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Escola Secundária Fernando Lopes-Graça

Biologia 12º Ano


Exploração das potencialidades da Biosfera - III
Profª Luísa Madalena Pereira

MICROPROPAGAÇÃO VEGETATIVA

O êxito de uma cultura de células, tecidos ou órgãos depende do material biológico que é escolhido, meios nutritivos e
tratamentos que condicionam o crescimento e a diferenciação dos tecidos. As contaminações fúngicas e bacterianas são mais
frequentes em explantes derivados de plantas cultivadas no campo. Os tecidos meristemáticos são menos susceptíveis a
infecções. Dependendo da sua posição no caule, os gomes axilares podem desenvolver caules com folhas – gomos aéreos ou
brolhos com internos alongados -, extremidade dobrada em forma de ansa e apresentando pequenas brácteas em espiral – os
gomos basais subterrâneos. No entanto, qualquer gomo axilar pode desenvolver caule ou brolho em condições apropriadas. A
lixívia e o álcool degradam tecidos vivos, incluindo o tecido vegetal, pelo que a sua exposição não deve ser superior a 5 minutos.
Três semanas deverão ser suficientes para realizar a experiência e visualizar a regeneração. É possível ao fim de 3 semanas
abrir os frascos, cortar secções entre os nódulos da batateira e colocá-las em meio fresco, de modo a garantir uma regeneração
permanente dos explantes. No entanto, o tempo apresentado corresponde apenas a uma estimativa, pois depende do estádio de
desenvolvimento do material, da ausência de contaminações (afectam severamente a regeneração) e das condições usadas. Nas
primeiras semanas devem ser mantidas no escuro, mas na última semana podem ser colocadas em condições de luz fraca que
permitam o início da fotossíntese nos tecidos foliar (caso estes estejam perfeitamente desenvolvidos).

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QUESTÕES

1. Qual a importância de o meio possuir na sua composição sacarose?

2. Explique os resultados que obteve, tendo em conta as hormonas que usou.

3. Com base no número de contaminações, avalie as condições de assepsia em que trabalhou.

4. Que modificações proporia ao protocolo que realizou?


2
Meio MS

Existem diversas alternativas para preparar o Meio MS.

Pode-se pesar individualmente todos os sais que compõem o meio MS (macro e micronutrientes), optando-se por
preparar uma solução 100x ou 1000x concentrada, autoclavar e depois diluir para o meio final. É um processo
complexo pois o meio MS possui muitos sais diferentes. Também se pode adquirir o meio MS em pó, já misturado
(as quantidades a misturar dependem das indicações do fornecedor). Convém verificar se a mistura contém
vitaminas, pois facilitam o desenvolvimento vegetal.

A benziladenina, tal como as restantes hormonas, não pode ser adicionada no momento de preparação do meio
MS, pois degradar-se-ia durante a esterilização por calor húmido (autoclavagem). Estes compostos são termo-
sensíveis e apenas devem ser adicionados quando o meio se encontra autoclavado e próximo dos 55 a 60ºC. É
frequente as hormonas serem esterilizadas por filtração antes de serem adicionadas.

RECEITA MS

MACRONUTRIENTES
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Nitrato de amônio (NH4NO3)  1650,00 mg/l 
Nitrato de Potássio (KNO3) 1900,00 mg/l 
Sulfato de Magnésio Anidro (MgSO4) 180,70 mg/l 
Cloreto de Cálcio Anidro (Ca(Cl)2) 332,02 mg/l 
Fosfato Monobásico de Potássio (KH2PO4)  170,00 mg/l 
.

MICRONUTRIENTES

Sulfato Ferroso (FE SO4.7H2O) 27,80 mg/l 


EDTA  (Na2 EDTA)  37,26 mg/l 
Sulfato de Manganês (MnSO4.H2O) 16,90 mg/l 
Sulfato de Zinco (ZnSO4.7H2O) 8,60 mg/l 
Ácido Bórico (H3BO3)  6,20 mg/l 
Iodeto de Potássio (KI) 0,83 mg/l 
Molibidato Ácido de Sódio (NA2MoO4.2H2O) 0,250 mg/l 
Sulfato de Cobre (CuSO4.5H2O) 0,025 mg/l 
Cloreto de Cobalto (CoCl2.6H2O) 0,025 mg/l 
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ORGÂNICOS

Glicina 2,00 mg/l 


Inositol 100,00 mg/l
Niacina 0,50 mg/l
Piridoxina 0,50 mg/l 
Tiamina 0,10 mg/l 
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