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2.Objetivo
O objetivo deste trabalho é demonstrar a fabricação de três tipos de lingüiça, as matèrias-primas,
condimentos e aditivos utilizados, os processos de fabricação, embalagens e todos os cuidados
relativos á conservação e higiene que são necessários na produção de produtos cárneos.
3. Matérias-Primas Utilizadas
Cada uma das matérias-primas, condimentos e aditivos utilizados tem função na fabricação do
embutido, como está listado a seguir.
Proteína de soja: a proteína de soja é utilizada nas formas de PIS (proteína isolada de soja) e
PTS(proteína texturizada de soja). Tem a função de diminuir o custo da formulação, substituindo
parte da carne.A proteína de soja é comercializada seca, e para uso em lingüiças precisa ser
hidratada, normalmente em proporções de 1:3 água, no caso da PTS, e 1:6 água no caso de PIS,
com uso apenas em embutidos específicos, conforme autorização da legislação, a qual não permite
o uso em lingüiças Calabresa e Toscana.
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Água/gelo:tem a função de melhorar características sensoriais do produto, deixar mais suculento,
além de, se utilizada gelada, diminuir e manter a temperatura baixa da massa.Seguindo a
legislação é permitido a adição de 3% para lingüiças frescais e 10% para cozidas.
Cura: aditivo utilizado como conservador e para dar coloração avermelhada ao produto cárneo.
Constituída de sal de cozinha adicionado de nitrito e nitrato (conservadores);
Emulsificante:tem como função dar liga aos pedaços de carne, facilitando o corte do produto e
não deixando que este se esfarele; uso permitido apenas em embutidos cozidos.
Lactato de sódio:substância que tem certo efeito conservador, sendo usada quando se deseja
maior tempo de comercialização e estocagem do produto embutido. È um umectante.
Fixador de cor: tem como função manter a cor do produto, sendo normalmente utilizado
ascorbato de sódio que é a vitamina C.
O uso de embalagem á vácuo, é importante para melhor conservação dos produtos pois, além de
dar uma boa apresentação, a ausência de ar protege o produto de alterações por oxigênio, como
oxidação de gorduras e desenvolvimento de microrganismos aeròbios (que necessitam de oxigênio
para se desenvolver).
Para tanto é necessário uma máquina seladora á vácuo e embalagens plásticas especiais para
manter o vácuo, que possuem barreira ao ar (oxigênio). As mais comumente usadas são sacos tipo
Nylon/poiietileno ou PVdC (policloreto de vinilideno) termoencolhíveis.
5. LINGUIÇAS DEFUMADAS
As lingüiças defumadas se diferem pelo processo de fabricação, principalmente pela etapa de
defumação, dando características especiais ao produto.
Neste tópico descreveremos os procedimentos de fabricação das seguintes lingüiças: Lingüiça fina
defumada de suíno e Lingüiça calabresa defumada.
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5.1 LINGÜIÇA FINA DEFUMADA DE SUÍNO
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Paleta suína 74,55 11,180
Toucinho 18,00 2,700
Água/gelo 3,00 0,450
Sal 2,00 0,300
Cura 101 sai+nitrìto +nitrato 0,25 0,038
Glicose Mor-Rex 1940- Maltodextrina 1,00 0,150
Aroma de lingüiça de porco,defumada 0,50 0,075
Harmonix (glutamato monossódico +ptn veg hidrolisada) 0,50 0,075
Fixador de cor antioxidante A..I 0,25 0,038
TOTAL 100,00 15,000
6.LINGUIÇAS FRESCAIS
A lingüiça frescal requer um controle higiênico e sanitário bem rígido, principalmente da
matéria-prima e do processo de fabricação, visto que a mesma não sofre tratamento térmico, nem
defumação que são métodos que diminuem a carga microbiana nos produtos.
Neste tópico descreveremos os procedimentos de fabricação das seguintes lingüiças:
Lingüiça mista frescal; Lingüiça pura de pernil; Lingüiça Toscana (para churrasco); Lingüiça de
Frango; Lingüiça Calabresa;
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6.2 LINGÜIÇA PURA DE PERNIL
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Pernil suíno desossado 73,00 10,950
Toucinho: 20,00 3,000
Água/gelo: 3,00 0,450
Sal: 1,50 0,225
Cura 101 sal+nitrito+nitrito: 0,25 0,038
Glicose Mor-Rex 1940_Maltodextrina; 1,00 0,150
Condimento de lingüiça: 0,50 0,075
Harmonix (glut.monossódico+ptn veg hidrolisada: 0,50 0,075
Fixador de cor antioxidante A.I: 0,25 0,038
TOTAL: 100,00 15,00
Modo de preparo:
Moer as carnes e o toucinho. Juntar os outros ingredientes menos o antioxidante. Misturar bem,
juntar o antioxidante no final,misturar. Embutir dividindo os gomos de 12 a 15 cm. Pendurar em
temperatura ambiente por uma hora, em seguida transferir para a geladeira.
Modo de preparo
Picar a carne e o toucinho. Juntar os outros ingredientes menos o antioxidante, misturando bem.
Juntar o antioxidante e mexer mais um pouco.Embutir, dividir em gomos. Pendurar em temperatura
ambiente por uma hora, levar á geladeira.
7. LINGUIÇAS COZIDAS
7.1 LINGÜIÇA MISTA COZIDA
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Paleta bovina: 28,75 4,3l3
Paleta suína 29,00 4,350
Toucinho: 25,00 3,750
Proteína de soja hidratada: 3,00 0,450
Água/gelo: 10,00 1,500
Sal: 1,80 0,270
Cura 101 sal+nitrito+nitrato: 0,25 0,038
Glicose Mor-Rex 1940 Maltodextrina: 1,00 0,150
Aroma de lingüiça calabresa: 0,50 0,075
Emulsificante polifostafos EI 1: 0,25 0,038
Harmonix (glut.mon.+ ptn veg hid): 0,50 0,075
Alho 0,25 0,038
TOTAL 100,00 15,000
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8. LINGUIÇAS TÍPICAS
8.1. Alheiras de Valpaços
Defumação caseira
Levar ao forno com porta aberta, pendurada ou em assadeira por 10 minutos.
8.2. Codequim
Ingredientes
Modo de preparo
Cozinhar o couro em panela só com água, por 25 minutos. Moer ainda quente, passando duas vezes
pelo moedor. Reservar.
Moer as carnes, o toucinho, juntar o couro, os temperos e misturar bem. Embutir em tripas de boi.
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Defumação caseira
Levar ao forno penduradas ou em assadeira,com porta aberta por 30 minutos; em seguida cozinhar
com água a 85`C por 30 minutos, sem tampar a panela.
Defumação em fumeiro
Levar para a estufa sem fumaça por 12 horas.
-Lingüiça frescal
Por não passar pelo tratamento térmico segue-se com a embalagem e estocagem do produto.
Embalar á vácuo.
Guardar em ambiente refrigerado ou congelado.
_-Lingüiça Defumada
Defumar por aproximadamente 4 horas, seguindo o processo abaixo:
Etapas de cozimento e defumação:
30 min. a 55ºC,calor seco e com fumaça,
30 min. a 65ºC, calor seco e com fumaça,
elevar a temperatura para 80ºC, calor úmido (vapor direto) até atingir 72ºC no interior do
produto.
Completar o tempo de defumação a 60ºC, com calor seco e fumaça.
Para defumadores manuais manter a temperatura a 75ºC e a geração de fumaça por
aproximadamente 4 horas.
Embalar á vácuo.
Guardar em ambiente refrigerado.
_Lingüiça cozida
Cozimento efetuado em estufa, com cozimento com calor seco e calor úmido (vapor), sendo
seguido o processo:
Etapas de cozimento:
30 min a 55ºC, calor seco;
30 min a 65ºC, calor seco;
30 min a 75-80ºC, calor úmido,até atingir 72ºC de temperatura no interior do
produto.
Resfriar o produto.
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Embalar á vácuo.
Guardar em ambiente refrigerado.
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg R$/Kg R$
Carne bovina 38,00 5,700 2,60 14,820
Carne suína 38,00 5,700 2,60 14,820
Toucinho 17,89 2,648 0,90 2,415
Água gelada 3,00 0,450 0,01 0,005
Sal 1,80 0,270 0,34 0,092
Nitrito(cura) 0,25 0,038 1,20 0,045
Emulsificante 0,30 0,045 4,50 0,203
Fixador de cor (ascorbato) 0,25 0,038 3,00 0,113
Erva doce 0,01 0,002 6,00 0,009
Alho 0,10 0,015 4,00 0,060
Condimentos 0,40 0,060 3,43 0,206
TOTAl 100,00 15,00
Custo para 32,786
15.000 Kg
Custo(R$/Kg) 2,186
Rendimento após processo/cozimento (quebra 5%) 2,30
Embalagem 0,05
Insumos (energia elétrica, água, detergentes,óleo da caldeira) 0,10
Mão-de-obra direta 0,10
Custo administrativo 0,10
Depreciação de máquinas e equipamentos 0,05
TOTAL (R$/Kg): 2,70
Com lucro de 10% do fabricante 2,96
Preço de venda, com ICMS (15)%: 3,41
.
LINGÜIÇA DE CARNE SUÍNA
(Tipo Toscana)
Fórmula:
Carne suína 80,000 Kg
Toucinho ou papada 20,000 Kg
Ingredientes:
Sal refinado 1,200Kg
CURALIN 1,000Kg
Água/Gelo 3,000Kg
TEMPEREX “LP M5” 200 0,200Kg
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Modo de Preparar.
Utilizar carne resfriada (temperatura de refrigeração entre 0ºC a 3ºC).
Moer a carne juntamente com o toucinho utilizando no moedor disco com furos de 12 mm
de diâmetro.
Colocar a carne e o toucinho, após serem moídos, na misturadeira e adicionar os
ingredientes na seguinte ordem:
Adicionar e distribuir uniformemente o sal refinado previamente misturado com o
CURALIN sobre a massa e logo após a água da formulação.
1.Adicionar e distribuir uniformemente o TEMPEREX “LP M5” 200 sobre a massa.
2.Misturar até obter uma completa e homogenia absorção dos ingredientes pela massa.
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3.E por último adicionar e distribuir uniformemente o ADINOX sobre a massa e misturar até
obter uma boa e homogênea mistura.
4.Deixar a massa em câmaras de refrigeração entre 4ºC a 5ºC por 6 a 10 horas de descanso para
ocorrer a reação de cura.
Embutimento:
As tripas devem estar previamente lavadas (retirada do excesso de sal), hidratadas (antes
de usar deixar de molho em água fria por 3 a 4 horas) e higienizadas.
Colocar a massa na ensacadeira e embutir em tripa suína de 32 a 34 mm de diâmetro.
Amarrar a tripa em forma de gomos de 8 a 11 cm de comprimento. Embalar em sacos
plásticos, fechados á vácuo, e conservar armazenada em câmaras de congelamento (-
20ºC).
Nos pontos de venda armazenar á temperatura de refrigeração.
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Alguns produtos e seus respectivos tempos de defumação
PRODUTO TEMPO(horas)
Filé de peixe 3
Peixe inteiro 4a5
Bacon 4
Lingüiça Pura de Porco 3a4
Paio 5
Lombo, costela,frango,coelho,picanha 6
Presunto tenro 6
Copa 10
2. FUNÇÕES DA DEFUMAÇÃO
Efeito Conservante:
Secagem e desidratação superficial;
Efeito antimicrobiano de compostos fenólicos e formaldeidos, produzindo uma barreira
contra a penetração microbiana:
Ação antíoxidante em gorduras, retardando rancificação oxidativa e hidrólitica;
Efeito na Aparência:
Escurecimento superficial (cor castanho-dourada caracterítica);
Mudança na textura;
Efeito no Sabor:
Condições de temperatura, tempo, umidade, absorção da fumaça e tipo de madeira;
Quantidade de fumaça depositada e forma de produção.
Álcoois:
*pequeno efeito antimicrobiano.
Ácidos orgânicos:
*Ação antimicrobiana;
*coagulação das proteínas superficiais.
Hidrocarbonetos:
*Policiclos como benzopíreno e dibenzoantracino (indesejáveis pois são potencialmente
carcinogênicos).
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Gases:
*CO2 e CO são absorvidos, produzindo pigmentos vermelho-claros, carboximioglobina
e carbomonóxido;
*NO é o componente de maior importância.
5. FUMAÇA LÍQUIDA
Vantagens:
*Não necessita de gerador de fumaça;
*Composição da fumaça mais constante;
*Menor poluição atmosférica;
*Aplicação mais rápida:
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Para a obtenção desses resultados utiliza-se o equipamento POWRSMOKER MSP-100 e a
fumaça liquida natural SMOKEZ 1820 AM fabricados pela empresa americana RED ARROW e
distribuídos com exclusividade para o Brasil pela ADICON.
Conservantes
Empresa Nome comercial Composição
KRAKI Pó Húngaro Nitrito, Nitrato,Cloreto de Sódio
Duas Rodas Cura Nitrito,Nitrato, Cloreto de Sódio
EXATO Cura Nitrito,Nitrato, Cloreto de Sódio
Antioxidante
Empresa Nome Comercial Composição
KRAKI Fixador A-80, Fixamax Eritorbato, Ascorbato,vit.C
Duas Rodas Antioxidante Eritorbato, Ascorbato,vit.C
Adicon Red Fix, Redoxil Eritorbato, Ascorbato.vit.C
Estabilizante
Empresa Nome comercial Composiçaõ
KRAKI Krakoine Polifosfatos
Duas Rodas Estabilizante Polifosfatos
Adicon Adifos Polifosfatos
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Cura-Aditivo utilizado como conservador pois retardam ou impedem alterações dos alimentos
provocados por microrganismos e enzimas, e para dar coloração avermelhada ao produto cárneo.
Constituída de sal de cozinha adicionado de nitrito e nitrato (conservadores P.VIII E P.VII);
Fixador de cor-Tem como função manter a cor do produto, sendo normalmente utilizado ascorbato
de sódio (antioxidante. 1) que é a vitamina C. Retardam o aparecimento de alterações oxidantes nos
alimentos.
Emulsificante (Polifosfato)- Tem como função dar liga aos pedaços de carne, facilitando o corte do
produto e não deixando que este se esfarele;
Aumentam a capacidade de retenção de água da carne.
Código de Rotulagem: EI. IV. Polifosfatos
7.FABRICAÇÃO DE BACON
7.1. Preparo da carne e forma de aplicação do sal
MATÉRIAS-PRIMAS % kg
Água: 77,00 7,70
Sal: 15,00 1,50
Estabilizante polifosfatos: 2,00 0,20
Aroma de bacon ou cond.Naturais 2,00 0,20
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Sal de cura nitrito, nitrato e sal: 1,00 0,10
Açúcar: 1,00 0,10
Antioxidante: 1,00 0,10
Harmonix (glu.monosódico,proteína veg.hidrolisada): 1,00 0,10
TOTAL 100,00 10,00
Pendurar em varas:em um dos lados devem ser feitos furos pelos quais passam-se barbantes
resistentes, permitindo pendurar as peças de barriga suína em varetas, as quais são colocadas no
defumador;
Defumação:na defumação deve-se utilizar madeiras não resinosas, que deixem sabor agradável no
produto, sendo aconselhado madeiras como jacaré e outras madeiras duras. O ambiente de
defumação deve ser mantido a seco no início do processo, com temperatura de, pelo menos, 45ºC de
forma a permitir a formação de cor no produto. Em alguns casos pode ser desejável o cozimento
do produto, levando-se rapidamente a temperatura da estufa a 75ºC, por 15 a 30 minutos,
resfriando-se logo em seguida para 30ºC. Continua-se a defumação por mais 4 a 6 horas, a
frio.Desejando-se sabor intenso de fumaça, em alguns produtos caseiros, mantém-se a defumação
por até 2 dias.
Deve-se evitar temperaturas altas pois estas provocam derretimento de gordura e, assim, perda de
peso.
Formulação
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Carré de Porco (com osso) 87,00 17,40
Salmoura de absorção: 13,00 2,00
Total: 100,00 20,00
Salmoura
INGREDIENTES % Kg
Água: 83,00 8,30
Sal: 10,00 1,00
Cura: 1,20 0,12
Polifosfato: 1,50 0,15
Eritorbato: 1,00 0,10
Harmoniox: 1,00 0,10
Açúcar: 2,00 0,20
Pimenta do reino preta em preta 0,10 0,01
Zimbo triturada: 0,10 0,01
Manjerona em pó: 0,10 0,01
Total 100,00 10,00
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8.1. Procedimentos de fabricação
a. Preparo da salmoura
pesar os ingredientes de acordo com a formulação
adicionar o polifosfato á água até dissolver completamnte
adicionar sal, cura e outros aditivos.
colocar os condimentos dentro de parte da salmoura e
deixar ferver por 2 minutos
filtrar e acrescentar o líquido na salmoura
b. Preparo da carne
limpar a carne
padronizar os pedaços
c. Injeção da salmoura
injetar a salmoura na carne (10% de peso de carne)
d.Imersão na salmoura
imergir a carne na salmoura
deixar em imersão por 2 a 3 dias, em câmara frigorifíca
f.Processamento na estufa
Secagem 30min (Temp.55ºC)
Defumação 120min (Temp.70ºC)
Cozimento com vapor 30min (Temp.85ºC)
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10.1. Procedimentos de fabricação
Àpos a desossa, seleção e limpeza dos lombos, eles são pesados e injetados com salmoura
previamente preparada e resfriada. A injeção é feita ao nível de 13%, do produto final, ou seja 87%
é a matéria-prima e 13% salmoura.
O produto injetado é levado á câmara fria 4ºC para que seja curado durante 72 horas, tempo
suficiente para que a salmoura seja distribuída, e o produto desenvolva cor.
Depois de curado o produto é cozido e defumada em estufa, pendurado em ganchos de metal, de
acordo com as seguintes etapas:
-30 min. 55ºC, calor seco;
-30 min. 60ºC, calor úmido (vapor direto);
-30 min. 70ºC, calor úmido;
-80ºC, calor úmido, até atingir temperatura interna de 72ºC.
Defumação:
-1 hora 60ºC, calor seco.
Depois do lombo cozido defumado e resfriado, faz-se a embalagem á vácuo e mantém o produto
sob refrigeração.
Salmoura:
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Água: 83,95 8,395
Sal: 10,00 1,000
Sal de cura 1,20 0,120
Polifosfatos 1,50 0,150
Fixador 1,00 0,100
Pimenta branca 0,10 0,010
Alho em pó 0,10 0,010
Cebola em pó 0,10 0,010
Cravo em pó 0,05 0,005
Açúcar 2,00 0,200
TOTAL: 100,00 10,00
11.1.Procedimentos de fabricação
Àpos a seleção e limpeza das picanhas, devem ser pesadas e injetadas com salmoura
(Temperatura 4ºC). A injeção é feita ao nível de 13%, do produto final.
Àpos ser injetada, a picanha deve permanecer em refrigeração, por 72 hs, tempo suficiente para
que a salmoura seja bem distribuída, e o produto desenvolva a cor.
Àpos o tempo de cura as peças são penduradas em ganchos de metal, ou amarrados com linha
cordonê pelas extremidades, levadas para a estufa onde o produto será cozido e defumado, de
acordo com as seguintes etapas:
30 min,55ºC, calor seco
30 min, 60ºC, calor seco
1 hora, 65ºC, calor úmido
1 hora, 70ºC, calor úmido
1 hora, 80ºC, calor úmido, até obter 72ºC no interior do produto.
2 horas, 60ºC, defumação.
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Embalar o produto á vácuo e manter sob refrigeração.
Validade: 30 dias a 10ºC.
12. PROCEDIMENTOS DE DEFUMAÇÃO UTILIZANDO DEFUMADORES CASEIROS
Pendure no defumador os produtos a serem defumados, deixando um pequeno espaço entre
eles para a circulação da fumaça;
Os produtos devem ficar a uma distância mínima de 60 cm da fonte de fumaça e calor.
Este cuidado evita o aquecimento excessivo do produto;
Coloque fogo na serragem ou na lenha, de maneira que o defumador aqueça lentamente até
atingir 75ºC.
Mantenha constante a temperatura em 75ºC. Para controlar a temperatura, mantendo-se constante,
use a entrada de ar que existe na parte inferior do defumador. O controle é feito da seguinte forma:
Para aumentar a temperatura, basta abrir a entrada de ar. Isto permitirá combustão da lenha
ou da serragem, conseqüentemente, a elevação da temperatura.
Para abaixar, basta proceder de maneira inversa, diminuindo a combustão; assim, a
temperatura também diminuirá.
Obs: Estes procedimentos de controle de temperatura é utilizado para defumadores de operação
manual.
Lingüiça Portuguesa
Ingredientes
2Kg de carne suína cortada em pedaços pequenos
2 colheres (sobremesa) rasas de sal
3 dentes de alho amassados
1 colher (sopa) colorau
1 copo de vinho tinto seco
1 copo de água
1 colher (chá) de sal de cura
1 colher (sobremesa) de antioxidante
1 colher (chá) de emulsificante
1 colher (sobremesa) de condimento de lingüiça toscana
Modo de preparo
Misturar todos os ingredientes e deixar na geladeira por três dias. No quarto dia, juntar mais uma
colher (sopa) de colorau e embutir em tripa bovina ou suína com 20cm de comprimento. Amarrar
em formato de ferradura e pendurar e secar ao ar livre por 4 dias.
Defumação caseira
Depois de 4 dias, passar em óleo e levar ao forno com a porta aberta, pendurado ou sobre assadeira
para defumar por 15 minutos. Passar verniz e pendurar.
Defumação em fumeiro
Depois de embutir, levar para o fumeiro por 12 horas em temperatura de 35 a 45ºC. Esta
temperatura deve ser mantida por todo o período. Àpos esse tempo, retirar e dar um banho de verniz
impermeabilizante. Este produto pode ser guardado em temperatura ambiente.
INDUSTRIALIZAÇÃO DE FRANGOS
1.INTRODUÇÃO
O mercado de carnes vem sofrendo importantes transformações, as quais se caracterizam por
mudanças de hábitos alimentares decorrentes de diversos fatores culturais e sócio-econômicos.
O mercado atualmente se caracteriza por produtos com alto grau de sofisticação, diferenciação e
segmentação do mercado com busca da conveniência, preocupação com a saúde, bem estar e
aparência.
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O consumo de aves no Brasil cresceu cerca de 62% nos últimos 5 anos. Dentre as proteínas
animais, o mercado de frangos é sem dúvida o que vem mostrando os melhores resultados,
principalmente por apresentar preços mais acessíveis ao consumidor.
O marketing do setor concentrou-se na exploração da diferenciação genética do produto, na
inovação em termos do lançamento de novos produtos, como os cortes semi-prontos, os
industrializados de aves e no desenvolvimento de marcas comerciais.
2.MATÉRIAS-PRIMAS
2.1.Características da carne de frango
A grande evolução genética e forma de criação, geraram o frango industrial, melhorando o
rendimento de carcaça, aumentando a conversão alimentar e com isso aumentando a produtividade.
2.1.1.Composição Química
Vários fatores afetam a composição química das carcaças, dentre eles a idade, sexo e a
linhagem, o sistema de criação e nutrição. No quadro a seguir é apresentada a composição das
carnes de frango.
A principal diferença entre músculos claros e escuros está no teor de gordura, sendo a carne de
peito (branca) bem mais magra do que a carne de coxa (escura).
Apesar do baixo teor de gordura, o desenvolvimento da rancidez apresenta um sério problema em
carnes de frangos.A tendência na formação de depósitos de gordura altamente insaturados, a
elaboração de produtos pré-cozidos congelados e a recuperação das carnes insaturados, aderidas
aos ossos através da separação mecânica são exemplos de situações onde a rancidez se torna
extremamente relevante.A estabilidade e segurança podem estar relacionadas com as
deteriorações químicas e microbiológicas, como á oxidação lipíca e a degradação enzimática.
Com o desenvolvimento da rancidez pode ocorrer perda de vitaminas, diminuição da
funcionalidade protéica, desenvolvimento de cor e aromas indesejáveis.
As propriedades funcionais da carne, tais como a capacidade de retenção de água (CRA) e a
emulsificação, são primeiramente uma função das reações glicolíticas “pós-mortem”, que afetam o
pH da carne.
A carne de peito apresenta maior capacidade de retenção de água em relação a coxa. A porção da
coxa, apesar de mostrar um teor maior de gordura e menor de proteína, apresenta maior capacidade
de emulsificação.Este fato está relacionado com o tipo de proteína presente no músculo. Outro fato
que está relacionado com a capacidade de emulsificação é o pH, as carnes com pH acima de 5,9
possuem capacidade de emulsificação maior que as carnes que apresentam pH menor.
Aves e mamíferos apresentam alterações similares após a morte. Nas aves, essas alterações
ocorrem em uma velocidade muito rápida e as diferenças entre músculos claros e escuros são mais
pronunciados.
3.1.Produtos marinados
Dos produtos elaborados com carne de ave, os marinados surgem como uma nova alternativa de
desenvolvimento de novos produtos, com várias alternativas de condimentação, preparação e
apresentação.
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3.2. Processo de Marinação
O processo de marinação pode ser definido como a penetração ou difusão de uma solução
aquosa na estrutura do músculo. Nesse sentido, a distribuição uniforme da solução de marinação é
de extrema importância. A utilização de uma solução, além de promover uma condimentação
uniforme do produto, também provoca uma melhora na maciez e suculência do produto final.
3.3.Matéria-Prima
Utiliza-se o peito de frango sem osso, sem pele e sem tecido adiposo aparente (mais fácil a
absorção de salmoura). Devem ser removidas as áreas de pontos hemorrágicos, esquírolas e
cartilagens. A carne deve estar resfriada para manter a integridade da célula.
3.5. Massageamento
A carne previamente preparada e a salmoura são colocadas no tumbler. Recomenda-se
massageamento por 20 minutos em rotação de 8 a 12 rpm ou até a salmoura ser totalmente
absorvida. O tempo de massageamento pode variar de acordo com as características de cada
equipamento.
%PF=%ingred.salmoura x % extensão
100+ % extensão
1.INTRODUÇÃO
A salsicha é um produto em que a matéria-prima principal,é finamente triturada e deve
encontrar-se muito bem misturada com a gordura e os outros ingredientes utilizados.
O processo de fabricação de salsicha necessita de grande cuidado para se evitar a separação de
gordura durante a trituração ou cozimento, sendo esta separação conhecida como quebra de
emulsão.
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Emulsão é definida como a mistura de duas substâncias imiscíveis, uma dispersa na outra. Em
salsichas, as substâncias da emulsão são a gordura e a água adicionada e a água da carne. Para
estabilizar esta emulsão, auxiliam as proteínas miofibrilares (actina e miosina) que são extraídas no
início do processo de trituração e a adição de aditivos estabilizantes, como os fosfatos.
A estabilidade da emulsão também é afetada pelos seguintes fatores:
-quantidade de proteína ou carne existente para emulsificar a gordura;
-a temperatura de trituração no cutter não deve ultrapassar a 16ºC;
-da qualidade e quantidade de aditivos utilizados como os estabilizantes;
-a viscosidade da emulsão;
-a temperatura de cozimento não deve permanecer em menos que 50ºC.
Existem muitos tipos de salsichas com formulações variando de acordo com a região onde é
produzida e gosto dos consumidores, classificando-se como ´Viena´, ´Frankfurt´, ´Hot-dog´, etc.
2.OBJETIVO
Demonstrar a fabricação de salsicha e salsichão, matérias-primas, ingredientes e aditivos
utilizados, etapas do processo e todos os cuidados relativos é conservação e higiene necessários na
produção.
Cada uma das matérias-primas, condimentos e aditivos utilizados tem função na fabricação do
embutido, como está listado a seguir.
3.MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS
3.1.Formulação de salsicha
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Paleta bovina 22,90 4,580
Paleta suína 23,00 4,600
Toucinho 23,00 4,600
20
Proteína de soja hidratada texturizada 15,00 3,00
Fécula / amido 2,00 0,400
Água / gelo 10,00 2,000
Sal 1,60 0,320
Cura 101 (nitrito.nitrato.sal) 0,25 0,050
Aroma composto de salsicha 0,50 0,100
Emulsificante (Polifosfatos ET IV): 0,30 0,060
Glicose: 1,00 0,200
Glutamato monossódico (Anjimoto) 0,20 0,040
Fixador de cor (Antioxidante A . I) (Vit. C).: 0,25 0,050
TOTAL 100,00 20,000
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Paleta bovina 28,80 5,76
Paleta suína 18,00 3,60
Toucinho 22,00 4,40
Proteína de soja hidratada 15,00 3,00
Fécula / amido 2,00 0,40
Água /gelo 10,00 2,00
Sal 1,70 0,34
Cura 101 (nitrito.nitrato.sal) 0,25 0,05
Aroma composto de salsichão 0,50 0,10
Emulsificante (Polifosfatos ET.IV): 0,30 0,06
Glicose 1,00 0,20
Glutamato monossódico (Ajinomoto) 0,20 0,04
Fixador de cor (Antioxidante A.I) (Vit. C); 0,25 0,05
TOTAL 100,00 20,00
4. ETAPAS DE FABRICAÇÃO
Preparo das carnes
As carnes utilizadas na fabricação de salsicha e salsichão devem estar congeladas, de forma a
facilitar o controle da temperatura no cutter, durante o processo de trituração.
O bloco de carne congelada deve ser cortado, com uso de “quebrador de blocos” ou serra-fita, até
se obter pedaços de carne adequadas a ser moídos, normalmente em disco com furos de 12 mm, e
depois e depois a carne é levada ao cutter.
Embutimento
No processo de embutimento podem ser utilizadas tripas naturais de carneiro de porco (para
salsichão) ou artificiais, de calibre 22 a 32 milímetros.
Cozimento na estufa
21
O objetivo desta etapa do processo é cozinhar a massa dando característica de paladar adequado
(cor, sabor e consistência), além de estabilizar a mistura e melhorar a conservação.São indicadas as
seguintes condições para o processo:
-20 minutos a 55ºC, calor seco e chaminé aberta para ocorrer formação de cor e facilitar a
depilagem:
-30 minutos a 70ºC, calor seco e chaminé fechada
-30 minutos a 80ºC, calor úmido e chaminé fechada até atingir 70 a 72ºC no centro do produto.
Resfriamento
Através de chuveiros ou jatos de água á temperatura ambiente.
Depilação
Caso sejam utilizadas tripas artificiais não comestíveis, estas devem ser retiradas antes da
embalagem. Para facilitar a depilagem, o produto deve ser rapidamente umedecido com água quente
(aproximadamente 60ºC).
Coloração
As salsichas são colocadas em tanques com gelo/água (temperatura 2ºC ) para facilitar a retirada da
tripa artificial pelo processo de depilagem.
As salsichas após a retirada da tripa são colocadas em contato com o corante natural de urucum
(aproximadamente 2 minutos) e logo passam por uma solução ácida (ácido fosfórico 1 º) para fixar
o corante no produto por aproximadamente 1 minuto. Deixar secar a superfície das salsichas antes
de serem embaladas.
Embalagem
Normalmente são utilizadas embalagens á vácuo.
Avaliação do rendimento
Normalmente ocorre perda de peso (quebra) durante o processo de cozimento, sendo adequado
quantificar esta quebra, que está relacionada com o processo e com a formulação utilizada.
5. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
Os produtos cárneos, devido á facilidade de deterioração, necessitam ser estocados em ambiente
refrigerado ou congelado. Devem ser utilizadas somente matérias-primas de boa qualidade, obtidas
e trabalhadas de forma higiênica. Os ingredientes, aditivos e condimentos também influenciam
muito na qualidade do produto. A avaliação da qualidade é finta, normalmente, por meio dos tipos
de controle listados a seguir.
5.1.Controle microbiológico
A qualidade microbiológica dos produtos cárneos é dada em função da sua contaminação por
microrganismos potencialmente patogênicos provenientes da manipulação por falta de higiene após
o cozimento. Caso o produto seja frescal para se obter vida de prateleira maior que uma semana é
necessário o congelamento. Para se garantir o produto, a embalagem e refrigeração/congelamento
são muito importantes.
22
A qualidade sensorial é afetada pelos aspectos citados anteriormente (contaminação
microbiológica e composição) e também pelo uso de matérias-primas, condimentos e aditivos de
boa qualidade, pela estrita observância dos parâmetros tecnológicos necessários a estes produtos,
além, é claro, de muito “bom gosto” na condimentação dos produtos.
SALSICHA
Fórmula: Quantidade
Carne dianteiro bovino 40,000Kg
Carne bovina industrial 25,000Kg
Toucinho ou papada 25,000Kg
Ingredientes: Quantidade
Sal refinado 2,300Kg
Proteína Texturizada de Soja 2,000Kg
Fécula de mandioca 2,000Kg
Água/Gelo 10,000Kg
TEMPEREX S HO-200* 0,300Kg
CURAG* 0,350Kg
RED-FIX “II”* 0,250Kg
ADIFÓS* 0,250Kg
AT 20* 0,100Kg
CARRAGEL NM* 0,200Kg
SMOKEZ 1400 M* 0,030Kg
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Modo de Preparar
Utilizar carnes congelada ou resfriada com temperatura entre –5ºC a 2ºC.
Os bloco de carne congelada devem ser picados em picador mecânico de carne congelada.
Moer as carnes resfriada e o toucinho (ou papada) em disco com furos de 4mm diâmetro.
Colocar as carnes e o toucinho (após serem moídos) no Cutter e em seguida adicionar os
ingredientes na seguinte ordem enquanto a carne é refinada:
Embutimento:
Embutir em tripa natural (tripa de carneiro) previamente lavadas, hidratadas e
higienizadas ou tripa artificial (colágeno). Tripas com 22mm de diâmetro.
Observação:
Salsicha defumada por atomização de fumaça líquida natural:
23
Fazer uma aplicação de fumaça SMOKEZ 1820 AM após 30 minutos iniciais de
secagem. Atomizar o SMOKEZ 180 AM por 5 minutos com a estufa desligada e
chaminé fechada. Terminara o processo de cozimento este produto é comercializado
sem a adição de corante natural.
Processo de Cozimento
Tempo Temperatura da Estufa Entrada ar/chaminé
30 min 65ºC aberta
1 (uma) hora 85ºC fechada
Dar um banho de água gelada nas salsichas por 5 minutos (choque térmico).
Coloração
As salsichas são colocadas em tanques com gelo/água (temperatura 2 ºC) para facilitar a
retirada da tripa artificial pelo processo de depilagem.
As salsichas após a retirada da tripa são colocadas em contato com o RUBRORANGER-56
corante natural de urucum (aproximadamente 2 minutos) e logo após passam por uma solução
ácida (acido fosfórico 1%) para fixar o corante no produto por aproximadamente 1 minuto.
Armazenamento
A sala de embalagem deve ser climatizada (temperatura de 10ºC).
As salsichas são embaladas em sacos plásticos fechados á vácuo, colocadas em caixas de papelão
e armazenadas em câmara de congelamento.
1.Formulação de apresuntado
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Pernil suíno 70,20 21,06
Proteína isolada de soja hidratada (maxten E100) 10,00 3,00
Fécula de mandioca (amido) 5,00 1,50
Água gelada 10,00 3,00
Sal: 1,30 0,39
Aroma de presunto califónia 0,50 0,15
Supergal 202 (nitrito, polifosfato) 2,00 0,60
Glicose (mor-Rex 1940) 0,50 0,15
Harmonix (glut.monossódico, proteína veg. Hidro) 0,50 0,15
TOTAL 100,00 30,000
2. Processo de fabricação
A carne utilizada é a proveniente de pernil suíno e deve ser de boa qualidade, sendo retirados
todos os tendões e nervos.
Moer:a carne deve ser moída apenas com o pré-cortador ou então com o maior disco disponível
normalmente 25 mm.
Misturar:a carne deve ser colocada em um misturador, onde são adicionados todos os ingredientes,
condimentos e aditivos. A mistura inicia pela adição do sal e o agente de cura, e deixa-se misturar
por algum tempo (2 a 4 minutos), agindo sobre a carne e ajudando a liberar a actina e miosina, que
24
têm efeito de liga entre os pedaços de carne. Adicionar-se metade da água e deixa-se atuar por
mais algum tempo, podendo-se então, adicionar o resto dos ingredientes e aditivos. Mantém-se a
misturadeira ligada por mais algum tempo, geralmente 15 a 20 minutos. A massa pronta deve ficar
entre 5 e 8ºC.
Enformar:a massa deve ser enformada, sendo as formas de aço inox envolvidas por um filme de
polietileno e depois adicionada a massa de carne, fecha-se a tampa especial e aplica-se pressão
sobre a tampa com a prensa de presunto.
Cozimento:para o cozimento a massa enformada deve ser lavada para o tacho de cozimento com
água a temperatura inicial de 60ºC, e logo em seguida elevar a temperatura da água para 80ºC,
permanecendo o tempo necessário para atingir temperatura interna de 72ºC. Para formas de 1Kg, o
tempo necessário é de aproximadamente uma hora e 45 minutos de cozimento. Após este tempo
retira-se as formas do banho de água quente e resfria-se em água corrente, a temperatura ambiente.
Leva-se as formas para câmara frigorífica, permanecendo por aproximadamente 12 horas.
Desenformar:abrir as formas, retirar o filme plástico e acertar o formato das peças de apresuntado
para a embalagem.
APRESUNTADO
Fórmula:
Recortes de carne suína 94,000 Kg
(pernil e paleta)
Ingredientes:
Salmoura 10,00 litros
Fécula de mandioca 2,00Kg
Proteína de Soja Isolada 4,00Kg
Água/gelo 10,000Kg
Composição da salmoura:
Água filtrada 65,00 litros
RENDIPLUS 4,40 Kg (estabilizante, antioxidante, cu
ra p/presuntos da ADICON)
Sal refinado 23,40Kg
TEMPEREX “P” 200 1,65 Kg (condimentos para presunto
da ADICON)
CARRAGEL NM 5,50 Kg (carragenas da ADICON)
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Preparo da salmoura
Adicionar sobre a água (temperatura entre 0 a 2ºC) o RENDIPLUS e dissolve-lo
completamente.
Em seguida adicionar o CARRAGEL NM, o sal refinado e o TEMPEREX “P” 200
dissolvendo-os e mantendo a salmoura sob constante agitação.
Modo de Preparar
Utilizar carne resfriada (temperatura de refrigeração entre 0C a 5ºC).
Moer a carne em disco de furos de 22mm de diâmetro.
25
Colocar a carne após ser moída, na misturadeira e adicionar 10 litros de salmoura de
RENDIPLUS.
Misturar, aproximadamente 20 minutos, até a obtenção de uma massa homogênea e com boa
formação de liga (evitar misturar por muito tempo para não destruir as fibras das carnes.)
Retirar a massa da misturadeira e estocá-la em câmara de refrigeração (temperatura de
estocagem entre 3 e 5ºC) onde ficará por aproximadamente 12 horas em descanso (processo
de cura).
Retirar a massa da câmara (massa curada), colocá-la na misturadeira e adicionar a fécula de
mandioca e a proteína de soja.
Misturar até a obtenção de uma massa homogênea (aproximadamente 5 minutos).
Embutimento
Embutir em embalagem artificial com formato tubular, utilizando funil de 50 mm de
diâmetro.
Após o embutimento as tripas são fechadas e colocadas em formas retangulares.
Cozimento
Colocar as formas no tanque de cozimento ou estufa á vapor, elevando a temperatura
gradativamente até chegar a 85ºC.
Terminar o processo quando a temperatura interna central (ponto mais frio) atingir a
temperatura de 72ºC.
HAMBÚRGUER
1.INTRODUÇÃO
Muitas são as pessoas que buscam se realizar profissionalmente montando sua micro-empresa em
alguns casos por idealismo e outros por dificuldades no mercado de trabalho.A fabricação de
produtos alimentícios, entre eles os produtos cárneos, é uma das mais procuradas devido á larga
comercialização e também serem estes produtos apreciados na alimentação humana.
A fabricação caseira de produtos cárneos já em épocas antigas era utilizada como forma de
conservação da carne. Com a industrialização e concentração da população em grandes cidades,
para muitas pessoas as informações foram se perdendo e, premidos pelo ideal ou necessidade,
buscam novamente estas informações.
Este trabalho tem como objetivo atender ás pessoas interessadas em fabricar, hambúrguer de
forma caseira e em pequenas quantidades e que buscam informações sobre:
-onde adquirir estes equipamentos e utensílios e qual o custos qual o ambiente adequado para
fabricar produtos cárneos;
26
Cada uma das matérias-primas, condimentos e aditivos tem função na fabricação do embutido,
como está listado a seguir:
Carnes-Matéria –prima principal, que dá característica ao produto podendo ser carne de porco,
bovina, frango ou outras.
Gordura ou toucinho-Utilizado para dar um paladar adequado ao produto, sendo normalmente
utilizada em teores de 5 a 25%.
Aroma ou condimentos naturais- Responsáveis pelas características de paladar, de acordo com os
condimentos utilizados, como pimenta, cebola, alho, louro, noz moscada, cominho, etc.
3.TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO
4.FABRICAÇÃO DE HAMBÚRGUER.
27
TOTAL 100,00 40,00
MATÉRIAS-PRIMAS % Kg
Coxa de frango 48,70 14,61
Peito de frango 34,00 10,20
Toucinho 8,00 2,40
Pele de frango 3,00 0,90
Água/gelo 3,00 0,90
Sal 1,60 0,48
Condimento para hambúrguer 0,50 0,15
Cebola em pó 0,35 0,09
Aroma em pó de alho 0,10 0,03
Leite em pó 0,50 0,15
Harmonix 0,30 0,09
TOTAL 100,00 30,00
HAMBÚRGUER
Fórmula:
Carne bovina com 20% a 25% de gordura 85,000Kg
Ingredientes:
Temperex H _ 200* 0,400 Kg
Carve* 0,100 Kg
Smokez 2600 GB* 0,100 Kg
Red Fix II* 0,250 Kg
Proteína Texturizada de Soja 2,000 Kg
Sal refinado 1,500 Kg
Glutamato monossódico 0,080 Kg
Água/Gelo 10,570 Kg
TOTAL 100,000 Kg
*Produtos da Empresa Adicon.
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Modo de Preparar
Utilizar carnes congeladas (ou com temperatura entre 0ºC a 2ºC).
Os blocos de carne congelada devem passar por picadores mecânicos de carne congelada.
Moer a carne em disco com furos de 5mm de diâmetro.
28
Colocar a carne, após ser moída, na misturadeira e adicionar os ingredientes na seguinte
ordem:
5.EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS
Os equipamentos e utensílios necessários á fabricação de hambúrguer são os listados na
tabela abaixo. Todos os equipamentos devem ser dimensionados de forma a ter a capacidade de
produção desejada. Equipamento sub-dimensionado não terá a produtividade acima da capacidade
além de ocasionar maiores problemas de manutenção.
Os equipamentos e seus preços, apresentados na tabela, foram listados considerando capacidade
adequada para produção de aproximadamente 100 Kg de produto por semana, caracterizando a
produção caseira, ou quando muito uma microempresa.
Na tabela anterior, são listados equipamentos com capacidades diferentes e também preços
diferentes, para conhecimento do leitor. Na terceira coluna (sugestão) estão repetidos os preços dos
equipamentos que consideramos mais adequados em relação á capacidade e custo, e que são
considerados na análise de custo posterior.
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Na tabela abaixo são apresentados mais alguns preços de equipamentos em aço inox adequados ao
uso na fabricação de quantidades maiores de produtos cárneos, sendo considerados materiais de alta
qualidade e durabilidade.
ESPECIFICAÇÕES R$ SUGESTÃO
Mesa de inox, dimensões 2x3m: 5.260,00
Embutidora:
Manual, capacidade 10 litros 3.087,00
Manual, capacidade 25 litros 3.432,00
Pneumática, 1 saída, capacidade 70 litros 5.777,00
Pneumática, 2 saídas,capacidade 70 litros 6.430,00
Moedor de carne, capacidade 100 Kg/hora 2.890,00
Misturadeira, capacidade para 100 litros 2.925,00
Serra-lha para ossos (tipo açougue) 5.260,00
TOTAL 35.061,00
6.INSTALAÇÕES NECESSÁRIAS
Considerando-se o aproveitamento de instalações já existentes, uma casa, por exemplo, esta deve
ter dimensões compatíveis com os equipamentos a serem instalados, a quantidade de produto a
fabricar e o número de pessoas envolvidas no trabalho.
O ambiente deve estar dividido nas seguintes áreas:
_ sala para estocagem de matérias-primas (carnes), dependendo da quantidade podem ser utilizados
refrigeradores e freezer;
_sala com mesa de desossa e preparo das formulações tendo os equipamentos como moedor,
misturadeira, serra-fita, embutidora, e outros. Este ambiente deve ser sempre fresco de preferência
refrigerado. De acordo com a quantidade a ser produzida e disposição de espaço físico, as operações
de moagem, mistura e embutimento podem ser feitos em outro ambiente;
-sala de guarda e pesagem de condimentos e outros insumos secos;
-sala de embalagem;
-sala para estoque do produto pronto (com refrigeração/congelamento);
-área de serviço para utilidades;
-instalações sanitárias/vestiário/chuveiro;
-sala de escritório.
MORTADELA
1.INTRODUÇÃO
Existe no mercado brasileiro uma grande variedade de tipos de Mortadela.Este produto
caracteriza-se por ser fabricado com uma massa de carne fina, e embutida em tripas artificiais
cilíndricas, com diâmetro de 5 a 15 cm, ou então, em bexigas de porco ou bovina, sendo
denominada Mortadela tipo Bologna.
Os ingredientes utilizados assemelham-se muito aos utilizados em salsichas, sendo que a
mortadela é normalmente mais condimentada e são adicionados cubos de gordura.
A imitação de mortadela é um produto de menor custo, sendo utilizado um teor elevado de
fécula (amido de mandioca ou batata), assim diminuindo a quantidade de carne utilizada. Esta
maior quantidade de fécula diminui a atividade aquosa do produto, possibilitando menores
condições de desenvolvimento de microrganismos, e assim facilitando a conservação do produto.
O processo de fabricação de mortadela necessita de grande cuidado para se evitar a separação de
gordura durante a trituração ou cozimento, sendo esta separação conhecida como quebra de
emulsão.
Emulsão é definida como a mistura de duas substâncias imiscíveis, uma dispersa na outra. Em
salsichas e mortadelas, as substâncias da emulsão são a gordura e a água adicionada e da carne.
Para estabilizar esta emulsão, auxiliam as proteínas miofibrilares ( actina e miosina) que são
extraídas no início do processo de trituração e a adição de aditivos estabilizantes, como os
polifosfatos.
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A estabilidade da emulsão também é afetada pelos seguintes fatores:
_quantidade de proteína ou carne existente para emulsificar a gordura;
_a temperatura de trituração, no cutter, não deve ultrapassar a 16ºC;
_da qualidade e quantidade de aditivos utilizados como estabilizantes;
_a viscosidade da emulsão;
_a temperatura de cozimento não deve permanecer em menos de 50ºC.
2.OBJETIVO
Demonstrar a fabricação de mortadela e imitação de mortadela, as matérias-primas,
ingredientes, condimentos e aditivos utilizados, etapas do processo e todos os cuidados relativos à
conservação de higiene necessários na produção.
3.MATÉRIAS-PRIMAS UTILIZADAS
As matérias-primas, condimentos e aditivos utilizados têm propriedades e funções e ações
tecnológicas sobre o produto, sendo listados as seguintes:
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Outras matérias-primas podem ser utilizadas, como o objetivo de se obter aproveitamento do
material disponível e redução de custo da formulação, como carne mecanicamente separada de aves
(CMS), emulsão de pele, retalhos, miúdos, glicose, etc. Deve-se sempre observar os parâmetros
permitidos pela legislação para uso destas matérias-primas.
3.2.Etapas de fabricação
Preparo das carnes
As carnes utilizada na fabricação de mortadela devem estar congeladas, de forma a facilitar
o controle da temperatura no cutter, durante o processo de trituração. O bloco de carne congelada
deve ser cortado, com uso de “quebrador de blocos” ou “serra fita”, até se obter pedaços de carnes
adequados a serem moídos, normalmente com discos de 12mm, e depois a carne é levada ao cutter.
Trituração no cutter
Além de triturar as carnes, tem como objetivo a extração das proteínas miofibrilares (actina e
miosina), que possuem capacidade de estabilizar a emulsão. Para isto, deve ser seguida uma
seqüência de adição de ingredientes no cutter;
-1º carnes magras e metade do sal e sal de cura;
-2º metade do gelo e emulsificante polifosfatos;
-3º proteína de soja;
-4º gordura, restante do sal e outros ingredientes;
-5º restante do gelo. Deve-se manter a temperatura abaixo de 16ºC;
-6º fixador de cor;,
-Avaliar se a massa está fina como desejado.
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Devem ser escaldados em água a 70ºC, por 30 segundos a 2 minutos, até que os cubos estejam
soltos da água e sem gordura superficial. Estas características possibilitam melhor liga como massa
de carne, facilitando a aderência e evitando que os pedaços de gordura se soltem as fatiar a
mortadela pronta.
Embutimento
No processo de embutimento podem ser utilizadas tripas cilíndricas artificiais, de calibre
(diâmetro) de 50 a 150 milímetros, ou então de bexigas de porco ou bovina, na fabricação de
Mortadela “bologna”. Pressionar bem para evitar a formação de bolhas de ar na massa.
Cozimento na estufa
O objetivo desta etapa do processo é cozinhar a mortadela para realçar as características de
paladar adequado (cor, sabor e consistência, além de estabilizar a mistura e melhorar a conservação.
Deve-se observar as seguintes condições para o processo (para tripas artificiais de 65 mm).
-20 minutos a 55ºC, calor seco e chaminé aberta;
-30 minutos a 70/C, calor seco e chaminé fechada;
-90 minutos a 90ºC, calor úmido e chaminé fechada.
Terminar o processo e retirar as mortadelas da estufa quando a temperatura interna central do
produto (ponto mais frio) atingir a temperatura de 74ºC.
Dar um banho de água gelada nas peças por 5 minutos (choque térmico) deixar esfriar e embalar em
caixas de papelão.
Conservar sob refrigeração.
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