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Capítulo 7

Queijos
Queijos

 Concentrado protéico gorduroso, obtido pela


coagulação ácida ou enzimática do leite, seguida
de dessora, podendo ser ou não maturado

 Manufatura de queijos

Leite queijo fresco


Fabricação Glicólise
Proteólise
Lipólise

queijo maturado
Classificação de queijos

1. De acordo com o teor de umidade


Umidade (%) Consistênci Exemplo
Muita alta U>55 a
Mole Req.
umidade cremoso,
Ricota
Alta 46<U<54,9 Macia Minas
umidade Frescal,
Gorgonzola
Média 36<U<45,9 Semi-dura Prato,
umidade Cheddar,
Mussarela
Classificação de queijos

2. De acordo com o teor de gordura no extrato seco

Tipo GBS (%)


Extra gordo ou Mín. 60 %
duplo creme
Gordo 45,0 a 59,9 %
Semi-gordo 25 a 44,9 %
Magro 10 a 24,9 %
Desnatado < 10%
Comparação dos principais
queijos nacionais

Minas Prato Parmesão Mussarela


Tratament Crua Semi- Cozida Filada
o da cozida
massa
Cultura Mésofila Mesófila Termófila Mesófila ou
ou AD Tipo “O” ou termófila
“BD”
Caract. de Fresco Curado Bem Fresco
cura Curado Curado Curado
Umidade 43 40 36 47
(%)
Qualidade do leite cru
 Composição
 Relação CN:G
 Contaminações
 Bactérias produtoras de gás: coliformes, esporulados
 Psicrotróficos
 Bacteriófagos
 Presença de resíduos
 Desinfetantes
 Antibióticos
 Refrigeração
Estufamento Precoce
 Ocorre entre a prensagem e saída do queijo da
salmoura
 Causado por coliformes
 Enterobacter aerogenes
 Escherichia coli
 Causa
 Contaminação pós pasteurização
 Prevenção
 Higiene
 Pasteurização do leite
 Fermento láctico ativo
Estufamento tardio

 Bactérias esporulads
 Clostridium Butyricum
 Cl. Tyrobutyricum
 Resistem a pasteurizaçào

 Ocorrência
 2 semanas após maturação
 Germinação de esporos
 Queijo Suíço + susceptível
 pH elevado
 Baixo teor de sal
 T maturação (20-22oC)
Tratamento do leite

 Clarificação / Bactofugação
 Remoção de sujidades menores e leucócitos
 Diminuição da carga esporulada do leite

 Padronização: ajuste do teor de gordura


 Legislação
 Econômico
 Qualidade
Tratamento do leite

 Pasteurização
 Aspecto higienico-sanitário
 Obrigatório queijo < 2 meses cura

 Aspecto tecnológico
 Qualidade microbiológica
 Destruição de bactérias lácticas

 Inativação de enzimas

 Ca ++ ĺ Ca coloidal
Preparo do leite para a
coagulação

 Adição  Nitrato (200-250 ppm)


 Prevenção de
 Cultura láctica
estufamento tardio
 Produção de acidez
 Estufamento precoce
 Inibição de
microrganismos  Coalho ou coagulante
indesejáveis  T = 32-35oc

 Papel principal: cura  Último a ser


adicionado
 CaCl2
 Repouso absoluto
 Sol 50% (200ppm)
 Tempo ~ 45 min
 Corante
 Ponto de corte
 Prato, Cheddar
 Tipos
 Quimosina, coalho
microbiano, bovino
Coagulação do leite

 Coagulação da caseína que forma um gel


que aprisiona a gordura mecanicamente
 Proteólise limitada por enzimas selecionadas
 Coalhos ou coagulantes
 Acidificação a pH 4,6
 Adição de ácidos orgânicos
 Fermentação láctica

 Acidificação a pH > 4,6 (geralmente 5,2) em


combinação com aquecimento
Forças envolvidas na
estabilização da micela de CN

 Repulsão eletrostática
 excesso de cargas negativas

 Impedimento estérico
 Cabeleira protuberante

 Interações hidrofóbicas
Repulsão Eletrostática
Propriedades Elétricas

PI
PI pH
pH11
pH
pH6,6
6,6

Excesso aa ácidos (Glu, Asp) => eletronegativas


pI ~ 4,6
Coagulação enzimática

 2 fases
 Enzimática
 85-90% hidrólise Ƹ- caseína
 Química
 Para - Ƹ- caseína + Ca ++ paracaseinato de
cálcio quimosina
Phe – Met
k - caseína
1 105 - 106 169

Para – k - caseína glicomacropeptideo (MP)


(hidrofóbica) (hidrofílica)
Tratemento da massa
 Corte
 Liras verticais e horizontais
 < tamanho grão ĺ >  Cozimento da massa
dessoragem  Massa semi-cozida e
 Ponto de corte: empírico cozida
 Aquecimento
1-3oC / 3min
 Agitação 

 Tq encamisado
 Lenta no início: coagulo
frágil  Adição de água quente
 1/3 soro
 + intensa ĺ queijo + seco  Massa lavada
 Queijos Prato,
Gouda
Dessoragem
 Separação  pH dessoragem
 Soro da massa  Desmineralização
 Massa do soro coalhada
 > velocidade dessora  Textura
 Tanque de pré  Propriedades
prensagem funcionais
 Facilita dessoragem  pH + ácido
final  Dessora + intensa
 Libera tq coagulação  Composiçào e
 Corte bloco tamanho firmeza
forma
Enformagem
 Tipo de forma
 Padrão de identidade
 Massa fria dificulta a solda
 Pano/ tela nylon = interface
 Facilitar saída do soro
 Casca lisa e fechada
Prensagem
 Funções
 Remoção mecânica do soro
 Diminuição umidade
 Formação da casca
 Aumento da área de fusão grãos da coalhada
 Moldagem e formato do queijo
 Pressão depende do tipo queijo
 Tempo ~ 3 - 40 h
 Pressão ~ 5 a 30x peso do queijo
 Deve ser sempre suave e gradual
 Tipos de prensa
 Vertical
 Horizontal
Salga
 Métodos
 Salga na massa
 Salga seca
 Salmoura

 Concentração
 0,7 – 11 %

 Papel do NaCl
 Preservativo
 Nutricional
 Sabor
Mecanismo de absorção e difusão
do sal no queijo

 Queijo na salmoura - #ça pressão osmótica


 H2O no queijo se difunde para restaurar o equilíbrio
 Equilíbrio osmótico - função tipo coágulo
 Camembert: 7 – 8 dias
 Roquefort: 1,5 sem
 Gruyére: jamais ocorre
 Formação de gradientes de sal na umidade do
queijo, a partir da casca para o centro
Fatores que afetam o processo de
salga
 Queijo
 Teor de umidade
 Teor de gordura
 Geometria do queijo
 Retangular > cilíndrico > esférico

 Tempo de salga
 Salmoura
 Temperatura
 Concentração
 Agitação
Capítulo 9
Leites Fermentados
Definição
 Entende-se por Leites Fermentados os produtos
adicionados ou não de outras substâncias
alimentícias, obtidas por coagulação e diminuição
do pH do leite, ou leite reconstituído, adicionado ou
não de outros produtos lácteos, por fermentação
láctica mediante ação de cultivos de
microrganismos específicos. Estes microrganismos
específicos devem ser viáveis, ativos e abundantes
no produto final durante seu prazo de validade.
Classificação de Leites Fermentados

)HUPHQWDomR )HUPHQWDomR
/iFWLFD ± /HYHGXUDV /iFWLFD ± )XQJRV
.HILU.XPLVV 9LOOL

/HLWHV )HUPHQWDGRV

)HUPHQWDomR OiFWLFD
0HVyILOR 7HUPyILOR 7HUDSrXWLFD
&RDOKDGD ,RJXUWH %LRJKXUWŠ %LRJDUGHŠ
%XWWHUPLON/DEQHK /HLWH DFLGyILOR <DNOXW /&
Kefir Fermentação láctica e
alcoólica

 Starter = grãos de Kefir


 Estrutura de couve-flor
 Proteínas, polissacarídeos e microbiota variável
 Lactobacillus, Lactococcus, Leuconostoc, e
leveduras (Saccharomyces, Candida,
Kluyveromyces, Torulopsis e Cryotococcus); ás
vezes Acetobacter rancens e Acetobacter aceti.
 Bactérias ácido-lácticas (BAL) e leveduras
 Proporção – Leveduras:BAL = 109: 106
 Leveduras predominam no centro do grão
Leite acidófilo
 Consistência líquida
 Leite pasteurizado ou esterilizado
 Adição de açúcar
 Lb. acidophillus não crescem bem em leite (5%
de inoculação)
 37 oC/ 10-12h
 Acidez 0,6-0,7% ác. láctico

 Resfriamento
 Evitar acidez
 107 UFC/mL produto final
Requisitos físico-químico
 Teor de gordura
 Com creme: mínimo de 6,0%
 Integral: mínimo de 3,0%
 Parcialmente desnatado: máximo de 2,9%
 Proteínas lácteas: > 2,9%
Acidez e Etanol
3URGXWR $FLGH] JDFLGR OiFWLFR J (WDQRO YP

,RJXUWH D 

/HLWH IHUPHQWDGR D 

/HLWH DFLGRILOR D 

.HILU  D

.XP\V ! 0LQ

&RDOKDGD D 
Iogurte
 Definição
 Iogurte é um produto lácteo obtido pela
fermentação láctica, através da ação do
Streptococcus thermophillus e do Lactobacillus
bulgaricus no leite e produtos lácteos (leite
pasteurizado ou concentrado) com ou sem adições
opcionais (leite em pó integral ou desnatado,soro
em pó, etc.)

 Os microrganismos no produto devem ser viáveis e


abundantes
Tipos de iogurte

Tradicional Batido Líquido

Incubação e resfriamento
Incubação em tanques Incubação em tanques
na embalagem
Destruição mecânica do gel Destruição total do gel
Ñ há destruição do gel
/HLWH&UX
)OX[RJUDPDGHSURGXomRGHLRJXUWH
&ODULILFDomR
3DGURQL]DomR/HLWHHP3y
3Up DTXHFLPHQWR R&
+RPRJHQHL]DomR
7UDWDPHQWRWpUPLFR
5HVIULDPHQWRD± R&

$GLomRGHDURPDV $GLomRGHFXOWXUD $GLomRGHFXOWXUD


$GLomRGHFXOWXUD ,QFXEDomRHPWDQTXHV ,QFXEDomRHPWDQTXHV
(QFKLPHQWRGDHPEDODJHP R&K R&K
,QFXEDomR $JLWDomR $JLWDomR
R&K DGLomRGHIUXWDV DGLomRGHiJXDRXVXFR
5HVIULDPHQWR (QFKLPHQWRGDHPEDODJHP (QYDVH
(VWRFDJHP7UHIULJ
(VWRFDJHP7UHIULJ (VWRFDJHP7UHIULJ
,RJXUWHWUDGLFLRQDOQDWXUDO
RXDURPDWL]DGR ,RJXUWH%DWLGR ,RJXUWH/tTXLGR

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