
Floculador mecânico vendo-se as tampas (amarelas),
para proteção do motor de acionamento do misturador.
FLOCULAÇÃO

Partículas Choques Agregação

Processo Físico Estabilidade do Colóide


(Transporte) (Coagulação)
COALESCÊNCIA E FLOCULAÇÃO

Coalescência

Floculação
PROCESSO DE FLOCULAÇÃO

• Floculadores Hidráulicos

- Fluxo horizontal
- Fluxo vertical
- Fluxo helicoidal: Alabama
Mistura rápida

• Dispersas os coagulantes de forma rápida e uniforme


na massa líquida.

• Cada 1 litro de água a tratar – recebe 1 litro de


reagente no menor tempo possível
• Coagulante se hidrolisa e começa a polimerizar em
fração de segundos;

• A mistura tem de ser rápida: Dispersão igual a um


segundo, ou menos (máximo 5 segundos)
Importante a escolha do ponto de aplicação do
coagulante em relação ao ponto de agitação da água
• Coagulante ocorre em condições adequadas de pH e
na dosagem de laboratório
• Cal – acertar pH
• Coagulante reduz pH
• Fora do pH adequado perde a eficiência
Espuma no floculador

A agitação forma-se normalmente devido à dosagem do


sulfato de alumínio ou outros coagulantes.

Esta espuma deverá ser retirada diariamente com


peneira de nylon;
DECANTAÇÃO (SEDIMENTAÇÃO)
Processo de separação sólido-líquido que tem como força
propulsora a ação da gravidade.
Para a sedimentação dos flocos formados nos floculadores
são utilizados unidades denominadas decantadores ou
sedimentadores.
DECANTADORES
TIPOS DE DECANTADORES

• Convencional:

• Fluxo horizontal: seção retangular


• Fluxo vertical: seção circular

• Alta taxa

• Fluxo ascendente (mais usual)


• Fluxo descendente
Decantadores de Fluxo Horizontal

São tanques que necessitam ter grande dimensões


para promoverem uma decantação eficiente,
ocupando assim grande área em uma estação de
tratamento de água.
A água escoa na direção longitudinal, sendo que o
comprimento é a dimensão predominante
DECANTADORES CONVENCIONAIS EM
ETA’S
1. Zona de turbilhamento

É a zona situada na entrada da água, onde as partículas


estão em turbilhonamento esta zona é caracterizada por
certa agitação a localização das partículas é variável e as
nuvens de flocos mudam de lugar constantemente
(fenômeno de entrada).
2. Zona de decantação

É uma zona onde as nuvens de flocos matem


aparentemente imóveis (estacionárias).

Nesta zona não há agitação e as partículas avançam e


descem lentamente, caminhando para zona de repouso.
3. Zona de ascensão

Esta zona, é relativamente tranquila, como a Segunda,


mas na saída, os flocos que não alcançaram a zona de
repouso seguem o movimento ascensional de água e
aumentam a velocidade, esta se torna máxima na
passagem pelo vertedor ou calha da saída.
4. Zona de repouso

É onde o lodo se acumula.


Esta zona não sofre influência da corrente de água do
decantador, a não ser que ocorrem anormalidades
como inversão das camadas de água pela brusca
mudança de temperatura, fermentação do lodo.
O decantador só vai funcionar mal em três situações:
• Má decantação devido à floculação errada;
• Má decantação devido a erro de projeto;
• Má decantação devido a excesso de lodo no
decantador.
Lavagem do decantador

• A percentagem de remoção da turbidez for inferior á


90 %.
• Inicia-se a fermentação (jacaré).
Decantador vertical

Os produtos químicos interagem com a água em um


tanque de fluxo ascendente continuamente.
DECANTADORES CONVENCIONAIS EM
ETA’S
• Tempo de decantação: 2 a 2.30 horas
• Horizontais: relação entre comprimento x largura
Comprimentos pequenos: dificultam a distribuição de
água
Comprimentos grandes: aumenta a velocidade da água e
arrasta o floco.
Remoção do lodo

Lodo é gerado:

DECANTADOR
LAVAGEM DOS FILTROS
Os lodos possuem características variadas, dependendo
fundamentalmente:
• das condições apresentadas pela água bruta,
• da dose e tipo de produtos químicos utilizados,
• e da forma de limpeza dos decantadores.
REMOÇÃO DO LODO

Formas de remoção:

• Contínua

• Intermitente

• Periódica, com descarga por ciclos


REMOÇÃO DO LODO

Tipos de remoção:

• Manual

• Hidráulica (pressão hidrostática)

• Mecânica

 Raspadores

 Sifão flutuante
REMOÇÃO DO LODO

Manual:

• Prever o volume no fundo do decantador para acúmulo


de lodo por um período de 60 dias.

• Fundo com declividade mínima de 5%, no sentido do


local da tubulação de descarga;

• Prever dispositivo para lavagem com jateamento de


água.
REMOÇÃO DO LODO

Hidráulica:

• Fundo inclinado com ângulo superior a 60° com o plano


horizontal;
REMOÇÃO DO LODO
Mecânica:

• Com raspadores:
 Seleção a ser feita em catálogos de fornecedores;

REMOÇÃO DO LODO
Mecânica:

• Sifão flutuante:
• Seleção a ser feita em catálogos de fornecedores;
• Lodo coletado ao longo de decantador, com
lançamento numa calha lateral superior posicionada ao
longo do seu comprimento.
REMOÇÃO DO LODO
Esgotamento do decantador para limpeza:

• Tubulação dimensionada para esgotá-lo em 2 (duas)


horas, embora a norma recomende até 6 (seis) horas.
FILTRAÇÃO

Processo de separação sólido-líquido utilizado para


promover a remoção de material particulado
presente na fase líquida.
As suspensões floculadas que não foram retiradas na
decantação, devem ser retiradas nos filtros.

Os filtros são constituídos de meios filtrantes (areia,


pedregulho, etc) classificados de acordo com sua
granulometria e coeficiente de uniformidade, que
recebem a água sob vazão controlada
A medida que a água passa pelo meio filtrante, há a
deposição de flocos sobre a mesma que provoca a
colmatação da camada superficial, aumentando a perda
de carga, e tornando-se necessário a lavagem do filtro.

Colmatação: preenchimento de poros, irregularidades


• Os fenômenos que ocorrem durante a filtração:
• Ação mecânica de coar;
• Sedimentação de partículas sobre grão de areia ou
carvão;
• Floculação de partículas que estavam em formação
pelo aumento da possibilidade de contato entre elas.
Primeira camada

• Camada de carvão antracito primeira Camada


• È a camada da superfície do filtro que realmente
retém partícula de turbidez.
• Tem altura 45 cm, tamanho efetivo 0,8 a 1,0 mm e
coeficiente de uniformidade menor que 1,8.
Segunda camada

• Camada de areia
• Esta camada também tem o propósito de filtrar.
• Altura da camada de areia é de 20 cm, tamanho
específico é de 0,5 a 0,9 mm e coeficiente
uniformidade menor que 1,8.
Terceira camada
• Camada de Pedregulho
• Esta camada tem a finalidade de sustentar a areia
bem como a camada de carvão, cuja altura é
composta de várias outras camadas de pedregulho
em tamanhos diferenciados.
• 6 camadas de pedregulho de diâmetros diferentes em
ordem decrescente (camadas de 10 a 15 cm)
Fundo falso

• O fundo de sustentação do material filtrante é


construído de:
• Bloco Leopold (tijolo de 4 furos);
• Fundo tipo vigueta;
• Fundo de chapa metálico perfurado.
As causas das perturbações do leito
filtrante podem ser:
• Dosagem incorreta de solução de coagulante,
colmatando o carvão e a areia;
• Má floculação e má decantação, colmatando o carvão
e areia;
• Desprendimento de bolha de ar que está dissolvido
na água devido à excessiva perda de carga
• Formação de bola de lodo, causada por dosagem
incorreta, ou lavagem defeituosa dos filtros;
• Ocorrência de algas e outros microrganismos que
atingem os filtros e neles processam o seu
desenvolvimento.
FILTRAÇÃO

Classificação dos processos de filtração

 Com relação ao tipo de filtração


 Com relação ao tratamento
 Com relação ao sentido do escoamento
 Com relação ao meio filtrante
 Com relação ao seu controle hidráulico
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

Com relação ao tipo de filtração:

Filtração em membrana

 Osmose reversa
 Nanofiltração
 Ultrafiltração
 Microfiltração
FILTRAÇÃO EM MEMBRANAS
SISTEMA DE OSMOSE REVERSA
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

Com relação ao tipo de filtração:

Filtração em meio granular

 Filtros lentos
 Filtração rápida
 Filtros de camada
profunda
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

Com relação ao tratamento:

Filtração convencional
Manancial Coagulação Floculação Sedimentação

Água final Filtração


CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

Com relação ao tratamento:

Filtração direta
Manancial Coagulação Floculação Sedimentação

Água final Filtração


CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

Com relação ao tratamento:

Filtração em linha
Manancial Coagulação Floculação Sedimentação

Água final Filtração


CONCEPÇÃO DA ETA EM FUNÇÃO DA
QUALIDADE DA ÁGUA BRUTA

Características da água Filtração direta Filtração em linha


bruta
Tubidez (UNT) 50 25
(15) (5)
Cor real (U.C) 50 25
(Cor aparente < 20) (Cor aparente < 15)
Densidade algal 1.000 500
(UPA/ml) (500) (100)
CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

Com relação ao sentido de escoamento:

Filtração descendente Filtração ascendente


CLASSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE
FILTRAÇÃO

Com relação ao meio filtrante:

Antracito

Areia Antracito
ou Antracito
Areia
Areia Garnet

Camada simples Dupla camada Tripla camada


Garnet (granada)

É um meio filtrante granular de alta densidade e dureza.


É utilizado como a filtração mais fina de um sistema de
filtração com uma cama multimeios com fluxo para
baixo.
Esta condição estável de grãos grandes por cima dos
mais finos, se consegue utilizando materiais de
diferentes tamanhos e pesos específicos.
FILTRO RÁPIDO POR GRAVIDADE
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP – ETA ABV
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP – ETA ABV
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP – ETA ABV
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
SABESP – ETA RIO GRANDE
PARTES CONSTITUINTES DE UM
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
• Materiais filtrantes: composição, granulometria e
altura.
PARTES CONSTITUINTES DE UM
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
• Camada suporte: granulometria e altura.
PARTES CONSTITUINTES DE UM
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
• Fundo falso: coleta da água filtrada e introdução de
água de lavagem.
PARTES CONSTITUINTES DE UM
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
• Sistema de coleta de água de lavagem
PARTES CONSTITUINTES DE UM
SISTEMA DE FILTRAÇÃO
• Tubulações, válvulas e comportas de entrada de água
decantada, saída de água filtrada e introdução e coleta
de água de lavagem
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES

 Lavagem exclusivamente com água

•Tempo de lavagem: 8 a
15 minutos
Vazão água ascensional

Tempo
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES

 Lavagem com água e sistema de lavagem


superficial
•Tempo de lavagem com
Vazão
água em contracorrente:
água ascensional 8 a 15 minutos
•Lavagem superficial
água superficial somente: 1min a 2 min

Tempo

1,5 l/s.m2 a 3,0 l/s.m2


SISTEMA DE LAVAGEM SUPERFICIAL
SISTEMA DE LAVAGEM SUPERFICIAL
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES

 Lavagem com ar unicamente seguido de água

•Tempo de lavagem com


ar: 2 a 3 minutos
Vazão ar
•Tempo de lavagem com
água ascensional água em contracorrente:
8 a 15 minutos

Tempo

10 l/s.m2 a 20 l/s.m2
LAVAGEM DE MEIOS FILTRANTES

 Lavagem com ar e água simultaneamente


•Tempo de lavagem com ar
ar
Vazão água ascencional e água simultaneamente: 2 a
4 minutos

•Tempo de lavagem com


água em contracorrente:
8 a 15 minutos

Tempo

4 l/s.m2 a 8 l/s.m2
DESINFECÇÃO

Processo de eliminação, de modo econômico, dos


micro-organismos patogênicos presentes na fase
líquida.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE UM
AGENTE DESINFETANTE

 Atividade antimicrobiana
 Solubilidade
 Estabilidade
 Inocuidade para o homem e os
animais
 Ausência de combinação com
material orgânico estranho.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DE UM
AGENTE DESINFETANTE

 Apresenta toxicidade para os micro-


organismos em temperatura ambiente
 Ausência de efeitos corrosivos e
tintoriais
 Disponibilidade
 Baixo custo
PRINCIPAIS AGENTES DESINFETANTES
UTILIZADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA

 Cloro (cloro gasoso, Hipoclorito de


Sódio e Hipoclorito de Cálcio)
 Cloraminas
 Dióxido de Cloro
 Ozônio
 Radiação Ultravioleta
MODO DE AÇÃO DOS AGENTES
DESINFETANTES

 Lesão da parede celular


 Alteração da permeabilidade celular
 Inibição da ação enzimática
 Alteração das moléculas de
proteínas e de ácidos nucleicos
EFICÁCIA DO PROCESSO DE
DESINFECÇÃO

 Avaliação do processo
 Monitoramento da concentração de
micro-organismos patogênicos
 Monitoramento da concentração de
micro-organismos indicadores
CARACTERÍSTICAS DE UM MICRO-
ORGANISMO INDICADOR

 Estar presente na fase líquida quando da


presença de micro-organismos patogênicos.

 Estar presente apenas quando a presença de


micro-organismos patogênicos for um perigo
iminente.

 Estarem em maior número do que os


organismos patogênicos.
CARACTERÍSTICAS DE UM MICRO-
ORGANISMO INDICADOR

 Serem mais resistentes a ação dos agentes


desinfetantes do que os micro-organismos
patogênicos.

 Crescerem facilmente em um meio cultura


relativamente simples.

 Estarem distribuídos randomicamente na


amostra a ser examinada.
CARACTERÍSTICAS DE UM MICRO-
ORGANISMO INDICADOR

 Crescerem de forma independente em relação


a outros micro-organismos quando inoculados
em meio de cultura artificial.
MICRO-ORGANISMOS INDICADORES
EM ENGENHARIA

 Grupo Coliformes Totais

 Grupo Coliformes Fecais ou Termotolerantes

 Contagem de bactérias heterotróficas


APLICAÇÃO DO CLORO COMO AGENTE
OXIDANTE E DESINFETANTE

 Oxidação de compostos orgânicos sintéticos

 Minimização da formação de subprodutos da


desinfecção

 Auxiliar do processo de coagulação e


floculação

 Controle microbiológico das unidades


componentes das ETA’s
Prof. Hugo Guedes
APLICAÇÕES DO CLORO E DOSAGENS
TÍPICAS

Aplicação Dosagem típica pH ótimo Tempo de Efetividade


Reação
Oxidação de 0,62 mg/mg Fe 7,0 < 1,0 hora Bom
ferro
Oxidação de 0,77 mg/mg Mn 7,5 a 8,5 1 a 3 horas Razoável,
manganês 9,5 Minutos função do
pH
Controle de 1 mg/l a 2 mg/l 6,0 a 8,0 Não Bom
biofilmes Disponível
Controle de Variável 6,0 a 8,0 Variável Variável
gosto e odor
Remoção de cor Variável 4,0 a 7,0 Minutos Bom

Prof. Hugo Guedes


UNIDADES DE DESINFECÇÃO

Prof. Hugo Guedes


FLUORETAÇÃO

Processo que garante uma concentração mínima e


máxima de íon fluoreto em águas de abastecimento
a fim de que seja possível a manutenção da saúde
dental da população.
FLUORETAÇÃO

Benefícios:
Para cada $1,0 gasto em processos de fluoretação,
são economizados potencialmente $80,0 em custos
odontológicos (AWWA, 1999).
CONCENTRAÇÕES DE FLUORETO
RECOMENDÁVEIS EM ÁGUAS DE
ABASTECIMENTO
TEMPERATURA MÉDIA LIMITES
ANUAL RECOMENDADOS DE FLUORETO (mg/l)
DAS MÁXIMAS DIÁRIAS
(C) INFERIOR ÓTIMO SUPERIOR
10 - 12,1 0,9 1,2 1,7
12,2 - 14,6 0,8 1,1 1,5
14,7 - 17,7 0,8 1,0 1,3
17,8 - 21,4 0,7 0,9 1,2
21,5 - 26,3 0,7 0,8 1,0
26,4 - 32,5 0,6 0,7 0,8
APLICAÇÃO DE FLUORETO EM ÁGUAS
DE ABASTECIMENTO

 Fluoreto de Sódio (NaF)

 Fluoreto de Cálcio (CaF2)

 Fluossilicato de Sódio (Na2SiF6)

 Ácido Fluossilícico (H2SiF6)


REFERÊNCIAS

PIVELI, R.P.; FERREIRA FILHO, S.S. Apresentações da


disciplina de Saneamento I. São Paulo. Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. Acesso em: 06/05/2016.

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