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ATMOSFERA EXPLOSIVA
CURSO DE ÁREA CLASSIFICADA E
ATMOSFERA EXPLOSIVA
Macaé, RJ
Nome do Curso
Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Nome do Arquivo
20180419_ATM_Explosiva_PT_REV02a
ÍNDICE
1. ÁREA CLASSIFICADA ................................................................................................................................ 7
1.1. ATMOSFERA EXPLOSIVA ........................................................................................................................ 7
1.2. COBUSTÃO OU FOGO ............................................................................................................................. 8
1.3. PONTO DE FULGOR............................................................................................................................... 24
1.4. PONTO DE COMBUSTÃO ..................................................................................................................... 26
1.5. TEMPERATURA DE AUTOIGNIÇÃO ..................................................................................................... 26
2. EQUIPAMENTOS DE PROCESSO .......................................................................................................... 27
2.1. TANQUES................................................................................................................................................. 27
2.2. VASOS DE PRESSÃO .............................................................................................................................. 28
2.3. REATORES ............................................................................................................................................... 29
2.4. CALDEIRAS .............................................................................................................................................. 30
2.5. SILOS ........................................................................................................................................................ 30
3. GERANCIAMENTO DE RISCOS .............................................................................................................. 31
3.1. PERIGO..................................................................................................................................................... 31
3.2. RISCO ....................................................................................................................................................... 32
3.3. MEDIDAS PREVENTIVAS ....................................................................................................................... 34
3.4. ANÁLISE DE RISCOS............................................................................................................................... 36
3.5. MANIPULAÇÃO DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS ................................................................................... 36
3.6. AÇÕES PREVENTIVAS MÍNIMAS RECOMENDADAS ......................................................................... 37
3.7. COMO GERENCIAR RISCOS? ................................................................................................................ 37
4. NORMALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO ......................................................................................................... 41
4.1. PENALIDADES PREVISTAS.................................................................................................................... 42
4.2. RESPONSABILIDADES ........................................................................................................................... 43
5. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS ................................................................................................................... 45
5.1. PROCEDIMENTO PARA A CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS .................................................................... 46
5.2. INFLAMÁVEIS E COMBUSTÍVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS.... 46
5.3. LIMITE DE INFLAMABILIDADE ............................................................................................................. 47
5.4. INERTIZAÇÃO ......................................................................................................................................... 48
5.5. DENSIDADE DO AR ................................................................................................................................ 49
5.6. VOLATILIDADE ....................................................................................................................................... 50
5.7. ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO (MIE) ................................................................................................. 51
5.8. POEIRAS E FIBRAS – PARÂMETROS PARA CLASSIFICAÇÃO .......................................................... 52
5.9. CLASSE DE TEMPERATURA .................................................................................................................. 53
5.1. TEMPERATURA MÁXIMA PARA POEIRAS E FIBRAS ........................................................................ 54
5.2. GRUPOS DE EXPLOSIVIDADE .............................................................................................................. 55
5.3. CLASSIFICAÇÃO POR ZONAS............................................................................................................... 56
5.4. VENTILAÇÃO........................................................................................................................................... 58
6. EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ÁREAS CLASSIFICADAS ...................................................... 61
6.1. TIPOS DE PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS....................................................................................... 62
6.2. TABELAS DE ACORDO COM O TIPO DE PROTEÇÃO ....................................................................... 84
6.3. INVÓLUCRO ............................................................................................................................................ 85
6.4. ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTO ELÉTRICO CONVENCIONAL ................................................ 85
6.5. ESPECIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTO EX ............................................................................................ 85
6.6. NÍVEL DE PROTEÇÃO – EPL ................................................................................................................. 85
6.7. GRAUS DE PROTEÇÃO IP ...................................................................................................................... 89
6.8. GRAU DE PROTEÇÃO IK ........................................................................................................................ 93
7. CERTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS ............................................................................ 94
8. INSPEÇÃO ................................................................................................................................................101
9. REPAROS ..................................................................................................................................................103
10. MARCAÇÃO EM EQUIPAMENTOS EX ...........................................................................................106
11. EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS EXPLOSIVAS .........................................112
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................119
DIRETRIZES GERAIS DO TREINAMENTO
a) Obtiver nota igual ou superior a 6,0 (seis) em uma escala de 0 a 10 (zero a dez) na
avaliação teórica e alcançar o conceito satisfatório nas atividades práticas;
b) Tiver a frequência mínima exigida (90%).
Caso o aluno não cumpra as condições descritas nas alíneas acima, será considerado
reprovado.
Objetivo
Fornecer conhecimentos básicos aos profissionais que atuam em áreas classificadas e
capacitá-los para trabalharem com segurança em áreas com riscos de explosão e incêndios, além de
fornecer os conceitos de: Substâncias combustíveis/inflamáveis; Combustão; Fontes de ignição;
Gerenciamento de riscos; Classificação de áreas: zona, grupo e classe de temperatura; Especificação
de equipamentos para áreas classificadas; Normalização e Legislação; Certificação de equipamentos
Ex; Manutenção e inspeção de equipamentos Ex.
Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
1. ÁREA CLASSIFICADA
Área Classificada é a área na qual existe a possibilidade de formação ou existência de uma
atmosfera explosiva. Uma área é classificada por Zonas, Grupo de Explosividade e Classes de
Temperatura.
• Indústrias petroquímicas;
• Indústrias químicas;
• Indústrias farmacêuticas;
• Indústrias alimentícias;
• Indústrias de cosméticos;
• Indústrias siderúrgicas;
• Minas de carvão;
• Refinarias;
• Usinas de cana-de-açúcar;
• Postos de gasolina;
• Indústrias têxteis;
• Indústrias de celulose e papel;
• Indústrias de tintas e vernizes;
• Silos e armazenamentos de grãos;
• Estações de tratamento de esgoto;
• Oficinas de pintura, de lavagem a seco, etc.
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1.2.2. Comburente
1.2.3. Combustível
Combustível é qualquer substância que reage com o oxigênio (ou outro comburente)
liberando energia, na forma de calor, chamas e gases. Exemplos: Diesel, Biodiesel, Gasolina,
Etanol,etc.
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Substância combustível é o termo genérico usado para descrever substâncias que podem formar
atmosferas explosivas, tais como: gases inflamáveis, líquidos inflamáveis ou combustíveis, poeiras e
fibras combustíveis.
• Gás Inflamável
Gás inflamável é aquele que, quando misturado com o ar em determinadas proporções,
forma uma atmosfera explosiva. Exemplos: Acetileno, Hidrogênio, Monóxido de Carbono, Gás
Sulfídrico, Amônia, Metano, etc.
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Conforme a NR-20:
• Líquido inflamável é qualquer líquido com ponto de fulgor igual ou inferior a 60ºC.
• Líquido combustível é qualquer líquido que tenha ponto de fulgor igual superior a
60ºC e igual ou inferior a 93ºC.
Exemplos: Alumínio, Magnésio, Carvão, Enxofre, Cevada, Trigo, Açúcar, Cacau, Poliestireno,
Fibras de Algodão, Linho, Madeiras, Fibras de Cacau, Fibras de sementes, Pó de Arroz, Cortiça em
pó, Vitamina C, Vitamina B1, Celulose.
Podemos encontrar a presença de atmosferas explosivas formadas por poeiras e fibras em
minas de carvão onde o processamento do carvão produz poeira, em indústrias de móveis e
marcenarias, serralherias onde a presença de poeiras condutivas como alumínio, ferro entre outros
podem contribuir com a formação da atmosfera explosiva e conduzir eletricidade, em usinas de
cana-de-açúcar, indústrias alimentícias de farinha de trigo e farelo de milho e indústrias têxteis e
papeleiras devido ao processamento das fibras de algodão e da celulose. Quanto mais fina e seca é
a partícula de poeira, maior será o risco de explosão.
A medida padrão para a classificação da poeira é em torno de 63 micra e para as fibras acima
de 500 micra. A maioria dos pós e fibras de materiais orgânicos possuem uma concentração mínima
de explosividade variando normalmente em torno de 20 gramas até vários quilos por metro cúbico.
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No dia 7 de fevereiro de 2008 ocorreu uma explosão na Imperial Sugar Company, em Port
Wenthworth, na Geórgia, matando 13 pessoas e ferindo 40. Essa fábrica quase centenária fabricava
açúcar granulado e em pó.
1.2.5. IGNIÇÃO
Ignição é a energia mínima que deve ser fornecida por uma chama, centelha elétrica ou
fonte de calor a uma mistura combustível para que esta possa iniciar a propagação da combustão.
As fontes de ignição podem ser geradas por:
Nas indústrias podemos encontrar diversos tipos de fontes de ignição, tais como:
• Elétrica;
• Eletrônica;
• Descargas atmosféricas;
• Eletrostática;
• Térmica;
• Mecânica;
• Química;
• Proteção catódica;
• Energias radiantes;
➢ Elétrica
Os equipamentos elétricos podem gerar centelhas, faíscas, curtos-circuitos, arcos elétricos e
eletricidade estática. É comum a ocorrência de incêndios e explosões devido à formação de arcos
elétricos e curtos-circuitos em instalações elétricas. Em áreas classificadas é muito importante o
correto dimensionamento, instalação e manutenção do aterramento, pois é um dos principais
equipamentos de proteção. O aterramento é uma ligação de baixa resistência a terra,
descarregando as faltas, curtos-circuitos e eletricidade estática para a terra.
A superfície quente de equipamentos elétricos pode contribuir com a ignição de substâncias
combustíveis. As centelhas e faíscas de tomadas, interruptores entre outros equipamentos elétricos
podem ativar a ignição de gases, vapores, poeiras e fibras combustíveis.
Exemplos: Fiações abertas, painéis elétricos, contatores, botoeiras, luminárias,
interruptores, tomadas, disjuntores, fusíveis, motores, etc.
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➢ Eletrônica
Hoje a grande maioria de eletrônicos portáteis utilizam as baterias de li-íon (íons de lítio). Os
íons de lítio armazenam o dobro de energia, quando comparados com outros tipos de bateria, são
mais leves e ecológicos. Estas baterias exigem muito cuidado, pois explodem facilmente, devendo-
se evitar exposição a temperaturas superiores à 50ºC ou à luz do sol.
Exemplos: sensores, transmissores, circuitos eletrônicos.
➢ Descargas Atmosféricas
As descargas atmosféricas são descargas elétricas que ocorrem devido ao acúmulo de cargas
elétricas entre as nuvens, da nuvem para o solo ou nos casos mais raros do solo para a nuvem.
Quando o campo elétrico produzido por estas cargas elétricas excede a rigidez dielétrica do ar
(capacidade isolante), em um determinado local da atmosfera, dentro das nuvens ou próximo ao
solo, inicia-se um rápido movimento de elétrons de uma região de cargas negativas para uma região
de cargas positivas, este fenômeno é conhecido como raio. A intensidade de um raio pode atingir
valores superiores a 20 KA.
Os para-raios são os equipamentos de proteção utilizados para a proteção das edificações
contra as descargas atmosféricas. De acordo com a norma ABNT NBR 5419 deve ser feito ao menos
uma vez por ano a medição do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas). O para-
raio poderá ser do tipo Franklin ou Gaiola de Faraday. Para edificações com mais de 60 metros de
altura é utilizado o método Gaiola de Faraday.
Em um sistema de proteção da edificação contra descargas atmosféricas são instalados
captores no topo das estruturas conectados a um cabo condutor terra que conduzirá a descarga
atmosférica a uma haste de aterramento. Para a sua eficácia, este conjunto de aterramento deverá
ser bem dimensionado e instalado, oferecendo uma baixa resistência de aterramento.
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➢ Eletrostática
É o fenômeno físico relacionado a cargas elétricas estacionadas (paradas). Ocorre a
concentração de cargas elétricas (elétrons) na superfície de um material. Esta carga elétrica produz
um campo elétrico que pode ser medido e pode afetar outros objetos à distância.
O nosso corpo pode acumular eletricidade estática através de diversas atividades que
realizamos ao longo do dia, como andar em um piso com carpete, sentar e levantar em sofás e
cadeiras, colocar e remover agasalhos de lã no corpo, atritando o pente no cabelo, etc. Portanto um
corpo ou local poderá ficar carregado positivamente (por falta de elétrons) ou negativamente (por
excesso de elétrons).
Para a proteção contra a eletricidade estática o principal equipamento de proteção é o
aterramento. Em plantas industriais com Áreas Classificadas o aterramento deverá ser bem
dimensionado, instalado, conectado e ter uma boa manutenção para garantir a proteção contra os
riscos de explosões devido à formação de eletricidade estática provenientes da fricção,
transferência de líquidos inflamáveis, atrito de grãos em silos e armazéns, rolamentos, etc.
➢ Térmica
Os equipamentos em condições normais de operação sofrem aquecimento. O aquecimento
dos equipamentos de processo pode contribuir com a formação de atmosferas explosivas em
ambientes com a presença de gases e vapores inflamáveis, poeiras e fibras combustíveis, etc.
O contato de um gás inflamável com a superfície aquecida de um equipamento poderá
ignizar uma atmosfera explosiva. Por esta razão os equipamentos Ex possuem o controle da
temperatura de superfície, evitando assim que o mesmo possa atingir a temperatura de
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➢ Mecânica
Em plantas industriais onde se processam produtos na forma de grãos, durante os
processamentos podem ocorrer a formação de poeiras devido ao atrito entre eles. Se os grãos
tiverem propriedades combustíveis e estas poeiras entrarem em suspensão ou ficarem depositadas
sobre estruturas ou locais de difícil acesso, ao se misturar com o ar na presença de uma fonte de
ignição poderão ser ignizadas.
As partículas devem, entretanto, estar afastadas entre si, de maneira que, apesar da
existência da fonte de ignição e da consequente combustão local, não seja permitida a propagação
instantânea do calor de combustão às partículas localizadas nas camadas mais internas, devido à
insuficiência de ar. Desta forma, a queima se dá por camadas, em locais onde as poeiras estejam
depositadas ao longo da jornada de trabalho, ou em uma das seguintes formas:
• Empilhadas;
• Armazenadas em tulha;
• Depósitos;
• Outros.
A ignição que ocorre em camadas deve ser controlada com cuidado, para evitar que o
material depositado em estruturas, tubulações, e locais de difícil visualização e limpeza seja
colocado em suspensão, formando a nuvem de poeira, que evoluirá para uma explosão.
As explosões ocorrem frequentemente em unidades processadoras, onde as poeiras tenham
propriedades combustíveis, porém é necessário que as mesmas estejam dispersas no ar e em
concentrações adequadas. Isto ocorre em pontos das instalações onde haja moagem, descarga,
movimentação, transporte, etc., desde que sem controle de exaustação e que, existam os fatores
desencadeantes.
Geralmente ocorrem em instalações onde são processadas farinhas de: trigo, milho, soja,
cereais, e mais uma grande variedade de produtos agrícolas.
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E ainda particulados: açúcar, arroz, chá, cacau, couro, carvão, madeira, enxofre, magnésio,
ligas metálicas.
Exemplos: Esteiras, Elevadores de Caneca, Moinhos, Separadores, Chispas provocadas por
ferramentas, sobreaquecimento devido à fricção mecânica, etc.
➢ Química
Os produtos químicos podem reagir de forma violenta entre si, ou com o oxigênio do ar ou
com água, produzindo fenômenos físicos tais como calor, combustão ou explosão, ou ainda
produzindo uma substância tóxica.
As reações químicas perigosas tanto podem ocorrer de forma exotérmica quanto podem
provocar a liberação de produtos perigosos, fenômenos que ocorrem muitas vezes
simultaneamente. Para prevenir os riscos devido à natureza química dos produtos, devemos
conhecer a lista de substâncias químicas incompatíveis de uso frequente em laboratórios a fim de
observar cuidados especiais na estocagem, manipulação e descarte.
Reações químicas exotérmicas são aquelas que possuem um balanço negativo de energia
quando se compara a entalpia total dos reagentes com a dos produtos. Assim, a variação entalpica
final é negativa e indica que houve mais liberação de energia, na forma de calor, para o meio
externo que absorção – também sob a forma de calor.
A temperatura final dos produtos é maior que a temperatura inicial dos reagentes.
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➢ Proteção Catódica
Com o desenvolvimento industrial, a utilização de instalações metálicas enterradas ou
submersas, tais como oleodutos, gasodutos, adutoras, navios, plataformas de petróleo, tanques de
armazenamento, entre muitas outras, tem se tornado cada vez mais frequente. Como
consequência, os problemas de corrosão aumentaram em grandes proporções, sendo necessário o
desenvolvimento e aperfeiçoamento de novas técnicas para o seu combate e controle.
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➢ Energias radiantes
É a energia pura propagando-se pelo espaço na forma de ondas eletromagnéticas. É a
energia associada à radiação eletromagnética: à luz, às ondas de rádio, aos raios infravermelhos, aos
raios X e outras.
A radiação eletromagnética pode ser explicada como uma forma de onda senoidal e
harmônica. De acordo com as formulações de Maxwell, uma partícula carregada eletricamente gera
um campo elétrico em torno de si e o movimento dessa partícula gera, por sua vez, um campo
magnético. Os dois campos, elétrico e magnético, atuam vibrando ortogonalmente entre si e
possuem as mesmas amplitudes, isto é, alcançam os seus máximos ao mesmo tempo. As variações
do campo são causadas pelas vibrações das partículas. Quando essa partícula é acelerada, as
perturbações entre os dois campos se propagam repetitivamente no vácuo em uma direção
ortogonal à direção dos campos elétricos e magnéticos. Define-se uma onda eletromagnética como
a oscilação dos campos E (elétrico) e M (magnético), segundo um padrão harmônico de ondas, isto
é, ondas espaçadas repetitivamente no tempo. Esses campos dinâmicos sempre ocorrem juntos, de
modo que nem campo elétrico puro, nem campo magnético puro de ondas irradiadas ocorrerão
separadamente um do outro.
As ondas eletromagnéticas propagam-se no vácuo na velocidade da luz (c = 299.292.46 Km/s
ou aproximadamente 300.000 Km/s).
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A energia radiante consegue atravessar perfeitamente o vácuo. Quase toda a energia que
recebemos do sol, chega ao nosso planeta na forma de energia radiante, distribuída em uma larga
faixa de frequências. Esta faixa inclui a faixa do visível na região de maior densidade de energia,
com as diversas cores (violeta, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho) que conseguimos enxergar,
sendo particularmente intensas no ESPECTRO SOLAR. Porém, os cientistas utilizam os
radiotelescópios para observar os cosmos em comprimentos de ondas que não podemos ver, desde
as ondas de rádios até o raio X, e mesmo raios cósmicos.
Os raios gama possuem frequências muito maiores que a luz visível. As ondas de rádio
possuem frequência muito menor que a mais baixa frequência que os nossos olhos podem
enxergar. Dentre as outras formas de irradiação que não podemos enxergar encontram-se a
radiação infravermelha e radiação ultravioleta.
Ressalta-se que cargas estáticas e cargas em movimento com velocidade (vetorial) constante
não irradiam. Cargas aceleradas irradiam.
Toda energia radiante transportada por onda de rádio, infravermelha, ultravioleta, luz
visível, raio X, raio gama, etc., pode converte-se em energia térmica por absorção.
Sistemas ou equipamentos que utilizam radiações eletromagnéticas, radiações ionizantes e
sistemas ultrassônicos, devem ser monitorados para que possam operar com segurança em área
classificada.
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1.2.7. PROPAGAÇÃO
Onda de choque é uma onda caracterizada por ser um distúrbio em propagação onde
grandezas como velocidade, pressão, temperatura ou densidade variam de maneira abrupta e quase
descontínua. Esta onda pode ocorrer tanto em meios físicos, propagando-se de maneira mecânica,
quanto em campos como o campo elétrico e o campo magnético.
Sempre que a velocidade do gás é maior que a velocidade do som nele, ocorre a formação de
uma onda de choque nele. Quando um avião atinge a velocidade do som, as ondas sonoras emitidas
por ele se condensam a sua frente por estarem se propagando na mesma velocidade.
A velocidade do som é bem maior em um meio líquido e sólido onde as moléculas estão mais
próximas umas das outras do que em um gás. Na água, a velocidade do som é em torno de 4 vezes a
sua velocidade no ar; a uma temperatura de 25ºC é de aproximadamente de 1500 m/s. No aço a
velocidade é em torno de 5 vezes maior, podendo chegar a 5000 m/s.
De acordo com a velocidade de propagação das ondas de pressão (ondas que se propagam
devido à variação da pressão) as explosões são classificadas como:
• Deflagração;
• Explosão;
• Detonação.
➢ Velocidade de Propagação
Ocorre em função do gás combustível, da composição da mistura ar/combustível, da
temperatura, da pressão, das características da câmara de combustão e da taxa de absorção de
calor da mistura.
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Deflagração
São explosões que provocam ondas de pressão subsônicas, ou seja, abaixo da velocidade do
som. A velocidade de propagação é cm/s. As ondas de pressão possuem um ligeiro acréscimo e
provoca um ruído fraco.
Explosão
Processo caracterizado por súbito aumento de volume e grande liberação de energia,
geralmente acompanhado por altas temperaturas e expansão de gases. A velocidade de
propagação é m/s. As ondas de pressão podem atingir de 3 a 10 bar, provocando um forte ruído.
Indústrias que processam produtos na forma de pós apresentam alto potencial de risco
quanto a incêndios e explosões. Explosões ocorrem frequentemente em instalações onde são
processadas: farinhas de trigo, soja, milho, cereais, etc., particulados: açúcar, arroz, chá, cacau,
couro, carvão, madeira, enxofre, magnésio, eletrometal (ligas). A poeira depositada ao longo do
tempo nos diversos locais da planta industrial, quando agitada ou colocada em suspensão e na
presença de uma fonte de ignição com energia suficiente para causar a primeira deflagração,
poderá explodir, causando vibrações subsequentes pela onda de choque. Isto poderá contribuir
para que mais pó depositado entre em suspensão e mais explosões ocorram, cada uma mais
devastadora que a outra, causando prejuízos irreversíveis ao patrimônio.
Detonação
É um tipo de explosão onde a transformação química ocorre muito rapidamente, sendo que
a velocidade de expansão dos gases é muito superior a velocidade do som naquele ambiente. A
detonação é caracterizada por apresentar picos de pressão elevada num período extremamente
pequeno de tempo. A velocidade de propagação é Km/s. As ondas de pressão podem atingir valores
superiores a 20 bar e provocam um ruído extremamente forte.
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As condições permitidas de armazenamento e uso são diferentes para produtos com ponto
de fulgor abaixo de 23ºC, entre 23ºC e 66ºC e acima de 66ºC.
Combustíveis com ponto de fulgor abaixo de 23ºC são considerados, para fins de transporte
e armazenamento, como PERIGOSO e ALTAMENTE INFLAMÁVEL.
Os óleos combustíveis que geralmente apresentam ponto de fulgor acima de 66ºC são
considerados seguros.
GASOLINA -48
CICLOHEXANO -18
ETANOL ANIDRO 12
ESTIRENO 30
ÁCIDO ACÉTICO 40
AMILMETILCETONA 49
ÓLEO BPF 66
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É a menor temperatura na qual a mistura de vapor com o ar inflamado por uma fonte
externa de ignição continua a queimar constantemente acima da superfície do líquido, mesmo que a
fonte de calor seja removida.
TEMPERATURA DE AUTO
SUBSTÂNCIA
IGNIÇÃO
ACETONA 535°C
GASOLINA 280°C
PENTANO 285°C
QUEROSENE 210°C
XILENO 464°C
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2. EQUIPAMENTOS DE PROCESSO
2.1. TANQUES
Tanques são equipamentos que possuem ventilação para a atmosfera, não desenvolvendo
pressão internamente.
Eis alguns tipos de operações de tanques:
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2.3. REATORES
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2.4. CALDEIRAS
2.5. SILOS
São estruturas utilizadas para armazenamento de materiais pesados. Os silos são usados na
agricultura para armazenamento de grãos e alimentos fermentados. São mais comumente
utilizados para armazenamento de grãos, tais como: carvão, cimento, carbono preto, produtos
alimentícios e fibras de madeira.
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3. GERANCIAMENTO DE RISCOS
De acordo com a definição da HOPE (2002), ser capaz de gerenciar risco significa “tentar evitar
perdas, tentar diminuir a frequência ou severidade de perdas ou pagar as perdas de todos os
esforços em contrário”. Frequência de perdas é uma referência à quantidade de vezes que a perda
ocorre, enquanto severidade seria o total do prejuízo da perda e quanto custará pagar por este
prejuízo.
Gerenciamento de Riscos ou Gestão de Riscos realiza-se com a adoção de melhores práticas
de infraestrutura, políticas e metodologia, permitindo uma melhor gestão dos limites de risco
aceitáveis, do capital, da precificação e do gerenciamento da carteira.
Em plantas industriais com Áreas Classificadas o gerenciamento de riscos é uma prática
constante, pois se trata de ambientes com a presença de atmosferas potencialmente explosivas. A
gestão de riscos inclui o uso de equipamentos com a proteção apropriada ao ambiente onde serão
instalados, manutenção adequada dos equipamentos, escolha de procedimentos adequados para
trabalho, controle de possíveis fontes de ignição, cuidados especiais ao manipular e armazenar
substâncias combustíveis, utilização de instrumentos e equipamentos portáteis adequados a
classificação da área, instalação elétrica adequada a classificação da área, etc.
Algumas medidas preventivas como pressurização de salas contendo painéis elétricos,
climatização de ambientes, adoção da ventilação artificial através de ventiladores, exaustão de
ambientes, etc., são recursos necessários para evitar a ativação de uma atmosfera explosiva. As
explosões quando ocorrem podem causar perdas patrimoniais incalculáveis, além da perda de vidas
humanas.
3.1. PERIGO
É o potencial que uma grandeza tem de causar danos patrimoniais (materiais, equipamentos,
métodos ou práticas de trabalho) e lesões ao trabalhador.
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3.2. RISCO
Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável e possa afetar sua
integridade, seu bem-estar físico e psíquico.
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São as ações que devem ser adotadas com o objetivo de evitar que os eventos não desejados
(acidentes) venham a ocorrer.
Os líquidos inflamáveis e seus vapores devem ser confinados em equipamentos fechados e
canalizados, de forma a evitar contato com o ar e com quaisquer fontes de ignição. O confinamento
tem como objetivo:
Na figura abaixo a seta preta indica bomba de segurança. A seta azul indica funil apropriado
para manuseio de líquidos inflamáveis. Em toda transferência de líquidos o conjunto deverá ser
aterrado.
Na figura a seguir a seta preta indica válvula de segurança (alívio) do tambor. A seta amarela
indica aterramento entre o tambor e o vasilhame de segurança.
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2 – Controle da atmosfera
Adotar medidas que possam reduzir ou eliminar a possibilidade da ocorrência da atmosfera
explosiva. Aplicação de procedimentos adequados como por exemplo, manter fechados todos os
recipientes até a mudança de situações de processo, como a inertização de tanques e vasos.
3 – Controle da ignição
Não sendo possível eliminar a possibilidade de ocorrência da atmosfera explosiva, adotar
medidas de controle para evitar a ocorrência de fontes de Ignição simultaneamente com a
ocorrência desta atmosfera explosiva, usar equipamentos apropriados, procedimentos de trabalho
adequados, aterramentos, etc.
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➢ PLATAFORMA P-36
O acidente ocorreu no dia 15 de março de 2001, na Bacia de Campos, a 130 Km da costa do
Rio de Janeiro. Ocorreram duas explosões em um dos pilares da plataforma, desestabilizando a
estrutura que ficou inclinada. Morreram 11 trabalhadores no acidente.
A plataforma P-36 foi a maior plataforma de produção no mundo, produzia 84.000 barris de
petróleo por dia. Após as investigações a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP) concluiu que o acidente ocorreu devido à “não conformidade quanto a
procedimentos operacionais, de manutenção e de projeto”.
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➢ DEEPWATER HORIZON
O acidente ocorreu em 20 de abril de 2010, no Golfo do México. A plataforma sofreu uma
enorme explosão em uma das suas torres de sustentação. A torre estava na fase final da
perfuração de um poço. Este processo é delicado, pois existe a possibilidade de os fluidos do poço
serem liberados descontroladamente. Neste acidente 17 trabalhadores ficaram feridos e 11
morreram.
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4. NORMALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO
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4.2. RESPONSABILIDADES
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5. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
Em diversos tipos de plantas industriais podemos encontrar a presença de substâncias
inflamáveis como gases, vapores, poeiras e fibras, em quantidades suficientes para formar uma
atmosfera explosiva, como ocorre em indústrias petroquímicas, químicas, farmacêuticas, têxteis,
papel e celulose, tintas e vernizes, usinas de cana-de-açúcar, entre outras. Nestas instalações a
Classificação de Áreas é uma atividade muito importante para a identificação das fontes de
liberação das atmosferas explosivas, a frequência com que estas ocorrem, identificação da presença
de comburentes e fontes de ignição, de modo que os equipamentos que serão especificados e
instalados nestes ambientes não venham a contribuir como possíveis fontes de ignição.
A Classificação de Áreas é uma atividade realizada durante a fase de elaboração da planta
industrial, na qual uma equipe multidisciplinar de profissionais faz a coleta de informações sobre o
produto, processo, operação e segurança. A qualidade final deste trabalho depende da qualidade
das informações fornecidas pelo cliente.
A Classificação de Área é o cálculo do seu grau de risco, feito de forma a mapear as áreas
onde podem ocorrer misturas inflamáveis. O projeto deve ser feito de forma que as áreas tenham a
menor extensão possível. Alguns fatores são analisados durante a Classificação de Áreas, tais
como:
Esta Classificação de Áreas deve ser feita conforme a norma ABNT NBR IEC 60079-10
Atmosferas Explosivas – Parte 10.1: Classificação de Áreas – Atmosferas explosivas de gás.
Identificam-se os locais onde há o risco de explosão pela ignição de uma atmosfera explosiva. Esta
classificação tem como objetivo evitar o contato de fontes de ignição com a atmosfera explosiva e
servir como referência para a escolha dos equipamentos elétricos, tais como: motores, luminárias,
tomadas, interruptores, painéis, alto-falantes, etc.
O principal objetivo das normas é relacionar as boas práticas a serem adotadas e desta
forma garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e do meio ambiente. Atender à
normalização cumprindo com as exigências da legislação vigente evita multas pesadas,
possibilidade de embargo e interdição e penalidades no âmbito civil e criminal.
Um bom trabalho (projeto) de classificação de áreas é a ferramenta mais poderosa de
economia, trazendo os seguintes benefícios:
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➢ FONTE DE LIBERAÇÃO
É um ponto a partir do qual o produto pode ser liberado para a atmosfera de tal forma que
uma atmosfera explosiva pode ser formada.
• Permanente;
• Normal;
• Anormal.
• Volatilidade do produto;
• Quantidade de produto;
• Pressão do processo;
• Ventilação do local
➢ DOCUMENTAÇÃO
Desenho de Classificação de áreas:
• Em plantas;
• Em cortes.
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• Banco de dados de substâncias perigosas GESTIS mantido pela IFA (Institute for
Occupational Safety and Health of the German Social Accident Insurance).
Existe uma grande quantidade de gases e vapores que são capazes de reagir com o oxigênio
presente no ar. Os gases que não se queimam são chamados de gases inertes, tais como: nitrogênio,
hélio, dióxido de carbono, vapor d’água e tetracloreto de carbono.
Todos os gases, líquidos inflamáveis e combustíveis quando aquecidos acima do seu ponto
de fulgor podem entrar em ignição. Para ocorrer a combustão é necessário haver uma
concentração mínima e uma concentração máxima de substâncias combustíveis com o ar (oxigênio)
ou outro tipo de oxidante. A concentração mínima na qual a mistura se torna inflamável é chamada
de LIMITE INFERIOR DE INFLAMABILIDADE, e a concentração máxima na qual uma mistura se torna
inflamável é chamada de LIMITE SUPERIOR DE INFLAMABILIDADE.
A Faixa de Inflamabilidade compreende entre o limite inferior e o limite superior de
inflamabilidade. As substâncias que possuem faixas de inflamabilidade bastante amplas apresentam
um grau de risco maior quando comparadas com substâncias que possuem faixas de inflamabilidade
menores.
Os limites explosivos são indicados normalmente em porcentagem por volume. Não ocorre
combustão quando o gás é puro (concentração igual a 100%) ou quando não existe gás (0%). Uma
mistura gasosa somente provoca a propagação da chama se a concentração do gás estiver dentro
da faixa de inflamabilidade. Todos os gases, vapores, suspensões de pó combustíveis e inflamáveis
possuem limites definidos de concentrações no ar, dentro dos quais é possível a propagação após
uma ignição. Os limites de inflamabilidade dependem dos seguintes fatores:
Um dos métodos utilizados com a finalidade de diminuir e eliminar a capacidade dos gases
de provocar uma combustão ou explosão é a diluição do gás com um gás inerte. Isto pode ser
obtido através dos seguintes procedimentos:
A porcentagem do gás inerte necessária para produzir uma atmosfera segura depende da
natureza do gás combustível e do gás inerte que será utilizado. Exemplo: o hidrogênio não se
tornará inflável quando a mistura com o ar tiver 62% de CO 2 ou 75% de N2. Misturas de metano e ar
não serão inflamáveis quando contiver 38% de N2.
Substâncias como acetileno, hidrazina e n-propil nitrato tem limites superiores de 100%.
Estas substâncias queimam sem oxidante (ar, oxigênio), como os combustíveis de foguete e são
chamadas de mono propelentes.
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5.4. INERTIZAÇÃO
A inertização é um meio muito conhecido e tradicional que pode ser empregado como
proteção primária, ou seja, redução da quantidade de oxigênio no ar. Exemplos de gases inertes:
nitrogênio, dióxido de carbono, vapor d’água, hidrocarbonetos hidrogenados ou ainda substâncias
em pó, são geralmente empregados nos processos de inertização.
Uma atmosfera contendo menos de 10% em volume de oxigênio não se torna explosiva.
Quando a razão volumétrica entre o gás inerte e o gás inflamável é de no mínimo de 25, não existe a
possibilidade de se formar uma atmosfera inflamável, independentemente da quantidade de ar que
esteja misturada com os gases ou vapores inflamáveis.
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5.5. DENSIDADE DO AR
uma densidade de 1,205 Kg/m 3. Podemos calcular a densidade relativa dos gases com a seguinte
fórmula:
DR = 𝝆𝒈á𝒔 / 𝝆𝒂𝒓
PRODUTO DENSIDADE RELATIVA
HIDROGÊNIO 0,07
METANO 0,55
ETENO 0,97
ETANOL 1,59
CICLOHEXANO 2,90
5.6. VOLATILIDADE
A volatilidade de uma substância líquida está relacionada à energia cinética das suas
moléculas na fase líquida, em algumas substâncias suas moléculas possuem mais energia cinética
acumulada, fazendo com que estas moléculas sejam capazes de romper as ligações
intermoleculares que as mantém presas aos líquidos, atingindo assim a superfície do líquido e
escapando para a atmosfera. Se a substância estiver em um recipiente aberto o fenômeno vai
ocorrer até toda a substância desaparecer, iniciando assim o processo conhecido como evaporação.
Num recipiente fechado o fenômeno também ocorre, à medida que aumenta a quantidade
de moléculas de vapor estas se chocam entre si ou com o líquido. Como consequência destes
choques ocorre transferências de energias entre as moléculas. As moléculas com menor grau de
agitação são novamente capturadas pelas forças intermoleculares e retornam ao estado líquido,
sofrendo a condensação.
Depois de algum tempo o sistema entra em equilíbrio dinâmico, as moléculas passam
continuamente do estado líquido para o vapor e do vapor para o líquido.
Os combustíveis podem ser classificados em voláteis e não voláteis:
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É o menor valor de energia elétrica suficiente para a ignição de uma atmosfera explosiva da
substância considerada, para determinadas condições de teste especificadas. Neste ponto a energia
desenvolvida é máxima, ou seja, a explosão é maior. Os gases, vapores e poeiras são normalmente
classificados de acordo com suas energias mínimas de ignição (MIE). Estes valores são obtidos
através do capacitor de descargas de faíscas, fornecendo um parâmetro de como a substância pode
inflamar-se facilmente por faiscamento.
Dependendo da aplicação específica, existem diversos procedimentos padronizados para
determinar a energia mínima de ignição (MIE) das nuvens de poeiras, solventes de gases e vapores.
O elemento comum em todos os procedimentos é a energia gerada pela descarga de uma
faísca eletrostática liberada pelo circuito elétrico capacitivo. Os componentes do circuito e a
localização dos eletrodos entre as faíscas geradas são as principais diferenças entre os métodos.
A presença de um gás / vapor inflamável em uma mistura ar / poeira combustível (mistura
híbrida) pode levar a energias de ignição inferiores ao mínimo para a poeira / ar puro, mesmo que a
concentração de gás / vapor esteja bem abaixo do limite inferior de inflamabilidade.
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• SIT “e” (ºC): Temperatura mínima de ignição de camada de poeira com espessura de
“e” mm.
• CLASSE DE EXPLOSIVIDADE (St): Define, através de testes, se uma chama se
propaga após a ignição de uma mistura poeira / ar, causando um aumento de pressão
em um recipiente fechado. Varia de 0 (sem chama) a 3 (forte explosão).
TEMPERATURA MÍNIMA DE
CLASSE DE TEMPERATURA
IGNIÇÃO
PRODUTO
Temperatura mais elevada que é atingida em serviço sob as condições mais adversas (porém
dentro das tolerâncias especificadas pela norma do seu tipo de proteção) por qualquer parte ou
superfície de um equipamento em contato com uma atmosfera explosiva capaz de causar sua
ignição. Para evitar os riscos de explosão, a temperatura máxima de superfície dos equipamentos
deve estar sempre abaixo da temperatura de ignição de qualquer gás, vapor ou névoa.
Se a marcação do equipamento elétrico não incluir uma faixa de temperatura ambiente, o
equipamento será projetado para ser utilizado entre -20ºC e +40ºC. Se a faixa de temperatura
ambiente estiver fora destes valores, ou se houver alguma influência devido a outros fatores, como
temperatura do processo ou exposição à radiação solar, o efeito sobre o equipamento deve ser
considerado e as medidas tomadas devem ser documentadas. Neste caso, o fabricante do
equipamento deve ser informado sobre as condições de temperatura ambiente que o equipamento
será submetido.
A indicação da classe de temperatura máxima de superfície do equipamento elétrico,
determinada durante os ensaios de certificação e indicada no respectivo certificado de
conformidade, deve ser indicada na marcação do equipamento elétrico.
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partes aquecidas de equipamentos elétricos como luminárias, painéis elétricos, cabos, invólucros,
etc., que se encontram aquecidos numa temperatura superior à temperatura de ignição do produto
inflamável, neste caso poderá ocorrer ativação de uma atmosfera explosiva no ambiente.
Conhecendo a temperatura de autoignição dos produtos inflamáveis do local onde o equipamento
será instalado, pode-se fazer a escolha apropriada da temperatura máxima de superfície do
equipamento, que deverá ser sempre menor que a temperatura de autoignição dos produtos
inflamáveis.
O equipamento Ex é projetado para utilização em uma faixa de temperatura ambiente
normal entre -20ºC e +40ºC.
Ao especificar a classe de temperatura, verificar a temperatura de processo máxima de
utilização.
Margem de segurança: T1 e T2 = 10ºC; T3 a T6 = 5ºC.
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temperatura deve ser feita de acordo com os requisitos indicados na Norma ABNT NBR IEC 60079-
14.
A temperatura máxima de superfície é o mais baixo dos valores obtidos para nuvens de
poeira ou camadas de poeiras, determinando a temperatura máxima de superfície para o
equipamento a ser utilizado. Em locais onde a espessura da camada de poeira não puder ser
controlada a um máximo de 5 mm, considerações devem ser feitas junto ao fabricante. Na falta de
informações para o produto, Tmáx poderá ser obtido de forma conservativa a partir de norma NEC.
Observação: O equipamento elétrico certificado para o grupo IIC é adequado para os IIB e
IIC. O equipamento elétrico certificado para o grupo IIIC é adequado para os grupos IIIA e IIIB.
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É um ponto a partir do qual é previsto ocorrer liberação continuamente, por longos períodos
de tempo ou frequentemente.
➢ ZONA 0
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva por gases, vapores e névoas, está
presente continuamente, por longos períodos ou frequentemente.
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➢ ZONA 20
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva por poeiras e fibras, está presente
continuamente, por longos períodos ou frequentemente.
➢ ZONA 1
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva por gases, vapores e névoas, pode estar
presente eventualmente em condições normais de operação.
➢ ZONA 21
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva por poeiras e fibras, pode estar presente
eventualmente em condições normais de operação.
➢ ZONA 2
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva por gases, vapores e névoas, não é
esperada ocorrer em operação normal, porém, se ocorrer, permanece somente por um curto
período de tempo.
➢ ZONA 22
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva por poeiras e fibras, não é esperada
ocorrer em operação normal, porém, se ocorrer, permanece somente por um curto período de
tempo.
• Quantidade do produto;
• Volatilidade do produto;
• Pressão de processo;
• Ventilação do local.
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Área não classificada Menos que 1 hora por ano < 0,01%
Figura Desenho simplificado com elevação de classificação de áreas dos tipos Zona 0, 1 e 2.
5.13. VENTILAÇÃO
É um dos meios capazes de minimizar ou evitar a formação de uma atmosfera explosiva. Gás
ou vapor liberado na atmosfera pode ser diluído por dispersão ou difusão no ar até que sua
concentração esteja abaixo do limite inferior de explosividade. A ventilação pode ser obtida pelo
movimento do ar devido ao vento e/ou, pelos gradientes de temperatura ou por meios artificiais,
tais como ventiladores. Esse tipo de proteção deve assegurar que em qualquer ponto do ambiente
considerado, como em qualquer tempo não haverá a formação de uma substância inflamável.
Para obter uma boa ventilação do ambiente deve-se fazer uma boa avaliação das condições
da instalação, e da quantidade máxima de vapor ou gás inflamável que pode ser liberado.
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Um sistema de ventilação artificial para a proteção contra explosão necessita atender aos
seguintes requisitos:
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diminuir ou não o grau de risco daquela área. O Grau de Ventilação depende da velocidade do vento
e do número de trocas de ar realizadas por unidade de tempo.
A ventilação pode ser dividida em três graus: baixa, média e alta.
➢ VENTILAÇÃO ALTA
Pode reduzir a concentração no local da fonte de risco, resultando em uma concentração
abaixo do limite inferior de explosividade. Resulta em uma extensão de zona desprezível. Em locais
onde a ventilação não é boa, outro tipo de zona pode ocorrer ao redor da extensão de zona
desprezível.
➢ VENTILAÇÃO MÉDIA
Pode controlar a concentração, resultando em uma situação estável de extensão da zona,
enquanto estiver ocorrendo a liberação e a atmosfera explosiva de gás não persiste
desnecessariamente após ter cessado o vazamento.
➢ VENTILAÇÃO BAIXA
Não pode controlar a concentração enquanto ocorre o vazamento e/ou não pode evitar a
permanência indevida de uma atmosfera explosiva de gás, após ter cessado o vazamento.
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Esta condição está indicada através do símbolo “U” como sufixo no número do certificado.
Para evitar que os equipamentos elétricos produzam fontes de ignição (faíscas, centelhas,
aquecimentos, etc.) que sejam capazes de iniciar uma explosão, são utilizadas diversas técnicas
construtivas. Os principais métodos utilizados nos equipamentos elétricos são:
• Confinamento;
• Segregação, ou;
• Supressão desta fonte de ignição
➢ CONFINAMENTO
Os componentes que podem causar a ignição são instalados dentro de um invólucro que
pode suportar a pressão desenvolvida durante uma explosão interna de uma mistura explosiva e
que evita a transmissão desta para a atmosfera ao redor do invólucro.
➢ SEGREGAÇÃO
Os componentes que podem causar a ignição são isolados da atmosfera explosiva
circundante através de um meio isolante, podendo ser gás de proteção, óleo, areia ou resina.
➢ DILUIÇÃO
Suprimento contínuo de um gás de proteção, a uma taxa tal que a concentração da
substância inflamável seja mantida em um valor fora dos limites de explosividade.
➢ LIMITAÇÃO
Restrição de energia elétrica incluindo equipamentos e fiação de interconexão expostos à
atmosfera explosiva, a um nível abaixo daquele capaz de causar ignição.
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➢ SUPRESSÃO
Aplicação de medidas construtivas adicionais, de forma a eliminar a possibilidade de fontes
de ignição em regime normal ou sob condições anormais especificadas.
A especificação de equipamentos elétricos para uso em atmosferas explosivas é baseada em
três fatores:
• Tipo de proteção: é função da zona, que por sua vez é função da frequência que pode
ocorrer a atmosfera explosiva neste local.
• Grupo: é função da diferença de comportamento das substâncias quanto à
explosividade, como a energia mínima de ignição, velocidade de propagação da
chama, etc.
• Classe de Temperatura: que deve ser determinada a partir da temperatura de
autoignição do produto mais crítico.
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➢ Barreira Zener
Nos equipamentos e dispositivos intrinsecamente seguros a maneira de garantir a limitação
de parâmetros elétricos. Componentes incorporando diodos paralelos ou cadeia de diodos
(incluindo diodos Zener) protegidos por fusíveis ou resistores ou uma combinação destes,
fabricados como um equipamento individual ao invés de uma parte de um equipamento maior.
A função da barreira de energia é a de limitar a energia elétrica entregue à área perigosa
pela área segura, através da limitação da corrente e da tensão. Considerações sobre a utilização da
barreira de energia para proteção de áreas classificadas:
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• Operação normal e com ocorrência de falha não prevista e agravação para condição
mais crítica, e;
• Em operação normal e com a ocorrência de apenas uma falha não prevista e com
agravante para uma situação mais crítica.
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Os invólucros à prova de explosão não são utilizados em zonas de alto grau de risco (zona 0),
pois a integridade do grau de proteção depende de uma correta instalação e manutenção. Este
método de proteção é o confinamento e pode ser utilizado em zona 1.
Principais características destes tipos de proteção:
Este tipo de proteção é utilizado principalmente nos equipamentos de potência, tais como:
painéis de controle de motores, luminárias, chaves de comando, etc.
➢ Juntas
Geralmente os invólucros à prova de explosão possuem juntas para a redução da alta
pressão do gás que é gerada devido à uma possível ignição no interior do invólucro. Estas juntas
possuem duas funções principais: reduzir a pressão gerada e reduzir a temperatura do gás da
explosão que está sendo liberado através da junta, evitando que a atmosfera exterior sofra o
processo de ignição.
➢ Unidades Seladoras
As unidades seladoras são previstas para serem instaladas em eletrodutos e sistemas de
cabos com a finalidade de minimizar a passagem de gases ou vapores e evitar a passagem da chama
de uma parte da instalação elétrica para outra através do eletroduto. Tal comunicação através do
cabo tipo MI é inerentemente evitada tendo em vista a própria construção do cabo.
A figura a seguir apresenta o corte de uma unidade seladora, sendo possível identificar que
o eletroduto é roscado na unidade seladora, o preenchimento pela massa seladora e a forma como
o condutor fica disposto no interior.
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CCM “Ex” com “tradicionais” invólucros metálicos de junta plana e unidades seladoras Ex d.
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Prensa cabos À Prova de Explosão e Segurança Aumentada para cabos não armados
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Exemplo de falha de montagem de caixa de ligação com certificação “Ex”: erros nas entradas
de cabos e no fechamento da tampa.
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➢ Pressurização – (Ex-p)
Técnica de prevenção contra o ingresso de atmosfera externa no interior de um invólucro,
através da manutenção de um gás de proteção interna (ar ou gás inerte), a uma pressão acima da
atmosfera externa.
Desta forma o gás inerte deve ser mantido numa quantidade em que a concentração da
mistura nunca alcance 25% do limite inferior de explosividade do gás gerado. Neste caso, o sistema
de alarme deve ser baseado na quantidade relativa do gás de proteção na atmosfera, atuando
também na desenergização da alimentação.
Este método de proteção é a segregação e pode ser utilizado em zona 1 e zona 2. Esta
técnica também é conhecida como “Diluição Contínua” e pode ser aplicada a painéis elétricos e
principalmente como uma solução para salas de controle, que podem ser montadas próximas a
áreas de risco.
Os dispositivos elétricos no interior de um equipamento pressurizado são normalmente de
uso comum, podendo atingir temperaturas elevadas. O projeto pode incluir volumes enormes,
diferente de outros tipos de proteção. Estes volumes podem atingir as dimensões de uma sala de
painéis elétricos de uma subestação, mas nestes casos os sistemas de ventilação devem ser
projetados para atender a demanda do volume a proteger e devem garantir os valores das pressões
necessárias para a proteção.
A fonte de ar ou gás inerte utilizado deverá ser livre de gases inflamáveis e deverá ser
confiável, podendo ser necessário limpar ou secar o ar ou gás antes de ser utilizado na
pressurização, o gás inerte mais comum é o nitrogênio.
Os equipamentos e invólucros com proteção do tipo Ex-p, devem possuir uma advertência
fixada externamente de forma visível, alertando que o equipamento só poderá ser aberto após
duas condições satisfeitas:
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CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
EPL TIPO INTERNA COM
EXTERNA
PRESSURIZAÇÃO
Gb pbx Zona 1 Não ex
Gb pby Zona 1 Zona 2
Gc pcz Zona 2 Não ex
Db pb Zona 21 Não ex
Dc pc Zona 22 Não ex
➢ Proteção do Tipo px
Pressurização que reduz o nível de proteção do equipamento dentro de um invólucro
pressurizado de zona 1 para área não classificada. Neste tipo de pressurização, como a
pressurização é o único modo de proteção, outro dispositivo externo realiza o desligamento da
energia elétrica do equipamento no caso de falha na pressurização. Neste caso, somente será
possível ocorrer ignição da atmosfera externa no caso da ocorrência de duas falhas.
➢ Proteção do Tipo py
Pressurização que reduz o nível de proteção do equipamento dentro de um invólucro
pressurizado de zona 1 para zona 2. Com o emprego deste tipo de proteção é possível a utilização
de tipos diferentes de proteção no mesmo invólucro, ou seja, é possível por exemplo, utilizar um
dispositivo Ex-e e outro sistema Ex-e dentro do mesmo invólucro. É importante ressaltar que estes
dois tipos de proteção possuem condições de falhas e utilização diferentes, mas com o invólucro
com pressurização py é possível limitar a restrição com o invólucro e com a pressurização.
➢ Proteção do Tipo pz
Pressurização que reduz o nível de proteção do equipamento dentro de um invólucro
pressurizado de zona 2 para área não classificada. Sendo assim, dispositivos comuns podem ser
utilizados no interior. Para ocorrer uma explosão serão necessárias duas falhas, uma na
pressurização, a qual é muito remota de ocorrer devido a confiabilidade do sistema de
pressurização, e a outra falha é a formação de uma atmosfera explosiva no exterior do sistema
protegido.
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Painéis Pressurizados com tipo de proteção Ex pz II T6 EPL Gc de acordo com ABNT NBR IEC
60079-2.
Tipo de proteção aplicada aos equipamentos elétricos nos quais medidas adicionais são
aplicadas, de forma a oferecer um aumento de segurança contra a possibilidade de temperaturas
excessivas e da ocorrência de arcos, faíscas ou centelhas em regime normal ou em condições
anormais específicas.
A proteção do tipo “Ex-e” exige que os equipamentos tenham tensão de operação inferior a
11 KVms e que não tenham internamente qualquer componente que produza tensão superior a este
valor.
Esta técnica está baseada na construção especial dos equipamentos (fiação, terminais,
isolação, prensa cabos, etc.), no tipo de materiais utilizados na fabricação, projeto e montagem.
Para garantir que a temperatura do equipamento permaneça dentro de limites aceitáveis e
seguros, os equipamentos têm atribuídos uma dissipação de potência. O aumento da temperatura
depende principalmente dos seguintes fatores:
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• Corrente inicial de partida Ia – corrente inicial de partida IA – valor eficaz mais elevado
da corrente absorvida por um motor de corrente alternada quando em repouso
quando alimentado pela tensão e frequência nominais. Os fenômenos transitórios
são desconsiderados.
• Tensão nominal – valor da tensão declarado pelo fabricante para um componente,
dispositivo ou equipamento e para o qual todas as características de operação e
desempenho são efetivamente dimensionadas;
• Tensão de trabalho – maior valor eficaz da tensão, em corrente alternada ou
contínua, que pode ocorrer através de qualquer isolamento quando o equipamento é
alimentado à tensão nominal. Transientes são desprezados;
• Tempo te – tempo em segundos, necessário para o enrolamento do rotor ou de um
estator, alimentado em corrente alternada, atingir a temperatura-limite a partir da
temperatura de serviço nominal considerando a condição de rotor bloqueado.
• Motores de indução;
• Luminárias (desde que a potência e o tipo da lâmpada não gerem alta temperatura),
um exemplo são as lâmpadas fluorescentes;
• Válvulas, solenoides,
• Botões de comando;
• Terminais e blocos de conexão;
• Transformadores de controle e medição;
• Instrumentos de medição;
• Principalmente em conjunto com outros tipos de proteção.
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Neste tipo de proteção o óleo utilizado deve ser de origem mineral, no caso da utilização de
outro líquido, este deverá atender as seguintes exigências:
O equipamento com proteção a óleo deve ser construído de forma que a deterioração do
líquido de proteção por poeira ou umidade do meio ambiente seja evitada. Dois tipos de
equipamentos são possíveis de serem construídos:
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Algumas das medidas mais importantes para manter o nível de proteção adequado, são as
seguintes:
Tipo de proteção na qual as partes capazes de ignitar uma atmosfera explosiva são fixadas
em posições e completamente circundados por um material de enchimento (normalmente o pó de
quartzo ou areia) para evitar a ignição de uma atmosfera explosiva externa. Encontrado como
forma de proteção para leito de cabos no piso.
Este tipo de proteção só se aplica a equipamentos com corrente nominal menor ou igual a
16 A, que consumam potência menor ou igual a 1000 VA cuja tensão de alimentação não seja
superior a 1000 V.
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Este tipo de proteção pode impedir uma possível explosão externa de entrar no
equipamento ou área interna com este tipo de proteção, pois devido ao pequeno volume livre no
material utilizado para preencher a faixa de transição e ao resfriamento da chama ao se propagar
através do material de preenchimento, o qual, devido à composição química, consegue absorver
grandes quantidades de calor, evitando assim a propagação da chama. Na fase de projeto e
especificação, alguns requisitos de manutenção são os seguintes:
O invólucro ou as partes dele que são preenchidas com material devem ter grau de proteção
mínimo IP54, no caso de o grau de proteção ser igual ou superior ao IP55, o invólucro deverá ser
provido de respiro, e neste caso o equipamento deverá ser IP54.
No caso de o invólucro ser projetado e especificado para instalação somente em ambiente
abrigado, limpo e seco, ele deverá ter grau de proteção mínimo IP43, uma vez que diversos fatores
estão limitados, a proteção pode possuir um grau menor.
A maior abertura (interstício) no invólucro, destinado ao preenchimento com material
(normalmente areia), deverá ser de no mínimo 0,1 mm menor que a menor dimensão do material de
preenchimento, não podendo exceder o diâmetro 0,9 mm, de maneira a impedir perda do material
de preenchimento.
Os invólucros de equipamento preenchido com areia ou outro material com características
similares ou componentes Ex preenchidos deverão ser selados na fase de fabricação e não devem
permitir abertura do invólucro sem a destruição do selo de fechamento, garantindo assim o
fechamento original.
Recomendações que merecem destaque e atenção no momento do projeto ou da
especificação de equipamentos ou proteções do tipo Ex-q:
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Tipo de proteção onde partes que sejam capazes de ignitar uma atmosfera explosiva, seja
por centelhamento ou aquecimento, são encapsulados em um composto de tal forma que a
atmosfera explosiva não possa ser ignitada em condições de operação.
Geralmente esse tipo de proteção é complementar em outros métodos, e destina-se a evitar
o curto-circuito acidental. Este método de proteção é a segregação, e pode ser utilizado em todas
as zonas.
O composto (resina) utilizado para encapsular deverá possuir a descrição da composição
completa para avaliação das condições de temperatura e a faixa de temperatura deverá ser definida
em conjunto com a máxima temperatura de operação. O encapsulamento deverá ser testado de
forma a garantir as condições de isolação, resistência mecânica e resistência a absorção de água,
sendo este último específico para dispositivos expostos à ambientes úmidos.
O encapsulamento deverá ser realizado sem nenhum espaço vazio, os espaços vazios serão
permitidos somente nos casos de componentes que necessitem de movimentação, como por
exemplo, relés, porém nestes casos, o volume livre será no máximo de 100 cm 3, para proteção do
tipo “ma”, e 10 cm3, para proteção do tipo “mb”. Os casos de dispositivos com contatos deverão
prever um invólucro adicional que permita a movimentação mecânica do componente.
Durante a fase de projeto e especificação do tipo de proteção do equipamento elétrico,
algumas considerações importantes devem ser observadas:
• Espaços livres menores que 100 cm3 para proteção “ma”, e 10 cm3 para proteção
“mb”;
• O material utilizado no preenchimento deverá ser mecanicamente resistente à
choques e alterações na temperatura durante a operação normal;
• Material utilizado no preenchimento do encapsulamento não deverá reagir com os
possíveis produtos químicos que podem ser emanados no local onde ficará instalado
o equipamento ou dispositivo;
• Temperatura do invólucro deverá ser muito menor que a temperatura de ignição da
mistura explosiva presente no local, e;
• Encapsulamento deverá ter uma espessura mínima.
• Esta técnica pode ser aplicada aos seguintes equipamentos:
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Tipo de proteção onde todos os componentes elétricos são protegidos por um invólucro
para evitar a ignição de uma camada ou nuvem de poeira.
É utilizado nas zonas 20, 21 e 22.
Motor trifásico para aplicação em áreas classificadas como zona 21 e 22, Grupos IIIA, IIIB e
IIIC, Classe de Temperatura T125ºC.
Tipo de proteção de origem alemã, na qual os equipamentos são fabricados sem seguir
nenhuma norma técnica para equipamentos instalados em áreas classificadas.
Permite a certificação de equipamentos que ao serem testados e ensaiados não
contribuíram com a formação de nenhuma atmosfera explosiva. Esta classificação é uma abertura
nas normas para a inovação tecnológica dos fabricantes.
Quando um novo tipo de proteção é inventado, ele pode ser comercializado após passar por
uma entidade cadastrada para fornecer um “CERTIFICADO DE EQUIVALÊNCIA”. Este certificado
indica que o equipamento possui nível de segurança equivalente a algum previsto pela
normalização existente.
Exemplo: uma lâmpada fluorescente de segurança aumentada, devido às restrições da
norma, só pode ser construída com lâmpadas monopino. Um alemão desenvolveu um dispositivo
que transformava uma lâmpada bipino convencional em uma lâmpada monopino. Essa lâmpada foi
submetida a um certificador alemão que a certificou como especial e equivalente ao tipo de
proteção Ex e (segurança aumentada).
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Seguem abaixo as tabelas que relacionam os tipos de proteção de acordo com a classificação
de áreas por zonas.
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6.3. INVÓLUCRO
• Características nominais;
• Grau de proteção IP (em função das influências externas).
• Grupo de Explosividade:
Em função do produto mais crítico quanto a energia mínima de ignição (MIE);
• Classe de Temperatura:
Em função do produto mais crítico quanto a temperatura de autoignição;
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Historicamente, sabemos que nem todos os tipos de proteção fornecem o mesmo nível de
proteção contra a possibilidade da ocorrência de uma condição de ignição. As normas da ABNT, IEC
e NFPA estabelecem tipos específicos de proteção para zonas específicas, considerando que quanto
mais provável ou frequente for a ocorrência de uma atmosfera explosiva, maior deverá ser o nível
de segurança exigido no equipamento.
Áreas classificadas (com exceção das minas de carvão – pela presença de Grisu) são divididas
em zonas. O equipamento é dimensionado para um determinado tipo de zona de acordo com o tipo
de proteção que ele possui. Em determinadas situações, este tipo de proteção poderá ser dividido
em diferentes níveis de proteção mais específicos, os quais estão relacionados a zonas. Exemplo: a
proteção de equipamentos por segurança intrínseca Ex-i é dividida em níveis de proteção “ia”, “ib” e
“ic”.
➢ EPL Ma
São equipamentos para instalação em minas de carvão, possuindo um nível “muito alto” de
proteção, ou seja, o equipamento deverá possuir segurança durante e após a operação normal, de
maneira a garantir que seja improvável que ele se torne uma fonte de ignição na presença de
atmosfera explosiva.
No caso de equipamentos de comunicação e equipamentos de detecção de gás (função de
proteção contra formação da atmosfera explosiva) deverão ser construídos para atingir os
requisitos Ma, como por exemplo, circuitos de telefone Ex-ia.
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➢ EPL Mb
São equipamentos para instalação em minas de carvão, possuindo um nível “alto” de
proteção, ou seja, será muito pouco provável que o equipamento se torne uma fonte de ignição no
espaço de tempo entre o desligamento do equipamento e o surgimento de algum tipo de gás
inflamável no ambiente onde ele esteja instalado.
Os equipamentos para extração do carvão, normalmente, são construídos para atingir estes
requisitos Mb. Exemplos de equipamentos que possuem este tipo de proteção: motores e
conjuntos dispositivos de manobra com nível de proteção Ex-d.
➢ EPL Ga
São equipamentos para atmosferas explosivas de gás, possuindo um nível de proteção
“muito alto”, ou seja, o equipamento elétrico não representará uma fonte de ignição nas seguintes
condições: operação normal, possíveis falhas esperadas ou falhas raras (do tipo não esperadas).
➢ EPL Gb
São equipamentos para atmosferas explosivas de gás, possuindo um nível de proteção
“alto”, ou seja, o equipamento elétrico não se tornará fonte de ignição quando da operação normal
do processo ou quando ocorrerem falhas que poderão ser previstas, porém podem deferir no tipo
de falha esperada normalmente.
➢ EPL Gc
São equipamentos para atmosferas explosivas de gás, possuindo um nível de proteção
“elevado”, ou seja, o equipamento ou dispositivo não representa risco de ignição no caso de
ocorrências normais de operação, e além disso, é necessário que após a ocorrência o dispositivo
permaneça inativo (desligado).
Exemplo: é o caso da falha de uma lâmpada, neste caso o dispositivo necessitará de
proteção do tipo Ex-n.
➢ EPL Da
São equipamentos para atmosferas explosivas de poeiras, possuindo um nível de proteção
“muito alto”, ou seja, o equipamento com este tipo de proteção não será uma fonte de ignição
durante a operação normal ou quando ocorrerem falhas raras.
➢ EPL Db
São equipamentos para atmosferas explosivas de poeiras, possuindo um nível de proteção
“alto”, ou seja, o equipamento não será considerado uma fonte de ignição durante a operação
normal ou quando ocorrerem falhas previstas, porém diferentes das falhas que ocorrem
normalmente.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
➢
EPL Dc
São equipamentos para atmosferas explosivas de poeiras, possuindo um nível de proteção
“elevado”, ou seja, o equipamento não será considerado como uma fonte de ignição durante a
operação normal e deverá possuir proteção adicional que possa garantir a inatividade do sistema
como um todo, assegurando que após a falha o equipamento será desligado, assim permanecendo,
não representando um risco (fonte de ignição).
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• Se a proteção real contra o acesso às partes perigosas for superior à indicada pelo
primeiro numeral característico, ou;
• Se somente a proteção contra o acesso às partes perigosas for indicada, o primeiro
numeral característico é, então, substituído por um X.
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LETRA
DESCRIÇÃO BREVE DEFINIÇÃO
ADICIONAL
A esfera de 50 mm deve ter uma
Protegido contra o acesso com o
A distância do isolamento apropriada
dorso da mão.
das partes perigosas.
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➢ PROTEÇÃ
00 Sem proteção
01 0,15 Joule
02 0,2 Joule
03 0,35 Joule
04 0,5 Joule
05 0,7 Joule
06 1 Joule
07 2 Joule
08 5 Joule
09 10 Joule
10 20 Joule
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Considerando que os produtos certificados pela Portaria Inmetro nº 179, de 18 de maio de 2010,
publicada no Diário Oficial da União, de 20 de maio de 2010, seção 01, página 76, destinados à
atmosferas explosivas, nas condições de gases e vapores inflamáveis e poeiras combustíveis, são
objetos regulamentados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, de acordo com item 10.9.2 da NR-
10 - Instalações e Serviços em Eletricidade, aprovada por meio da Portaria nº 598, de 07 de
dezembro de 2004, publicada no Diário Oficial da União, de 8 de setembro de 2004;
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Art. 1º Cientificar que o artigo 7º da Portaria Inmetro nº 179/2010 passará a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 7º Estabelecer que no prazo de até 36 (trinta e seis) meses, contados da data de publicação
desta Portaria, os Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Poeiras
Combustíveis deverão ser comercializados, no mercado nacional, somente em conformidade com os
Requisitos ora aprovados.” (N.R.)
Art. 2º Cientificar que o artigo 8º da Portaria Inmetro nº 179/2010 passará a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 8º Determinar que no prazo de até 24 (vinte e quatro) meses, contados da data de publicação
desta Portaria, os Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e
Vapores Inflamáveis deverão ser fabricados e importados somente em conformidade com os
Requisitos ora aprovados.” (NR)
Art. 3º Cientificar que o artigo 9º da Portaria Inmetro nº 179/2010 passará a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 9º Estabelecer que no prazo de até 36 (trinta e seis) meses, contados da data de publicação
desta Portaria, os Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e
Vapores Inflamáveis deverão ser comercializados, no mercado nacional, somente em conformidade
com os Requisitos ora aprovados.” (NR)
Art. 4º Cientificar que o artigo 11 da Portaria Inmetro nº 179/2010 passará a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 11 Determinar que até 36 (trinta e seis) meses, após a vigência dos prazos fixados nos artigos
6º e 8º, os Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e Vapores
Inflamáveis e Poeiras Combustíveis deverão ser fabricados e importados de acordo com a publicação
da versão que vier a ocorrer, das Normas relacionadas nos Requisitos ora aprovados.
§1º Nos casos em que a atualização das Normas, relacionadas nos Requisitos ora aprovados, se der
por motivo de risco imediato, que venha a impactar na segurança do cidadão, o atendimento ao
caput deste artigo deverá ser de até 12 (doze) meses.
Art. 6º Cientificar que o artigo 15 da Portaria Inmetro nº 179/2010 passará a vigorar com a seguinte
redação:
“Art. 15 Revogar a Portaria Inmetro n.º 83, de 03 de abril de 2006, publicada no Diário Oficial da
União de 06 de abril de 2006, seção 01, página 62, que aprova o Regulamento de Avaliação da
Conformidade de Equipamentos Elétricos para Atmosferas Potencialmente Explosivas, nas
condições de gases e vapores inflamáveis, 24 (vinte e quatro) meses após a publicação desta
Portaria.”
§1º Durante o prazo fixado no caput, os novos processos de certificação deverão atender somente
aos Requisitos ora aprovados.
§2º Durante o prazo fixado no caput, os processos de certificação, baseados na Portaria Inmetro n.º
83/2006, deverão, à medida que passarem por avaliação de manutenção ou de renovação, atender
somente aos requisitos ora aprovados.” (NR)
Art. 7º Cientificar que os subitens 6.1.2.3 e 6.3.2.1, a alínea “d” do subitem 6.3.2.2.1 e as alíneas “d”,
“l” e “g” do subitem 6.3.4.5 dos Requisitos de Avaliação da Conformidade para Equipamentos
Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e Vapores Inflamáveis e Poeiras
Combustíveis, aprovados pela Portaria Inmetro nº 179/2010, passarão a vigorar com a seguinte
redação:
“6.1.2.3 A avaliação do SGQ do solicitante (fabricante) deve ser programada e realizada pelo OCP,
de comum acordo com o solicitante, devendo contemplar os requisitos estabelecidos neste RAC.”
(NR)
“6.3.2.1 O solicitante deve encaminhar uma solicitação formal ao OCP, na qual deve constar a
denominação, a característica do produto e anexado o respectivo memorial descritivo, manual de
instalação e instruções para uso seguro do equipamento, no idioma Português (Brasil), e outros
documentos complementares que o OCP julgar necessário. No caso de o solicitante ser o próprio
usuário, a apresentação das instruções para uso seguro do equipamento no idioma Português
(Brasil) é dispensada.” (NR)
“6.3.2.2.1
(...)
d) Ser apresentada nota fiscal de entrada dos produtos importados.” (NR)
“6.3.4.5
(...)
d) descrição básica do produto e os tipos de proteção aplicados ou marcação de origem;” (NR)
“6.3.4.5
(...)
l) marcação completa de acordo com o certificado de origem;” (NR)
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“6.3.4.5
(...)
g) data de emissão;” (NR)
Art. 8º Incluir o subitem 6.1.1.4.2.1 nos Requisitos de Avaliação da Conformidade para Equipamentos
Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e Vapores Inflamáveis e Poeiras
Combustíveis, com a seguinte redação:
“A primeira auditoria deve ser realizada pelo OCP que emitirá o certificado de conformidade, para
verificar, além dos requisitos técnicos, os seguintes requisitos:
a) a marca de conformidade,
b) tratamento de reclamação,
c) procedimentos para controle de produto não conforme e controle de documentos, para avaliar se
qualquer não conformidade relativa à segurança do produto e qualquer alteração nos documentos
que originaram a certificação serão informadas ao OCP.
O OCP pode delegar esta atividade a outro organismo ou profissional, desde que seja assegurada a
competência técnica do auditor.”
Art. 9º Incluir alíneas nos subitens 6.1.1.5.5, 6.2.1.4.5 e 6.3.4.5 dos Requisitos de Avaliação da
Conformidade para Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e
Vapores Inflamáveis e Poeiras Combustíveis, com a seguinte redação:
“6.1.1.5.5
(...)
o) a formatação do nº de certificado deve estar de acordo com a alínea “d”, do item 29.2 da NBR IEC
60079-0 – Requisitos Gerais, inclusive a utilização do ponto.” (NR)
“6.2.1.4.5
(...)
q) a formatação do nº de certificado deve estar de acordo com a alínea “d”, do item 29.2 da NBR IEC
60079-0 – Requisitos Gerais, inclusive a utilização do ponto.” (NR)
“6.3.4.5
(...)
q) a formatação do nº de certificado deve estar de acordo com a alínea “d”, do item 29.2 da NBR IEC
60079-0 – Requisitos Gerais, sendo que ao invés do ponto, conforme previsto nesta norma, deve ser
adotado o símbolo “SE”. (NR)
Parágrafo Único O determinado nas alíneas ora incluídas deverá ser exigido pelos OCP no prazo de
até 3 (três) meses, contados da data de publicação desta Portaria.
Art. 10 Incluir, no subitem 12.1 dos Requisitos de Avaliação da Conformidade para Equipamentos
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e Vapores Inflamáveis e Poeiras
Combustíveis, uma Nota com a seguinte redação:
“Nota: Os ensaios realizados por laboratório acreditado de 1ª parte deverão ser acompanhados por
profissional do OCP.”
Art. 11 Determinar que o Anexo C, dos Requisitos de Avaliação da Conformidade para Equipamentos
Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Gases e Vapores Inflamáveis e Poeiras
Combustíveis, passará a vigorar na forma do Anexo desta Portaria.
Art. 13 Revogar a Portaria Inmetro n.º 270/2011 e a Portaria Inmetro n.º 103, de 16 de junho de
1998, publicada no Diário Oficial da União de 22 de junho de 1998, seção 01, página 36.
Art. 14 Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União.
C.2 Para pequenos componentes, quando não houver condições para a identificação como indicado
na representação gráfica, é permitida a indicação do logo do Inmetro e do OCP sem seus
respectivos nomes. No mínimo, a identificação deve ostentar os campos 1 (Símbolos) e 2 (Número
do certificado).
C.3 Em embalagens individuais de produtos deve-se utilizar o modelo de selo completo. Porém, nos
casos em que não houver espaço para aplicação do selo completo ou nos casos em que a aplicação
se dê pela impressão direta na embalagem, será admitida a utilização do selo “compacto”,
respeitando-se a dimensão mínima do selo, de 11mm de largura.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Legenda:
Nota: As advertências devem constar nas plaquetas no idioma Português (Brasil).” (N.R.)
• Reparo;
• Revisão;
• Produtos restaurados e revisados.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
8. INSPEÇÃO
A Norma ABNT NBR IEC 60079-17 – Inspeção e manutenção de instalações elétricas trata de
fatores diretamente relacionados à inspeção e manutenção de instalações elétricas somente em
áreas classificadas, onde o risco pode ser causado por gases inflamáveis, vapores, névoas, poeiras,
fibras ou partículas em suspensão.
A finalidade da inspeção é tratar detalhadamente das não conformidades e dos
equipamentos utilizados nas áreas classificadas. Através deste documento é possível verificar se a
instalação foi executada de forma adequada e se todos os equipamentos estão especificados
adequadamente a classificação da área onde os mesmos foram instalados. Também é possível
verificar a integridade das instalações dos equipamentos elétricos e, os procedimentos de operação
e manutenção dos equipamentos nestes ambientes.
Exemplo: Os equipamentos elétricos devem possuir tipo de proteção, grupo, temperatura
máxima de superfície e EPL especificados adequadamente a classificação de área por zona, grupo e
classe de temperatura.
Documentação mínima para a realização de uma inspeção em áreas classificadas:
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
ABERTURA DE
GRAU DE INSPEÇÃO USO DE FERRAMENTAS
INVÓLUCROS
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
9. REPAROS
Após o reparo, o motor elétrico obrigatoriamente deverá receber uma marcação indicando
que foi reparado. Em 2008 ocorreu a publicação da Norma ABNT NBR IEC 60079-19: Reparo, revisão
e recuperação de equipamentos, esta norma fornece instruções sobre reparo, revisão, recuperação
e modificação de equipamentos projetados para utilização em atmosferas explosivas. Esta norma
foi regulamentada pelo INMETRO através da portaria 179 de maio de 2010. A portaria determina
que os serviços de reparo de equipamentos Ex deverão ser obrigatoriamente prestados por
empresas que estejam em conformidade com essa norma, a partir de maio de 2013.
Existem dois tipos de marcações indicadas na norma ABNT NBR IEC 60079-19:
• R dentro do quadrado:
Indica que o motor está em conformidade com os documentos de certificação.
Caso o motor reparado não mais atenda aos requisitos da norma ABNT NBR IEC 60079-19 e
as normas dos tipos de proteção, ele não mais estará apto a operar em uma área de risco de
explosão e, neste caso, o motor não receberá a devida marcação de reparo. Cabe ao usuário manter
arquivados todos os documentos referentes ao motor, tais como: cópia dos certificados, desenhos e
histórico dos relatórios dos reparos anteriores.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
B.1 – Escopo
Este Anexo especifica o conhecimento, habilidades e competências das pessoas
referenciadas nesta norma.
B.2.2 – Executantes
Executantes devem possuir, até o nível necessário para realizar suas tarefas, os seguintes
conhecimentos:
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B.3 – Competências
B.3.1 - Generalidades
Competências devem ser aplicáveis a cada técnica do tipo de proteção para a qual a pessoa
está envolvida. Por exemplo: é possível que uma pessoa seja competente somente em um campo
de reparo e revisão de motores Ex “d” e não seja totalmente competente em reparos de painéis de
distribuição Ex ”d” ou motores Ex “e”. Em tais casos, o gerenciamento do reparador deve definir
estas competências em seu sistema de documentação.
B.3.3 – Executantes
Pessoas responsáveis devem ser capazes de demonstrar sua competência e apresentar
evidências de terem alcançado os requisitos de conhecimentos e habilidades especificados em
B.2.2, desta Norma ABNT NBR IEC 60079-19, aplicáveis para os tipos de proteção e/ou tipos de
equipamentos envolvidos.
Estes executantes devem também ser capazes de demonstrar sua competência nas
seguintes atividades:
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
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Marcação “Ex” incluindo EPL para equipamentos para atmosferas explosivas de gás
A marcação deve incluir as seguintes informações:
c) O símbolo do grupo:
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
• As marcações indicadas nas alíneas a) até e) da Seção 29.3 da NBR IEC 60079-0 devem
ser localizadas na ordem na qual elas são apresentadas naquela seção e devem ser
separadas uma das outras por um pequeno espaço.
• Para equipamentos associados adequados para instalação em áreas classificadas,
com limitação de energia fornecida no interior do equipamento na área classificada,
os símbolos para o tipo de proteção devem estar envolvidos por colchetes, por
exemplo, Ex d [ia] IIC T4 Gb. Quando o grupo do equipamento associado difere
daquele do equipamento, o grupo do equipamento associado deve estar envolvido
por colchetes, por exemplo, Ex d [ia IIC Ga] IIB T4 Gb.
• Para equipamentos associados adequados para instalação em áreas classificadas,
com limitação de energia fornecida a partir do exterior do equipamento na área
classificada, os símbolos para os tipos de proteção não devem estar envolvidos por
colchetes, por exemplo, Ex d ia IIC T4 Gb.
• Para equipamentos associados não adequados para instalação em áreas classificadas,
ambos os símbolos “Ex” e o símbolo para o tipo de proteção devem estar envolvidos
pelo mesmo colchete, por exemplo, [Ex ia Ga] IIC.
• Para equipamentos que incluem equipamentos associados e equipamentos
intrinsecamente seguros, sem necessidade de conexões a serem feitas na parte
intrinsecamente segura do equipamento pelo usuário, a marcação do “equipamento
associado” não deve aparecer, a menos que os níveis de proteção do equipamento
(EPL) sejam diferentes. Por exemplo: Ex d ib IIC T4 Gb e não Ex d ib [ib Gb] IIC T4 Gb,
porém Ex d ia [ia Ga] IIC T4 Gb é correto para diferentes níveis de proteção de
equipamento (EPL).
Marcação “Ex” incluindo EPL para equipamentos para atmosferas explosivas de poeiras
combustíveis.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
• “ta”: proteção de ignição de equipamento para poeira por invólucro “t” (para EPL Da,
Db ou Dc);
• “tb”: proteção de ignição de equipamento para poeira por invólucro “t” (para EPL Db
ou Dc);
• “tc”: proteção de ignição de equipamento para poeira por invólucro “t” (para EPL Dc);
• “ia”: segurança intrínseca (para EPL Da);
• “ib”: segurança intrínseca (para EPL Db);
• “ma”: encapsulamento (para EPL Da);
• “mb”: encapsulamento (para EPL Db);
• “p”: pressurização (para EPL Db ou Dc)
c) O símbolo do Grupo:
• IIIA, IIIB ou IIIC para equipamentos elétricos para locais com uma atmosfera explosiva
de poeira.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
Para equipamentos associados não adequados para instalação em áreas classificadas, ambos
os símbolos “Ex” e o símbolo para o tipo de proteção devem estar envolvidos dentro do mesmo
colchete, por exemplo, [Ex ia Da] IIIC.
Para equipamentos que incluam ambos os equipamentos – associados e intrinsecamente
seguros – sem nenhuma conexão requerida a ser feita pelo usuário na parte intrinsecamente segura
do equipamento (EPL), a marcação do equipamento associado não deve aparecer, a menos que os
níveis de proteção do equipamento forem diferentes. Por exemplo, Ex t ib IIIC T100ºC Db e não Ex t
ib [ib Db] IIIC T100ºC Db, mas Ex t ia [ia Da] IIIC T100ºC Db é correto, para níveis de proteção para
equipamentos diferentes.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
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ABNT NBR IEC 60079-14: Instalação elétrica em áreas classificadas (exceto minas).
Esta parte da Norma ABNT NBR IEC 60079 contém os requisitos específicos para o projeto,
seleção e construção de instalações elétricas em atmosferas explosivas de gás.
Seguem abaixo alguns itens da norma ABNT NBR IEC 60079-14.
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Curso de Área Classificada e Atmosfera Explosiva
proteção metálica, com cobertura de alumínio sem costura, com cobertura de metal e com isolação
mineral ou cabos com cobertura semirrígida).
Onde sistemas de cabos ou eletrodutos são sujeitos a vibração, eles devem ser projetados
para suportar a vibração sem danos.
Nota: Precauções devem ser tomadas para evitar danos à capa ou materiais de isolação de
cabos de PVC, quando eles forem instalados em temperaturas abaixo de -5ºC.
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Nota: Na ausência de normas IEC para cabos, referências devem ser feitas às normas nacionais
ou outras.
Item 10 Requisitos adicionais para tipo de proteção “d” – Invólucros à prova de explosão
Item 10.1 Geral
Invólucros à prova de explosão vazios, que são certificados como componentes, somente
podem ser utilizados se o certificado para o equipamento completo fizer referência específica aos
componentes ou itens montados no interior do invólucro certificado como componente.
Alterações das disposições dos componentes internos de uma parte já certificada de um
equipamento não são admitidas sem uma reavaliação, porque inadvertidamente podem ser criadas
condições que resultem em uma pré-compressão.
Nota: Equipamentos conforme IEC 60079-1 serão marcados como equipamento do grupo IIA,
IIB, IIB + H2 ou IIC. Equipamentos marcados com ‘IIB + H2’’ devem ser instalados com equipamentos IIC.
IIA 10
IIB 30
IIC 40
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É essencial que as entradas de cabos estejam de acordo com todos os requisitos normativos
das normas apropriadas do equipamento, mantendo o respectivo tipo de proteção, que a entrada
seja adequada ao tipo de cabo empregado e esteja de acordo com a seção 9.
Quando os cabos entram em equipamentos à prova de explosão, através de buchas de
passagem à prova de explosão montadas nas paredes dos invólucros, que são partes do
equipamento (entrada indireta), as partes das buchas de passagem à prova de explosão externas
aos invólucros à prova de explosão devem ser protegidas de acordo com um dos tipos de proteção
listados na ABNT NBR IEC 60079-10. Normalmente, as partes expostas de buchas de passagem
devem estar dentro de um compartimento de terminais, que deve ser ou à prova de explosão ou
tipo de proteção “e”. Quando o compartimento de terminais é Ex “d”, então o sistema de cabos
deve estar de acordo com 11.3.
Quando os cabos entram diretamente em equipamentos à prova de explosão, o sistema de
cabo deve estar de acordo com 10.4.2.
Nota: Até que informações adicionais estejam disponíveis, convém que a utilização de
condutores de alumínio em invólucros Ex “d” seja evitada naqueles casos onde uma falha que ocasione
um arco potencialmente severo envolvendo os condutores possa ocorrer na vizinhança da junta
flangeada plana. Proteção adequada pode ser fornecida pela isolação do terminal e do condutor, que
evita a ocorrência de falhas ou pela utilização de invólucros com juntas roscadas ou de encaixe.
Dispositivos de entradas de cabos para equipamentos à prova de explosão podem ser
montados com uma arruela de vedação entre o dispositivo de entrada e a parede do invólucro à
prova de explosão, provendo que após a arruela ter sido montada, o encaixe adequado da rosca é
ainda alcançado. Para roscas paralelas, o encaixe da rosca é normalmente de fios de rosca
completamente encaixados ou 8 mm, o que for maior.
a) Dispositivo de entrada de cabo de acordo com a IEC 60079-1 e certificado como parte
do equipamento quando ensaiado com uma amostra do tipo específico de cabo;
b) Cabo com isolação termoplástico, termofixo, ou elastomérico que seja
substancialmente compacto e circular, possua extrusão sólida e o enchimento, se
existir, seja não higroscópico, pode utilizar dispositivos de entrada de cabos para
equipamentos à prova de explosão, incorporando um anel de vedação selecionado.
Nota: Se tiver sido demonstrado que a utilização de um tipo específico de cabo com um
dispositivo de entrada de cabo de acordo com a IEC 60079-1, incorporando um anel de vedação, não
resulta numa ignição em função de um dano externo ao cabo (causado pela erosão por chama) quando
sujeito a repetidas ignições de gás inflamável presente dentro de um invólucro, então a total
conformidade com a figura 1 pode não ser necessária.
A - Fontes internas de ignição incluem centelhas ou temperaturas nos equipamentos que
ocorrem em operação normal, as quais podem causar ignição. Um invólucro contendo somente
terminais ou um invólucro da entrada indireta de cabos (ver 10.4.1) não constitui uma fonte interna de
ignição.
B - O termo ‘volume’ é definido na IEC 60079-1.
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Nota: Onde uma terminação do tipo encapsulada, feita em fábrica, é utilizada, convém que
nenhuma tentativa seja feita de modo a interferir com a conexão do equipamento ou para substituir o
cabo.
Nota 1: Eletrodutos de acordo com a IEC 60614-2-1 ou IEC 60614-2-5 não são adequados para
proteção de cabos elétricos conectados a invólucros à prova de explosão.
Nota 2: Na ausência de normas IEC específicas sobre eletrodutos roscados de aço pesado,
eletrodutos com costura ou sem costura, normas nacionais ou outras equivalentes devem ser
seguidas.
O eletroduto deve dispor de no mínimo cinco fios de rosca para permitir a conexão de cinco
fios de rosca entre o eletroduto e o invólucro à prova de explosão, ou eletroduto e acoplamento. A
classe de tolerância da rosca do eletroduto deve ser de 6g.
Unidades seladoras devem ser instaladas no invólucro, na parede do invólucro ou não mais
do que 50 mm da parede de invólucros à prova de explosão, para limitar os efeitos de pré-
compressão e evitar a entrada de gases quentes no sistema de eletrodutos a partir de um invólucro
contendo uma fonte de ignição.
Onde o invólucro é projetado especificamente para conexão em eletrodutos, mas for
requerido ser conectado por cabos, então um adaptador à prova de explosão, completo, com
buchas, e caixa terminal pode ser conectado à entrada de eletrodutos do invólucro, com um
comprimento de eletroduto que seja tão curto quando razoavelmente possível e não maior do que
50 mm. O cabo então ser conectado à caixa de terminais (por exemplo, do tipo à prova de explosão
ou segurança aumentada), de acordo com os requisitos do tipo de proteção da caixa de terminais.
Convém que elementos de fechamento (bujões à prova de explosão) sejam conectados
diretamente às entradas de eletrodutos do invólucro.
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