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FOTOSSÍNTESE

A PLANTA CO2

CARBOIDRATOS

O2

H2O
INTRODUÇÃO
• Síntese de compostos orgânicos (C H 2 O)n a partir de
compostos inorgânicos simples (CO2 e H2O) na presença da
luz.
• Fonte de energia de todos os seres vivos (direta ou
indiretamente), onde a fonte primária de energia é o sol.
• Responsável pela manutenção da vida na terra: O2
• Equação Geral:
• LUZ
• CO2 + 2 H2O [ CH2O]n + H2O + O2 (G0 = 4,8 x 105 J)
• CLOROFILA
A CÉLULA VEGETAL
Plastos Componentes da célula
Origem citoplasmática por divisão de plastos pré-
existentes.
Cromoplastos: possuem pigmentos
• Cloroplastos: clorofila – verdes.
• Xantoplastos: xantofilas – amarelos.
• Eritroplastos: carotenos – alaranjados ou vermelhos.
Componentes da célula
Cloroplastos
•Responsável pela fotossíntese - Clorofila.
•Apresentam forma esférica ou ovalada.
•Organela envolvida por dupla membrana
pertencente ao grupo dos plastídios.
•Apresentam membranas interna e externa, e um terceiro
sistema de membranas, os tilacóides.
Componentes da célula
Leucoplastos: Sem pigmentos; podem armazenar
várias substâncias:

• Amiloplastos: Armazenam amido.


• Ex.: em tubérculos de batatinha inglesa (Solanum tuberosum).
• Proteinoplastos: Armazenam proteínas.
• Elaioplastos: Armazenam lipídios.
• Ex.: abacate (Persea americana).
CLOROPLASTOS
PIGMENTOS DOS
CLOROPLASTOS
ESPECTRO DE ABSORÇÃO
DOS PIGMETOS
FOTOSSINTÉTICOS
UNIDADES
FOTOSSINTÉTICAS
• Moléculas de Clorofilas que atuam agrupadas;

• Unidades fotossintéticas são grupos de pigmentos que utilizam a


transferência de energia de excitação;

• Estrutura: ANTENA, CENTRO DE REAÇÃO;


• Existem duas unidades fotossintéticas: FOTOSSISTEMA I e
FOTOSSISTEMA II;

• Eles funcionam em série, absorvem luz e transferem elétrons um


para o outro, através de reações químicas (reações de óxido-
redução).

PROCESSOS
FOTOSSINTÉTICOS
• A) PROCESSO FOTOQUÍMICO.
• B) PROCESSO DIFUSIVO.
• C) PROCESSO BIOQUÍMICO.

A) PROCESSO FOTOQUÍMICO: Energia


luminosa → Energia Química
 Ocorre nos Grana (membranas dos
tilacóides) dos cloroplastos.
Figura 3: A fotossíntese é um processo complexo que ocorre em duas
etapas interdependentes. Na etapa fotoquímica, a energia dos fótons
de luz é transformada em ATP e NADPH nas membranas dos
tilacóides. Essas moléculas ricas em energia são necessárias para
colocar em movimento as reações bioquímicas que transformam o CO2
em carboidratos no estroma dos cloroplastos.
Reações luminosas
No cloroplasto, as clorofilas e os outros pigmentos estão inseridos nos
tilacóides em unidades discretas de organização designadas
fotossistemas.Cada fotossistema inclui um conjunto de 250 a 400 moléculas e
consiste em dois componentes intimamente associados: um complexo antena e
um centro de reação.

O complexo antena inclui


moléculas de pigmentos
(clorofilas e carotenóides)
que captam e canalizam
energia para o centro de
reação.A energia é
canalizada por ressonância
indutiva até ao centro de
reação.
Nas reações luminosas os elétrons passam da água para o fotossistema II,
deste para o fotossistema I, e finalmente vão reduzir o NADP+a NADPH
(fluxo não cíclico de elétrons).

Fotólise: oxidação da água dependente da luz.


O tradicional esquema Z representando o fluxo fotossintético de
elétron. Este diagrama associa os carreadores de elétron do
sistema fotoquímico aos seus respectivos potenciais redox e
níveis de energia.
Dois fótons
precisam ser
absorvidos pelo
fotossistema II e
dois pelo
fotossistema I
seqüencialmente
para reduzir uma
molécula de
NADP+a NADPH.
Modelo esquemático das membranas dos tilacóides mostrando o
acoplamento entre o transporte fotossintético de elétrons e a
fotofosforilação. A energia armazenada no gradiente de prótons,
gerando pelo fluxo fotossintético de elétrons, é utilizada pela
ATP sintase para a formação de ATP a partir de ADP e Pi
(fosfato inorgânico).
B) PROCESSO DIFUSIVO: é a difusão do
CO2 do ar para o interior dos cloroplastos das
folhas.

• [ CO2 ]ar

[ CO2 ]
clorop
Figura 6: Esquema de corte transversal de uma folha típica de espécie
C4 mostrando a sua estrutura anatômica e as trocas gasosas que
influenciam a fotossíntese e o balanço hídrico das plantas. O gás
dióxido de carbono (CO2) e o vapor d’água (H2OV) difundem-se,
através da aberturados estômatos, em sentidos opostos.
Fotossíntese
• PROCESSO BIOQUÍMICO: Energia
química produzida pelo processo
fotoquímico ( ATP e NADPH + H+ )
é utilizada para incorporar o CO2
atmosférico.
ETAPA BIOQUÍMICA DA FOTOSSÍNTESE / FIXAÇÃO DO CO2 /
METABOLISMO DO CARBONO

Plantas CICLO CICLO CICLO


C3 Plantas C4 Plantas CAM
C3 C4 CAM/MAC
Ciclo de Calvin

Melvin Calvin e Andrew Benson

✓ 1946 e 1953, uma série de investigações;

✓ Chlorella-Alga verde;

✓ Rota de fixação do carbono;


FASE BIOQUÍMICA DA FOTOSSÍNTESE

Fotossíntese 2x1011toneladas de matéria orgânica/Ano

METABOLISMO FOTOSSINTÉTICO DO
CARBONO

1ª FASE
ATP + NADPH
2ª FASE
CO2
RuBisCO

ribulose-1,5-bisfosfato carboxilase oxigenase

➢ Enzima e proteína mais abundante nas plantas;

➢ Ela corresponde mais de 40% do total de


proteínas solúveis da maioria das folhas;

➢ Compreende mais de 16% das proteínas totais dos


cloroplastos.
FORMAÇÃO DE MOLÉCULAS ORGÂNICAS

Baixa eficiência de Carboxilação

Proteína abundante
Carboidratos
Reação de
RUBISCO Reações bioquímicas Proteínas
fixação de CO2
Lipídeos
Ribulose bisfosfato
carboxilase/oxidase

Catalisa a OXIGENAÇÃO e a CARBOXILAÇÃO


do seu substrato Sustentação de plantas
e dos seres vivos

Ribulose-1,5-bisfosfato
(RuBP)
RUBISCO

Operam em sentidos opostos

A velocidade relativa desses dois ciclos determina o ganho líquido de carboidratos

As taxas relativas entre a via C3 e via C2 dependem de fatores que influenciam a concentração
relativa entre CO2 e O2
PROCESSO EVOLUTIVO

Estratégias para minimizar ou suprimir a via C2 FOTORRESPIRAÇÃO

Evolução de mecanismos concentradores de CO2:

Metabolismo C4

Metabolismo ácido das crassuláceas (MAC ou CAM)


“Bombeamento”
Concentram CO2 no sítio ativo da rubisco bioquímico de
CO2

PLANTAS C3 PLANTAS C4 PLANTAS CAM

CICLO CICLO CICLO


C3 C4 CAM
Ciclo
CICLO DE CALVIN-BENSON
C3

Assimilação de carbono em
Envolve 13 reações organizadas de um modo cíclico
todos os organismos vivos

PLANTAS C3

85% das angiospermas,


maioria das gimnospermas
e pteridófitas, todas as
briófitas e algas.

Ocorre no estroma dos cloroplasto


ETAPAS DO CICLO C3

Carboxilação, redução e regeneração

1ª - Carboxilação
ETAPAS DO CICLO C3

2ª - Redução

3PGA + ATP Glicerato-1,3-bisfosfato + ADP + Pi


fosfato glicerato
quinase

Glicerato-1,3-bisfosfato + NADPH 3PGald + NADP+ + Pi


gliceraldeído-3-
fosfato desidrogenase
Triose-fosfato
isomerase Trioses- fosfato

Diidroxiacetona-fosfato
(DHAP)
ETAPAS DO CICLO C3

3ª - Regeneração

Reações enzimáticas Ribulose-1,5-


Trioses- fosfato açúcares-fosfato
bisfosfato
2C, 4C, 5C, 6C e 7C (RuBP)

Composto Composto
final inicial

Operação
ATP ADP + Pi autocatalítica

Velocidade de Capacidade de
regeneração fixação do CO2
3 ADP+Pi Ribulose Ciclo de Calvin-Benson
1,5 (C3)
bisfosfato
3 ATP (3)
(1) Frutose 1,6 bisfosfato 2 [3-Fosfoglicerato]
fosfatase
Ribose 5 (2) Transcetolase 6 ATP
fosfato
D Frutose 1,6 6 ADP+6 Pi
bifosfato
C Eritrose 4 fosfato
B Sedoheptulose 1,7
bifosfato 1,3 bifosfoglicerato
A Xilulose 5 fosfato
Trioses Fosfato 6 NADPH
Isomerase
6 NADP+
(Dihidroxiacetona 3 Fosfato) 3 H2CO3-+5H2O+6NADPH+9ATP
Sacarose (vai p/ citoplasma)
Gliceraldeíd
Gliceraldeido 3-Fosfato+6NADP++9ADP+8Pi
Amido (Armazenado no cloroplasto o
3 Fosfato
BALANÇO ENERGÉTICO DO CICLO C3

Fase redutiva

1 molécula de CO2 3ATP + 2NADPH 2AT 2NADP


P H

1ATP
Fase regenerativa

1 molécula de TRIOSE-P 3CO2 + 9ATP + 6 NADPH

1 molécula de GLICOSE 6CO2 + 18 ATP + 12 NADPH


REGULAÇÃO DA RUBISCO PELA LUZ

Rubisc Rubisc Rubisc Rubisc


o H+ o H+ o Mg2 o
CO2 +
Lyz Lyz Lyz Lyz
H+ H+ Mg2
NH3 NH2 NH + NH
+
COO- COO-
Luz: pH (7 8) e [Mg2+] no estrona Ativação da Rubisco. Mg2
+
Luz: Bombeia H+ do estroma para o lume dos tilacoides e, em troca, Ativo
ocorre saída de Mg2+ para o estroma.

Noite: Açúcares-P, como o carboxiarabinitol-1-P em algumas plantas,


liga-se à Rubisco, inativando-a.
Obs.: Na luz a atividade da Rubisco retira estes açúcares, reativando
a Rubisco
RUBISCO RUBISCO RUBISCO

2H+
NH2 NH NH

CO2 COO- COO-

Mg2+

Estroma pH=8,0
H+
Lúmen pH=5,0

Mg2+
INATIVA ATIVA
Mg2+
C02

RUBISCO H+ RUBISCO H+ RUBISCO RUBISCO

Lis Lis Lis Lis

NH2 NH NH NH

COO- COO-

Mg2+
Síntese de Sacarose e Amido
• A sacarose é a principal forma de carboidrato que é translocada na planta, via
floema.

• O amido é um carboidrato insolúvel, de reserva, presente em quase todas as


plantas.

• A síntese de amido ocorre no cloroplasto e se dá pela formação via ADP-glicose

• A síntese de sacarose, ocorre no citosol e se dá pela formação de UDP-glicose que


se combina com frutose-6-fosfato e produz a sacarose-6-fosfato. Esta
última é convertida para sacarose por ação de uma fosfatase.
Tanto a sacarose como o amido são gerados a partir da
triose-fosfato gerada no ciclo de Calvin.
Ciclo de Calvin: apenas 1/6 da triose-fosfato é utilizada na produção de sacarose e
amido

Inicio do dia → Luz → > parte das trioses-fosfato são mantidas dentro do ciclo
(acúmulo da conc. adequada);

• 5/6 das trioses-fosfato é utilizada para regeneração da Ribulose-1,5-bifosfato (RuBP);

• 1/6 das trioses-fosfato é exportada ao citosol para a síntese de sacarose ou é mantida no


cloroplasto para a síntese de amido.
A síntese de amido e sacarose são
competitivas
• Depende:
• → Concentração de ortofosfato ou fósforo inorgânico (Pi) (↑ no citosol inibibe
a síntese de sacarose);
• → Concentração de triose-fosfato (↓ no citosol inibibe a
síntese de sacarose);
• → Transportador Pi/triose-fosfato (antiporte)
Síntese de Amido e Sacarose
PLANTAS C3 –CAM FACULTATIVAS

Ananas comosus
Gusmania
BALANÇO ENERGÉTICO DO CICLO C3

Fase redutiva

1 molécula de CO2 3ATP + 2NADPH


2ATP 2NADPH

1ATP
Fase regenerativa

1 molécula de TRIOSE-P 3CO2 + 9ATP + 6 NADPH

1 molécula de GLICOSE 6CO2 + 18 ATP + 12 NADPH


FOTORRESPIRAÇÃO:
• CONCEITO: O fenômeno da liberação de CO2 estimulado pela luz,
funcionalmente e metabolicamente ligado a fotossíntese.

RESPIRAÇÃO EM ÓRGÃOS ILUMINADOS (FOLHAS):

• A) Respiração normal que ocorre em todas as células e denominamos


de RESPIRAÇÃO ESCURA.
• B) Respiração Adicional, que é mais rápida e conhecida como
FOTORRESPIRAÇÃO, e é induzida pela luz.

Os dois processos são espacialmente separados dentro das células; a


respiração escura ocorrendo no citoplasma e mitocôndrio; e a
Fotorrespiração ocorrendo nos cloroplastos, peroxissomos e mitocôndrio
de uma maneira cooperativa.
• A FOTORRESPIRAÇÃO, é estimulada por três
fatores adicionais além da alta intensidade
luminosa: altos níveis de O2 , baixos níveis de
CO2 e altas temperaturas. Portanto, a

FOTORRESPIRAÇÃO é estimulada por:

1. ALTA DENSIDADE DE FLUXO RADIANTE


(LUZ)
2. ALTOS NÍVEIS DE OXIGÊNIO (O2)
3. ALTAS TEMPERATURAS (ºC)
4. BAIXOS NÍVEIS DE GÁS CARBÔNICO
(CO2)
CICLO C2 FOTORRESPIRAÇÃO

Respiração na presença de luz

Rubisco oxidase
Ribulose 1,5-bisfosfato + O2 2-fosfoglicolato + 3-fosfoglicerato
CLOROPLASTOS

PEROXISSOMOS
CICLO C2 CICLO C3
MITOCÔNDRIAS

A assimilação de CO2 é inibida pelo O2 [O2] Taxa fotossintética

[CO2]= 0,036% Proporção


T moderadas
(20 a 25°C) carboxilase/oxidase
[O2 ]= 21% 3:1

Reduz a fotorrespiração
FATORES QUE AFETAM A TAXA DE
FOTORRESPIRAÇÃO

INTENSIDADE LUMINOSA
Redução da assimilação
TEMPERATURA FOLIAR – Solubilidade de CO2
líquida do C – 20 a 50%
RAZÃO O2 /CO2– Fixação do C
CLOROPLASTOS PEROXISSOMO MITOCÔNDRIA

Glicolato Serina-GAT
1,5 RUBP

CO
Glicolato- P GLY

H2 O
(2C)

2
GLY Descarboxilase

FAD+ FADH2 O2
+

CH2-THF
Glicolato
Fosfatase

O2

Oxidase
GLY

Catalase
Pi NAD+ NADH
Ciclo C3

Glicolato THF
Glioxalato
2H2O2
Glu- GAT GLY

NH3
3PGA
NH3
Glicerato

Serina Hidrometil
Glicerato
NAD+ NADH

α- Cetoglutarato

Transferase
Hidroxipiruvato
2(3PGA)

Cinase do

ATP
Redutase
PGA

NAD+

Mg2+
ADP Glutamato

3PGA Glutamato
OH-Piruvato Serina Serina
Serina Hidroxipiruvato
NH4+ Gln 2glut
Aminotransferase
BALANÇO DO FLUXO DE
CARBONO NA FOLHA
CICLO DE HATCH & SLACK
(CICLO C4).
• As plantas C4 apresentam anatomia foliar com
“SÍNDROME DE KRANS” (CÉLULAS DA BAINHA
DO FEIXE VASCULAR + CÉLULAS DO MESÓFILO).
• As plantas C4 são adaptadas:
• a) A grandes extremos de intensidade de luz.
• b) Grandes temperaturas.
• c) Secas.
• d) O CO2 apresenta maior afinidade pela enzima PEP-
carboxilase (PEP-case) que a enzima RUBP-carboxilase
(RUBISCO) do ciclo de Calvim.
• As espécies C4 estão agrupadas taxonomicamente
dentro de várias famílias e gêneros, conforme descrição
feita por Downton (1975). Tabela a seguir:
MECANISMO C4 - HATCH & SLACK

FOTORRESPIRAÇÃO NÃO DETECTADA Mecanismos especiais de acumulação de CO2

Reação de oxigenase suprimida

PLANTAS C4

2
Carboxilação Descarboxilação
etapas ❖ > 1% angiospermas

❖ milho, soja e cana-de-açúcar


Células do mesófilo Células da bainha perivascular
❖ tiririca, capim-colchão e capim
arroz
Paredes espessas - reduzidas
perdas por difusão Irradiância e temperatura

Tolerância ao estresse hídrico


Conecção direta - plasmodermas

Anatomia do tipo Kranz


DICOTILEDÔNEAS:

FAMÍLIA GÊNERO NOME VULGAR


Aizoaceae Mollugo -
Amaranthaceae Althernanthera Carrapichinho
Amaranthaceae Amaranthus Caruru
MONOCOTILEDÔNEAS:
Amaranthaceae Gomphrena Perpértua
Euphorbiaceae Euphorbia Amendoim-bravo
Cyperaceae Cyperus Tiririca
Gramineae Andropogum Capim-rabo-de-burro
Gramineae Aristida Capim-barba-de-bode
Gramineae Echinochloa Capim-da-colônia
Gramineae Panicum Capim-colonião
Gramineae Saccharum officinarum Cana-de-açúcar
Gramineae Zea mays Milho
Gramineae Sorghum vulgare Sorgo
Cyperaceae Gomphrena Perpértua
Anatomia do tipo Kranz
ANATOMIA TIPO
KRANS:
CICLO C4

Requerimento energético: 1:5:2


C4
• Primeiros estudos com 14CO2 em folhas de :

Cana-de-açúcar Milho

70-80% do carbono marcado na forma de malato e/ou aspartato


(ácidos de 4C)
CICLO DAS
CRASSULÁCEAS (CICLO
CAM OU MAC).
• As crassuláceas, plantas suculentas (Famílias: Agavaceae,
Liliaceae, Bromeliáceae, Orchidaceae, Cactaceae e outras),
absorvem CO2 no escuro, com os estômatos abertos
durante a noite (Fotossíntese Noturna) e apresentam uma
produção diária de ácidos orgânicos (ácido málico). Suas
folhas apresentam poucos espaços intercelulares; cutículas
e paredes celulares espessas; estômatos especializados e
relação superfície/volume muito baixa. Isto é para
dificultar ao máximo a taxa de transpiração, pois essas
plantas são características de lugares secos.
MECANISMO MAC – METABOLISMO ÁCIDO DAS CRASSULÁCEAS

Concentrador de CO2 em resposta a aridez e a limitação de CO2 de plantas aquáticas

❖26 famílias de angiospermas


Plantas terrestres ❖38 espécies de pteridófitas aquáticas (gênero Isoetes) Flora aquáticas
8% ❖2 espécies de epífetas (Orquidáceas) 6%
❖1 família de gimnosperma
❖espécies de cactáceas e crassuláceas (exclusivamente)
❖Bromeliáceas

Fases
Luz azul
Carboxilação (noturna) Estômatos abertos Fixação do CO2-Ác.Málico

Descarboxilação (diurna) Estômatos fechados Descarboxilação Ciclo


C3
Eficiência no uso da água

Plantas CAM tem propriedade de se converter em plantas C3- espécies anfíbias e Bromeliáceas
OCORRÊNCIA DAS PLANTAS CAM

∼ 15 – 20 mil espécies
Mais de 30 famílias

LILIACEAE ASCLEPIADACEAE

ORCHIDACEAE

CRASSULACEAS
GIMNOSPERMA
BROMELIACEAE

CACTACEAE

Isoetes sp. Isoetes howellii

PTERIDÓFITA Welwitschia mirabilis


Rubisco ≠ PEPcase

Carboxilase e oxidase Carboxilase

Km (CO2) = 10 a 25 µM Km (HCO3-) = 8 µM

Requerimento energético = 1:3:2 Requerimento energético = 1:5:2

Ribulose-1,5-bisfosfato (RuBP) Ácido fosfoenol pirúvico-PEP

Plantas C3, C4 e CAM Plantas C4 e CAM


CARACTERÍSTICA
C3 C4 MAC
Anatomia da folha Apenas célula do Apresentam Célula do Células do mesófilo e
mesófilo mesófilo e célula da usualmente sem
bainha paliçádico definido
Enzima de carboxilação Rubisco (RubP-case) PEP-case e RubP-case Escuro: PEP-case
Luz: RubP-case
Requerimentos energéticos 1: 3 : 2 1: 5 : 2 1 : 6,5 : 2
(CO2:ATP:NADPH2)

Razão de Transpiração 450 - 950 250 - 350 50 - 55


(uso da água) (g de H2O / g
matéria seca)
Razão Clorofila a / clorofila 2,8 +/- 0,4 3,9 +/- 0,6 2,5 – 3,0
b
Ponto de compensação de 30 - 70 0 - 10 0 – 5 (no escuro)
CO2 (ppm)
Inibição da fotossíntese por Sim (fotorrespiração) Não Sim
21% de O2 atm.
Detecção da Sim Não (somente nas células Sim (difícil detectar)
Fotorrespiração da bainha)
Temperatura ótima para 15 – 25ºC 30 – 40ºC ~ 35 º C
Fotossíntese
Produção de Matéria Seca 22 +/- 0,3 39 +/- 17 Baixa e altamente
(Ton/ha/ano) variável
DESTINO DOS PRODUTOS DA FS
FATORES QUE INFLUÊNCIAM NA FOTOSSÍNTESE

FATORES EXTERNOS

LUZ; CO2; TEMPERATURA; ÁGUA E OXIGÊNIO

FATORES INTERNOS

IDADE DA FOLHA; ESTRUTURA DA FOLHA E ARQUITETURA FOLIAR

OUTROS

FERTILIDADE DO SOLO; USO DE PRODUTOS QUÍMICOS: INSETICIDAS E FUNGICIDAS


PRINCÍPIO DO FATOR
LIMITANTE
• Quando um processo é influenciado por DIVERSOS
FATORES que agem isoladamente, a velocidade do
processo fica limitada pelo fator que está em MENOR
intensidade
PONTO DE COMPENSAÇÃO
LUMINOSO:
• É a intensidade de luz onde a velocidade de fotossíntese é
igual velocidade de respiração. A planta produz e gasta a
mesma quantidade de carboidratos, não realiza trocas
gasosas com o meio, isto é, todo o O2 é gasto e todo CO2 é
gasto.
LUZ

• 1. INTENSIDADE DE LUZ:

 RELAÇÃO DIRETA: FS X INTENSIDADE


DE LUZ
FATORES EXTERNOS

INTENSIDADE LUMINOSA
PONTO DE SATURAÇÃO
LUMÍNICO:

• PLANTA DE SOMBRA X PLANTA DE SOL


(UMBRÓFILAS) (HELIÓFILAS)
FOTO-OXIDAÇÃO:
• a - Folhas desenvolvidas à sombra morrem quando levadas ao
sol (adaptação na fase de crescimento ou de diferenciação).

• b - Podas drásticas: "queimar" as folhas.

• c - Intensidades de luz altas exercem um efeito negativo sobre a


fotossíntese.

• d - Solarização: Foto-oxidação de constituintes celulares,


consumindo O2 e liberando CO2.

• e - Os carotenóides apresentam a função de proteção das


clorofilas contra a solarização.
PONTO DE COMPENSAÇÃO
LUMINOSO:
• É a intensidade de luz onde a velocidade de fotossíntese é
igual velocidade de respiração. A planta produz e gasta a
mesma quantidade de carboidratos, não realiza trocas
gasosas com o meio, isto é, todo o O2 é gasto e todo CO2 é
gasto.
QUALIDADE DA LUZ:

•  LUZ BRANCA: Violeta, azul, verde, amarela, laranja


e vermelha.

•  FOTOSSINTÉTICAMENTE ATIVAS: Azul e


vermelho.

•  Por que as folhas tem cor verde ?


DURAÇÃO DA LUZ.
Plantas são capazes de fazer fotossíntese por longos
períodos de luz sem decréscimos aparentes.

A produção de fotoassimilados é maior em um dia


de 14 horas do que em um dia de 12 horas
(FOTOPERÍODO).

Plantas de região ártica fazem fotossíntese durante


meses.
FATORES EXTERNOS

CONCENTRAÇÃO DE CO2

Com vento: A fotossíntese aumenta em torno de 20%

Fertilização artificial com CO2 em estufas ocorreu o aumento da produção em morangueiros

Desvantagens do efeito tóxico: diminui a fotossíntese

ÁGUA
Falta de água provoca diminuição da fotossíntese, principalmente pelo fechamentos dos
estômatos.

A desidratação do protoplasma por si só provocaria a redução da fotossíntese, principalmente


através de uma diminuição na permeabilidade ao CO2, no mesófilo da folha.

CONCENTRAÇÃO DE O2

Alta concentração FOTORRESPIRAÇÃO Baixa taxa


de oxigênio fotossintética
CONCENTRAÇÃO DE CO2
Sem vento: A fotossíntese decresce (maior
problema é em folhas largas e achatadas).
Com vento: A fotossíntese aumenta em torno de
20% (maior concentração de CO2 ao redor das
folhas).
Fertilização artificial com CO2 em estufas ocorreu
o aumento da produção em morangueiros. O
aumento ideal esta em torno de 0,1%, acima disso
provoca efeito tóxico.
Desvantagens do efeito tóxico: diminui a
fotossíntese por causa do fechamento dos estômatos
(acidificação do mesófilo).
TEMPERATURA
•  Dificuldade: Folha sujeita a insolação direta -
temperatura da folha x temperatura do ambiente ?

•  Limites de temperatura em plantas tropicais: + 6 ºC a


35 ºC.

•  No estudo do efeito da temperatura x fotossíntese,


considerar sempre os seguintes fatores:
• A) Fator tempo:
• B) Antagonismo respiração x fotossíntese
• TEMPERATURA FOTOSSÍNTESE RESPIRAÇÃO
• 20 ºC 100% 12%
• 48 ºC 0% 100%

•  Em condições de campo dificilmente a fotossíntese é


limitada diretamente pela temperatura. Efeitos indiretos, tais
como a seca provocada por condições de muito calor, são
mais comuns.
FATORES EXTERNOS

TEMPERATURA
ÁGUA
•  Falta de água provoca diminuição da fotossíntese,
principalmente pelo fechamentos dos estômatos, onde a
entrada de CO2 fica impedida. Estas deduções são acentuadas,
e a fotossíntese cessa no P.M.P.
•  A desidratação do protoplasma por si só provocaria a
redução da fotossíntese, principalmente através de uma
diminuição na permeabilidade ao CO2, no mesófilo da folha.
•  Em condições de campo, muitas plantas cessam a
fotossíntese nas horas mais quentes do dia, devido ao
fechamento estomático, provocado pelo aumento muito
grande da perda de água por transpiração, não compensado
pela taxa de absorção da água, fenômeno este chamado de
MURCHA TEMPORÁRIA.
F
O
T
O
S
S
Í
N
T
E
S
E
6 12 18
HORAS DO DIA
• Figura. Variação diária da fotossíntese em batateira, mostrando a
redução da fotossíntese ao redor das 12 horas (MURCHA
TEMPORÁRIA OU DÉFICIT DO MEIO DIA).
OXIGÊNIO
•  Em muitas plantas o aumento de concentração de oxigênio
diminui a taxa de fotossíntese líquida, provavelmente pelo
aumento na atividade fotorrespiratória.

•  A concentração atmosférica normal (21%) é suficientemente


alta para induzir uma diminuição na taxa fotossintética, quando
comparada com concentrações mais baixas deste gás, como
mostra a figura abaixo.

•  Outras espécies de plantas terrestres, como o milho, a cana


de açúcar e o sorgo, não apresentam este efeito.
FATORES INTERNOS

• 1. IDADE DAS FOLHAS:

– A fotossíntese aumenta até a maturidade das folhas ou um


pouco depois, a partir daí declina fortemente com a idade,
tanto em plantas perenes quanto as de ciclo curto.
FATORES INTERNOS

IDADE DA FOLHA

F
O
T
O
S
S
Í
N
T
E
S
E

JOVEM MADURA SENIL


FATORES INTERNOS

ESTRUTURA DAS FOLHAS

• Extensão do espaço intercelular.


• Proporção entre parênquima paliçádico e lacunoso.
• Tamanho, posição e eficiência dos estômatos.
• Espessura da cutícula.
• Distribuição e eficiência do sistema vascular.
• Manutenção da turgescência celular.

ARQUITETURA FOLIAR
ESTRUTURA DAS FOLHAS:
• A)Extensão do espaço intercelular.
• B)Proporção entre parênquima paliçádico e lacunoso.
• C)Tamanho, posição e eficiência dos estômatos.
• D)Espessura da cutícula.
• E)Distribuição e eficiência do sistema vascular.
• F)Folhas de sol e folhas de sombra.
• G)Manutenção da turgescência celular.
• H)Translocação dos fotoassimilados.
ARQUITETURA DAS FOLHAS:

• Por arquitetura foliar entende-se a sua disposição e ângulo de


inclinação que fazem com o solo. Arquitetura que permita
uma maior penetração de luz na cultura, de modo a evitar o
autossombreamento, aumenta a produção. A figura a seguir
mostra os quatros principais tipos de arquitetura foliar.
OUTROS FATORES

FUNGICIDAS E INSETICIDAS

Estes produtos químicos diminuem a taxa de fotossíntese por que provocam


"ENTUPIMENTO DOS ESTÔMATOS".
OUTROS FATORES
• A) FUNGICIDAS E INSETICIDAS:
• Estes produtos químicos diminuem a taxa de fotossíntese
por que provocam "ENTUPIMENTO DOS
ESTÔMATOS".
• B) FERTILIDADE DO SOLO:
• A falta de qualquer elemento essencial no solo alterará
indiretamente a atividade fotossintética. Deficiências de
certos elementos específicos, tais como N e Mg,
constituintes das clorofilas, e de Fe, essencial à sua
síntese, provocarão uma maior diminuição na
fotossíntese.
• Deficiência de N, Mg, Fe e S produzem diminuições na
fotossíntese antes mesmo do aparecimento dos sintomas
visuais.
OUTROS FATORES

FERTILIDADE DO SOLO

A falta de qualquer elemento essencial no solo alterará indiretamente


a atividade fotossintética. Deficiências de certos elementos específicos, tais
como N e Mg, CONSTITUINTES DAS CLOROFILAS, e de Fe, essencial à
sua SÍNTESE, provocarão uma maior diminuição na fotossíntese.
EFICIÊNCIA FOTOSSINTÉTICA

É a relação entre a energia química obtida na fotossíntese e a energia luminosa


disponível para a planta realizar o processo.

ENERGIA QUÍMICA OBTIDA (CARBOIDRATOS)


EF =
ENERGIA LUMINOSA DISPONÍVEL (h)

EF = 1% nos países de agricultura sub-desenvolvida


EF = 2,5% nos países desenvolvido

CAPTAÇÃO Aumentar o IAF da cultura - Superfície total de folhas/m2 de terreno


DE LUZ

INTRODUÇÃO DO CICLO C4 EM C3 Hibridação de plantas C3 x C4 - Ex. Atriplex

Se calcularmos a EF em relação a energia incidente, energia solar absorvida,


podemos encontrar até 7,3% em certas fases da cultura.
CONTEÚDO DE CLOROFILA:
• A quantidade deste pigmento pouca influência na
fotossíntese. Apenas quando a deficiência de
clorofila é muito severa, como CLOROSES bem
adiantadas, é que verifica diminuição na taxa de
fotossíntese.
PLANTAS QUE APRESENTAM
O CICLO C4.

• As plantas que possuem ciclo C4 têm diversas


características especiais, tais como: baixo ponto de
compensação de CO2 e ausência de fotorrespiração,
que as tornam muito mais eficientes
fotossinteticamente que outros tipos de plantas,
como as de metabolismo C3.
MANEIRAS PRÁTICAS DE SE
AUMENTAR A EFICIÊNCIA
FOTOSSINTÉTICA DE UMA
CULTURA
1. MELHORAR A CAPTAÇÃO DA LUZ:

Aumentar o índice de área foliar (IAF) da cultura - Superfície total


de folhas/m2 de terreno.
– DE QUE MANEIRA ?

• a) Espaçamentos mais estreitos - Evitar o


autossombreamento das plantas - Folhas no ponto ou
abaixo do ponto de compensação luminoso.

• b) Modificar a arquitetura foliar, isto é, modificar a


disposição das folhas na planta, de maneira que as folhas
superiores façam o mínimo de sombra para as inferiores,
permitindo, portanto, que inclusive as folhas basais se
encontrem acima do ponto de compensação luminoso.
2. INTRODUZIR-SE O CICLO C4 EM
PLANTAS COMERCIAIS:
DE QUE MANEIRA ?
Hibridação de plantas C3 x C4, poderia fornecer plantas de
interesses agrícolas com estas características desejáveis.
DIFICULDADES:
a) Difícil encontrar C4 com interesse agrícola que possam
fazer hibridação.
b) Impossível a transmissão genética dos caracteres
anatômicos.
EXEMPLO:
O gênero Atriplex, que tem em A.rosea uma planta C4 e A. patula
uma C3, tem mostrado ser impossível a transmissão dos
caracteres desejáveis de uma a outra espécie.
FUNÇÕES ENZIMAS

ENZIMA SUBSTRATO
Carboxilase (case) CO2
Oxidase (oxase) O2
Cinase (cnase) ATP
Desidrogenase (DHase) H2

CONSTANTE DE MICAELE
(KM)

C4 = 7 µM

C3 = 100 µM

Afinidade = 1/Km
OBRIGADO
CO2

CARBOIDRATOS
O2

H2O

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