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APROVEITAMENTO

INTEGRAL DO

PESCADO
Rose Meire Vidotti
Instituto de Pesca – São José do Rio Preto
e-mail: rosevi@pesca.sp.gov.br
Introdução
Identificação dos resíduos
 Descartes: produção

comercialização

 Processamento: escamas (1%)

pele (10%)

aparas (5%)

cabeça (14%)

carcaça (30%)

vísceras (10%)
Etapas da elaboração da farinha e óleo de tilápia

Cabeça, Carcaça, Aparas, Pele e


Matéria-prima Vísceras (69% do peso da tilápia)

Cocção

Caixa percoladora

Coleta do óleo Massa cozida

Filtro prensa

Centrifugação Borra e óleo Torta de prensa

Silo de resfriamento
Tanque de estocagem
Embalagem

ÓLEO DE TILÁPIA
FARINHA DE TILÁPIA
Equipamentos para produção da farinha e óleo de tilápia

Digestores Caixa percoladora

Rosca s/ fim

Filtro prensa Tanque de resfriamento


Moinho

Centrifuga
Tanque de óleo e borra
Tanque de óleo
15% aparas do corte em “v”
Aparas 85% aparas dorsal e ventral

Aparas Dorsal
NUTRIENTES Corte “v” Ventral
Umidade (g/100g) 77,8 73,3
Cinzas (g/100g) 1,7 0,6
Lipídios totais (g/100g) 3,4 15,0
Proteína bruta (g/100g) 17,6 12,6
Colesterol (mg/100g) 47,1 98,9
Calorias (Kcal/100g) 105 195

Ácidos graxos (g/100g)

Saturados 1,10 4,91


Monoinsaturados 1,27 6,68
Polinsaturados totais 0,29 1,95
Ômega 3 0,02 0,17
Trans-isômeros totais 0,03 0,17
N.I. 0,10 0,32
Etapas do Processamento das Aparas

Matéria-prima

1ª Moagem corte “v” (2mm)

2ª Moagem dorsal e ventral (4mm)

Extender + água ou mix p/kibe

Homogeneização

Formatação

Congelamento -25°C

MASSA (hamburgeres ou empanados)


QUIBE
Desossadoras (CMS)

Fonte: Panorama da Aqüicultura no 94


Desossadoras (CMS)
Desossadoras (CMS)
Produtos da obtidos a partir da CMnS

Institucional

Semi-prontos

Empanados
Elaboração da Polpa de Peixes

Pescado

Descamação ⇒ Evisceração

Lavagem em água corrente Água residual

Despolpamento Ossos e pele

Carne (CMS)
Sal 3 a 5% (2x)
Lavagem Água residual
Ác. Citríco 0,3% (3ª)

Secagem
Sacarose
Sorbitol
Adição de aditivos
Polifosfatos
Sais
Congelamento 20Kg < -35°C

Estocagem < -20°C


SURIMI
Conservação da pele

ABATE ⇒ ESFOLA

Pele fresca
CONSERVAÇÃO

Sem Sal Com Sal

Congelamento Salga a seco


Secagem Salmouragem e salga
Salga e secagem
Salga em fulão

Outros Sistemas
Wet Blue
Wet White
Piquelagem
Etapas do Curtimento de Peles

Remolho + Água; < Tempo


Eliminar material
aderido (carnal) Descarne
Caleiro Solução cal + sulfeto de sódio

Eliminar materiais
Eliminar substâncias alcalinas Desencalagem Purga
queratinoso

Desengraxe Remoção das gorduras

Piquel Preparar as fibras ⇒ agentes dos


Curtimento agentes curtentes

Neutralização Eliminar ácidos livres

Recurtimento Encorpar, amaciar, armar e


Tingimento preparar p/ o tingi/o
Engraxe

Secagem Água ~ 18%

Acabamento
Couro unitário ou manta
Fonte: Souza, 2004
Utilização do Couro de Peixe

MÓVEIS E OBJETOS EMPÓRIO BERALDIN

Tambaqui

Tilápia
BOTAS COUNTRY STYLE – FEET LDA. PARA USA / MÉXICO

Tilápia RÃ
BOLSAS FEMININAS - SNB

Tilápia
LINHA MASCULINA - OFFICE

Tambaqui
Silagem de peixe

 Digestão ácida  Fermentação anaeróbica

 Enzimática
 Bioquímica

Princípio ⇒ redução do pH
Etapas da Produção de Silagens de Peixe

Matéria-prima

Moagem

Adição de ácidos ou
bactérias e substrato

Substrato Àcido orgânico


Microoganismo Ácido inorgânico
Fungistático Fungistático
Antioxidante Antioxidante

SILAGEM SILAGEM
FERMENTADA ÁCIDA
Equipamentos e utensílios para o processamento de
silagem

Moedor boca 22 Moedor boca 98 Moedor boca 114

Bombona 100L Baldes de 20L


Processamento convencional das silagens

Silagem ácida

Resíduo Moído
Moagem do resíduo Preparação da silagem

Silagem Fermentada
Produção contínua da silagem ácida

Resíduo Moído Adição de ácidos


Moagem do resíduo

Homogeneização Silagem Ácida Silagem Ácida – 7 dias


de estocagem
Produção contínua da silagem fermentada

Resíduo Moído
Adição de melaço Adição de iogurte
Moagem do resíduo

Adição de ácido Homogeneização Silagem Fermentada


sórbico 7 dias de estocagem
Silagem Fermentada
Produção de silagens fermentadas (EI)

Matéria-prima Matéria-prima Matéria-prima


(80% da capacidade total (80% da capacidade total (80% da capacidade total
do silo – 143,80Kg) do silo – 143,80Kg) do silo – 143,80Kg)

Moagem Moagem Moagem

2,5% iogurte vencido – 4Kg 2,5% soro de queijo – 4Kg 2,5% EM – 4Kg
7,5% melaço – 12Kg 7,5% melaço – 12Kg 7,5% melaço – 12Kg
0,125% ácido sórbico – 0,2Kg 0,125% ácido sórbico – 0,2Kg 0,125% farelo de trigo – 0,2Kg

Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica

Silagem fermentada Silagem fermentada Silagem fermentada


SF_I SF_S SF_EM

pH ⇒ 4,86 pH ⇒ 4,78 pH ⇒ 5,16


Produção de silagens ácidas (EI)

Matéria-prima Matéria-prima Matéria-prima


(100% da capacidade total (100% da capacidade total (100% da capacidade total
do silo – 195,75Kg) do silo – 190Kg) do silo – 192Kg)

Moagem Moagem Moagem

1% ácido fórmico – 2L
1% ácido sulfúrico – 2L 2% ácido fosfórico – 4L 1% ácido sulfúrico – 2L
0,125% ácido sórbico – 0,25Kg 3% ácido acético – 6L 3% ácido acético – 3L

Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica Homogeneização mecânica

Silagem ácida Silagem ácida Silagem ácida


SA_Fr/S SA_Fs/A SA_S/A

pH ⇒ 4,21 pH ⇒ 4,31 pH ⇒ 4,17


Produção de silagens ácidas

Carcaças de tilápias Resíduos de rãs touro Vísceras de


(sem eviscerar: cabeça, (cabeça, vísceras e patas) tilápias
carcaça e vísceras)

Moagem
Moagem
(dificuldade)

1% ácido acético 1% ácido acético 0,5% ácido acético


1% ácido fosfórico 1% ácido fosfórico 0,5% ácido fosfórico
0,1% fungistático 0,1% fungistático 0,1% fungistático
0,1% antioxidante 0,1% antioxidante 0,1% antioxidante

Homogeneização Homogeneização Homogeneização

Silagem de resíduo Silagem resíduos de Silagem vísceras


de tilápias rãs touro de tilápias

pH ⇒ 4,46 pH ⇒ 4,18 pH ⇒ 4,48


Características Organolépticas das Silagens
Utilização da silagem em dieta peletizada
Parâmetros de desempenho produtivo de tilápias do Nilo alimentadas com ração artesanal
à base de silagem de peixe e ração comercial em viveiros escavados.
Ração Ração
Parâmetros Significância
Comercial Artesanal
Peso inicial (g) 82,55 ± 4,41 83,57 ± 2,70 NS
Peso final (g) 384,12 ± 8,14 399,23 ± 15,72 NS
Sobrevivência (%) 88,82 ± 2,99 90,76 ± 2,07 NS
Consumo (g) 554,62 ± 15,71 550,22 ± 21,83 NS
Ganho em peso (g) 304,30 ± 10,65 320,17 ± 17,40 NS
Conversão alimentar aparente 1,82 ± 0,03 1,72 ± 0,13 NS
Taxa de crescimento específico (g/dia) 1,06 ± 0,02 1,07 ± 0,03 NS
Desvio padrão do peso final 37,12 ± 8,68 27,54 ± 0,83 NS
Custo de arraçoamento 1,86 ± 0,03 1,07 ± 0,08 **

Proteína lipídios
Umidade

20% 10% 9,30%


70% 68,74% 18,01% 17,54%
67,31%

15% 8% 6,46% b
65%

10% 5% a
60%

5% 3%
55%

0% 0%
50%
Silagem Comercial Silagem Comercial
Silagem Comercial

Médias da composição corporal dos peixes alimentados com ração artesanal à base de silagem de peixe e
ração comercial, durante um período de 23 semanas.

Fonte: Abmorad, et al. 2008, AQUACIÊNCIA 2008


Compostagem de resíduos da atividade aqüícola

 Substrato: palha de cereais ou maravalha ou pó de serra.

 Inoculo: cama aviária, leite fermentado, EM, etc.

 Material a decompor: resíduo e/ou peixes mortos

 Produção: terreiros ao ar livre ou estruturas específicas

 Relação C/N: 30/1

 Relação palha/material a decompor: 70/30

 Altura mínima da pilha, para a T


COMPOSTEIRAS

Fonte: Panorama da Aqüicultura no 94


1,80 x 1,40 x 0,30m

Formulação experimental: 72% de peixes mortos;

3,0% cal hidratada; 12% pó de serra e 13% de água

Manejo de produção: mexer após cinco dias; estável

após 30 dias
416,0
Colágeno de peles escamas
 Proteína: teor prolina, hidroxiprolina e glicina
teor de aa aromáticos.

 Composição: 35% glicina, 12% prolina e 9% hidroxiprolina.

 Utilização: indústrias de cosméticos, biomedicina, farmacêutica e


alimentícia (hidrolisado ou liofilizado).

 Extração por digestão ácida: pele ⇒ ácidos acético ou cítrico, escamas


(liofilizadas) ⇒ ácido acético.

 Rendimento: pele Lagocephalus gloveri 54,3% (Senaratne, 2006) e escamas


Lteolabrax japonicus 50,9% (Nagai, 2004).
Obrigada!!!

Rose Meire Vidotti


(17) 3232 1777
e-mail: rosevi@pesca.sp.gov.br

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