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EUTROFIZAÇÃO: A eutrofização é o processo pela qual, os rios e lagos ficam aumentam a

quantidade de nutrientes presentes na água. Esses nutrientes são originados principalmente por
fósforo e nitrogênio. Conseqüentemente, o rio fica cheio de algas e cianobactérias. Essas algas
formam uma camada que faz com que a luz solar seja impedida de passar, o que,
conseqüentemente, afeta o processo de fotossíntese realizado por algas e plantas aquáticas. Isso
causa a morte dos organismos fotossintetizantes que não estão localizados nas camadas mais
superficiais. Além disso, um ambiente eutrofizado acaba adquirindo uma coloração turva e a
quantidade de oxigênio diminui, causando a morte de várias espécies.

CIANOBACTÉRIAS = Bactérias fotossintetizantes que existem como células simples ou


grupo de células e ocorrem naturalmente na superfície das águas.

TURBIDEZ: A turbidez é a condição da água com quantidade excessiva de partículas em


suspensão. A presença dessas partículas afeta a propagação da luz pela água e, dessa forma,
provoca a falta de transparência no recurso que é essencial aos organismos vivos. As causas da
turbidez são várias, por exemplo o excesso de chuvas, crises hídricas, problemas de erosão no
solo, atividade mineradora, práticas agrícolas, excesso de algas e falhas no sistema de
tratamento de água de distribuição pública. O resultado desses fatores é a presença de vários
tipos de resíduos sólidos em suspensão na água, partículas orgânicas e inorgânicas como argila,
sílica, coloides, algas, lodo, restos de folha, microorganismos e outros elementos não solúveis.
A medida da turbidez é determinada a partir da quantidade de luz refratada nas partículas em
suspensão. Quanto maior a dispersão dos feixes de luz, maior é a turbidez da água.

1-PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA

1 – OXIDAÇÃO = Processo de injeção de um agente oxidante na água como o cloro, para


tornar insolúveis os metais presentes e assim podermos retirar o mesmo. Alem disso, podemos
inserir a cal pra fazer o ajuste do pH.
2 – COAGULAÇÃO = Através da adição de coagulantes promove a desestabilização das
partículas de sujeira que estão na água. Para otimizar o processo de coagulação, adiciona-se a
cal, que mantém o pH da água no nível adequado.
3 – FLOCULAÇÃO= Os tanques de floculação, são agitados por motores que agitam a água
com velocidades controladas e causam aglutinação das partículas sólidas em suspensão,
formando flocos maiores.
4-DECANTAÇÃO= Nesse processo é onde grande parte dos flocos que estavam em suspensão,
depositam-se no fundo do reservatório.
5-FILTRAÇÃO = São filtros formados por camadas de areia, carvão, pedregulho e cascalho. A
sujeira que passa dos decantadores fica retida nos filtros de filtragem.
6-DESINFECÇÃO = A água recebe um agente desinfetante para eliminar os germes nocivos a
saúde. Além disso, é feita a correção de pH por meio da adição de cal, que também tem a
finalidade de proteger as redes de distribuição contra a corrosão e incrustações.
7-FLUORETAÇÃO = É necessário inserir flúor na água com o objetivo de diminuir a
quantidade de cáries da população.

TIPOS DE FLOCULANTES

 Cloreto Férrico.
 Sulfato de Alumínio
2-PROCESSOS DE TRATAMENTO DE ÁGUA

1-CAPTAÇÃO = Captação da água do manancial é feita por meio de adutoras, que levam a
água até a ETA. Em algumas situações é necessário utilizar Estações elevatórias, que são um
conjunto de bombas que levam a água do manancial para ETA.
2- BACIA DE TRANQUILIZAÇÃO = Reduz a velocidade da água que chega na ETA, que
está sobre alta pressão. Além disso, tem o gradeamento nessa etapa, onde a sua função é reter os
sólidos com maior proporção. Além disso, é inserido o cloro nessa etapa, que tem a função de
matar vírus, bactérias e microorganismos e dissolver metais presentes na água
3- COAGULAÇÃO = Etapa de recebimento do sulfato de alumínio ou cloreto férrico, onde
esse produto serve para desestabilizar as partículas de sujeiras. Nessas águas que serão tratadas
existem impurezas cujas partículas são pequenas, logo elas não se sedimentam sob a ação da
gravidade. Por isso, é necessário acrescentar à água, coagulantes químicos, pois eles são
insolúveis na água e geram íons positivos (cátions) que atraem as impurezas carregadas
negativamente nas águas
4 – FLOCULAÇÃO = Os tanques de floculação, são agitados por motores que agitam a água
com velocidades controladas e causam aglutinação das partículas sólidas em suspensão,
formando flocos maiores.
5-DECANTAÇÃO = Os decantadores são uma espécie de piscina que fica a céu aberto, onde
fica por cerca de 90 minutos. Nesse tempo, grande parte dos flocos que estavam em suspensão,
depositam-se no fundo do reservatório.
6-FILTRAÇÃO = São filtros formados por camadas de areia, carvão, pedregulho e cascalho. A
sujeira que passa dos decantadores fica retida nos filtros de filtragem.
7-DESINFECÇÃO = Dentro dessa etapa, a água passa por 3 processos: cloração, alcalinização
e fluoretação. Na cloração é inserido o cloro com a intenção de manter o teor residual,
garantindo que água ficará longe de microorganimos. A alcalinização é um processo onde é
inserida a cal com objetivo de evitar a corrosão dos canos de distribuição. Já a fluoretação é
adicionada para prevenir cáries na população.
8- DISTRIBUIÇÃO= A água vai para o reservatório dentro da ETA que e depois segue para
distribuição.

PROCESSOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1-CAPTAÇÃO = Captação da água do manancial, por meio de adutoras , até chegar e levar ate
a ETA, por meio de adutoras
2- ADUÇÃO = Enviar a água do manancial até a ETA, por meio de estações elevatórias ou
pode ser por meio da gravidade também.
3-ESTAÇÃO DE TRATAMENTO=
4-RESERVAÇÃO= Essa reserva de água é realizada por tanques.
5-REDES DE DISTRIBUIÇÃO= Leva água dos reservatórios para as casas.
6-LIGAÇÕES DOMICILIARES= É justamente as instalações hidráulicas de cada casa.

ETAPAS DE TRATAMENTO DA ETA DA UFPE

CAIXA DE REUNIÃO =
AERAÇÃO = A aeração ajuda na oxidação e na precipitação do ferro e do manganês,
compostos indesejáveis por vezes encontrados na água. Esse processo pode funcionar através de
métodos diferentes, como gravidade, aspersão e difusão de ar.
Em todos os casos, o objetivo é aumentar o contato da água com o ar, ou com outra
forma gasosa. Em outras palavras, esse contato do ar com a água leva à oxidação e à
precipitação de vários compostos, eliminando componentes indesejados da água ou dos
efluentes.
Sistema com duas torres com quatro bandejas de placas metálicas com diversos furos,
cujo objetivo é aumentar a superfície específica da água para acelerar a oxidação do Ferro(II)
(que é solúvel em água) para Ferro(III) (Insolúvel em água), bem como a oxidação do
Manganês(II) (que é solúvel em água) para Manganês(IV) (insolúvel em água), e posterior
precipitação.
Esse processo é facilitado pela adição de cloro (pré-cloração – solução de hipoclorito de
sódio a 10%) que auxilia o processo de oxidação e precipitação tornando os flocos
maiores.
DECANTAÇÃO= Não é utilizado nenhum floculante.
EE DE ÁGUA DECANTADA=
TORRE DE CARGA=
FILTRAÇÃO=
RESERVATÓRIO DE ÁGUA FILTRADA=
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA =
DESINFECÇÃO=
CASTELO DE ÁGUA =
REDE DE DISTRIBUIÇÃO=

QUAL O PLANEJAMENTO PARA CONSTRUIR UMA ETA??

1- Qual o tamanho da população.


2 - Como a população é distribuída.
3- Concentração da população está nos núcleos urbanos, oque facilita a distribuição de água
potável
4- Previsão de Crescimento da população
5 - Entender as necessidades econômicas pra entender as necessidades de volume de água.

Medidas para conservação dos reservatórios de modo a evitar que se tornem


pontos de recontaminação da água. Alguns desses cuidados são:

 Impermeabilização cuidadosa das paredes;


 Localização em áreas onde não ocorram inundações;
 Afastamento das águas de chuvas;
 Proteção dos acessos;
 Proteção dos dispositivos de descarga e extravasão para impedir entrada de animais ou
de águas poluídas provenientes de atividades das vizinhanças

PARÂMETROS ANALISÁDOS NO LABORATÓRIO

 PH
 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA
 TURBIDEZ
 COR
ENSAIO – JAR TEST

O jar test, ou ensaio de floculação, é um procedimento técnico fundamental para


garantir o melhor desempenho das Estações de Tratamento de Água, de Esgotos e de Efluentes
Industriais.
Com a realização deste método de análises laboratoriais, é possível identificar a taxa de
pH que oferece as melhores condições de floculação e, dessa forma, otimizar a dosagem de
coagulantes durante o processo de tratamento da água bruta e/ou dos resíduos líquidos
decorrentes das rotinas fabris.
Os benefícios gerados por esses ensaios químicos são inúmeros, mas valem
especialmente para as empresas que mantêm unidades para o tratamento de água, esgoto e
efluentes em seus complexos industriais.

O teste de jarros (jar test) – também chamado de ensaio de floculação – é um método de


análise que é utilizado para se obter a eficiência operacional das Estações de Tratamento de
Água (ETAs), Estações de Tratamento de Efluentes Industriais (ETEIs) e Estações de
Tratamento de Esgoto (ETEs).
Basicamente, o jar test serve para determinar a quantidade exata de coagulantes que será
empregada durante o tratamento da água, efluentes industriais ou esgotos.
Além da dose certa, o jar test identifica a velocidade e o tempo de reação do coagulante no meio
líquido.

1) O que é outorga de água;


OUTORGA é um instrumento de gerenciamento dos recursos hídricos, cuja finalidade é
controlar o quantitativo e o qualitativo dos usos de água, possibilitando uma distribuição mais
justa e equilibrada desse recurso. Ou seja, a outorga é um documento que atesta o direto de
utilização de Recursos Hídricos, sejam eles superficiais ou subterrâneas.
Se uma pessoa física ou jurídica quiser utilizar os recursos hídricos, sejam eles
subterrâneos ou superficiais é necessário solicitar uma Autorização, licença(outorga) ao Poder
Público. Caso você esteja utilizando desse recurso hídrico sem essa autorização, torna-se
passível de levar multas, advertências, ...
A Outorga é o ato administrativo que expressa os termos e as condições mediante as
quais o Poder Público permite o uso de recursos hídricos por um prazo determinado, finalidade
e condição. Tem por finalidades assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água
e disciplinar o exercício dos direitos de acesso à água.
A exigência de outorga destina-se a todos que pretendam fazer uso de águas superficiais
(rio, córrego, ribeirão, lago, mina ou nascente) ou águas subterrâneas (poços tubulares
profundos ou poços rasos).

2) Como tratar água contaminada por manganes e ferro;


A presença de manganês e ferro na água pode causar problemas de sabor, odor e
coloração, além de outros possíveis efeitos negativos na saúde. O tratamento adequado da água
contaminada por manganês e ferro envolve algumas etapas específicas:
Oxidação: O primeiro passo no tratamento da água contaminada por manganês e ferro é
a oxidação. O manganês e o ferro são oxidados por meio de um agente oxidante, como o cloro
ou o permanganato de potássio, para que possam ser removidos mais facilmente.
Filtração: Após a oxidação, a água é filtrada para remover o manganês e o ferro
oxidados. Existem várias opções de filtros disponíveis, incluindo filtros de areia, filtros de mídia
mista e filtros de carvão ativado.
Remineralização: A filtração pode remover alguns minerais essenciais, como o ferro,
que são importantes para a saúde. Portanto, é necessário adicionar esses minerais de volta à
água após o tratamento. Isso pode ser feito por meio de um processo chamado remineralização.
Desinfecção: Finalmente, a água tratada deve ser desinfetada para matar bactérias, vírus
e outros microrganismos. A desinfecção pode ser realizada com cloro ou outros desinfetantes
químicos, ou por meio de um processo de radiação ultravioleta.
É importante notar que o tratamento da água contaminada por manganês e ferro pode
variar dependendo da concentração desses minerais na água, bem como das condições locais e
das regulamentações governamentais. Portanto, é sempre recomendável consultar um
especialista em tratamento de água para avaliar a melhor opção de tratamento para cada caso
específico
OUTRA
Os íons de ferro e manganês podem conferir cor e sabor às águas. Além disso,
propiciam manchas em roupas e utensílios sanitários. O excesso deles na água pode gera uma
lista de malefícios á saúde.
Logo, para fazer o tratamento do ferro e do manganês, utilizam-se a oxidação e
filtração. Podemos utilizar um agente (exemplo: Hipoclorito de sódio) que oxida quimicamente
o ferro e o manganês, formando partículas, além de matar as bactérias de ferro presentes na
água. Em seguida, os filtros entram em ação pra retirar essas partículas de ferro que ficaram em
suspensão. Resumindo o processo, fazemos o tratamento da água contaminada, por meio de
uma oxidação proveniente do hipoclorito de sódio, seguida de uma filtração.
Vale lembrar que a aeração ajuda na oxidação e na precipitação do ferro e do manganês.
O objetivo da aeração é fazer o contato da água com o ar. Esse contato da água com o ar leva a
oxidação e á precipitação de vários compostos. Na ETA da UFPE, o processo de aeração de foi
feito por um sistema de duas torres com quatro bandejas de placa metálicas com diversos furos.
Onde a água ficava espalhada nessa bandeja, aumentando sua superfície de contato com o ar,
justamente pra acelerar a oxidação do ferro e do manganês, pra depois ocorrer a precipitação.
Vale lembrar, que quando inserimos hipoclorito de sódio, a reação de oxidação e precipitação
fica mais rápida, pois o mesmo faz com os flocos fiquem maiores.

3) Qual a importância do abastecimento de água?

O abastecimento de água é de extrema importância para a saúde e bem-estar da


população, além de ser fundamental para o desenvolvimento econômico e social. A água é
essencial para muitas atividades humanas, como a produção de alimentos, a limpeza e higiene
pessoal, o uso em hospitais e clínicas, a produção industrial, entre outros.
Quando o abastecimento de água é inadequado ou inexistente, as pessoas são obrigadas
a recorrer a fontes alternativas, muitas vezes insalubres, como poços contaminados, rios
poluídos ou água de chuva. Isso aumenta o risco de doenças transmitidas pela água, como
diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A, entre outras.
Além disso, o acesso à água potável é fundamental para o desenvolvimento econômico
e social. A falta de água adequada pode limitar a produção agrícola, industrial e energética,
afetando negativamente o crescimento econômico e a qualidade de vida da população. Portanto,
o abastecimento de água é essencial para a saúde, bem-estar e desenvolvimento da população, e
deve ser uma prioridade para governos e organizações em todo o mundo.

4) Qualidade das águas para abastecimento.


A qualidade das águas de abastecimento é fundamental para garantir a saúde e bem-
estar da população. A água para consumo humano deve estar livre de contaminantes que possam
causar doenças ou danos à saúde.
Para avaliar a qualidade das águas de abastecimento, são realizadas análises de
parâmetros físicos, químicos e biológicos, como turbidez, cor, pH, odor, sabor, coliformes
fecais, entre outros.
As fontes de água utilizadas para abastecimento podem ser superficiais, como rios,
lagos e represas, ou subterrâneas, como poços e aquíferos. Cada fonte de água tem suas próprias
características e desafios em relação à qualidade da água. Por isso, é importante realizar um
monitoramento constante e adequado da qualidade da água para garantir que ela esteja dentro
dos padrões de qualidade aceitáveis.
Além disso, o tratamento de água é uma etapa essencial para garantir a qualidade da
água para consumo humano. O tratamento inclui processos de coagulação, floculação,
decantação, filtração, desinfecção, fluoretação e ajuste de pH, dependendo das características da
água e dos objetivos do tratamento.
Em resumo, a qualidade das águas de abastecimento é essencial para garantir a saúde e
bem-estar da população. Para isso, é importante realizar análises e monitoramentos constantes
da qualidade da água, além de implementar processos adequados de tratamento de água para
garantir que ela esteja dentro dos padrões de qualidade aceitáveis.

5) Resolução Conama 888/2021

A Resolução nº 888/2021 é uma norma emitida pelo Conselho Nacional do Meio


Ambiente (CONAMA) que estabelece os critérios e padrões para o reuso direto não potável de
água. A norma tem como objetivo promover a conservação dos recursos hídricos e o uso
racional da água, incentivando a utilização de água de reuso em atividades que não exijam água
potável, como irrigação de áreas verdes e limpeza de ruas e equipamentos públicos.
A resolução estabelece as diretrizes técnicas para o reuso direto não potável de água,
definindo as condições de qualidade da água, as formas de monitoramento, os critérios para
dimensionamento e operação dos sistemas de reuso, além das medidas de controle ambiental e
sanitário.
A norma também prevê que a implementação do reuso de água deve ser acompanhada
de campanhas de conscientização e educação ambiental para a população, de forma a promover
o uso racional da água e a valorização dos recursos hídricos.
Em resumo, a Resolução nº 888/2021 estabelece as diretrizes para o reuso direto não
potável de água, visando a conservação dos recursos hídricos e o uso racional da água. A norma
define as condições de qualidade da água, os critérios de monitoramento e dimensionamento
dos sistemas de reuso, além de medidas de controle ambiental e sanitário e campanhas de
conscientização para a população.

Ambiente Rural
A agricultura é a atividade que mais demanda por água no ambiente rural, sobretudo na
irrigação, na aplicação de insumos agrícolas e na criação de animais. Dentre essas citadas a
irrigação é a principal consumidora. Sabendose que a água é fundamental para o
desenvolvimento do ambiente rural deve se priorizar urgentemente o consumo sustentável e a
gestão dos efluentes agrícolas, de maneira a evitar a contaminação dos lenções freáticos e
melhorar a eficiência no setor de irrigação.
Ambiente urbano
Ao contrário do ambiente rural, no ambiente urbano os principais usos da água são para o
abastecimento urbano e uso industrial, os quais correspondem a 22% e 17% das vazões totais de
retirada dos mananciais, respectivamente. O crescimento no consumo de água aliado a
urbanização desenfreada, que compromete a qualidade dos mananciais, mais o desperdício
representam os maiores problemas relacionados ao abastecimento de água nos centros urbanos,
com valores na ordem de 80%. Como consequência disso tem-se que as vazões atingem 9%
para o abastecimento urbano e 7% para o uso na indústria

O padrão microbiológico traz a obrigatoriedade da análise de E.coli., considerado o


melhor indicador bacteriano para contaminação fecal. Além disso, tem-se a exigência de análise
periódica de cistos de Giardia e cistos de Cryptosporidium nos pontos de captação dos
mananciais de água superficial com média geométrica anual igual ou superior a 1.000 E.coli
/100 mL

4. CONSUMO DE ÁGUA: CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES


Os consumidores de água são classificados em quatro categorias de consumo pelas
prestadoras de serviços de saneamento: doméstico, comercial, industrial e público. A divisão
dos consumidores baseia-se no fato de que essas categorias são claramente identificáveis, e
também devido à necessidade de estabelecimento de políticas tarifárias e de cobranças
diferenciadas.

4.1. Água para uso doméstico: Corresponde à sua utilização residencial, tanto na área interna
como na área externa da habitação. Na área interna, a água pode ser utilizada para bebida,
higiene pessoal, preparo de alimentos, lavagem de roupa, lavagem de utensílios domésticos e
limpeza em geral. Para área externa, usa-se a água para rega de jardins, limpeza de piso e
fachadas, piscinas, lavagem de veículos etc. Para a área interna, o consumo mínimo varia de 50
a 90 litros de água por habitante ao dia (YASSUDA e NOGAMI, 1976)

4.2 Água para uso comercial: Várias são as atividades comerciais que utilizam a água, de
modo que, nessa categoria, estão inseridos desde pequenos até grandes consumidores, como:
bares, padarias, restaurantes, lanchonetes, hospitais, hotéis, postos de gasolina, lava-rápidos,
clubes, prédios comerciais, shoppings centers, entre outros. Portanto, os consumos de água
em atividades comerciais são variáveis e dependem de estudo caso a caso.

4.3. Água para uso industrial: O uso da água em uma instalação industrial pode ser classificado
em cinco categorias:
• Uso humano
• Uso doméstico
• Água incorporada ao produto
• Água utilizada no processo de produção
• Água perdida ou para usos não rotineiros

De modo semelhante ao uso comercial, o consumo de água para uso industrial deve ser
estabelecido caso a caso.
Além dos fatores descritos no quadro acima, a seguir serão discutidos outros aspectos que
também podem influenciar o consumo de água, conforme Guimarães; Carvalho e Silva (2007).

4.2.1 Crescimento da população


O consumo per capito e o crescimento da população são diretamente proporcionais ao
consumo da água, ou seja, o consumo tende a aumentar à medida que cresce a população da
cidade. A demanda comercial e industrial são aspectos determinantes nesse fato.
4.2.2 Influência dos hábitos da população
Os hábitos da população se refletem no uso direto ou indireto da água, em ações como:
lavagem de pisos, banhos, irrigação de jardins e de gramados particulares e públicos. A
respeito da influência do nível de vida, tem-se notado que, quanto mais elevado o nível
econômico e social da população, maior o consumo. Isso se dá devido a uma maior utilização
da água, resultante do uso de máquinas de lavar roupa, de lavagem de automóveis e de outras
aplicações.
4.2.3 Pressão na rede
Quando as torneiras e aparelhos de uma instalação predial são alimentados diretamente pela
rede pública na qual há uma pressão muito elevada, o consumo médio aumenta devido à
maior vazão, o que implica em maiores perdas na própria rede. Se a alimentação for indireta,
isto é, por meio de reservatórios domiciliares, os defeitos de registros de boia serão mais
frequentes e ocasionarão, também, perdas de água e, portanto, maior consumo. Por isso, as
redes de distribuição devem trabalhar com pressão reduzida, desde que assegure o
abastecimento adequado a todos os consumidores atendidos.
4.2.4 Variações de consumo
No sistema de abastecimento de água, ocorrem variações de consumo significativas, que
podem ser anuais, mensais, diárias, horárias e instantâneas. No projeto do sistema de
abastecimento de água, algumas dessas variações de consumo são levadas em consideração
no cálculo do volume a ser consumido.

Quando se elaboram projetos de poços, alguns objetivos devem ser alcançados, entre eles
destacam-se:
• O poço deverá ter a maior descarga possível, para um menor rebaixamento – indicado no
teste de vazão ou de aquífero
• Menor custo possível
• Manter a boa qualidade da água, prevenindo-se de possíveis contaminações
• Ter longa vida útil de serviço (pelo menos de 25 anos).
• Para alcançar os objetivos acima, as seguintes informações são importantes na elaboração
do projeto do poço:
• Demanda a ser atendida
• Conhecimento o mais detalhado possível da sequência litológica e respectivas espessuras
• Valores dos parâmetros hidrodinâmicos do aquífero a serem captados
• Análises granulométricas dos pacotes arenosos atravessados
• Qualidade da água a ser bombeada

RESOLUÇÃO DA PROVA

1)QUESTÃO DE CÁLCULO

(𝐶𝑂𝑁𝑆𝑈𝑀𝑂 𝑇𝑂𝑇𝐴𝐿/30 )
𝑁Ú𝑀𝐸𝑅𝑂 𝐷𝐸 𝑃𝐸𝑆𝑆𝑂𝐴𝑆

2) 9 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE


ABASTECIMENTO

RESOLUÇÃO:

• Dados hidrológicos da bacia de estudo ou de bacias da mesma região;


• Nível de água nos períodos de estiagem e enchente;
• Qualidade da água;
• Monitoramento da bacia, para localização de fontes poluidora em potencial;
• Distância do ponto de captação ao ponto de tratamento e distribuição;
• Desapropriações;
• Necessidade de elevatória;
• Fonte de energia;
• Facilidade de acesso.

3) QUAIS AS PRINCIPAIS AMEAÇAS DE CONTAMINAÇÃO DOS MANANCIAIS


SUPERFICIAIS E SUBTERRÂNEOS?

1. O desenvolvimento industrial;
2. O crescimento demográfico;
3. A modernização da agricultura;
4. A expansão urbana.

4)DESCREVA O CICLO URBANO DA ÁGUA.

Captação do manancial – Estações Elevatórias – Estações de tratamento de Água – Reservação


– Sistema de abastecimento de água (distribuição) – Utilização da água pela População /
Animais – Coleta de água Utilizada (Esgotamento) – Estação Elevatória – Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE) - Lançamento nos mananciais.

5) QUAIS OS COMPONENTES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.

1-CAPTAÇÃO = Captação da água do manancial, por meio de adutoras , até chegar e levar ate
a ETA, por meio de adutoras
2- ADUÇÃO = Enviar a água do manancial até a ETA, por meio de estações elevatórias ou
pode ser por meio da gravidade também.
3-ESTAÇÃO DE TRATAMENTO=
4-RESERVAÇÃO= Essa reserva de água é realizada por tanques.
5-REDES DE DISTRIBUIÇÃO= Leva água dos reservatórios para as casas.
6-LIGAÇÕES DOMICILIARES= É justamente as instalações hidráulicas de cada casa.
7) Segundo a resolução CONAMA 357/05 as águas superficiais podem ser classificadas em
quantos tipos? Quais classes de águas podem ser utilizadas para consumo humano?
(explique em condições estas podem ser utilizadas)

As águas superficiais são divididas em 3 tipos, são eles: Águas Doces, Águas Salinas e Águas
salobras.

Classes de águas podem ser utilizadas para consumo humano:

Águas Doces:

I - Classe especial: águas destinadas: ao abastecimento para consumo humano, com


desinfecção;
II - Classe 1: águas que podem ser destinadas: ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento simplificado;
III - classe 2: águas que podem ser destinadas: ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional;
IV - classe 3: águas que podem ser destinadas: ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional ou avançado;

Águas Salobras:

II - classe 1: águas que podem ser destinadas: ao abastecimento para consumo humano após
tratamento convencional ou avançado;

8) Avalie os dados abaixo de monitoramento do Ponto CB-72 nos dias 28/02 e 04/12, da
bacia hidrográfica do Rio Capibaribe de 2013, obtido junto á CPRH, e faça as conclusões
com base em água doce Classe 2 do CONAMA 357/2005 .

PARÂMETROS MÍNIMOS SEGUNDO A CONAMA 357/2005

 COLIFORMES TERMOTOLERANTES: 1000 coliformes termotolerantes por 100


mililitros em 80% OU mais de pelo menos 6 meses. – O valor dos coliformes
termotolerantes excede limite máximo pemitido.
 COR VERDADEIRA: Até 75 mg Pt/L – O valor da cor está dentro dos parâmetros.
 TURBIDEZ: Até 100 UNT – O valor da Turbidez está dentro dos parâmetros.
 DBO: Até 5 mg/L - O valor da DBO excede limite máximo pemitido.
 OD: Maior que 5 mg/L – O valor da OD excedo o limite máximo permitido.
 FÓSFORO TOTAL: Até 0,030 mg/L ou 0,050 mg/L - O valor da OD excedo o
limite máximo permitido.

De acordo com os dados informados e com os limites estabelecidos na RESOLUÇÃO


CONAMA 357/2005, á água não ser classificada como água doce de classe 2.

9) Tratando-se água potável para o consumo Humano(Portaria 888/2021) quais as


hepatotoxinas que devem ser ensaiadas quando a contagem de células de cianobactérias
ultrapassar 20000 células/mL? Quais compostos eutrofizantes têm maior potencial de
proporcionar a floração das cianobactérias?

Quando a contagem de células de cianobactérias exceder 20.000 células/mL, deve-se realizar


análise das cianotoxinas microcistinas, __________ e cilindrospermopsinas no ponto de
captação com frequência no mínimo semanal.

Os compostos eutrofizantes que têm maior potencial de proporcionar a floração das


cianobactérias é o Fósforo e o Nitrogênio.
10) Porque depois da desinfecção do ozônio (O3) da água em tratamento para fins de
potabilidade, ainda deve-se aplicar algum desinfetante clorado do tipo hipoclorito de
cálcio, dióxido de cloro ou isocianurato de sódio?

No caso do uso de ozônio ou radiação ultravioleta como desinfetante, deverá ser adicionado
cloro ou dióxido de cloro, de forma a manter residual mínimo no sistema de distribuição
(reservatório e rede) e no ponto de consumo. Logo, é obrigatória a manutenção de, no mínimo,
0,2 mg/L de cloro residual livre ou 2 mg/L de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/L de
dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede) e nos
pontos de consumo.

11) Comente brevemente sobre os índices de qualidade que tem por finalidade avaliar a
qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e o efeito relacionado ao
crescimento excessivo das cianobactérias, e o índice desenvolvido para avaliar a qualidade
da água bruta visando o uso para o abastecimento público.

A água é essencial para a vida humana e o seu consumo deve ser seguro e saudável.
Para garantir a qualidade da água para consumo humano, são realizadas análises que avaliam o
Índice de Qualidade da Água (IQA) e o Índice de Estado Trófico (ISTO).
O IQA é uma avaliação da qualidade da água baseada em parâmetros físicos, químicos e
biológicos, como temperatura, pH, turbidez, oxigênio dissolvido, coliformes fecais e outros
contaminantes. A pontuação do IQA varia de 0 a 100, sendo que valores mais altos indicam
água de melhor qualidade. O IQA é uma ferramenta útil para avaliar a qualidade da água para
consumo humano e para monitorar a eficácia do tratamento de água.
O ISTO é uma avaliação da qualidade da água com base em sua eutrofização, que é o
processo de enriquecimento da água com nutrientes, principalmente fósforo e nitrogênio. O
excesso desses nutrientes pode levar ao crescimento excessivo de algas e outras plantas
aquáticas, resultando em diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido na água, morte de
peixes e outros organismos aquáticos, além de outros problemas. O ISTO varia de 0 a 100,
sendo que valores mais altos indicam maior eutrofização.
Em resumo, a avaliação da qualidade da água para consumo humano é essencial para
garantir a segurança e a saúde da população. O IQA avalia a qualidade da água com base em
parâmetros físicos, químicos e biológicos, enquanto o ISTO avalia a eutrofização da água.
Ambos os índices são importantes ferramentas de monitoramento para garantir que a água para
consumo humano esteja dentro dos padrões de qualidade aceitáveis.

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