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Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões –

URI – Campus Santo Ângelo


Departmanto de Engenharia e Ciências da Computação
Cursos de Engenharia Civil/Elétrica/Mecânica

Prof. Dr. Emitério da Rosa Neto

Processos de Abastecimento/Tratamento da água

Santo Ângelo, 2018


Definições técnicas:

Manancial – fonte de retirada o recurso hídrico (água). A retirada


deve estar condicionada à disponibilidade e qualidade da mesma.

Captação – Equipamentos e instalações utilizados para retirar a água


do manancial.

Adução – Conjunto de tubulações – liga a captação tratamento


reservatório de distribuição.
Sistemas de adução podem ser por:
Gravidade;
Recalque;
Mista.
Tratamento – remoção de impurezas da água – eliminação de
microorganismos – potabilidade.

Reservatório de distribuição – acumulo de água para atendimento


da variação de consumo h/dia.
Pressão mínima ou constante = vazão na rede para atender demanda
de emergência.

Rede de distribuição – água do reservatório ou da adutora para


pontos de consumo.
A ÁGUA usada para ABASTECIMENTO

 A água para essa finalidade sempre deve ser tratada ?

 FONTES potáveis:
potáveis
Processo de desinfecção

 FONTES não potáveis:


potáveis
Estação de Tratamento de Água (ETA)

FONTES de água para abastecimento

 Águas superficiais (geralmente menos “puras”)


Expostas continuamente a vários tipos de poluentes

 Águas subterrâneas
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA (ETA)

PROCESSO REALIZADO EM ETAPAS

1º- Coagulação/floculação
2º- Decantação
3º- Filtração
4º- Desinfecção

Estas operações têm como principais objetivos:


- A remoção de material particulado, bactérias e algas
- Remoção da matéria orgânica dissolvida que confere cor à água
-.Remoção ou destruição de organismos patogênicos tais como bactérias e vírus

Estas operações podem sofrer variações dependendo da fonte de água e dos


padrões de qualidade a serem alcançados
A ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DA ÁGUA

Esquema simplificado de uma ETA *


(Linha líquida)

A ETA também tem uma estação de tratamento de sólidos (Linha sólida)


sólida

São tratados os resíduos gerados na Linha líquida


AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
1- Captação

A água que chega à Estação de Tratamento de Água é captada diretamente nos rios (águas
superficiais)
superficiais ou no subsolo (águas subterrâneas)
subterrâneas

 LINHA LÍQUIDA

2- Gradagem

São retirados da água os resíduos de maior dimensão como folhas, ramos, embalagens, etc., que
ficam retidos em grades por onde a água é forçada a passar

 PROCESSOS DE CLARIFICAÇÃO

3- Floculação/ coagulação

São formados “flocos” com as susbtâncias dispersas e um reagente floculante:


os contaminantes co-precipitam com o Al(OH)3, p. ex., na etapa de Decantação

 melhora os índices de turbidez (partículas > 10-4 mm), cor e sabor (partículas
menores que 10-4 mm)
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA
Floculação/ coagulação

São formados “flocos” com as susbtâncias dispersas e um reagente floculante:


os contaminantes co-precipitam com o Al(OH) 3, p. exx., na etapa de Decantação
 melhora os índices de turbidez (partículas > 10-4 mm), cor e sabor (partículas menores que
10-4 mm)

- Uso de agentes “floculantes”: Al2(SO4)3 , sais de ferro e polímeros


orgânicos

Necessidade de remoção de Mg2+: Al2 (SO4)3 + NaAlO2

Ex de reação em água levemente alcalina:

Al2(SO4)3 14,3 H2O + 3Ca(HCO3)2  2 Al(OH)3 + 3CaSO4 + 6CO2 + 14,3H2O

ANÁLISES PRÉVIAS são importantes para ajustar o pH , quando necessário

Al2 (SO4)3 = Sulfato de Alumínio


NaAlO2 = Aluminato de Sódio
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA

Esta etapa é realizada em câmaras (floculadores) onde água é levemente agitada,


facilitando a aglutinação de impurezas

Água superficial sendo tratada em uma


ETA, após a adição de um agente
floculante

 Parte da purificação da água ocorre por meio de um processo de


“transferência de fase”
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA

4 - Decantação

É um processo de separação física das partículas em suspensão, clarificando a


água e reduzindo em grande porcentagem as impurezas

 As partículas decantadas, mais “pesadas” que a água, ficam depositadas no


fundo do decantador

 Processo que dura, em média, 3 h

5- Filtração

A água passa por filtros de areia e/ou carvão ativado, nos quais ficam retidas as
partículas pequenas (não decantadas) e uma infinidade de substâncias solúveis (adsorção no
carvão)  melhora características como odor e sabor

 PROCESSOS DE DESINFECÇÃO
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA

 Ficam resíduos (tanque decantação):


tratamento da Linha SÓLIDA

Desidratação de Lamas
“Sobram” resíduos provenientes dos processos de clarificação: lamas

 São encaminhadas para a desidratação (estabilização química) e estabilização


microbiológica devido à grande quantidade de água

- A desidratação (secagem) pode ser feita de várias formas:


evaporação em leitos, uso de filtros (tipo prensa), etc

- A lama tratada é transportada para um destino final adequado, sendo possível


o seu aproveitamento como adubo orgânico:
AS ETAPAS DO TRATAMENTO DA ÁGUA

6- Desinfeção (geralmente cloração ou ozonização ou radiação UV)

É a eliminação de microorganismos não retidos nas etapas anteriores

 Adição de “cloro” (gás ou solução de hipoclorito)

 Fluoretação: adição de “flúor”


(fluorsilicato de sódio ou ácido fluorsilícico)

 ANÁLISES DE CONTROLE

ETAPA FINAL: análises físico-químicas e microbiológicas para atestar a


qualidade da água (Portaria número 518 do Ministério da Saúde, de 25 de março de 2004)

ARMAZENAGEM

DISTRIBUIÇÃO PARA AS RESIDÊNCIAS


(podem ocorrer contaminações)
CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA
(DESINFECÇÃO)

 A desinfecção ocorre para assegurar que a água esteja livre de microorganismos


patogênicos

 Os processos utilizados tem vantagens e desvantagens !

A cloração é o método de desinfecção mais comumente utilizado na maioria dos


países

Quantidades suficientes de “cloro” são adicionadas


à água visando destruir ou inativar os organismos alvo

É um método confiável, de relativo baixo custo, simplicidade operacional e cujo


excesso, no tratamento, favorece a biosegurança no armazenamento e
transporte da água tratada
Rotas de usos da água

Água bruta Água retirada do rio, lago ou lençol freático, possuindo uma
determinada qualidade.

Água tratada Após a captação, a água sofre transformações durante o seu tratamento
para se adequar aos usos previstos.

Água usada Com a utilização da água, esta sofre novas transformações na sua
(esgoto bruto) qualidade, vindo a constituir-se em despejo líquido.

Esgoto tratado Visando remover poluentes, os despejos sofrem tratamento antes da


emissão no corpo d’água receptor. Mesmo tratado, altera a qualidade da
água do receptor.
Água pluvial Escoa no solo, incorpora novos constituintes e, no meio urbano, é
coletado em sistemas de drenagem antes de chegar ao corpo d’água
receptor.
Corpo receptor A água pluvial e o efluente da estação de tratamento de esgotos atingem
o corpo receptor, onde, face à diluição e mecanismos de autodepuração,
a qualidade da água volta s sofrer alterações.
Reúso Os esgotos tratados podem ser usados, sob certas condições, na
agricultura, indústria e no meio urbano.
Aspecto legal

Portaria Ministério da Saúde nº 2914/11

Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da


água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
Tratamento de esgoto
Tratamento: remover as impurezas físicas, químicas , biológicas e organismos
patogênicos do efluentes.

Objetivos: adequação a uma qualidade desejada ou ao padrão de qualidade vigente.

Consiste em separar a parte líquida da parte sólida do esgoto, e tratar cada uma
delas separadamente, reduzindo ao máximo a carga poluidora, de forma que elas
possam ser dispostas adequadamente, sem prejuízo ao meio ambiente.

Imitando a natureza
Em relação à matéria orgânica, a ETE reproduz a capacidade que os cursos
d’água têm naturalmente de decompor a matéria orgânica, porém em menor
espaço e tempo.
Usos da Água e Geração de Esgotos

Abastecimento Doméstico
Água potável Impurezas Esgotos
+ devido ao uso = domésticos

Abastecimento Industrial
Água consumo Impurezas Efluentes
industrial + devido ao uso = Industriais
Efluentes Líquidos Domésticos

– Águas residuárias provenientes da utilização de


água potável em zonas residenciais e comerciais;
– Caracterizam-se pela grande quantidade de
matéria orgânica, nutrientes (nitrogênio e fósforo)
e microorganismos;
– Podem conter microorganismos patogênicos
provenientes de indivíduos doentes (propagação
de doenças de veiculação hídrica);
Efluentes Líquidos Domésticos
– Composição: Água:99,9% e Sólidos:0,1%
– Sólidos: Substâncias orgânicas:70% e
inorgânicas:30%
– Substâncias Orgânicas: proteínas, carboidratos,
gorduras;
– Substâncias Inorgânicas: Areia, sais e metais;
Características principais:
principais

• altos teores de sólidos totais,


• altos teores de nutrientes e matéria orgânica
• altos números de bactérias do grupo coliformes
• elevada DBO.
Principais constituintes dos Esgotos Domésticos

• Água (99,9%)
• Sólidos (0,1%)
– Sólidos Suspensos
– Sólidos Dissolvidos
– Matéria Orgânica
– Nutrientes (N, P)
– Organismos Patogênicos (vírus, bactérias,
protozoários, helmintos)

LODO
• Efluentes Líquidos Industriais
– Águas residuárias provenientes das indústrias;
– Podem apresentar produtos químicos que
impossibilitem a sua coleta no mesmo sistema coletor
do esgoto doméstico;
– Composição: bastante variada dependendo da
indústria;
– Presença de compostos químicos tóxicos e metais
pesados;
• Efluentes Líquidos Industriais
– Temperatura elevada, provocando desequilíbrios
ecológicos no corpo receptor;
– Nutrientes em excesso, causando a eutrofização da
água;
– Um mesmo processo industrial pode apresentar
grande variabilidade nos efluentes dependendo da
matéria-prima utilizada, do processo empregado e
do nível tecnológico da empresa.
a) Fundo de rio com baixa deposição de sedimento

Penetração de luz,
Bactérias, protozoários e
fotossíntese de algas
Muitos locais para larvas de insetos ligados às
perifíticas
pequenos peixes rochas

b) O mesmo rio com alta deposição de sedimento

Organismos ligados às
rochas são arrastados
pela areia e espalhados
Argila em suspensão impede
ao longo do fundo
penetração da luz

Quase todos organismos


eliminados
Representação esquemática de um sistema de lagoas de estabilização

Representação esquemática de um sistema de lodos ativados com lagoa aerada


Características Importantes

Fonte Característica do efluente

Ind. Alimentícia Vazão?

Ind. Química Composição?

Curtume Onde é lançado?

Papel e Celulose Padrão de lançamento?

Têxtil
Caracterização Qualitativa dos Esgotos
• Contribuição per capita de matéria orgânica
- 54 g DBO/hab. dia

Cálculos de Quantificação de poluentes – CARGA

Esgoto doméstico
1) Carga = população x carga per capita
Carga (Kg/d) = pop. (hab.) x carga per capita (g/hab. d)
1.000 (g/Kg)

Obs: g/m3 = mg/L


1g = 1 ml
2) Carga = vazão x concentração – Esgoto Industrial

Ex: vazão = 120 m3 /d


concentração de DBO = 2.000 mg/L

Carga (Kg/d) = concentração (g/m3) x vazão (m3/d)


1.000 (g/Kg)
AGENTES DE TRATAMENTO

As bactérias aeróbias ou anaeróbias, quando encontram condições favoráveis, se


reproduzem em grande quantidade, degradando a matéria orgânica presente nos
esgotos, por isso são conhecidas como agentes de tratamento.

CONDIÇÕES PARA O TRATAMENTO

As condições para o tratamento do esgoto dependem de planejamento prévio,


dimensionamento das instalações, assim como de alguns outros fatores que são
citados abaixo como:
• A carga orgânica presente.
• A classificação das águas do rio que receberá o efluente tratado.
• A capacidade de autodepuração do rio que receberá o efluente tratado.
• A disponibilidade de área e energia elétrica.
• O tratamento do esgoto sanitário ocorre em um processo de vários níveis
responsáveis por separação ou eliminação de diferentes substâncias.
Remoção de
matéria
orgânica

Remoção de Por que


tratar os Remoção de
sólidos em
esgotos? nutrientes
suspensão

Remoção de
organismos
patogênicos
II-Impactos ambientais

fontes de poluição

Pontuais:
Pontuais tubulações
emissárias de esgoto e
galerias de águas
pluviais

Difusas:
Difusas águas de
escoamento da
As principais fontes de poluição da água são superfície ou de
os efluentes domésticos e os industriais infiltração
PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS
CORPOS D’ÁGUA

 Consumo de oxigênio
Matéria orgânica
II.2 PRINCIPAIS IMPACTOS DO LANÇAMENTO DE EFLUENTES NOS
CORPOS D’ÁGUA

Demanda de oxigênio
DBO
Curva de depressão de

oxigênio em diversas

condições de

autodepuração
Diagnóstico da Situação Existente

O diagnóstico deve compreender:

Áreas sujeitas Uso e ocupação


à erosão do solo
Caracterização Sócio-
econômica
Dados do meio
biológico

Levantamento
Condições
hidráulicas do usos múltiplos
corpo d’água

Estudo das
condições do Diagnóstico de
Dados qualidade da água
fisiográficos corpo d’água e
do manancial
da bacia de sua bacia
hidrográfica
Água
escoamento Fezes de
superficial animais
Efluentes
industriais
* Avaliação IQA
da carga
poluidora
Identificação e Perfil
Efluentes quantificação das sanitário
domésticos cargas poluidoras

Água de
escoamento
*Fontes de Fertilizantes
superficial
poluição
Efluentes D
Pesticidas
&I
Lixo Dejetos de
(chorume) animais
Processos de tratamento de efluentes domésticos e
industriais
ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO
DE ÁGUA

ESTAÇÃO DE
TRATAMENTO
DE ESGOTO
Tratamento Preliminar

Objetivo: remoção de sólidos grosseiros e areia

medidor de
grade caixa de areia
vazão

adaptado de VON SPERLING, 1996


Mecanismo básico – remoção física.

As principais finalidades da remoção dos sólidos grosseiros são:


- Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos (bombas e tubulações);
-Proteção das unidades de tratamento subsequentes;
-Proteção dos corpos receptores.

A retirada do excesso de sólidos grosseiros pode ser realizada de forma


manual ou mecanizada.

Finalidade da remoção de areia


-Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações;
-Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em tubulações, tanques,
orifícios, sifões, etc.;
-Facilitar o transporte do líquido, principalmente a transferência de lodo, em
suas diversas fases.

A remoção da areia ocorre quando este atinge o fundo do tanque, pois


sedimenta mais rápido que a matéria orgânica que fica suspensa e vai a
jusante.
Tratamento Primário
Objetivo: remoção de sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais
flutuantes (óleos e graxas) e parte da matéria orgânica em suspensão

lodo primário
Os processos de tratamento são:
-Decantação primária ou simples;
-Precipitação química com baixa eficiência;
-Flotação;
-Neutralização.

Os sólidos suspensos - M. O. em suspensão – sedimenta – reduz a DBO ao


nível seguinte.

Eficiência de remoção:
-Sólidos suspensos = 60 – 70%
-DBO = 25 – 30%

A eficiência pode ser aumentada – adição de agentes coagulantes (tratamento


primário avançado)

Coagulantes – sulfato de alumínio – cloreto férrico.

Como consequência ocorre maior geração de lodo


Tratamento Secundário

Objetivo: remoção de matéria orgânica dissolvida e da matéria


orgânica em suspensão não removida no tratamento primário
contato entre os
participação de microrganismos e o
microrganismos material orgânico
contido no esgoto

matéria mais
+ bactérias H2O + CO2 +
orgânica bactérias
A remoção da M. O. pode ser nas seguintes formas:
-M. O. dissolvida (DBO solúvel ou filtrada): a qual não é removida por
processos meramente físicos, como o de sedimentação, que ocorre no
tratamento primário.

-M. O. em suspensão (DBO suspensa ou particulada): a qual é em grande


parte removida no eventual tratamento primário, mas cujos sólidos de
sedimentabilidade mais lenta persistem na massa líquida.

Diferenças de processos anteriores

Tratamentos preliminar e primário – físicos


Tratamento secundário – etapa biológica – remoção da M. O. através de
reações bioquímicas.
Poluentes removidos

Matéria orgânica dissolvida

Matéria orgânica em suspensão

Sólidos não sedimentáveis

Nutrientes (parcialmente)

Patogênicos (parcialmente)
Tratamento Secundário

Decomposição dos poluentes

Reações bioquímicas realizada por microrganismos

Condições controlada

Intervalos de tempo menores que na natureza

Acelerar os mecanismos de degradação que ocorrem naturalmente nos


corpos receptores
Tratamento Secundário
Processo Biológico

 Contato entre os microrganismos e material orgânico contido no esgoto

Bactérias
Bactérias
+
Matéria Orgânica
 H2O + C O2 (Processo Aeróbio)

 H2O + CO2 + CH4 + H2S (Processo Anaeróbio)


Tratamento Secundário

Métodos mais comuns de tratamento secundário

 Lagoas de estabilização

 Lodos ativados

 Filtros biológicos
DBO

CO2

Respiração

Fotossíntese
Processo de construção simples Bactérias Algas

O2
Eficiência satisfatória

Necessita de grandes áreas

Tempo de detenção típico 20dias


Conhecido por sistema australiano

Economia de 1/3 de área em relação a facultativa

Possibilidade de liberação de maus odores( gás sulfídrico)


O tempo de retenção do esgoto = 2 – 5 dias.

Remoção de DBO = 50 – 70%.

Vantagem – alivia a carga para tratamento na lagoa facultativa.

Carga lagoa facultativa – 30 – 50% da carga do esgoto bruto.

A estabilização da M. O. é lenta – detenção do esgoto por 20 ou mais dias.

Características do efluente em L. F.
Cor verde – algas;
Elevado O. D.
Sólidos em suspensão.
Taxa de algas > bactérias.

Relação pH – fotossíntese – respiração


Fotossíntese > respiração = pH ácido
Respiração > fotossíntese = pH alcalino
O2 obtido através de aeradores

Dimensões menores que as facultativas convencionais

Consumo de energia elétrica

Tempo de detenção típico 5 a 10 dias


Sistema predominante – aeróbio.

Diferença da lagoa facultativa convencional – forma de suprimento de oxigênio.

Lagoa facultativa – fotossíntese;


Lagoa aerada facultativa – aeradores.
Os sólidos são mantidos em suspensão e mistura completa

Maior contato matéria orgânica – bactéria

Tempo de detenção típico 2 a 4 dias


Lodos ativados

Os sólidos são recirculados do fundo da unidade de decantação,


por meio de bombeamento para a unidade de aeração

Bactéria em suspensão Assimilação de M.O.

Vantagens Desvantagens
• Baixo custo de implantação e operação • Possibilidade de emanação de
• Baixa produção de lodo maus odores
• Baixo consumo de energia • Baixa capacidade do sistema
• Sistema compacto para tolerar cargas tóxicas
• Necessidade de pouco espaço para sua • Muito tempo para a partida do
implantação e funcionamento sistema
Lodos ativados

LODOS ATIVADOS – FLUXO CONTÍNUO (CONVENCIONAL / PROLONGADO)


Tratamento Terciário

Poluentes Removidos

 Nutrientes

Patogênicos

Compostos não biodegradáveis

Metais pesados

Sólidos inorgânicos dissolvidos

Sólidos em suspensão remanescentes


Tratamento Terciário

Métodos mais comuns de tratamento terciário

 Lagoas de maturação

 Desinfecção

 Processos de remoção de nutrientes

 Filtração final
Lagoa de Maturação

A função desta lagoa é a remoção de patogênicos. Esta é uma alternativa mais


barata à outros métodos como por exemplo a desinfecção por cloração.
Desinfecção

Tipos de Desinfecção:

Cloração
Raios utravioleta
Ozonização (O3)

Principal forma de desinfecção

ClO2
Cloração Cl2 Utilizado em estações de grande porte

Utilizados em estações de menor


porte
NaOCl

Ca(OCl)2
Cloração

O cloro,Cl2, penetra nas células dos microrganismos e


reage com suas enzimas destruindo-as .

Outras vantagens da cloração:


Controle do odor;
Facilita a remoção de espuma em
decantadores;
Aumenta a eficiência na decantação;
Eficiência de remoção

Estimativa da eficiência de remoção esperada nos diversos níveis de tratamento


incorporados numa ETE.

Matéria Sólidos em
Nutrientes Bactérias
Tipo de orgânica suspensão
(% nutrientes) (% remoção)
tratamento (% DBO) (% SS)
Preliminar 5 – 10 5 –20 Não remove 10 – 20
Primário 25 –50 40 –70 Não remove 25 –75
Secudário 80 –95 65 –95 Pode remover 70 – 99
Terciário 40 - 99 80 – 99 Até 99 Até 99,999
Conclusão

 O nível de tratamento que um efluente deve receber esta relacionado


com os impactos e os usos previstos para corpo receptor.

 De acordo com a área, com os recursos financeiros disponíveis e com o


grau de eficiência que se deseja obter, um ou outro processo de tratamento
pode ser mais adequado.

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