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Fotossíntese

Reações luminosas e reações de carboxilação


Regulação
Plantas C4 e CAM

Prof. Ana Lúcia Anversa Segatto


Bioquímica agronômica
Respiração celular

oxidação de glicose reduzindo O2 em H2O

Fotossíntese

Redução de CO2 ocorre pela oxidação da H2O


Cloroplasto
Fotossíntese tem duas etapas
principais

Reações luminosas Reações de


(membranas dos carboxilação
tilacóides) (estroma)

Reações luminosas: conversão de energia luminosa em energia química


Reações de carboxilação: utilização dessa energia para fixação de carbono
Reações luminosas
Pigmentos fotossintéticos: ligações duplas alternadas, elétrons em
ressonância que podem absorver energia (fótons da luz)

Clorofilas: estrutura em anel com


átomo de Mg no centro.
Carotenóides: pigmentos acessórios.
Bilinas: encontradas em algas
Reações luminosas
Luz possui características de partícula (fótons) e onda.
Quantidade de energia de um fóton: quantum.
A energia (E) de um fóton depende da frequência, quando maior a frequência,
menor o comprimento de onda e maior a energia.
Reações luminosas
Espectro de absorção de luz: fornece informações sobre a quantidade de energia luminosa
captada ou absorvida por uma molécula ou substância em função do comprimento de onda
da luz.
Espectro de absorção dos pigmentos fotossintéticos
Reações luminosas
Pigmentos fotossintéticos
são organizados em
conjuntos de pigmentos e
proteínas chamados de
Complexos Antenas
organizados em duas
unidades funcionais
chamadas de fotossistemas
I e II.
Reações luminosas
Fotossitema: conjunto de pigmentos
composto de clorofilas antenas e
carotenóides que vão transferindo
energia até o centro de reação,
composto por duas moléculas de
clorofila a. No centro de reação ocorre a
liberação de elétrons.
Reações luminosas

Fotossistema I- absorção máxima em 680 nm


Fotossistema II0 absorção máxima em 700 nm
Reações luminosas

Esquema Z:
transferência de
elétrons
conforme o
potencial de
oxirredução
Reações luminosas
Reposição dos elétrons: quebra da molécula de água

Duas moléculas de água são quebradas, produzindo quatro elétrons, quatro prótons e
oxigênio molecular.

Um esquema molecular notável, o complexo de liberação de oxigênio (também chamado


de complexo de quebra da água) passa quatro elétrons, um de cada vez, para o P680.
Reações luminosas

Fotofosforilação acíclica
Reações luminosas

Fotofosforilação cíclica

O fluxo cíclico de elétrons gera ATP, mas


não NADPH
Reações luminosas
Reações luminosas
1- Absorção de fótons e fotólise da água
2- Transporte de elétrons que leva a produção de NADPH+
3- Produção de ATP

Produtos
ATP
NADPH+H
Reações luminosas
O DCMU bloqueia o fluxo de
elétrons nos aceptores
plastoquinona do fotossistema
lI, por competição pelo sítio de
ligação. O paraquat atua
recebendo elétrons dos
aceptores primários do
fotossistema 1.
Reações de carboxilação
Reações de carboxilação

Ciclo de Calvin

A assimilação de dióxido de
carbono ocorre em três estágios
1- Carboxilação
2- Redução
3- Regeneração
Reações de carboxilação

RuBP: ribulose 1,5-bisfosfato


3-PGA: 3- fosfoglicerato
G3P: gliceraldeído 3- fosfato
Reações de carboxilação
Reações de carboxilação A molécula de três carbonos que é
produtos do Ciclo de Calvin
(gliceraldeído-3-fosfato) pode ter
diferentes caminhos, dependendo
do estado da célula. Pode ser
enviado para o citoplasma para
sofrer gliconeogênese gerando
glicose e passar para a respiração
celular, caso a célula necessite de
ATP. Pode ser desviada para a
síntese de amido no cloroplasto.
Ou no citoplasma, ser
metabolizado a sacarose que pode
ser exportada para outras partes
da planta, caso a célula já tenha
PEP suficiente.
Regulação do Ciclo de Calvin
As reações de luz provocam aumento do pH e das concentrações de Mg2+,
NADPH e ferredoxina reduzida no estroma, contribuindo, assim, para a ativação
de certas enzimas do ciclo de Calvin.
Regulação do Ciclo de Calvin

A presença de ferredoxina reduzida e NADPH


constituem bons sinais de que as condições são
favoráveis para a biossíntese. Uma maneira
pela qual essa informação é transmitida para as
enzimas de biossíntese é pela tiorredoxina. A
forma reduzida da tiorredoxina ativa muitas
enzimas de biossíntese ao reduzir as pontes de
dissulfeto que controlam sua atividade e inibe
várias enzimas de degradação pelo mesmo
mecanismo
RuBisCO
Ribulose 1,5-bisfosfato carboxilase-oxigenase

O ciclo fotossintético oxidativo C2 do carbono: fotorrespiração

baixa temperatura alta temperatura


alta razão CO2:O2 baixa razão CO2:O2

Ciclo de Calvin Fotorrespiração


O ciclo fotossintético oxidativo C2 do carbono: fotorrespiração

Gasto de ATP e NADPH para gerar 3-fosfoglicerato


Função desconhecida ou ineficiência?
O ciclo fotossintético oxidativo C2 do
carbono: fotorrespiração
Em plantas C4, a fixação do CO2 e a atividade da rubisco
são espacialmente separadas
Plantas que crescem nos trópicos (e em culturas de zonas
temperadas nativas dos trópicos, como milho, cana-de-
açúcar e sorgo), evoluiram um mecanismo que contornou o
problema da dispendiosa fotorrespiração. A etapa na qual o
CO2 é fixado em um produto de três carbonos, o 3-
fosfoglicerato, é precedida por várias etapas, uma das quais
é a fixação temporária de CO2 em um composto de quatro
carbonos.
Em plantas CAM, a captura de CO2 e a ação da
rubisco estão separadas temporalmente
Plantas suculentas como os cactus e o abacaxi, nativas de ambientes muito
quentes e muito secos.
À noite, quando o ar está mais fresco e mais úmido, os estômatos se abrem
para permitir a entrada de CO2, então fixado na forma de oxaloacetato pela
PEP-carboxilase.
Referências
NELSON DL & COX MM (2014) Princípios de Bioquímica de Lehninger. 6ª edição. Porto
Alegre: Artmed.

BERG JM, TYMOCZKO JL, GATTO GJJ, STRYER L (2021) Bioquímica. 9ª edição. Rio de Janeiro :
Guanabara Koogan.

FERRIER DR (2019) Bioquímica Ilustrada. 7ª edição. Porto Alegre: Artmed.

TAYS L & Zeiger E (2013) Fisiologia Vegetal. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed

Heldt H, Piechulla, Heldt F (2011) Plant Biochemistry. 4ª edição New York: Elsevier

Buchanan B, Gruissem W, Jones RL (2015) Biochemistry & Molecular Biology o Plants. 2ª


edição. Chichester: John Wiley & Sons

Marcozzo A, Torres BBT (2015) Bioquímica Básica. 4ª edição. Rio de janeiro: Guanabara
Koogan.

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