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Faculdades Associadas de Uberaba - FAZU

PÓS-GRADUAÇÃO “lato sensu” EM

CONTROLE DE QUALIDADE NA

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
FAZU

Módulo II:
Curriculum

Jorge Wilson Pereira da Silva


{ Formação
z Graduação em Eng. Química (UFU - 1995)
z Mestrado em Eng. Mecânica (UFU - 1998)

{ Experiência profissional
z Estágio (1994 - 1995): Cargill Agrícola S.A.
z Contrato Engenheiro “Trainee” (1995 - 1998): Cargill Agrícola S.A.
z Professor Departamento de Eng. Química UFU ( 1998 – 2000)
z Professor Ulbra Itumbiara (1998 – 2001)
z Professor Uniminas (1999 – atual)
z Coordenador Curso Eng. Ambiental da UNICALDAS (2003 – 05/2006)
z Professor Fazu (Engenharia de Alimentos) (08/2005 – atual)
z Projetos de Acessoria : cálculos de dimensionamento, tratamentos de
efluentes de pocilgas, mini-estações de tratamento de efluentes, etc..
3
Ementa – Módulo V

1. Tratamento de Efluentes Líquidos

2. Tratamento de Emissões Gasosas

3. Tratamento de Resíduos Sólidos


INTRODUÇÃO
Legislação Ambiental Brasileira
Constituição Brasileira

Capítulo VI
Capítulo sobre Meio Ambiente Artigo 255

Política Nacional do Ministério do Meio Política Nacional dos


Meio Ambiente Ambiente Recursos Hídricos

IBAMA CONAMA Conselho de Governo Órgãos Municipais e Estaduais

Outorgas Uso das águas Comitês de Bacias Agências Hidrográficas


Condições dos efluentes em função dos locais de lançamento (Decreto estadual 8468 de 08.09.76, artigo
18 a 20).
Efluentes lançados nas coleções de água Efluentes lançados em sistemas
ou em sistema público de esgotos públicos de esgoto provido de
desprovidos de estação de estação de tratamento.
tratamento.
pH entre 5,0 e 9,0
Temperatura máximo 40 °C
Materiais sedimentáveis máximo 1,0 ml / l máximo 10,0 ml / l
(l / hora em “cone ImHof“)
Substâncias solúveis em hexana máximo 100,0 mg / l máximo 100,0 mg / l
Demanda bioquímica de Oxigênio - DBO (5 dias - 20 °C) máximo 60,0 mg / l* --

Arsênico máximo (mg / l) 0,2 mg / l 0,2 mg / l


Bário máximo (mg / l) 5,0 -
Boro máximo (mg / l) 5,0 -
Cádmio máximo (mg / l) 0,2 0,2
Chumbo máximo (mg / l) 0,5 0,5
Cianeto máximo (mg / l) 0,2 0,2
Cobre máximo (mg / l) 1,0 1,0
Cromo hexavalente máx (mg / l) 0,1 0,5
Cromo Total máximo (mg / l) 5,0 5,0
Estanho máximo (mg / l) 4,0 4,0
Fenol máximo (mg / l) 0,5 0,5
Ferro Solúvel máximo (mg / l) 15,0 30,0
Fluoreto máximo (mg / l) 10,0 10,0
Manganês Solúvel máx. (mg / l) 1,0 -
Mercúrio máximo (mg / l) 0,01 0,01
Níquel máximo (mg / l) 2,0 2,0
Prata máxima (mg / l) 0,02 0,1
Selênio máximo (mg / l) 0,02 0,2
Sulfeto máximo (mg / l) - 50,0
Zinco máximo (mg / l) 5,0 5,0
Regime de lançamento Contínuo de 24 h por dia com variação máxima de
50 % da vazão horária média
Outras condições Não podem alterar as características das águas Ausência de águas pluviais e despejos que
possam causar obstrução na rede de
esgoto.
Tratamento de
Efluentes Líquidos
Industriais
Planeta “Terra”

¾ 2/3 da superfície são dominados pelos

vastos oceanos;

¾ Os pólos são cobertos por gigantescas

camadas de gelo;

¾ Estima-se em cerca de 1,35 milhões de

quilômetros cúbicos o volume total de água

na terra.
Distribuição da água no planeta

Oceanos: 97,50%

Geleiras: 1,979%

Subterrâneas: 0,514%

Água Doce Rios e lagos: 0,006%

Atmosfera: 0,001%
Como a água está distribuída no globo terrestre

ÁGUA

OCEANOS ÁGUA DOCE GELO


97,3 % 0,6% 2,1%

LAGOS RIOS UMIDADE DO SOLO SUBTERRÂNEA


1,48% 0,02 % 0,77 % 97,73 %

12
Ciclo Hidrológico

¾ Devido às diferentes e particulares condições climáticas,


em nosso planeta a água pode ser encontrada, em seus
vários estados: sólido, líquido e gasoso.

¾ Chamamos de ciclo hidrológico, ou ciclo da água, à


constante mudança de estado da água na natureza.

¾ O grande motor deste ciclo é o calor irradiado pelo sol.


Ciclo Hidrológico
Ciclo Hidrológico
Ciclo Hidrológico
¾ Quando uma chuva cai, uma parte da água se infiltra através dos
espaços que encontra no solo e nas rochas. Pela ação da força da
gravidade esta água vai se infiltrando até não encontrar mais espaços,
começando então a se movimentar horizontalmente em direção às
áreas de baixa pressão.

¾ A água da chuva que não se infiltra, escorre sobre a superfície em


direção às áreas mais baixas, indo alimentar diretamente os riachos,
rios, mares, oceanos e lagos.

¾ Em regiões suficientemente frias, como nas grandes altitudes e baixas


latitudes (calotas polares), esta água pode se acumular na forma de
gelo, onde poderá ficar imobilizada por milhões de anos.
Ciclo Hidrológico
¾ O caminho subterrâneo das águas é o mais lento de todos. A água de
uma chuva que não se infiltrou levará poucos dias para percorrer muitos
e muitos quilômetros. Já a água subterrânea poderá levar dias para
percorrer poucos metros. Havendo oportunidade esta água poderá
voltar à superfície, através das fontes, indo se somar às águas
superficiais, ou então, voltar a se infiltrar novamente.

¾ A vegetação tem um papel importante neste ciclo, pois uma parte da


água que cai é absorvida pelas raízes e acaba voltando à atmosfera
pela transpiração ou pela simples e direta evaporação
(evapotranspiração).
Estatísticas de consumo
¾ O crescimento da demanda mundial, por água de boa qualidade, à uma
taxa superior à da renovabilidade do ciclo hidrológico é,
consensualmente, previsto nos meios técnicos e científicos
internacionais.

¾ Este crescimento tende a se tornar uma das maiores pressões


antrópicas sobre os recursos naturais do planeta no próximo século.

¾ De fato, o consumo mundial d’água cresceu mais de seis vezes entre


1900 e 1995 - mais que o dobro da taxas de crescimento da população,
e continua a crescer rapidamente com a elevação de consumo dos
setores agrícola, industrial e residencial.
Estatísticas de consumo
¾ Levantamentos realizados pela Organização Meteorológica Mundial das
Nações Unidas indicam que um terço da população mundial vive em
regiões de moderado a alto stress hídrico, ou seja, com um nível de
consumo superior a 20% da sua disponibilidade d’água.

¾ As estatísticas da OMM/ONU demonstram claramente que, nos


próximos 30 anos a situação global das reservas hídricas tende
consideravelmente a piorar, caso não hajam ações energéticas para
melhoria da gestão da oferta e demanda d’água.

¾ Neste mesmo cenário, é previsto uma elevação para dois terços dos
habitantes do planeta vivendo em áreas de "moderado a alto stress".
Estatísticas de consumo

¾ O Brasil possui a maior disponibilidade hídrica do planeta,


ou seja, 13,8% do deflúvio médio mundial.

¾ A produção hídrica, em território nacional é de 182.170


m3/s, o que equivale a um deflúvio anual de cerca de 5.744
km3.

¾ Levando-se em consideração as vazões produzidas na área


das bacias Amazônica, Paraná, Paraguai e Uruguai que se
encontram em território estrangeiro, estimadas em 76.580
m3/s, essa disponibilidade hídrica total atinge 258.750 m3/s.
Curiosidades
- 1.200 milhões de seres humanos ainda não têm acesso a água potável.

- 20% das espécies aquáticas de água fresca já estão extintas ou em vias


de extinção.

- As doenças geradas pelo consumo de água contaminada matam em


torno de 4 milhões de crianças por ano.

- Por ano, 330 milhões de metros cúbicos de água evaporam-se dos


oceanos.

- 63 milhões de metros cúbicos de água evaporam-se do solo todos os


anos.

- Anualmente, 100 milhões de metros cúbicos de água caem na Terra em


forma de precipitação.
Curiosidades
- De toda a água potável existente na Terra, você sabe onde está a maior
reserva desta riqueza? No Brasil, que detêm 8,0% deste tesouro. Ela
encontra-se principalmente na bacia amazônica e no subsolo.

- Sabe quem mais polui a água no Brasil? A maioria dos municípios com
suas improbidades ambientais.

- Os plásticos são altamente poluentes. Ficam até 100 anos sem sofrer
processo algum de degradação no meio ambiente.

- Elementos inorgânicos não se degradam com facilidade, podendo ficar


anos intactos no meio ambiente. Quanto aos elementos radioativos,
além de altamente complexos são extremamente perigosos.

- Desde 1995 que o comércio de água mineral cresce 15 % ao ano no


Brasil.
Curiosidades

- As mais vendidas são exatamente as embalagens


maiores, com 20 litros, responsáveis por 40% do
volume total.

- A ONU confirma a previsão de guerras no Oriente,


próximas do ano de 2021, causadas por disputas por
fontes de água potável.
Água no Brasil
¾ O Brasil detém 11,6% da água doce superficial do mundo.

¾ Os 70 % da água disponíveis para uso estão localizados na Região


Amazônica.

¾ Os 30% restantes distribuem-se desigualmente pelo País, para atender a


93% da população.
Consumo de Água Industrial
• Ramo Tipo Unidade Consumo de água (m3/unidade produzida)
Alimentar Frutas, legumes em conservas 1 ton. de consevas 40
Doces 1 ton. de produto 20
Açúcar de Cana 1 ton. de açúcar 8
Matadouros 1 boi / 2,5 porcos 0.4
Laticínios 1000 L de leite 8
Cervejaria 1000 L de cerveja 15
Padaria 1 ton. De pão 4
Refrigerantes 1000 L de refr. 3
Têxtil Algodão 1 ton. Produto 500
Lã 1 ton. Produto 600
Rayon 1 ton. Produto 50
Nylon – polyester 1 ton. Produto 130
Lavanderia de lã 1 ton. Produto 50
Tinturaria 1 ton. Produto 50
Couro Curtume 1 ton. Pele 30
Sapato 1000 pares 5
Polpa e Fabricação de Polpa 1 ton. Produto 150
Branqueamento de Polpa 1 ton. Produto 150
Papel Fabricação de Papel 1 ton. Produto 200
Polpa e papel integrados 1 ton. Produto 220
Químicas Tinta 1 empregado 110 l/d
Vidro 1 ton. Vidro 15
Sabão 1 ton. de sabão 150
Ácido, Base e Sal 1 ton. de cloro 50
Borracha 1 ton. Produto 125
Borracha sintética 1 ton. Produto 500
Refinaria de petróleo 1 barril (117 L ) 0,3
Detergente 1 ton. Produto 13
Amônia 1 ton. Produto 115
Dióxido de Carbono 1 ton. Produto 80
Gasolina 1 ton. Produto 25
Farmacéuticos (vitaminas) 1 ton. Produto 25
Mineração Carvão 1 ton. Carvão 10
Ferro 1 m3 minério 16
CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4

Ao abastecimento
Ao abastecimento doméstico, após Ao abastecimento doméstico, após
doméstico, sem prévia ou Ao abastecimento doméstico, após tratamento
tratamento convencional; a preservação de tratamento avançado; a navegação; a
simples desinfecção Não convencional; a irrigação de hortaliças ou
. peixes em geral e de outros elementos de harmonia paisagística; ao abastecimento
serão tolerados plantas frutíferas; a recreação de contatos
fauna e da flora; a dessedentação de industrial, irrigação e a usos menos
lançamentos de efluentes primários: natação, esqui aquático e mergulho.
animais. exigentes.
mesmos tratados
Materiais flutuantes, inclusive espumas
Virtualmente ausentes Virtualmente ausentes Virtualmente ausentes
não-naturais.

Óleos e graxas Virtualmente ausentes Virtualmente ausentes

Substâncias que provocam gosto e sabor Virtualmente ausentes Virtualmente ausentes Não objetáveis
Corantes artificiais não removíveis por
coagulação sedimentação e filtração Virtualmente ausente Virtualmente ausentes
convencional.
Limites de 1000 coliformes fecais por 100
ml em 80 % ou mais de 5 amostras Não deverá ser excedido* Até 4 000 coliformes fecais por 100 ml **
mensais colhidas em qualquer mês.

DBO (5 dias, 20 °C) até 10 mg / l , até 10 mg / l

Superior a 0,5 mg /l em qualquer


OD Em qualquer amostra, não inferior a 5 mg / l Em qualquer amostra, não inferior a 4 mg / l
amostra.
Substâncias potencialmente prejudiciais
(teores máximos ) 0,5 mg / l 0,5 mg / l
Amônia 0,1 mg / l 0,1 mg / l
Arsênico 1,0 mg / l 1.0 mg / l
Bário 0,01 mg / l 0,01 mg / l
Cádmio 0,05 mg / l 0,05 mg / l
Cromo 0,02 mg / l 0,02 mg / l
Cianeto 1,0 mg / l 0,02 mg / l
Cobre 0,1 mg / l 0,1 mg / l
Chumbo até 1,0 mg / l
0,2 mg / l 0,2 mg / l
Estanho 0,001 mg / l 0,001 mg / l
Fenóis 1,4 mg / l 1,4 mg / l
Flúor 0,002 mg / l 0,002 mg / l
Mercúrio 10,0 mg / l de N 10,0 mg / l de N
Nitrato 1,0 mg / l de N 0,01 mg / l de N
Nitrito 0,01 mg / l 0,01 mg / l
Selênio 5,0 mg / l 5,0 mg / l
Zinco
* - No caso de não haver na região, meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice limite indicativo da existência de condições bacteriológicas relativamente boas, para o de contato
primário (balneabilidade), será de 5000 c.f. totais em mais de 80% de, pelo menos, 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês.
** - No caso de haver na região, meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o índice limite será de 20.000 coliformes totais por 100 ml em mais de, pelo menos, 5 amostras colhidas em
qualquer mês.
Monitoramento da Qualidade da água
¾ São determinados 33 parâmetros físicos, químicos e microbiológicos de
qualidade da água em análise de laboratório. Conama 20
¾ Desses 33 parâmetros, nove compõem o Índice da Qualidade das Águas
(IQA).
1. Oxigênio dissolvido (OD)
2. Demanda bioquímica de oxigênio (DBO)
• Demanda química de oxigênio (DQO)
3. Coliformes fecais
4. Temperatura da água
5. pH da água
Fatores sazonais como chuvas
6. Nitrogênio total
7. Fósforo total (vazões) e lançamentos poluidores

8. Sólidos totais devem ser levados em consideração.

9. Cor e Turbidêz
Oxigênio dissolvido (OD)
¾ Um dos parâmetros mais importantes para exame da qualidade da água.

¾ A concentração de oxigênio nas águas superficiais depende da qualidade


e tipo de matéria orgânica instáveis que a água contém.

¾ A quantidade de oxigênio que a água pode conter é pequena, devido á


sua baixa solubilidade (9,1 ml/L a 20°C).

¾ Águas de superfície, relativamente límpidas, apresentam-se saturadas de


oxigênio dissolvido, porém, este pode ser rapidamente consumido pela
demanda de oxigênio de esgotos domésticos.

OBSERVAÇÃO: A presença de oxigênio na água, especialmente em


companhia de dióxido de carbono (CO2), constitui-se em um significativo
fator a ser considerado na prevenção da corrosão de materiais ferrosos
(Canalizações e caldeiras).
Demanda Bioquímica de oxigênio (DBO)

¾ A formula mais utilizada para se medir a quantidade de matéria orgânica


presente é através da determinação da Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO).

¾ Essa determinação, padronizada pelos “Standard Methods for the


Examination of Water and Wastewater”, mede a quantidade de oxigênio
necessária para estabilizar biologicamente a matéria orgânica presente
numa amostra, após um tempo dado (tomado para efeito de comparação
em 5 dias) e a uma temperatura padrão (20 °C, para efeito de comparação).

¾ A quantidade de matéria orgânica presente – indicada pela determinação


da DBO – é importante para se conhecer o grau de poluição de uma água
residuária, para se dimensionar as estações de tratamento de esgotos e
medir a sua eficiência.

¾ Quanto maior o grau de poluição orgânica, maior a DBO do corpo d’água;


paralelamente, á medida que ocorre estabilização da matéria orgânica,
decresce a DBO.
Demanda química de oxigênio (DQO)

¾ A DQO corresponde à quantidade de oxigênio necessária para


oxidar a fração orgânica de uma amostra que seja oxidável pelo
permanganato ou dicromato de potássio em solução ácida.

¾ Uma das grandes vantagens da DQO sobre a DBO é que permite


respostas em tempo muito menor: 2 hs (método do dicromato).

¾ O teste da DQO engloba não somente a demanda de oxigênio


satisfeita biologicamente (como a DBO), mas tudo o que é
susceptível de demanda de oxigênio, em particular os sais minerais
oxidáveis.
Coliformes Fecais
¾ Os coliformes são bactérias que normalmente habitam os intestinos dos
animais superiores. A sua presença indica a possibilidade de
contaminação de água por esgotos domésticos. Contudo, nem toda
água que contenha coliformes é contaminada e, como tal, podem
veicular doenças de transmissão hídrica.

¾ O número de coliformes é expresso pelo número mais provável (NMP);


que representa a quantidade mais provável de coliformes existentes em
100 ml de água da amostra. O exame de coliformes é empregado para
o controle de sistemas de abastecimento de água, e assim determina a
eficiência do tratamento.
Sais Minerais
¾ São inúmeros os minerais possíveis de ocorrerem na água. O
Nitrogênio e o Fósforo dependendo de quantidade são importantes
porque são responsáveis pela alimentação de algas, vegetais
superiores e outros organismos aquáticos . Em dosagens elevadas
podem provocar sérios problemas sérios problemas, como proliferação
excessiva de algas, causando o fenômeno conhecido como
eutrofização (boa nutrição) de lagos e represas. Nesses casos a água
tem mau cheiro, gosto desagradável e ocorre morte generalizada de
peixes.
¾ Existem também minerais indesejáveis que podem ocorrer nas águas e
sua concentração vai limitar o uso. Por exemplo: Alumínio, Arsênio,
Bário, Berílio, Boro, Cádmio, Cobalto, Cobre, Cromo, Estanho, Lítio,
Mercúrio, etc... São produtos nocivos os metais pesados, óleos e
graxas, pesticidas e herbicidas.
Sólidos Totais

¾ Os sólidos presentes na água podem ser classificados em:

z sólidos dissolvidos, que são capazes de atravessar um papel de


fibra de vidro em cadinho;

z sólidos em suspensão, que são retidos pelo papel de fibra de


vidro.

¾ Os sólidos dissolvidos e em suspensão, por outro lado,


diferenciam-se em fixos, que são substâncias inorgânicas e
em voláteis, que compreendem a matéria orgânica e os
compostos transformáveis em vapor quando aquecidos a
600 °C.
Sólidos Totais (ST)

Sólidos Suspensos Totais (SST) Sólidos Dissolvidos Totais (SDT)

Sólidos Sólidos Sólidos Sólidos


Suspensos Suspensos Dissolvidos Dissolvidos
Voláteis (SSV) Fixos (SSF) Voláteis (SDV) Fixos (SDF)

Sólidos Voláteis Totais (SVT) Sólidos Fixos Totais (SFT)


Cor e turbidez
¾ A cor e a turbidez indicam de imediato, e aproximadamente, o estado
de deposição do efluente, ou sua “condição”.

¾ A tonalidade acinzentada da cor é típica do esgoto fresco. A cor preta é


típica do esgoto velho e de uma decomposição parcial. Os esgotos
podem, no entanto, apresentar qualquer outra cor, nos casos de
contribuição importante de despejos industriais, como por exemplo, dos
despejos de indústrias têxteis e de tintas.

¾ A turbidez não é usada como forma de controle do efluente, mas pode


ser medida para caracterizar a eficiência do tratamento secundário, uma
vez que pode ser relacionado à concentração de sólidos em suspensão.
Turbidímetro

10

15

20

50

100

200
Matéria Orgânica nos Corpos d'água
¾ A quantidade de matéria orgânica presente nos corpos d'água depende
de uma série de fatores incluindo todos os organismos que aí vivem, os
resíduos de plantas e animais carregados para as águas e também o
LIXO e os ESGOTOS nela jogados.

¾ Se a quantidade de matéria orgânica é muito grande a poluição das


águas é alta e uma série de processos vão ser alterados.

¾ Haverá muito alimento à disposição e conseqüentemente proliferação


dos seres vivos. Vai haver maior consumo de oxigênio que ocasionará a
diminuição de Oxigênio dissolvido provocando a mortalidade de peixes.

¾ Os principais componentes de matéria orgânica encontrados na água


são proteínas, aminoácidos, carboidratos, gorduras, além de uréia,
surfactantes e fenóis.
Microorganismos
¾ Os microorganismos desempenham diversas funções de fundamental
importância para a qualidade das águas.

¾ Participam das diversas transformações da matéria nos ciclos


biogeoquímicos como o do N, P, S, Hg, C e da água.

¾ Outro aspecto de grande relevância em termos de qualidade biológica


da água é a presença de agentes patogênicos e a transmissão de
doenças. A detecção dos agentes patogênicos, principalmente
bactérias, protozoários e vírus, em uma amostra de água é
extremamente difícil, em razão de suas baixas concentrações.

¾ Portanto, a determinação da potencialidade de um corpo d'água ser


portador de agentes causadores de doenças pode ser feita de forma
indireta, através dos organismos indicadores de contaminação FECAL
do grupo dos COLIFORMES.
Coliformes
¾ Os coliformes estão presentes em grandes quantidades nas fezes do
ser humano e dos animais de sangue quente.

¾ A presença de coliformes na água não representa, por si só, um perigo


à saúde, mas indica a possível presença de outros organismos
causadores de problemas à saúde.

¾ Os principais indicadores de contaminação fecal são as concentrações


de coliformes totais e coliformes fecais, expressa em número de
organismos por 100 ml de água. De modo geral, nas águas para
abastecimento o limite de Coliformes Fecais legalmente tolerável não
deve ultrapassar 4.000 coliformes fecais em 100 ml de água em 80%
das amostras colhidas em qualquer período do ano.
Doenças relacionadas as águas

¾ Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) cerca de


80% de todas as doenças que se alastram nos países em
desenvolvimento são provenientes da água de má
qualidade.
Doenças por ingestão de água contaminada:

¾ Cólera

¾ Disenteria amebiana

¾ Disenteria bacilar

¾ Febre tifóide e paratifóide

¾ Gastrenterite

¾ Giardise

¾ Hepatite B

¾ Leptospirose

¾ Paralisia infantil

¾ Salmonelose
Doenças por contato com água contaminada

¾ Escabiose (doença parasitária cutânea conhecida como Sarna)

¾ Tracoma (mais freqüente nas zonas rurais) - oftálmica

¾ Verminoses, tendo a água como um estágio do ciclo

¾ Esquistossomose
Doenças por meio de insetos que se
desenvolvem na água
¾ Dengue

¾ Febre Amarela

¾ Filariose – Filaríase ou Elefantíase

¾ Malária
Contaminantes da água

¾ Os contaminantes da água podem ser:

z Biológicos - a água é um excelente meio para o crescimento


microbiano.

z Dissolvidos - fazendo parte de sua composição química.

z Em suspensão - fazendo parte da composição física: sedimentos,


partículas, areia, barro, etc.
Formas de contaminação da água
¾ Uso de fertilizantes, inseticidas, nitratos, herbicidas e fungicidas utilizados nas
plantações e que se infiltram na terra, atingindo os mananciais subterrâneos.

¾ Lixo e detrito que são jogados nos rios e lagos.

¾ Produtos derivados de petróleo que vazam e são arrastados pela água da


chuva.

¾ Restos de animais mortos.

¾ Chuva ácida.

¾ Detergentes, desinfetantes, solventes e metais pesados, águas de


limpeza, transbordos de tanques, material orgânico ou inorgânico,
etc.; que são descarregados nos efluentes de pelas indústrias.
Inclusive as de Alimentos.
Problemas mais comuns com a água
¾ TURBIDEZ - A turbidez é a presença de partículas de sujeira, barro e
areia, que retiram o aspecto cristalino da água, deixando-a com uma
aparência túrbida e opaca.

¾ GOSTOS E CHEIROS ESTRANHOS - Gostos e cheiros indesejáveis,


como de bolor, de terra ou de peixe, são causados pela presença de
algas, húmus e outros detritos que naturalmente estão presentes nas
fontes de água como rios e lagos.

¾ COR ESTRANHA - A presença de ferro e cobre pode deixá-la


amarronzada. Além do aspecto visual, essa água pode manchar pias e
sanitários. A água que causa manchas pretas possui partículas de
manganês.
Problemas mais comuns com a água
¾ CHEIRO DE OVO PODRE - Este cheiro é causado pela presença de
hidrogênio sulfídrico, produzido por bactérias que se encontram em
poços profundos e fontes de águas estagnadas por longos períodos.

¾ GOSTO DE FERRUGEM/GOSTO METÁLICO - O excesso de ferro e de


outros metais alteram o sabor e aparência da água. O sabor da água
pode apresentar-se metálico, mesmo que visualmente a coloração
esteja normal, pois a coloração enferrujada só aparece depois de
alguns minutos em contato com o ar.

¾ GOSTO E CHEIRO DE CLORO - O cloro é usado pelas estações de


tratamento para desinfetar a água. Porém, a presença de cloro
prejudica o sabor e o cheiro da água que vai ser utilizada para beber ou
na culinária em geral.
Relações Importantes ao
Tratamento de Efluentes
Líquidos
Indicação de Tratamento Biológico ou
Físico–químico

¾ DBO/DQO > 0,6 Tratamento por processo biológico;

¾ 0,2 < DBO/DQO < 0,6 Tratamento biológico possível;

¾ DBO/DQO < 0,2 Tratamento biológico muito difícil


Indicação da necessidade de
desarenador

A concentração de SSF (Sólidos Suspensos Fixos)

fornece a estimativa grosseira da concentração de

partículas inertes (por exemplo, a areia) podendo ser

utilizada, na ausência de dados mais precisos, no

projeto de certas unidades destinadas a remover

essas partículas.
Indicação de alta salinidade

Concentrações elevadas de sólidos dissolvidos fixos

(SDF) em comparação com sólidos dissolvidos voláteis

(SDV) indicam água residuária com alta salinidade e a

provável necessidade de tratamento físico-químico, uma

vez que esses sais não são efetivamente removidos em

processos biológicos.
Indicação de processo biológico aeróbio
ou anaeróbio
¾ As relações nutricionais entre carbono, nitrogênio e fósforo
são de extrema importância como verificação prévia da
necessidade de se adicionar nutrientes à água residuária a
ser tratada por processo biológico.

¾ Processos aeróbios: DBO:N:P de 100:5:1.

¾ Processos anaeróbios: DQO:N:P de 500:5:1


Indicação da necessidade de decantador
primário

A presença de Sólidos Sedimentáveis é indicativa da

necessidade de unidade de sedimentação antecedendo

as unidades de tratamento biológico convencionais

aeróbias, ou os reatores anaeróbios, principalmente se

o teor de SSF é elevado.


Indicação da necessidade de caixa de
gordura

Em geral, concentrações de óleos e graxas superiores a

50 mg/l são consideradas elevadas, podendo prejudicar

o tratamento biológico.
Etapas do Tratamento de Efluentes Líquidos

“O grau de tratamento de um determinado


efluente sempre será função da qualidade do
corpo receptor e das características
necessárias para o uso da água a jusante do
ponto de lançamento, da capacidade de
autodepuração e diluição do corpo d’água, da
Legislação Ambiental e das conseqüências do
lançamento destes efluentes.”
Classificação dos Tratamentos Quanto a
Natureza do Tratamento
Classificação do Tipo de Tratamento pela
Ordem e Localização do Tratamento

¾ Preliminar

¾ Primário

¾ Secundário

¾ Terciário
Tratamento Preliminar

Pré-tratamento destinado à remoção de


sólidos e à equalização de caudais e
concentrações;
Tratamento Primário

Tratamento mecânico e físico-químico


que remove cerca de 35% da poluição
existente na água;
Tratamento secundário

Tratamento biológico que remove entre


80% a 90% da poluição;
Tratamento Terciário

Tratamento de afinação ou acabamentos

No Brasil pouco utilizado


Esquema Simplificado de Uma ETAR
Tratamento Preliminar

¾ Equalização/Correção do pH

¾ Grades ou desintegradores;

¾ Caixas de areia ou desarenadores;

¾ Tanques de remoção de óleos e graxas (Caixas de Gorduras);

¾ Aeração preliminar;

¾ Tratamento dos gases.


Tratamento Primário

¾ Além das operações preliminares;

¾ Decantação primária;

¾ Precipitação química (Floculação);

¾ Digestão dos lodos;

¾ Disposição sobre o terreno, incineração ou retirada dos


lodos resultantes;

¾ Desinfecção;

¾ Filtros grosseiros.
Tratamento Secundário ou Biológico

¾ Filtração biológica aeróbia;

¾ Filtração biológica anaeróbia;

¾ Lodos ativados;

¾ Reatores anaeróbios.
Tratamento Terciário
(Remoção de Nutrientes)

¾ Tratamento avançado (Complexação com Alumina;


Precipitação com sais de Fe e Al; adição de coagulantes e
cloração);

¾ Tratamento combinado.
Quadro 1 - Tipos de indústrias e respectivos sistemas de redução de carga poluidora.

TIPO DE INDÚSTRIA SISTEMA DE REDUÇÃO DA CARGA POLUIDORA E SUA DISPOSIÇÃO


1 - Conservas Peneiramento, lagoa, adsorção pelo solo ou irrigação por borrifo (difusão de gotas)

2- Laticínios Tratamento biológico, aeração, filtração biológica, tratamento por processos de lodos
ativados.
3 - Cervejarias e destilarias Recuperação de matéria prima, concentração por centrifugação e evaporação, filtro
biológico; uso em ração.
4. Carne Peneiramento, sedimentação e / ou flotação, filtração biológica.
5. Usinas de açúcar e álcool Utilização de restilo na lavoura, como adubo, tratamento em lagos de estabilização para
o restante dos resíduos líquidos, reuso.
6. Produtos farmacêuticos Evaporação e queima; uso em rações.
7. Levedura Digestão anaeróbica, filtro biológico.
8. Picles Bons métodos de trabalho, peneiramento, equalização.
9. Cozimento de arroz Coaquiação com cal.
10. Têxteis Neutralização, precipitação química, tratamento biológico, aeração e / ou filtração
biológica.
11. Curtume Equalização, sedimentação e tratamento biológico.
12. Lavanderia Comercial Neutralização, precipitação química, flotação e adsorção.
13. Amido de milho Equalização, filtração biológica.
14. Explosivos Neutralização, precipitação química, tratamento biológico, aeração, cloração do TN.

15. Inseticidas Diluição, armazenagem, adsorção por carvão ativado, cloração alcalina.
16. Fosfato e fosforoso Tratamento em lagoas de estabilização, clarificação mecânica, coagulação mecânica,
coagulação e sedimentação de resíduo purificado.
17. Formaldeído Filtração biológica, adsorção em carvão ativado.
18. Papel e celulose Sedimentação, tratamento em lagoa de oxidação, tratamento biológico, aeração e
recuperação de subprodutos.
19. Aço. Neutralização, recuperação e reuso coagulação química.
20. Produtos revestidos de metal Cloração alcalina de cianeto, redução e precipitação de cromo, precipitação de outros
metais com cal.
21. Produtos de fundição de ferro Peneiramento seletivo, secagem da areia recuperada.
22. Borracha Aeração, cloração, sulfonação, tratamento biológico.
Tratamento Preliminar e Primário

Equalização/Correção do pH
Objetivos Básicos da Equalização

¾ Minimizar as variações de vazão de despejos específicos,


de tal modo que haja uma vazão constante ou quase
constante para o tratamento posterior;

¾ Neutralizar os despejos;

¾ Minimizar as variações de concentração, como DBO, por


exemplo.
Aplicações da Equalização
¾ Anteriormente à descarga do despejo no corpo receptor: nesse caso
a correção do pH do despejo é imperativa, já que a vida aquática do
corpo receptor é bastante sensível ao pH do meio, o qual deve oscilar
em torno de 7,0 (6,8 a 7,2).

¾ Anteriormente à descarga do despejo no sistema coletor de esgotos


municipal: o pH do despejo descartado dessa forma é também
regulamentado em torno do valor 7,0. É sempre mais econômico
corrigir o pH de pequenos volumes de despejos industriais do que
grandes volumes de despejos combinados (municipal e industrial).

¾ Anteriormente ao tratamento químico ou biológico do despejo. Para


garantir uma boa atividade biológica, o pH no reator de lodo ativado,
deve estar na faixa de 6,8 a 7,2.
Equalizador do Tipo Calha
Tratamento Preliminar e Primário

Gradeamento
Grades

¾ São dispositivos constituídos por barras paralelas e


igualmente espaçadas que destinam-se a reter
sólidos grosseiros em suspensão e corpos
flutuantes.

¾ O gradeamento é a primeira unidade de uma


estação de tratamento de efluentes, sendo que
essa unidade, só não deve ser prevista, na
ausência total de sólidos grosseiros no efluente a
ser tratado.
Denominação das grades conforme o
espaçamento entre as barras

Denominação da Distância entre as


Grade Barras

Grade grosseira 4 – 10 cm

Grade média 2 – 4 cm

Grade fina 1 – 2 cm
Material Retido

¾ Condicionamento (lavados, secados,


adições de substâncias químicas)

¾ Incinerado;

¾ Aterro sanitário
Eficiência do sistema de gradeamento

t a = 20 mm a = 25 mm a = 30 mm

6 mm 75 % 80 % 83,4 %
8 mm 73 % 76,8 % 80,3 %
10 mm 67,7 % 72,8 % 77 %

13 mm 60 % 66,7 % 71,5 %

a: espaço entre as barras; t: espessura das barras;


Grade Mecanizada
Gradeamento Mecanizado
Tratamento Preliminar e Primário

Peneiramento
Peneiramento

¾ O peneiramento tem como objetivo principal, a


remoção de sólidos grosseiros com
granulometria maior que 0,25 mm. As peneiras
podem ser classificadas em estáticas e
rotativas. Estas devem ser usadas
principalmente, em sistemas de tratamento de
águas residuárias industriais, sendo que, em
muitos casos, os sólidos separados podem ser
reaproveitados.
Peneiramento

¾ Podem ser utilizadas anteriormente aos


Reatores Anaeróbios, já que estes
apresentam ótimo desempenho no
tratamento de efluentes líquidos, com
baixas concentrações de matéria
orgânica solúvel e particulada.
Peneiramento Estático

afluente

Sólidos retidos

Efluente

85
Peneiramento Estático Em Arco

alimentação

alimentação
sólidos

líquido descarte de
depurado sólidos
escoamento

86
Peneiras Rotativas
http://www.fh-nuernberg.de/tc/lab-aust/lim/abwasserkap4.pdf
sentido da rotação

escovas reguláveis

raspador

eliminação
dos sólidos
grosseiros

chapa
perfurada

entrada (conexão do tubo) aberturas de acesso


com tampas
a água depurada cai através
do piso aberto embocadura (vertedouro
em canal de queda)
87
Peneiras Rotativas

88
Peneira Rotativa

89
Tratamento Preliminar e
Primário

Caixas de Areia e Arenadores


Caixa de Areia e Desarenadores

¾ A caixa de areia (desarenadora) constitui um


compartimento onde a velocidade do líquido é
diminuída para permitir a sedimentação de
areia, mas não permitir a sedimentação de
matéria orgânica.

¾ A areia é removida semanalmente para evitar-se


abrasão nos equipamentos mecânicos e
sedimentação nos tubos e tanques.
Caixa de Areia e Desarenadores
¾ A caixa de areia é dividida em dois compartimentos.

¾ Quando se deseja efetuar a retirada da areia


sedimentada, desligam-se as bombas (no final de
semana), e a retirada do material sedimentado é
feita manualmente, devendo ser providenciada uma
pá adequada com dimensões do canal. O material
retirado deve ser colocado junto ao material retirado
das peneiras, para ser encaminhado ao aterro
sanitário.
Caixa de Areia

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