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VIII OLIMPÍADA IBERO-

AMERICANA DE BIOLOGIA
7-13 de Setembro 2014
CIDADE DO MÉXICO-MÉXICO
EXAME TEÓRICO

EXAME PRÁTICO
FISIOLOGIA VEGETAL
TOTAL DE PONTOS: 80 PONTOS

DURAÇÃO: 75 MINUTOS

ESCREVA SEU CÓDIGO DE NUEVE DÍGITOS NO


SEGUINTE QUADRO

CÓDIGO DE ESTUDANTE
INTRODUÇÃO:

Conhecemos três rotas diferentes de fixação e redução do carbono nas plantas: a

rota de Calvin-Benson (fotossíntese C3), a rota de Hatch-Slack (fotossíntese C 4), e o

metabolismo ácido das crassuláceas (fotossíntese MAC ou, CAM em inglês).

Nesta última rota metabólica característica da família Crassulaceae, são formados

ácidos de 4 carbonos (málico ou aspártico) ao fixar o CO 2 em uma molécula de

fosfoenolpiruvato (PEP) durante a noite. Estes ácidos são acumulados no vacúolo para ser

posteriormente descarboxilados durante o dia, reduzindo o CO 2 liberado no ciclo de Calvin-

Benson dentro do cloroplasto (Fig. 1). O metabolismo CAM permite o acúmulo do CO 2 na

escuridão, quando os estomas de plantas xerófitas permanecem abertos para conservar

seu nível hídrico estável. Esta forma de incorporar o carbono é considerada produto de um

processo de adaptação destas espécies aos ambientes áridos.

Fig. 1. Fluxo do carbono nas plantas CAM. As flechas grossas indicam as reações que
ocorrem durante a noite. As flechas finas indicam as reações que ocorrem durante o dia.
OAA, oxalacetato; FEP, fosfoenolpiruvato; RBP, ribulose bifosfato; ácidos tricarboxílicos.
Objetivos:
1) Identificar os componentes celulares em cortes transversais de folhas.
2) Relacionar a anatomia foliar com o metabolismo fotossintético.
3) Relacionar as mudanças na acidez dos tecidos foliares com o metabolismo CAM.

Materiais:
 Folhas de sempre viva (Sedum praealtum) (uma por aluno), coletadas no dia
anterior 6 hrs (amostra A) e 16 hrs (amostra B). (forrar com papel alumínio e
refrigerar até realizar a prática).
 Canivete
 Recipiente para amassar
 Proveta 50mL
 2 pipetas Pasteur com bulbo
 4 recipientes de precipitação de 100mL
 Pipeta de 10mL
 Bureta
 Suporte e pinças para bureta
 Pisseta com água destilada
 Funil
 Papel filtro
 NaOH 0.01N
 Fenolftaleína
 Potenciômetro
 Microscópio ótico
 Preparações fixas de cortes de folha

Procedimento Seção 1.
1.- Observe as preparações no microscópio. Lembre-se de iniciar a observação com o
menor aumento e logo observar com o objetivo 40X.
Uma vez examinada cada preparação (A e B), realize as seguintes atividades:
P1: Identifique a qual Divisão pertence cada amostra, colocando a letra A ou B onde
corresponder (6 pontos)
Táxon Amostra A ó B
Magnoliopsida
Liliopsida

P2: Indique o tipo de metabolismo fotossintético das amostras A e B: (10 pontos)


Tipo de metabolismo Amostra A Amostra B
C3
C4
CAM

P3: Observe as seguintes figuras e relacione o número indicado com a estrutura


correspondente: (13 pontos)

1 3

5
4

6 7
8

10 9

11

12

13

Estrutura Número
Câmara subestomática
Célula da bainha
Célula do mesófilo
Cutícula
Epiderme da superfície inferior
Epiderme do feixe
Estoma
Floema C3
Floema C4
Parênquima paliçádico
Parênquima esponjoso
Xilema C3
Xilema C4

P4: A anatomia foliar se relaciona com o ambiente onde se desenvolve a planta e indica
seu metabolismo fotossintético. Considerando o anterior, indique com  o enunciado que
corresponde a cada uma das amostras observadas. (12 pontos)
Amostra A Amostra B
Segue a via fotossintética do ciclo de Calvin-Benson ou
metabolismo C3
Segue a via fotossintética do ciclo de Hatch-Slack o
metabolismo C4
Apresenta anatomia Kranz
A temperatura ideal para a fotossíntese se encontra entre
15 – 25 ºC
A temperatura ideal para a fotossíntese se encontra entre
30 – 45 ºC
Há separação espacial no processo de fixação de CO 2
Apresentam um ponto de compensação de CO 2 de 5 – 10
ppm
Apresentam um ponto de compensação de CO 2 de 10 –
100 ppm

P5: Indique com  o enunciado que corresponde ao tipo de metabolismo fotossintético. (12
pontos)
C3 C4 CAM
Fixam CO2 durante a noite
Fotorrespiração elevada
Ciclo de Calvin-Benson durante o dia
Alta produtividade agrícola
Maximizam o uso de água
PEP carboxilase responsável pela carboxilação inicial
RuBisCO responsável pela carboxilação inicial
Cana de açúcar e milho apresentam este metabolismo
Trigo e arroz apresentam este metabolismo
As cactáceas apresentam este tipo de metabolismo

Procedimento Seção 2.

1.- Pese 1g de cada amostra proporcionada (A e B), coletadas em diferentes horas do dia
(6 hrs e 16 hrs).
2.- Macere cada amostra com 30mL de metanol e filtre. Registre o pH do que foi macerado
com potenciômetro.
3.- Tire uma porção de 10mL e agregue 3 gotas de fenolftaleína com a pipeta Pasteur
4.- Coloque a solução de NaOH 0.01N na bureta para titular.
5.- Titule agregando na amostra o volume necessário de NaOH 0.01N.
6.- Calcule a acidez como porcentagem de ácido málico através da seguinte equação:
% de ácido málico = T  N  meq Ác. málico  V
PA
Onde:
T= mL de NaOH utilizados
N= normalidade da solução de NaOH (0.01)
meqÁc. málico = 0.067
V= Volume total da amostra (30 mL)
P= peso da amostra (1 g)
A= Volume da porção titulada (10 mL)

P6: Indique o valor de pH obtido e a porcentagem de ácido málico quantificado em cada


amostra. Com base nestes resultados, indique a que hora do dia foram coletadas as
amostras A e B. (15 puntos)
Amostra A Amostra B
pH
% de ácido málico
Hora de coleta

P7.Selecione a resposta correta para o seguinte enunciado: (12 pontos)


A amostra ___foi coletada às_____, porque apresenta um pH mais _______já
que os estomas no metabolismo CAM se_____durante a noite e pela manhã se
_________e o ácido málico se transforma em _____________.
a) A, 16 hrs, básico, fecham, CO2.
b) B, 16 hrs, ácido, abrem, piruvato.
c) B, 6 hrs, básico, fecham, CO2
d) A, 6 hrs, ácido, abrem, piruvato. 

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