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Gabriela da Silva Santos

Metabolismo Energético (Quimiossíntese, Fermentação, Fotossíntese e Respiração


Celular).
Trabalho apresentado à disciplina de Biologia do

Ano O do Ensino Médio, Colégio Estadual do
Paraná - CEP.
Professor Renato Soares Marin

Curitiba - Paraná - 2021


Introdução

Hoje nós iremos falar sobre o Metabolismo Energético. Porém, o que seria? São as
alterações químicas que ocorrem no organismo dos seres vivos que dão energia necessária
para um corpo funcionar corretamente. Falaremos também como funciona esse estudo da
biologia.
Graças às análises que surgiram há quatrocentos anos atrás e o avanço da ciência e
aparição da Bioquímica, somos capazes de compreender que todo ser vivo precisa se
alimentar para que ocorra o processo metabólico e com isso, também ocorra a liberação de
energia pelo corpo. Mas vamos entender mais a fundo sobre o assunto no tópico a seguir.
Desenvolvimento

Como mencionado anteriormente, o Metabolismo Energético seria nada mais do que


todas as alterações químicas que ocorrem no corpo do ser vivo e para que isso aconteça
precisamos de alimento, que será ingerido e em seguida transformado em energia para o
funcionamento do corpo. Isso serve para todos os seres, independente se são autotróficos que
produzem seu próprio alimento, quanto heterotróficos que não tem a mesma capacidade de
fazer a própria refeição.
Para definir o metabolismo, podemos dizer que é como o conjunto das atividades
metabólicas da célula relacionadas com a transformação de energia. A fotossíntese e a
respiração são processos muito importantes para a transformação de energia dos seres vivos.
A fermentação e a quimiossíntese também são processos celulares desse tipo importantes para
alguns seres vivos.
Não apenas isso, o Metabolismo Energético é dividido em duas partes: O Anabolismo
e o Catabolismo.
O Anabolismo são as atividades químicas que permitem a formação de moléculas
complexas. Isso acontece com pessoas que querem ganhar massa muscular. Por conta da
prática de exercícios e alimentos energéticos, o organismo recebe uma quantidade de energia
suficiente para realizar os processos anabólicos para assim ter um aumento muscular.
Já o Catabolismo, ocorre a reação de degradação das moléculas, ou seja, todas as
reações em que os compostos orgânicos complexos são transformados em moléculas simples,
como acontece na digestão. Os alimentos são degradados e transformados em substâncias
simples e por isso há produção de energia. Após o catabolismo, a glicose libera energia de
suas ligações químicas e resíduos o que gera energia que possibilita o funcionamento das
reações metabólicas.
Temos também componentes importantes. O ATP é o elemento mais importante das
células. Ele é responsável pela obtenção e acumulação da energia dispensada no processo de
quebra da glicose. Sua constituição é a adenosina, um nucleotídeo, associada a três radicais
fosfato interligados em cadeia.
É importante destacar também os compostos NAD + (Nicotinamida Adenina
Dinucleótido) e FAD (Dinucleotídeo de Adenina Flavina), fundamentais para as funções do
metabolismo energético por transportarem o hidrogênio liberado nas reações químicas.
Agora que falamos um pouco sobre o metabolismo e como basicamente funciona,
vamos entender melhor como funciona o metabolismo nos seres autótrofos e heterótrofos.
Fotossíntese
A Fotossíntese é feita por seres autótrofos, ou seja, seres que produzem seu próprio
alimento. Esse processo é realizado graças à energia solar, que é capturada e transformada em
energia química, e ocorre em tecidos ricos em cloroplastos, sendo um dos tecidos mais ativos
o parênquima clorofiliano encontrado nas folhas.
Em plantas o processo acontece nos cloroplastos, tem como característica diversas
reações químicas observadas, todas as reações acontecem em dois grupos de processos
principais:
Reações Luminosas: Acontecem na membrana do tilacóide, ou seja, sistema de membranas
internas do cloroplasto.
Reações de fixação do carbono: Ocorrem no estroma do cloroplasto.
Mas antes de vermos como cada processo funciona, é importante nos informar sobre
algo que dará mais sentido às coisas que virão a seguir.
Fotossistemas são unidades nos cloroplastos em que estão inseridas as clorofilas A e
B e carotenóides. Nesses fotossistemas, é possível perceber duas porções denominadas de
complexo de antena e centro de reação. No complexo antena são encontradas moléculas de
pigmento que captam energia luminosa e as leva para o centro de reação, um local rico em
proteínas e clorofila
No processo de fotossíntese, é possível verificar a presença de dois fotossistemas
ligados por uma cadeia transportadora de elétrons: o fotossistema I e o fotossistema II. O
fotossistema I absorve luz com comprimentos de onda de 700 nm ou mais, enquanto o
fotossistema II absorve comprimentos de onda de 680 nm ou menos. Vale destacar que a
denominação de fotossistema I e II foi dada na ordem de suas descobertas.
Agora podemos falar das Reações Luminosas e da Fixação do Carbono. Nas reações
luminosas, inicialmente a energia luminosa entra no fotossistema II, onde é presa e levada até
as moléculas de clorofila P680 do centro de reação. Essa molécula de clorofila é excitada,
seus elétrons são energizados e transportados da clorofila em direção a um receptor de
elétrons. A cada elétron transferido, ocorre a substituição deste por um elétron proveniente do
processo de fotólise da água.
Pares de elétrons saem do fotossistema I por uma cadeia transportadora de elétrons,
impulsionando a produção de ATP (grande fonte de energia química) pelo processo conhecido
como fotofosforilação. A energia absorvida pelo fotossistema I é transferida para moléculas
de clorofila P700 do centro de reação. Os elétrons energizados são capturados pela molécula
da coenzima NAD + e são substituídos na clorofila pelos elétrons provenientes do
fotossistema II. A energia formada nesses processos é guardada em moléculas de NADPH e
ATP.
Na reação da fixação, o NADPH e o ATP produzidos anteriormente nas reações
luminosas são usados para reduzir o dióxido de carbono a carbono orgânico. Nessa etapa,
ocorre uma série de reações denominadas ciclo de Calvin. Nesse ciclo, três moléculas de CO2
combinam entre si com um composto chamado ribulose 1,5 bifosfato (RuBP), formando um
composto intermediário instável que se quebra fazendo seis moléculas de 3-fosfoglicerato
(PGA).
As moléculas de PGA são reduzidas a seis moléculas de gliceraldeído 3-fosfato
(PGAL). Cinco moléculas de PGAL rearranjam-se e formam três moléculas de RuBP. O
ganho do ciclo de Calvin então é de uma molécula de PGAL, a qual servirá para a produção
de sacarose e amido.
A fotossíntese é, sem dúvida, importante para os ecossistemas, sendo responsável,
por exemplo, pelo fornecimento de oxigênio, o qual é utilizado por grande parte dos seres
vivos para processos de obtenção de energia. Não podemos esquecer-nos ainda de que os
organismos fotossintetizantes fazem parte do primeiro nível trófico das cadeias e teias
alimentares, sendo eles, portanto, a base na cadeia trófica.
Quimiossíntese
Nosso próximo tópico é sobre Quimiossíntese. A quimiossíntese é um processo no
qual ocorre produção de matéria orgânica a partir de gás carbônico, água e outras substâncias
inorgânicas ferro, nitrito e enxofre entre outros, sem uso algum de energia luminosa. Por não
necessitar de energia luminosa, a bactéria e a arqueobactéria podem realizar a quimiossíntese
em ambientes sem luz alguma e matéria orgânica, já que a energia é usada em seu
desenvolvimento é obtida através de oxidações inorgânicas. Alguns exemplos de bactérias
que fazem quimiossíntese são as Beggiatoa e a Thiobacillus ou sulfobactérias.
Outro tipo de bactérias quimiossintetizantes são as bactérias do gênero Nitrosomonas
e Nitrobacter, muito importantes para o meio ambiente e aos seres humanos. Essas bactérias
são encontradas no solo e tem importância na reciclagem do nitrogênio no planeta. As
bactérias do gênero Nitrosomonas conseguem energia através da oxidação do íon amônio
(NH4+), que se encontra presente no solo, transformando-o em íon nitrito (NO-2); enquanto
as bactérias do gênero Nitrobacter oxidam o íon nitrito (NO-2), transformando-o em íon
nitrato (NO-3), que é absorvido pelas raízes das plantas e utilizado na síntese de proteínas. No
processo da quimiossíntese podemos destacar duas etapas distintas:
Primeira etapa: na oxidação das substâncias inorgânicas há a liberação de prótons e elétrons
que provocam a fosforilação do ADP em ATP e a redução do NADP + e NADPH, que serão
úteis na fase seguinte. Diferentemente da fotossíntese, processo no qual os elétrons e prótons
são obtidos através da degradação da molécula de água, na quimiossíntese eles surgem da
oxidação das substâncias inorgânicas.
Segunda etapa: através do processo de oxidação das substâncias inorgânicas, as bactérias
conseguem energia suficiente para reduzir o gás carbônico através de sua fixação e posterior
produção de substâncias orgânicas, as quais podem ser utilizadas na produção de novos
compostos ou em seu metabolismo.
Respiração Celular
Iniciando mais um tópico, agora vamos falar sobre a Respiração Celular.
Respiração celular é um processo em que moléculas orgânicas são oxidadas e ocorre
a produção de ATP, que é usada pelos seres vivos para atender suas necessidades energéticas.
A respiração ocorre em três etapas básicas: a glicólise, o ciclo de Krebs e a fosforilação
oxidativa.
Após a glicólise, inicia-se uma etapa aeróbia, a qual inclui o ciclo de Krebs, também
chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico. Essa etapa ocorre no
interior da organela celular conhecida como mitocôndria e inicia-se com o transporte do ácido
pirúvico para a matriz mitocondrial. Na matriz, o ácido pirúvico reage com a coenzima A
(CoA) ali existente, produzindo uma molécula de acetilcoenzima A (acetil-CoA) e uma
molécula de gás carbônico. Durante esse processo, uma molécula de NAD + é transformada
em uma de NADH em razão da captura de 2 e- e 1 dos 2 H + que foram liberados na reação.
A molécula de acetil-CoA sofre com o processo de oxidação e dá origem a duas moléculas de
gás carbônico e a uma molécula intacta de coenzima A. Esse processo, que envolve várias
reações químicas, é o chamado ciclo de Krebs.
O processo de glicólise inicia-se com a adição de dois fosfatos, provenientes de duas
moléculas de ATP, à molécula de glicose, promovendo a sua ativação. Essa molécula torna-se
instável e quebra-se facilmente em ácido pirúvico. Com a quebra, ocorre a produção de quatro
moléculas de ATP, entretanto, como duas foram utilizadas inicialmente para a ativação da
glicose, o saldo positivo é de duas moléculas de ATP. Durante a glicólise também são
liberados quatro elétrons (e-) e quatro íons H +. Dois H + e os quatro e- são capturados por
duas moléculas de NAD + (dinucleotídeo nicotinamida-adenina), produzindo moléculas de
NADH.
Após a glicólise, inicia-se uma etapa aeróbia, a qual inclui o ciclo de Krebs, também
chamado de ciclo do ácido cítrico ou ciclo do ácido tricarboxílico. Essa etapa ocorre no
interior da organela celular conhecida como mitocôndria e inicia-se com o transporte do ácido
pirúvico para a matriz mitocondrial. Na matriz, o ácido pirúvico reage com a coenzima A
(CoA) ali existente, produzindo uma molécula de acetilcoenzima A (acetil-CoA) e uma
molécula de gás carbônico. Durante esse processo, uma molécula de NAD + é transformada
em uma de NADH em razão da captura de 2 e- e 1 dos 2 H + que foram liberados na reação.
A molécula de acetil-CoA sofre com o processo de oxidação e dá origem a duas moléculas de
gás carbônico e a uma molécula intacta de coenzima A. Esse processo, que envolve várias
reações químicas, é o chamado ciclo de Krebs.
Esse ciclo tem início quando uma molécula de acetil-CoA e o ácido oxalacético
reagem e produzem uma molécula de ácido cítrico, liberando uma molécula de CoA. Ocorrem
sequencialmente oito reações em que são liberadas duas moléculas de gás carbônico, elétrons
e H +. No final desse processo, o ácido oxalacético é recuperado e o ciclo pode ser iniciado
novamente. Os elétrons e os íons H + são capturados pelo NAD + e transformados em
NADH. Eles também são capturados pelo FAD (dinucleotídeo de flavina-adenina), que é
transformado em FADH2. O ciclo de Krebs resulta em 3 NADH e 1 FADH2.
Durante o ciclo, também é produzida uma molécula de GTP (trifosfato de guanosina)
a partir de GDP (difosfato de guanosina) e Pi. Essa molécula de GTP assemelha-se ao ATP e
também é responsável por fornecer energia para a realização de alguns processos no interior
da célula.
A última etapa da respiração celular também ocorre no interior das mitocôndrias, mais
precisamente nas cristas mitocondriais. Essa etapa é chamada de fosforilação oxidativa, uma
vez que se refere à produção de ATP a partir da adição de fosfato ao ADP (fosforilação). A
maior parte da produção de ATP ocorre nessa etapa, na qual acontece a reoxidação das
moléculas de NADH e FADH2. Nas cristas mitocondriais são encontradas proteínas que estão
dispostas em sequência, as chamadas cadeias transportadoras de elétrons ou cadeias
respiratórias. Nessas cadeias ocorre a condução dos elétrons presentes no NADH e no FADH2
até o oxigênio. As proteínas responsáveis por transferir os elétrons são chamadas de
citocromos. Os elétrons, ao passarem pela cadeia respiratória, perdem energia e, no final,
combinam-se com o gás oxigênio, formando água na reação final. Apesar de participar apenas
no final da cadeia, a falta de oxigênio gera o interrompimento do processo. A energia liberada
através da cadeia respiratória faz com que os íons H + concentrem-se no espaço entre as
cristas mitocondriais, voltando à matriz. Para voltar ao interior da mitocôndria, é necessário
passar por um complexo protéico chamado de síntese do ATP, onde ocorre a produção de
ATP. Nesse processo são formadas cerca de 26 ou 28 moléculas de ATP.
No final da respiração celular, há um saldo positivo total de 30 ou 32 moléculas de
ATP: 2 ATP da glicólise, 2 ATP do ciclo de Krebs e 26 ou 28 da fosforilação oxidativa.
Fermentação
E por fim, a Fermentação. A fermentação é um processo de liberação de energia que
acontece sem a participação do oxigênio, sendo, portanto, anaeróbia. As reações químicas
necessárias para que ela ocorra são a glicólise e a redução do piruvato.
No processo de glicólise, uma molécula de glicose com seis carbonos é quebrada em
duas moléculas de piruvato, que possuem três átomos de carbono cada. A glicólise, que ocorre
no citoplasma de todas as células existentes no planeta, é um processo anaeróbio, ou seja, não
necessita de oxigênio para ocorrer. A glicólise acontece em uma sequência de dez etapas, que
ocorrem em virtude da presença de algumas enzimas específicas e formam açúcares
intermediários. O rendimento líquido em ATP é de duas moléculas por molécula de glicose,
pois duas moléculas de ATP são hidrolisadas inicialmente para que as primeiras etapas
aconteçam, mas quatro moléculas são produzidas no final.
Agora, no processo de Redução do Piruvato, em condições em que não há a presença
de oxigênio (condições anaeróbicas), o piruvato e os elétrons do NADH permanecem no
citosol. O piruvato pode ser convertido em etanol e CO2, como é o caso das leveduras, ou
ainda ser convertido em lactato, como nos músculos. Quando o processo anaeróbio resulta na
formação de lactato, temos a fermentação lática; quando o processo resulta em etanol, temos a
fermentação alcoólica. Essas reações regeneram o NAD + a partir do NADH, processo
necessário para que a glicólise continue.
Tanto na fermentação lática quanto na fermentação alcoólica os dois elétrons do
NADH são transferidos para o carbono central do piruvato. Entretanto, na fermentação
alcoólica, esse processo é precedido pela liberação de dióxido de carbono.
E o que seria fermentação lática e alcoólica? A fermentação alcoólica é um processo
importante e rentável, pois é utilizada na fabricação de bebidas alcoólicas, na fabricação do
pão e, até mesmo, na produção de combustível. A fermentação láctica, por sua vez, é utilizada
na produção de queijo e iogurtes.
Conclusão

Após longas explicações sobre o Metabolismo Energético, conseguimos compreender


melhor como funcionam suas divisões, como uma planta realiza a fotossíntese, como
bactérias adquirem energia ou como a respiração celular pode ser importante para os seres
vivos, como a fermentação ajuda na fabricação de bebidas alcoólicas ou na produção de
queijo e iogurtes.
Vemos que isso tem extrema importância não apenas em nossas vidas, mas também na
vida e sobrevivência de todos os seres vivos que habitam nesse enorme planeta em que
também vivemos. Sem o metabolismo, não teríamos como gerar energia. E é por isso que é
importante não pular as três refeições diárias e se alimentar corretamente.
Referências

Metabolismo energético - Biologia Enem


Metabolismo energético - Brasil Escola
Fotossíntese: resumo, etapas, equação, mapa mental - Brasil Escola
Quimiossíntese. O que é e como ocorre a quimiossíntese? - Brasil Escola
Respiração celular. Entendendo o processo de respiração celular
Fermentação - Brasil Escola

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