Você está na página 1de 50

EMPREITADA “MANUTENÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL E EQUIPAMENTOS

COLETIVOS – REQUALIFICAÇÃO DA ÁREA ENVOLVENTE AO BAIRRO DA CÂMARA”


_____________________________________________________________________________________

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO MODO DE


EXECUÇÃO DA OBRA
ABRIL 2016

Página 1 de 50
ÍNDICE

1 – INTRODUÇÃO................................................................................................................................... 5
1.1 – Localização da empreitada.................................................................................................................... 6
1.2 – Descrição geral dos trabalhos ............................................................................................................... 6
1.3 - Principais tipos de actividades............................................................................................................... 7
1.4 - Condicionalismos existentes no local alvo de intervenção ................................................................... 8
1.5 - Trabalhos preparatórios e acessórios.................................................................................................... 8
1.6 - Morfologia do terreno ......................................................................................................................... 10
2 - SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA .......................................................10
2.1 – Sector técnico...................................................................................................................................... 11
2.2 - Sector Administrativo .......................................................................................................................... 11
2.3 - Sector de Produção.............................................................................................................................. 11
2.4 - Pessoal de Enquadramento ................................................................................................................. 12
2.5 - Serviços Centrais de Apoio .................................................................................................................. 12
3 - CONSTITUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DO ESTALEIRO ..........................................................12
3.1 – Localização do Estaleiro ...................................................................................................................... 13
3.2 - Descrição das Instalações .................................................................................................................... 13
3.3 - Instalações Técnicas/Administrativas.................................................................................................. 13
3.4 - Instalações Sociais ............................................................................................................................... 14
3.5 - Instalações Industriais ......................................................................................................................... 15
3.6 - Redes Provisórias de Águas e Esgotos ................................................................................................. 16
3.7 - Rede Provisória de Electricidade ......................................................................................................... 17
3.8 - Vitrina para Afixação de Informação ................................................................................................... 17
3.9 - Vedação dos Locais da Obra ................................................................................................................ 17
3.10 - Acessos Provisórios............................................................................................................................ 18
3.11 - Servidões e Serventias ....................................................................................................................... 18
3.12 - Manutenção de Estaleiro................................................................................................................... 18
3.13 - Recolha de lixos ................................................................................................................................. 18
4 - HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO .................................................................................19
5 - MEDIDAS DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NO ESTALEIRO ..............................................................19
6 - INÍCIO DA OBRA...............................................................................................................................20
6.1 – Informações ........................................................................................................................................ 20
6.2 - Plano De Circulação e Sinalização do Estaleiro e Limpeza Da Obra .................................................... 20
6.3 - Redes Eléctricas ................................................................................................................................... 21

Página 2 de 50
6.4 - Equipamentos de Protecção Individual ............................................................................................... 21
6.5 - Formação de Pessoal, Vestuário, Materiais e Equipamentos a Manusear ......................................... 21
7 – SERVIÇOS AFECTADOS .....................................................................................................................22
7.1 – Soluções construtivas para a execução de desvios e de reposição e/ou substituição de infra-
estruturas de serviços afectados ................................................................................................................. 22
7.2 – Soluções construtivas tendo em conta a minimização do tempo de interrupção de funcionamento
das infra-estruturas existentes .................................................................................................................... 22
8 - MÉTODOS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS E EXECUTIVOS ...................................................................23
8.1 - Trabalhos preparatórios e/ou acessórios ............................................................................................ 23
8.2 – Remoção de Pavimentos..................................................................................................................... 25
8.3 – Demolições.......................................................................................................................................... 27
8.4 – Resíduos gerados em obra.................................................................................................................. 28
8.5 - Acondicionamento e armazenamento temporário de resíduos ......................................................... 30
8.6 – Transporte de resíduos e destino final ............................................................................................... 30
8.7 – Movimentação de terras..................................................................................................................... 31
8.8 – Aterros e compactação de solos ......................................................................................................... 32
8.9 – Nivelamento e modelação de terrenos .............................................................................................. 32
8.10 – Movimentação de terras - Vala......................................................................................................... 32
8.11 – Transporte de materiais sobrantes................................................................................................... 36
8.12 - Tubagem ............................................................................................................................................ 36
8.13 - Câmaras de visita, sarjetas e canais drenantes ................................................................................. 38
8.14 - Aterro de valas................................................................................................................................... 39
8.15 – Inertes ............................................................................................................................................... 40
8.16 – Compactação de solos ...................................................................................................................... 40
8.17 – Rede de rega ..................................................................................................................................... 41
8.18 – Rede de iluminação pública .............................................................................................................. 41
8.19 – Pavimentações .................................................................................................................................. 41
8.20 – Terra vegetal e sementeira de relva ................................................................................................. 42
8.21 – Mobiliário urbano ............................................................................................................................. 42
8.22 – Serralharias ....................................................................................................................................... 43
8.23 - Sinalização temporária ...................................................................................................................... 43
8.24 – Limpeza das zonas de trabalho ......................................................................................................... 43
8.25 - Monitorização em fase de Obra ........................................................................................................ 43
9 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS (Planeamento dos trabalhos) ...............................................................43
9.1 - Bases e Metodologia............................................................................................................................ 43

Página 3 de 50
9.2 – Equipas que constituem a frente de trabalho .................................................................................... 47
10 - EQUIPAMENTO ..............................................................................................................................48
11 – SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA DOS TRABALHOS ...............................................................................49
12 - DESMONTAGEM DO ESTALEIRO, TELAS FINAIS E COMPILAÇÃO TÉCNICA .........................................49
13 - CONCLUSÃO...................................................................................................................................49
14 - CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................................50

Página 4 de 50
1 – INTRODUÇÃO

A presente memória descritiva e justificativa tem como objectivo descrever o modo de execução
dos trabalhos a realizar na empreitada, assim como especificar e justificar os aspectos técnicos da mesma;
descrever a Concepção, Planeamento / Programa de Trabalhos adoptado para a execução dos trabalhos, as
principais medidas definidas pela QUESTÃO D´AREA, Lda. para a gestão e coordenação dos trabalhos,
referentes ao concurso de “MANUTENÇÃO DO PARQUE HABITACIONAL E EQUIPAMENTOS COLETIVOS –
REQUALIFICAÇÃO DA ÁREA ENVOLVENTE AO BAIRRO DA CÂMARA” que o Município de Vila do Conde
pretende levar a efeito na área envolvente ao Bairro da Câmara, sito na Rua D. Afonso Henriques, Vila do
Conde.
O Planeamento / Programa de Trabalhos adoptado para a execução da obra, visa controlar o
desenvolvimento dos trabalhos a executar, definidos em conformidade com o programa de concurso,
cumprindo todos os requisitos de Qualidade, Ambiente e Segurança, no prazo máximo global proposto de
101 dias contínuos após a consignação.
A presente proposta foi elaborada com base nos elementos constantes no Processo de Concurso,
nomeadamente no que se refere à, caracterização dos materiais a empregar existentes no mercado e a
concepção geral da obra, bem como todos os condicionalismos temporais e de execução dos trabalhos.
De acordo com o solicitado, a presente memória descritiva e justificativa, expressa
inequivocamente os trabalhos que considera essenciais à validade desta proposta e cuja rejeição implica a
sua ineficácia.
O objectivo da empreitada prende-se essencialmente, com a demolição de construções existentes
devolutas e pavimentos, remoção/desactivação de estruturas, infra-estruturas e caixas e encaminhamento
dos materiais demolidos para tratamento ou vazadouro certificado para o efeito. Seguidamente à
demolição e limpeza de todos os materiais, proceder-se-á à modelação e pavimentação do terreno
dotando-o de infra-estruturas de drenagem de águas pluviais, infra-estruturas eléctricas de iluminação
pública, equipamento de rega em jardins, mobiliário urbano e execução de gradeamentos para delimitação
dos logradouros frontais das habitações adjacentes ao terreno.
Os arruamentos envolventes ao Bairro da Câmara também serão alvo de intervenção
nomeadamente, reperfilamento e pavimentação dos mesmos.
Conjugando o Know-how da QUESTÃO D´AREA, Lda. e a expectativa transmitida através do Caderno
de Encargos fornecido, são apresentadas nesta proposta, a execução dos trabalhos com uma frente de
trabalho.
É objectivo da presente memória descritiva abordar todos os pormenores e soluções que
sustentam os valores apresentados.

Página 5 de 50
1.1 – Localização da empreitada

Figura 1 – Localização empreitada representada a azul

1.2 – Descrição geral dos trabalhos

Demolições

Demolição de construções existentes e pavimentos com a selecção de materiais,


remoção/desactivação de estruturas, infra-estruturas e caixas e encaminhamento dos materiais demolidos
para tratamento ou vazadouro certificado para o efeito com as devidas Guias de acompanhamento RCD.

Página 6 de 50
Drenagem de águas residuais pluviais

A intervenção a realizar consiste na instalação colectores, ramais de ligação e um conjunto de


dispositivos ou órgãos de drenagem (sumidouros, caixas de visita e grelhas) que, no conjunto, permitam
reforçar a capacidade de escoamento existente e possuir resistência mecânica suficiente para as cargas
rolantes previstas.

Instalação de iluminação pública

Instalação de luminárias conforme caderno de encargos e ligação à rede pública existente.

Rede de rega

Instalação de rede de rega e todos os acessórios complementares nas áreas verdes a serem criadas
de raiz.

Pavimentações

Relativamente à intervenção de requalificação da área a tratar, esta incidirá inicialmente nos


trabalhos de movimentação de terras de acordo com os alinhamentos e cotas existentes dos arruamentos,
regularização e compactação do fundo de caixa, aplicação de material de granulometria extensa para a
formação de base, assentamento de guias/lancis e pavimentação em cubo de granito 11x11 cm, blocos de
encaixe cerâmicos/betão e betonilha esquartejada.

1.3 - Principais tipos de actividades

De uma forma sucinta, a empreitada consiste nas seguintes actividades:

- Actividades relativas a demolições de betões, alvenarias e pavimentos em betuminoso;


- Actividades relativas à demolição de caixas de visita e respectiva tubagem;
- Actividades relativas a movimento de terras;
- Actividades referente à abertura e fecho de valas para infra-estruturas diversas;
- Actividades referentes à execução de caixas de visita, sumidouros e caixas de recolha;
- Actividades relativas à modelação e regularização de terrenos;

Página 7 de 50
- Actividades relativas ao assentamento de guias/lancis;
- Actividades relativas a pavimentações em cubo/calçada e blocos de encaixe cerâmicos/betão.

1.4 - Condicionalismos existentes no local alvo de intervenção

Ter-se-á em atenção o acesso às fracções bem como o impacto do ruído e poeiras produzido
durante a realização dos trabalhos.

Rua Dom Afonso Henriques

- Zona de forte componente habitacional.

Avenida Baltazar do Couto

- Rede de transportes públicos – Paragens em alguns locais destes arruamentos;


- Zona de alguma implantação de comércio e restauração;
- Zona de forte componente habitacional;

R. Dom Afonso Henriques

- Zona de forte componente habitacional.

Feriado Municipal de Vila do Conde - 24 de Junho

Se necessário, as frentes de trabalho em actividade nesta data/semana interromperão os seus


trabalhos sem comprometer o programa de trabalhos apenso.

1.5 - Trabalhos preparatórios e acessórios

- Montagem, construção, desmontagem e demolição dos estaleiros, incluindo as correspondentes


instalações, redes provisórias de água, de esgotos, de electricidade e de meios de telecomunicações, vias

Página 8 de 50
internas de circulação e tudo o mais necessário à montagem, construção, desmontagem e demolição dos
estaleiros;
- Manutenção dos estaleiros;

- Construção de obras de carácter provisório destinadas a proporcionar o acesso ao estaleiro e aos locais de
trabalho, a garantir a segurança das pessoas empregadas, incluindo o pessoal dos subempreiteiros, na obra
e do público em geral, a evitar danos nos prédios vizinhos e satisfazer os regulamentos de segurança e de
polícia das vias públicas;

- O restabelecimento, por meio de obras provisórias, de todas as servidões e serventias que seja
indispensável alterar ou destruir para a execução dos trabalhos previstos no contrato;

- O levantamento, guarda, conservação e reposição de cabos, canalizações e outros elementos encontrados


nas escavações e cuja existência se encontre assinalada nos documentos que fazem parte integrante do
contrato ou pudesse verificar-se por simples inspecção do local da obra à data da realização do concurso;

- O transporte e encaminhamento dos produtos de escavação e resíduos para destino autorizado, sendo
estes avaliados e validados no contexto do Sistema de Acompanhamento Ambiental a implementar e
observando, em todo o caso, as disposições legais em vigor em matéria de gestão de resíduos;

- Os trabalhos de escoamento de águas que afectem o estaleiro ou as frentes de obra;

- A reposição dos locais onde se executaram os trabalhos em condições de não lesarem legítimos interesses
ou direitos de terceiros ou a conservação futura da obra, assegurando o bom aspecto geral e a segurança
dos mesmos locais;

- O estabelecimento da sinalização rodoviária regulamentar nas vias e colocar pré-avisos em cruzamentos


das que lhe são concorrentes;

- A submissão à aprovação das entidades competentes de todos os desvios de trânsito rodoviário que
venham a ser considerados necessários durante o decorrer dos trabalhos.

Página 9 de 50
1.6 - Morfologia do terreno

Antes do início dos trabalhos, proceder-se-á à verificação e registo de todos os condicionalismos


existentes, quer para a implantação do estaleiro, quer para a obra, confirmando aqueles já conhecidos e
identificando todos os outros que, eventualmente, não tenham sido referenciados e que possam vir a criar
condições de risco.

2 - SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

Em anexo a esta memória, apresentamos uma nota técnica com uma breve descrição do sistema
desenvolvido pela QUESTÃO D´AREA, Lda. (ANEXO I).

Note-se que para o efeito, este anexo 1 não existe. Está aqui referenciado apenas para mostrar como são enviados os
documentos relativos a este assunto.

ORGANIGRAMA

Preparador de Obra
Encarregado Geral Encarregado Arvorado
Representante
Director Técnico Director de Obra
ENTIDADE EXECUTANTE

Permanente da
Empreitada Adjunto
EE/Director de Obra
topógrafo
Apoio Administrativo

Técnico de Qualidade

Coordenador do
Sistema de Gestão Técnico de SHST
Integrado

Tècnico de Ambiente

A QUESTÃO D´AREA, Lda., concorre à realização desta obra dado ser uma empresa com capacidade
reconhecida, salientando-se a experiência em trabalhos da especialidade e obras similares.

Página 10 de 50
Consideramos para a execução da obra, um Organigrama, que prevê a estrutura organizacional,
com uma Direcção técnica, com funções de representação perante o Dono da Obra e coordenação de todos
os sectores intervenientes no cumprimento das obrigações contratuais, com particular acuidade nos
departamentos de Segurança, Controle de Qualidade e execução da empreitada, que será
fundamentalmente apoiada em três direcções:

- Direcção Técnica
- Direcção Administrativa e Financeira
- Direcção de Produção

2.1 – Sector técnico

A direcção da obra será cometida a um Engenheiro Civil com a experiência necessária à realização
da obra a executar e que cumpra o estipulado expresso no Caderno de Encargos.
O Director Técnico terá as responsabilidades de representação da empresa perante o Dono da
Obra, de acompanhamento da execução da empreitada, dos estudos e implementação das medidas de
qualidade, segurança e ambiente preconizadas, chefiando e coordenando os departamentos dos Serviços
Técnicos – Preparação e Métodos, Medições.

2.2 - Sector Administrativo

As responsabilidades do Sector Administrativo prendem-se com a gestão do sistema administrativo


da Obra no que respeita ao lançamento dos autos de subempreiteiros (caso existam) e fornecedores e das
partes diárias de mão-de-obra e de equipamento. É ainda responsável pela permanente gestão e
actualização do arquivo administrativo da Obra.

2.3 - Sector de Produção

A chefia do Sector de Produção, ficará a cargo de um Engenheiro Civil (Director de Obra) com larga
experiência no tipo de obra em análise, o qual terá a responsabilidade de coordenar os agentes envolvidos
na/s actividade/s de produção da empreitada.

Página 11 de 50
2.4 - Pessoal de Enquadramento

O Director de Obra será adjuvado por um Encarregado, responsável pela coordenação das frentes
de trabalho, para a qual será mobilizado pessoal de Enquadramento (Chefe de equipa).

2.5 - Serviços Centrais de Apoio

Durante a fase de preparação da obra ou durante a sua execução, será sempre possível que os
serviços da obra sejam complementados pelos Serviços Centrais da QUESTÃO D´AREA, Lda., que dispõe de
gabinete técnico de apoio, preparado para responder a solicitações da obra no que respeita a preparações
de fundo (processos construtivos), projectos, medições ou apoio Administrativo, bem como recorrer e
coordenar eventuais consultores externos, nomeadamente para a área de Acompanhamento Ambiental.
No que respeita a apoio logístico, a obra poderá sempre recorrer ao estaleiro central da QUESTÃO
D´AREA, Lda., para eventuais reforços de equipamento estático, máquinas ou materiais, que venham a
revelar-se necessários ao longo do período de execução dos trabalhos.

3 - CONSTITUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO E EXPLORAÇÃO DO ESTALEIRO

Consideramos 3 dias para montagem e vedação do estaleiro, mobilização dos meios de produção e
preparação da obra, visto ser uma obra de média dimensão.
Prevemos montar um único estaleiro em obra que contemple fundamentalmente as necessidades
de estrutura de coordenação e da fiscalização da obra. Este estaleiro será localizado numa zona onde
ofereça apoio às diferentes frentes de trabalho e o mais centralizado possível com as mesmas frentes.
A QUESTÃO D´AREA, Lda., irá elaborar o Projecto do Estaleiro atendendo ao previsto no Projecto de
Execução e no Caderno de Encargos, apresentando-o para aprovação da Fiscalização e Coordenador de
Segurança da Obra antes de iniciada a sua implantação, ou outro prazo que venha a ser definido pela
Fiscalização.
Na elaboração desse Projecto será seguida a regulamentação específica aplicável, nomeadamente o
Regulamento de Instalações Provisórias Destinadas ao Pessoal Empregado nas Obras, a Regulamentação
das prescrições mínimas de segurança e saúde nos locais e postos de trabalho dos estaleiros temporários
ou móveis, e no caso de o Estaleiro ocupar total ou parcialmente vias públicas, o Regulamento de
Sinalização de Trânsito, incluindo eventuais regulamentos municipais existentes que a Entidade
Executante/ Adjudicatário deverá verificar da sua existência.

Página 12 de 50
Sem prejuízo de regulamentação aplicável, todas as áreas do Estaleiro cumprirão as regras
indicadas no Plano de Segurança e de Saúde, assim como outras que a Fiscalização e/ou o Coordenador de
Segurança da Obra determine.
O Projecto do Estaleiro identificará e definirá objectivamente através de peças escritas e
desenhadas, a implantação e características das instalações de apoio à execução dos trabalhos, dos
equipamentos de apoio fixos, das infra-estruturas provisórias e de todos os outros elementos que as
características dos trabalhos, os processos construtivos e métodos de trabalho a utilizar determinarem.
Serão identificados e definidos, todos os elementos necessários instalar e planear a sua organização
e arrumação de forma a reduzir ao mínimo os percursos internos e optimizar a operacionalidade. O
Estaleiro será projectado dentro dos critérios de economia e flexibilidade, adoptando-se soluções racionais
com a utilização de elementos pré-fabricados, contentores ou estruturas metálicas de tal forma que
possibilitem a sua implantação a curto prazo, com base no emprego de processos semi-industrializados.

3.1 – Localização do Estaleiro

O local destinado à montagem do estaleiro será posteriormente designado pela Fiscalização.

3.2 - Descrição das Instalações

As instalações foram dimensionadas especificamente para cada tipo de utilização, sempre


considerando-se os princípios técnicos e padrões compatíveis. Os requisitos técnicos observados no
dimensionamento das instalações garantem a perfeita segurança dos que nelas trabalham.
Atendendo aos meios previstos, o nosso estaleiro será constituído pelas seguintes instalações:

- Instalações Técnicas e Administrativas


- Instalações Sociais
- Instalações Industriais

3.3 - Instalações Técnicas/Administrativas

As instalações Técnicas/Administrativas serão constituídas por edifícios pré-fabricados ou


contentores apropriados às seguintes funções:

Página 13 de 50
- Escritório para os serviços administrativos e os serviços técnicos do Empreiteiro;
- Instalação para o Dono de Obra e Fiscalização.

3.4 - Instalações Sociais

A QUESTÃO D´AREA, Lda., manterá em boas condições de serviço as instalações destinadas ao


pessoal nomeadamente de acordo com o D.L. 46427 de 10 de Julho de 1965.

Refeitório para o pessoal

O refeitório tem como objectivo fornecer as refeições ao pessoal operário desta obra, estando para
tal equipado com uma cozinha dimensionada para o efeito. Será coberto e abrigado das intempéries,
dotado de água potável e disporá de mesas e bancos em quantidade adequada ao número de
trabalhadores da obra, conforme:
- Pé-direito mínimo: 2,6 m
- Área mínima janelas: 1/10 do pavimento e raio livre de 2 m

Instalações sanitárias

Será assegurado, dentro dos limites da obra, e mantido em boas condições de serviço, as
instalações sanitárias destinadas ao pessoal, devidamente resguardadas das vistas e mantidas
permanentemente em bom estado de limpeza e arrumação. Estas instalações satisfarão as prescrições
sanitárias em vigor.
Caso exista dormitório no Estaleiro, deverão prever-se instalações sanitárias em zona contígua aos
mesmos, sendo obrigatório que o acesso dos dormitórios às instalações sanitárias contíguas seja feito
através de zona coberta.
As instalações sanitárias a instalar no Estaleiro da obra respeitarão as seguintes condições:

- Pé-direito mínimo: 2,6 m


- Lavatórios: 1un / 5 trabalhadores
- Chuveiros (frio e quente): 1un/20 trabalhadores

Página 14 de 50
3.5 - Instalações Industriais

A sua localização será igualmente na mesma zona, procurando-se assim uma melhor eficiência com
esta concentração.
As instalações Industriais são constituídas pelos seguintes elementos

Armazéns e Depósitos de Materiais

Existirão, em depósito, as quantidades de materiais e elementos de construção suficientes para


garantir o normal desenvolvimento dos trabalhos, sendo armazenados com a sua correcta identificação e
em condições adequadas de acesso e circulação.
Todos os materiais e equipamentos de pequena dimensão e/ou que possam deteriorar-se ao ar
livre devem ser adequadamente organizados e arrumados em zonas de armazenamento fechadas. Os
materiais perigosos devem ser separados dos restantes e devidamente resguardados e identificados.
Serão instalados módulos de construção metálica (Construção tipo monobloco com estrutura resistente em
chapa de aço galvanizado formado por vários engradados), que dêem segurança e protecção em situações
de intempéries e humidade do solo.

Parque de Equipamentos Móveis

No Estaleiro será prevista zona de parque de equipamentos móveis destinada a estacionamento de


todos os equipamentos que não estejam a ser utilizados em qualquer uma das frentes de obra.

Parque para viaturas de passageiros

De acordo com o indicado no Caderno de Encargos, está previsto um espaço no estaleiro destinado
ao parqueamento de viaturas, que será separado do parque de equipamentos e deverá ser próximo da
zona social do Estaleiro.
O local destinado a este parque de viaturas, máquinas ou outros equipamentos que possam ficar ao
ar livre terá dimensões e acesso adequados ao tipo de material a parquear, sendo previamente aprovados
pela Fiscalização. A natureza do terreno e a sua capacidade de suporte serão cuidadosamente consideradas
e avaliadas.

Página 15 de 50
Área de Armazenamento de Substâncias Perigosas

Está previsto um espaço no estaleiro destinado ao armazenamento de substâncias perigosas tais


como, óleos novos e usados, combustíveis etc.
Este espaço será coberto e impermeabilizado e estará dotado de um sistema de recolha e
tratamento de efluentes e de meios (bacias de retenção, material absorvente adequado, etc.) para reter
eventuais derrames.

3.6 - Redes Provisórias de Águas e Esgotos

A água para as instalações sociais e para os escritórios provirá de uma ligação à rede de
abastecimento público de água. As águas residuais domésticas de cada zona serão encaminhadas para uma
ETAR compacta / ligação ao sistema de águas residuais existente, a instalar em determinada zona do
estaleiro, onde sofrerão tratamento físico e biológico. Após o tratamento, serão descarregadas no solo ou
linha de água mais próxima, sendo da responsabilidade da QUESTÃO D´AREA, Lda. o pedido prévio de uma
licença de descarga de águas residuais. Será instalada uma rede de tubagens para ligar todas as instalações
sanitárias com a ETAR. Sempre que na obra se utilize água não potável, colocar-se-á, nos locais
convenientes, a inscrição “Água imprópria para beber”.
A QUESTÃO D´AREA, Lda. elaborará os projectos:

- Da rede de água potável e respectivos pontos de abastecimento e válvulas de seccionamento, se


for feito a partir da rede pública será objecto de pedido junto da entidade da área competente para o
efeito;

- Do sistema de rede de águas residuais no qual deve identificar os destinos a dar às mesmas e, se
necessário, obter a aprovação das entidades competentes.

As redes provisórias de água e de esgotos satisfarão as disposições aplicáveis, consideradas nos


seguintes documentos:

- Regulamento das Instalações Provisórias destinadas ao Pessoal Empregado nas Obras;

- Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de


Águas Residuais

Página 16 de 50
3.7 - Rede Provisória de Electricidade

As instalações eléctricas serão objecto de projecto específico que terá que ser submetido à
aprovação das entidades competentes, e permita a instalação, durante a execução da obra, de uma rede
provisória de abastecimento de energia eléctrica e de iluminação, satisfazendo as disposições
regulamentares em vigor, nomeadamente as estabelecidas nas Normas de Segurança das Instalações
Eléctricas de Baixa Tensão.
O projecto das instalações eléctricas deverá definir qual o sistema de iluminação a utilizar nas
frentes de trabalho e nos caminhos de acesso e circulação de viatura e de trabalhadores, assim como nos
locais não dotados de suficiente iluminação natural e para os trabalhos que se realizarem em período
nocturno.

3.8 - Vitrina para Afixação de Informação

No Estaleiro será obrigatoriamente montada pelo menos uma vitrina, em local bem visível e
acessível a todos os trabalhadores, destinada a afixar documentação sobre segurança e saúde.

3.9 - Vedação dos Locais da Obra

O local dos trabalhos será totalmente vedado, permitindo desta forma que o acesso a todas as
áreas do Estaleiro seja reservado somente a pessoas autorizadas.
Será garantido um serviço de vigilância que impeça a entrada de estranhos, quer de dia, quer de
noite, e a danificação dos trabalhos ou remoção de materiais, mesmo os provenientes de demolições.
Os portões de acesso ao Estaleiro deverão obrigatoriamente conter a sinalização de segurança de
acordo com o Plano de Acesso, circulação e sinalização. Sempre que estiverem abertos deverá existir no
local, Guarda que proceda ao controlo das entradas, de forma a assegurar que o acesso ao Estaleiro seja
reservado apenas a pessoas autorizadas.

Página 17 de 50
3.10 - Acessos Provisórios

Serão assegurados em bom estado os acessos provisórios e caminhos internos da obra. Salvo
indicação em contrário, dada pelo Dono da Obra, os acessos definitivos poderão ser utilizados durante os
trabalhos.
No caso de serem construídos acessos com carácter provisório, deverá proceder-se ao
restabelecimento das condições iniciais, após a conclusão dos trabalhos.

3.11 - Servidões e Serventias

Serão asseguradas, por meio de obras provisórias, as servidões e serventias que a execução dos
trabalhos obrigue a suprimir, evitando-se ainda a estagnação de águas que os mesmos trabalhos possam
originar. Uma vez executados os trabalhos em causa, serão repostas as condições iniciais ou as que forem
estabelecidas pela Fiscalização.

3.12 - Manutenção de Estaleiro

Serão garantidas a manutenção e conservação de todas as instalações sociais e uma adequada


limpeza de todas as zonas de passagem ou permanência dos trabalhadores, incluindo as zonas de trabalho,
permitindo que se desenvolva com eficiência e segurança todos trabalhos, em conformidade com o
estipulado no Caderno de Encargos e na legislação em vigor.
Após a realização dos trabalhos, as instalações do estaleiro serão totalmente removidas, de modo a
que toda a área afectada retome as condições anteriores à sua utilização.

3.13 - Recolha de lixos

A QUESTÃO D´AREA, Lda. irá proceder à recolha dos lixos em recipientes fechados e providenciar a
sua remoção diária. A remoção será feita pelos serviços camarários devendo a QUESTÃO D´AREA, Lda.
diligenciar, junto dos mesmos, tal serviço.

Página 18 de 50
4 - HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Respeitar-se-ão as linhas orientadoras apresentadas no Plano de Segurança do Dono da Obra e logo


em fase inicial se apresentará o Plano de Prevenção Saúde e Segurança e a Regulamentação do Estaleiro,
para aprovação, com vista às notificações obrigatórias que precedem a abertura do Estaleiro, em caso de
adjudicação.
Serão cumpridas as disposições legais e regulamentares em vigor sobre segurança, higiene e saúde
no trabalho relativamente a todo o pessoal empregado em obra, sendo da nossa conta os encargos de que
tal resultem.

5 - MEDIDAS DE SEGURANÇA A IMPLEMENTAR NO ESTALEIRO

A QUESTÃO D´AREA, Lda. terá um responsável de segurança para o cabal cumprimento das normas
e regras de segurança. Será garantida a segurança de todas as pessoas que trabalhem na obra, incluindo o
pessoal de eventuais subempreiteiros, e o público em geral, para evitar danos nos prédios vizinhos e para
satisfazer os regulamentos de segurança, higiene e saúde no trabalho e polícia das vias públicas.
A metodologia a aplicar será, resumidamente:

- Evitar riscos;
- Avaliar os riscos que não possam ser evitados;
- Substituir o que é perigoso pelo que é isento de risco ou menos perigoso;
- Combater os riscos na origem;
- Planificar a prevenção;
- Adaptar o trabalho ao Homem;
- Atender ao estado de evolução tecnológica;
- Aplicar medidas de protecção colectiva de preferência medidas de protecção individual;
- Formar e informar os trabalhadores.

Todos os trabalhos serão executados de modo a garantir convenientemente a circulação de


viaturas e de peões, quer nas faixas de rodagem, quer nos passeios, devendo, para tal, serem adoptadas
todas as medidas de carácter provisório indispensáveis à segurança e comodidade dos utentes,
nomeadamente:

- Utilização de chapas metálicas ou passadiços de madeira para acesso às propriedades;

Página 19 de 50
- Protecção das valas que venham a ser abertas até à limpeza final da obra, com dispositivos adequados,
nomeadamente guardas, grades, redes, rodapés em madeira, fitas plásticas reflectoras;

- Construção de passadiços de madeira ou de outro material adequado para atravessamento de peões nas
zonas das valas, sempre que necessário;

- Sinalização luminosa durante a noite, de aviso aos transeuntes e veículos circulantes de aproximação de
perigo.

Garantir (se possível) que as operações mais ruidosas que se efectuem na proximidade de
habitações se restrinjam ao período diurno e nos dias úteis, de acordo com a legislação em vigor.
O Plano de Segurança e Saúde interno encontra-se no ANEXO I.

6 - INÍCIO DA OBRA

6.1 – Informações

Após eventual adjudicação, far-se-á o preenchimento do boletim de informação decorrente da


necessidade de Informação e Comunicação imediata às Entidades Oficiais Competentes.
Será afixado o impresso modelo tipo no qual constarão os números de telefone dos
estabelecimentos de saúde, bombeiros e autoridades mais próximos. De igual modo, constará o nome do
responsável de segurança e dos percursos previamente estudados para uma rápida chegada dos
transportes para sinistrados, de forma a obter-se uma rápida intervenção.
Será efectuado, no início da empreitada, e com todo o pessoal envolvente, uma acção de formação.

6.2 - Plano De Circulação e Sinalização do Estaleiro e Limpeza Da Obra

Em caso de adjudicação, apresentar-se-á o plano de circulação e as sinalizações de entrada, saída e


circulações de veículos, de forma que as áreas de segurança nas zonas de movimentação de cargas e de
queda de objectos sejam respeitadas.

Página 20 de 50
Haverá, para além dos sinais de proibição e sinalização – informação, todos aqueles que dizem
respeito ao uso de capacete, de protecção, consumo de bebidas alcoólicas ou outros que perturbem o
normal desempenho durante o horário de trabalho.
A pintura sinalética a branco far-se-á nos dois lados dos objectos, para visibilidade. Ter-se-á, no
decorrer dos trabalhos, especial cuidado no arrumo do estaleiro e sua limpeza periódica, evitando as
tábuas com pregos e outros objectos que perturbem a circulação ou possam originar quedas, além de
permitir ter sempre uma circulação normal facilitada e a de emergência que venha a ser estabelecida.
Com a vedação da obra evitar-se-á a circulação de pessoas estranhas à mesma, fechando-se a
entrada e colocando além dos letreiros da Obra o de “Proibida a entrada de pessoas estranhas à obra”.

6.3 - Redes Eléctricas

Depois de aprovado o projecto de instalação com quadros eléctricos com protecção diferencial e
ligação à terra, desde o caminho de rolamentos será efectuada a verificação o tipo e do estado das fichas
eléctricas e cabos de ligação. O mesmo procedimento se aplica às máquinas de corte e moldagem e serra
eléctrica, sendo verificados os dispositivos de protecção.

6.4 - Equipamentos de Protecção Individual

Serão distribuídos capacetes de protecção, calçado de protecção, óculos nas actividades que o
necessitem, nomeadamente auriculares, cintos de protecção, fatos de protecção e luvas.

6.5 - Formação de Pessoal, Vestuário, Materiais e Equipamentos a Manusear

Procurar-se-á fazer a formação do pessoal no âmbito no uso de materiais e consequências do seu


uso negligenciado na saúde corporal, ao nível de dermatoses ou irritações de pele ou afectação das vias
respiratórias, aconselhando-se o uso de máscaras, luvas e roupas adequadas.
Será proibido o trabalho em tronco nu ou calções como forma de protecção corporal contra
absorção de poeiras, outro material químico, insectos, quedas entre outros.

Página 21 de 50
7 – SERVIÇOS AFECTADOS

7.1 – Soluções construtivas para a execução de desvios e de reposição e/ou substituição de infra-
estruturas de serviços afectados

Na fase inicial da intervenção estipulada será feito um reconhecimento aos circuitos existentes na
área envolvente, tendo em vista a identificação de todos os serviços afectados, que interfiram com o
desenrolar dos trabalhos.
Os trabalhos que poderão implicar reduções ou cortes nas redes, serão os que resultarem do
movimento de terras para a instalação das condutas e colectores.
O processo de resolução dos serviços afectados de redes de águas irá decorrer de acordo com a
execução dos trabalhos que impliquem movimentos de terras e colocação de tubagens. Recorrer-se-á, se
necessário, ao uso de "by-pass", sempre que tal seja possível, tendo sempre colocado em posição de
"engate", todos os tubos e acessórios, válvulas de seccionamento ou caixas de visita.
Serão feitas pesquisas da localização de infra-estruturas e/ou obstáculos no subsolo onde se vão
desenvolver os trabalhos. Todos os tempos de execução de todas as obras que interfiram com a exploração
de sistemas existentes serão minimizados, sendo previamente programada a fixação de datas para a
execução das referidas obras e o tempo máximo disponível para a sua interrupção, que nunca será superior
ao período de horas consecutivo a estabelecer pela Fiscalização e fora dos períodos de ponta. A
programação será executada em sintonia com a Fiscalização.
Sempre que necessário serão realizados trabalhos em período nocturno para minimizar o tempo de
paragem, para que seja o estritamente necessário.

7.2 – Soluções construtivas tendo em conta a minimização do tempo de interrupção de funcionamento


das infra-estruturas existentes

Para a execução dos trabalhos previstos, entendemos reunir todos os recursos necessários para
cumprir com rigor e dinamismo os trabalhos no prazo previsto e simultaneamente estabelecer e
concretizar uma solução de compromisso entre a qualidade e a segurança.
Em caso de interferência dos trabalhos com redes externas, serão contactadas as diversas
entidades responsáveis pelos respectivos serviços, de modo a obter cadastros/informações precisas, sobre
a localização dos mesmos e providenciar se necessárias as soluções a implementar de forma a ultrapassar o
problema. Em caso de interferência serão tomadas todas as providências necessárias de modo a solucionar
os problemas que possam surgir. Em caso de intercepção destes serviços, o procedimento será o seguinte:

Página 22 de 50
- CONTACTAR A ENTIDADE RESPONSÁVEL;
- IDENTIFICAÇÃO DEFINITIVA DAS REDES AFETADAS;
- PROGRAMAÇÃO DE ORDEM DE EXECUÇÃO DAS REPOSIÇÕES
- APRESENTAÇÃO À FISCALIZAÇÃO;
- REPOSIÇÃO DAS ZONAS DE IMPLANTAÇÃO DOS SERVIÇOS AFETADOS;
- COLOCAÇÃO DAS CONDUTAS OU EQUIPAMENTOS;
- LIGAÇÃO DAS MESMAS.

Cortes no abastecimento de água, energia eléctrica, gás e telefones

Caso seja necessário interceptar qualquer um destes serviços, estes trabalhos serão executados
fora das horas de grande consumo, preferencialmente no período nocturno e/ou durante algumas horas de
manhã e de tarde caso se revele necessário, não antevendo uma interrupção superior a 3 horas.

8 - MÉTODOS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS E EXECUTIVOS

8.1 - Trabalhos preparatórios e/ou acessórios

A programação dos trabalhos dependerá sempre da data de início dos mesmos ou seja, logo após a
sua adjudicação e, assim como das necessidades de intervenção em função das prioridades emanadas pelo
Dono de Obra.
Apresentamos e descrevemos em seguida a forma de execução das principais tarefas,
conjuntamente com a descrição dos equipamentos a utilizar em cada uma delas.

Transporte do Equipamento

Para o efeito, a QUESTÃO D´AREA, Lda. possui várias plataformas que farão o transporte do
equipamento pesado para a obra, a partir dos diversos estaleiros onde os equipamentos se encontrarem à
data de mobilização.

Página 23 de 50
Transporte do pessoal

Para o transporte do pessoal entre o estaleiro central e a frente de trabalho (e vice-versa), a


QUESTÃO D´AREA, Lda. possui várias viaturas ligeiras mistas e/ou camiões de caixa fixa devidamente
adaptados e cumprindo todas as normas de segurança. Durante a execução da empreitada, estarão
disponíveis em permanência duas viaturas ligeiras mistas (3500Kg de 6 lugares).

Diversos

Como trabalhos diversos consideram-se os desvios provisórios de trânsito, a manutenção das vias
existentes, nomeadamente no que diz respeito à limpeza, e os trabalhos de sinalização vertical
(temporária) de obra durante os períodos de desvio de trânsito (se necessário).

Materiais

Relativamente a materiais, assume especial importância o abastecimento da obra. Estes materiais


serão fornecidos por empresas de reconhecida idoneidade no mercado, de preferência aquelas cujos
produtos se encontram certificados e ofereçam garantia de qualidade, bem como capacidade de
fornecimento face às exigências.
De modo a satisfazer os requisitos de qualidade impostos pelo Caderno de Encargos, e com as quais
são mantidas excelentes relações comerciais, referimos as seguintes firmas entre outras:

- FERSIL
- CIMENTEIRA DO LOURO
- CAPA
- PAM – SAINT GOBAIN
- HUNTER

Todos os materiais entrarão em obra de maneira a fazer cumprir os prazos estabelecidos para os
diferentes trabalhos assim como para a globalidade da obra. Salientam-se os materiais necessários de
aprovação, que serão recepcionados de forma a serem aprovados pela Fiscalização atempadamente à sua
utilização. Todos os restantes materiais encontrar-se-ão disponíveis sempre antecipadamente à sua
utilização.

Página 24 de 50
Implantação e piquetagem

Os trabalhos de implantação e piquetagem serão efectuados a partir das referências fornecidas


pela Fiscalização. Logo após a consignação proceder-se-á ao reconhecimento (no local) dos serviços
afectados, afim de (não só durante a execução dos trabalhos) não virem a ser afectados como
eventualmente procedermos previamente ao seu desvio. Serão assinalados no terreno os obstáculos
subterrâneos ou que venham a ser afectados pela obra, tais como cabos eléctricos e telefónicos, condutas
de água e de gás, colectores de esgoto, drenos, oleodutos, galerias, muros. Serão também contactadas as
diversas entidades para que os trabalhos se possam desenvolver dentro dos prazos, que permitam o
cumprimento do Plano de Trabalhos.
Após a realização dos trabalhos preparatórios, far-se-á a implantação dos principais alinhamentos
que após confirmação e aprovação, possibilitem a execução de marcas de referência necessárias à
implantação e controlo da obra. Estes pontos devidamente cotados, serão cuidadosamente preservados
até à conclusão dos trabalhos. Para o efeito foi considerada uma equipa de topografia com técnicos de
larga experiência e dotada de todos os meios técnicos de expedita utilização e grande precisão. Esta equipa
irá constantemente dar apoio à obra até à conclusão dos trabalhos.
Serão também assinalados todos os pontos singulares que exijam soluções especiais, como sejam
cruzamentos com colectores e outras condutas e cablagem diversa, travessias de linhas de água, de
aquedutos.
Estes trabalhos serão acompanhados pela Direcção de Obra, por forma a se detectar e solucionar
erros e propor alternativas, de acordo com as tipologias definidas pela Fiscalização e Dono de Obra.
O equipamento a utilizar será uma estação total, tendo como principais objectivos:

- Medição e comparação dos volumes de terraplanagens e cotas de aterros


- Arranque da obra e implantação das coordenadas no terreno
- Registo dos procedimentos de medição.

8.2 – Remoção de Pavimentos

O pavimento em microcubo/calçada de granito/pavê/betonilha serão desmontados através


retroescavadora JCB 3CX ou mini-giratória Volvo ECR38, removidos e transportados para estaleiro ou local
a designar pelo Dono de Obra através de camião basculante de 3 eixos tipo Volvo FM200.
As zonas de trabalho deverão ser sempre demarcadas e vedadas para que não sejam de fácil acesso
a terceiros e a sinalização rodoviária deverá ser colocada correctamente.

Página 25 de 50
Em época de tempo seco, os locais de trabalho deverão estar sempre húmidas, para diminuir a
poeira e facilitar o assentamento dos materiais, e em época de chuva, os locais de trabalho deverão
permanecer limpos para diminuir as lamas de modo a evitar acidentes e minimizar o desconforto para a
população.
Parte do material (cubo de granito 11x11 cm) será posteriormente reaplicado em conformidade
com o preconizado no presente Projecto de Execução.

Figuras nº2 e nº3

Relativamente ao pavimento em betuminoso, nas zonas de transição será cortado através de serra
de corte tipo Orka 450. A remoção será efectuada através retroescavadora JCB 3CX – 1 e transportado para
vazadouro certificado através de camião tipo Volvo FM200 de 3 eixos acompanhado das respectivas guias
RCD.

Figuras nº4 e nº5

Página 26 de 50
8.3 – Demolições

Para se proceder à demolição de uma estrutura/edifício, é necessário avaliar diversos factores e


condicionalismos de modo optar-se pelo método e pelas técnicas de demolição mais eficientes.
As técnicas de demolição a empregar pela QUESTÃO D´AREA, Lda. são:

Trabalho por percussão e/ou tração

Os trabalhos por percussão ou por percussão e tração (martelo perfurador) são normalmente
utilizados aquando da necessidade de remover revestimentos cerâmicos em locais onde não é possível a
colocação de uma máquina, na necessidade de quebrar a ligação entre elementos estruturais e/ou
elemento não estrutural, entre outras situações.
Em função do tipo de trabalho a efectuar, adopta-se o martelo que melhor irá responder às
necessidades dos trabalhos (martelo pneumático, hidráulico ou eléctrico).

Trabalho por Máquinas de porte

O uso de máquinas de grande porte/máquinas hidráulicas é benéfico, devido à existência de uma


lança articulada que permite acoplar à mesma, ferramentas específicas de demolição.
A escolha destas ferramentas depende, de grosso modo, das características do material a demolir e
da volumetria do elemento sendo que, as ferramentas mais utilizadas são as tesouras demolidoras e os
martelos hidráulicos, considerados demolidores primários.
Outras ferramentas correntes de demolição são os esmagadores/pulverizadores de betão, também
designados por demolidores secundários.
Nas estruturas porticadas correntes, as tesouras demolidoras são as ferramentas mais usuais uma
vez que a abertura das mesmas e a força aplicada nas suas mandíbulas são suficientes para proceder à
demolição dos elementos. Os martelos hidráulicos, entre outras aplicações, são utilizados quando os
elementos a demolir apresentam uma espessura superior à abertura da tesoura ou quando se verifica a
necessidade de reduzir a resistência do elemento, para a tesoura mais facilmente proceder à sua
demolição.
O esmagador, ou pulverizador de betão, é geralmente utilizado após a demolição de estruturas de
betão armado, com recurso a tesoura ou martelo hidráulico, para se proceder à triagem/separação dos
materiais resultantes (aço e betão). Como o próprio nome elucida, esta ferramenta é utilizada para
“esmagar” o betão que se encontra aderente aos varões de aço, libertando os mesmos deste material.

Página 27 de 50
O equipamento pesado a empregar serão as giratórias JCB200 e JCB180. O transporte dos produtos
sobrantes/resíduos será efectuado através de camião basculante de 3 eixos tipo Volvo FM200 e semi-
reboque Volvo FM370.

Figuras nº6 e nº7

8.4 – Resíduos gerados em obra

O Plano de Prevenção e de Gestão de Resíduos de Construção e Demolição (PPGRCD), tem de ser


elaborado de acordo com o especificado no Decreto-Lei n.º 46/2008, de 12 de Março que “estabelece o
regime das operações de gestão de resíduos resultantes de obras ou demolições de edifícios ou de
derrocadas, abreviadamente designados de resíduos de construção e demolição (RCD), compreendendo a
sua prevenção e reutilização e as suas operações de recolha, transporte, armazenagem, triagem,
tratamento, valorização e eliminação.”
Segundo o documento legal referido, no plano de prevenção e gestão de RCD tem
obrigatoriamente de constar:

a) A caracterização sumária da obra a efectuar, com descrição dos métodos, das metodologias e das
práticas adoptadas;

b) A metodologia para a incorporação de reciclados de RCD;

Página 28 de 50
c) A metodologia de prevenção de RCD, com identificação e estimativa dos materiais a reutilizar na própria
obra ou noutros destinos;

d) A referência aos métodos de acondicionamento e triagem de RCD na obra ou em local afecto à mesma,
devendo, caso a triagem não esteja prevista, ser apresentada fundamentação da sua impossibilidade;

e) A estimativa dos RCD a produzir, da fracção a reciclar ou a sujeitar a outras formas de valorização, bem
como da quantidade a eliminar, com identificação do respectivo código da lista europeia de resíduos.

A QUESTÃO D´AREA, Lda. executará o plano de prevenção e gestão de RCD, assegurando o previsto
no diploma legal:

a) A promoção da reutilização de materiais e a incorporação de reciclados de RCD na obra;

b) A existência na obra de um sistema de acondicionamento adequado que permita a gestão selectiva dos
RCD;

c) A aplicação em obra de uma metodologia de triagem de RCD ou, nos casos em que tal não seja possível,
o seu encaminhamento para operador de gestão licenciado;

d) A manutenção em obra dos RCD, pelo mínimo tempo possível que, no caso de resíduos perigosos, não
pode ser superior a três meses.

O plano de prevenção e gestão de RCD deve estar disponível/ acessível em obra e tem de ser do
conhecimento de todos os intervenientes na execução da obra.
Todo o betão e alvenarias serão triturados em obra. Assim, os materiais resultantes dos trabalhos
de demolição dos edifícios e infra-estruturas (ferro/aço, betão e alvenarias), serão sujeitos a um processo
de reciclagem no estaleiro da empreitada. Os materiais sofrerão uma separação magnética, onde se
separará o ferro dos restantes inertes, sendo estes últimos britados para aproveitamento em aterros ou
camadas base.

Página 29 de 50
8.5 - Acondicionamento e armazenamento temporário de resíduos

Por forma a assegurar a correta gestão dos resíduos produzidos no decorrer da obra, será
reservada (dentro do recinto do estaleiro) uma área para um “Parque de Resíduos”, onde serão
acondicionados / armazenados temporariamente os resíduos, em condições adequadas e com a devida
identificação dos vários tipos de RCD, permitindo a realização da triagem (com vista à valorização, sempre
que possível) dos resíduos gerados no estaleiro e nas frentes de obra.
Os resíduos temporariamente armazenados terão de estar devidamente identificados com:

- Designação;
- Código LER (Lista Europeia de Resíduos);
- Indicação de Perigoso / Não perigoso.

No caso de armazenagem de resíduos considerados perigosos, a mesma tem de ser efectuada em


contentores adequados com identificação clara e visível relativa à perigosidade dos mesmos, numa área
coberta e impermeabilizada. Nestas situações, o local deve estar provido de materiais absorventes (areia)
para limpeza de eventuais derrames.
O acesso ao Parque de Resíduos deverá ser desimpedido para permitir efectuar cargas e descargas
sem impedimentos de circulação de viaturas e sem necessidade de manobras que exijam sinalização e
procedimentos especiais. O local de armazenamento temporário em estaleiro ou fora deste, para cada
resíduo, deverá ser efectuado de forma a não provocar qualquer dano para o ambiente ou saúde pública.

8.6 – Transporte de resíduos e destino final

A QUESTÃO D´AREA, Lda. é responsável por assegurar o transporte dos resíduos gerados em obra.
O transporte dos resíduos, para destino final adequado, será realizado pelo produtor / detentor ou por
empresa licenciada para o transporte de resíduos.
As entidades que podem assegurar a recolha e transporte dos resíduos não perigosos são:

- O empreiteiro, enquanto produtor dos resíduos;


- O eliminador ou valorizador de resíduos;
- As entidades responsáveis pela gestão de resíduos urbanos;
- As empresas de transporte rodoviário por conta de outrem.

Página 30 de 50
Os resíduos não perigosos terão como destinatários entidades constantes da Lista de Operadores
Licenciados de Gestão de Resíduos emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente. Os resíduos perigosos,
devem ser transportados por entidades constantes na referida lista.
Todos os transportes terão de ser acompanhados pelas respectivas Guias de Acompanhamento de
RCD.
A recolha e o transporte dos resíduos deverão de ser efectuadas em condições ambientalmente
adequadas, de modo a evitar a sua dispersão ou derrame.

8.7 – Movimentação de terras

Abertura de caixa

Proceder-se-á previamente à abertura de fundo de caixa (nas áreas a pavimentar e zonas verdes)
com a profundidade de 0,20 m e 0,30 m que será devidamente regularizada e compactada através de
cilindro compactador de rolo e pneu tipo Hamm 3410 (Figura nº5).
A caixa nos arruamentos ficará com uma superfície paralela à que irá apresentar o pavimento
depois de concluído tendo portanto uma inclinação transversal idêntica.

Figura nº8

O material proveniente da escavação, será transportado para vazadouro autorizado através de


camião basculante de 3 eixos tipo Volvo FM200.
As entradas das serventias serão mantidas de acordo com o existente e todos os trabalhos serão
realizados de modo a não comprometer os respectivos acessos.

Página 31 de 50
Camada de base

Será aplicada uma camada de material de granulometria extensa 0-40 mm com a espessura de 0,20
m nos arruamentos e 0,10 m em passeios, depois de regularizada e compactada através de cilindro
compactador de rolo e pneu tipo Hamm 3410 ou cilindro vibratório de 2 rolos.

8.8 – Aterros e compactação de solos

Os aterros (onde necessário para o reperfilamento do terreno base) serão realizados por camadas
de espessura adequada ao equipamento de compactação proposto e de acordo com a Fiscalização.
O espalhamento dos materiais será realizado pela escavadora ou manualmente. Serão também
utilizados, quando seja necessário, cilindros vibradores e/ou placas vibradoras.
No que se refere aos materiais para aterro, eles serão provenientes de terras de empréstimo.
Caso a Fiscalização o aprove, o material reciclado em obra poderá ser aplicado nos aterros,
minimizando-se assim a utilização de recursos naturais.

8.9 – Nivelamento e modelação de terrenos

Será executado através de meios mecânicos (Retroescavadora tipo JCB 3CX) obedecendo às cotas
impostas pela Fiscalização.

8.10 – Movimentação de terras - Vala

As valas só serão abertas depois de serem previamente depositados no local de trabalho as


respectivas tubagens e acessórios.
Será dada especial atenção à segurança dos trabalhos de escavação para abertura de valas (que
serão, em princípio, maioritariamente mecânicos), onde os riscos inerentes de derrocada dos taludes estão
presentes. Serão criadas contenções sempre que a profundidade das escavações o justifiquem
(profundidades superiores a 1,80m), a partir da observação do terreno, dependendo do grau de coesão do
mesmo.
A profundidade de assentamento das condutas obedecerá ao preconizado no Projecto de Execução
fornecido pelo Dono de Obra e respeitando as profundidades mínimas nele estabelecido.

Página 32 de 50
Nas travessias de faixas de rodagem, a escavação para abertura de vala será efectuada em metade
da faixa de rodagem, por forma a possibilitar a circulação de veículos na outra metade. Na eventualidade
de se executar este tipo de trabalho, o mesmo será sempre feito em consonância com a Entidade
Adjudicante. Sempre que tal aconteça, será executado um Plano de Sinalização Temporária (PST)
submetido à apreciação da Entidade Adjudicante.
Durante a execução dos trabalhos, serão garantidos todos os meios de PROTECÇÃO e de
SINALIZAÇÃO adequados face às condições locais de execução dos trabalhos, reconhecidamente suficientes
e eficazes. Quando a acção das máquinas possam constituir um perigo, serão instalados os adequados
dispositivos de protecção e sinalização, para que os mesmos sejam visíveis e eficazes quer de dia, quer de
noite.
Os produtos de escavação que não possam ser aproveitados (ou em excesso), serão transportados
a vazadouro e depositados em locais com características adequadas para o efeito no prazo máximo de 24
horas, acompanhados das respectivas guias de acompanhamento RCD.

Início das operações

Na preparação da obra, requisitar-se-á junto das entidades competentes elementos e dados quanto
à presença de outras infra-estruturas que venham a ser interceptadas pelos trabalhos – cadastros,
nomeadamente cabos eléctricos, telefónicos, condutas de água, colectores de esgotos, aquedutos, muros,
etc.
Nenhum trabalho deverá ser iniciado sem a devida análise e identificação das redes técnicas
enterradas e linhas de água a preservar. Após esta análise e reconhecimento no local da obra, dar-se-á
início à execução dos trabalhos.
A inexistência de cadastros por parte das entidades gestoras, implicará contactos com as mesmas, e
até visitas às áreas pelos responsáveis no sentido de assegurar que não existe nenhum serviço na área.
Antes do início dos trabalhos deverá ser revisto o projecto no sentido de recolher informações
quanto à natureza geológica e demais características do terreno, quanto à envolvente e quanto à obra em
si, para a escolha das técnicas e dos meios mecânicos a utilizar.

Escavações

Iniciar-se-ão os trabalhos pela implantação dos diferentes elementos, constantes das peças
desenhadas, segundo as cotas e outros dados, e se necessário com recurso ao equipamento topográfico
adequado, operado por pessoal qualificado.

Página 33 de 50
As superfícies dos terrenos a escavar ou a aterrar devem ser previamente limpas de pedras,
detritos e vegetação. A limpeza deverá ser feita exclusivamente na área sujeita a terraplenagem.
Após a marcação no terreno da zona a escavar, dever-se-á ter o cuidado de abrir a uma distância
razoável dos bordos, uma valeta impermeável destinada a desviar as águas da chuva ou outro tipo de
escorrências da zona da vala aberta.
Se houver dúvidas no posicionamento das redes existentes, serão executadas sondagens para
confirmar a existência e posição de todas as infra-estruturas subterrâneas, antes da abertura da vala.
Durante a abertura desta, as interferências com infra-estruturas de outras entidades gestoras que forem
encontradas, e até previstas nos cadastros, somente serão removidas em caso de extrema necessidade.
Este trabalho só será realizado mediante permissão da fiscalização e das entidades gestoras, na
presença das mesmas, após o devido estudo e projecto, se necessários.
As infra-estruturas expostas, não deverão ser utilizadas como suportes ou degraus.
Caso necessário e, se a fiscalização assim o entender e autorizar, o emprego de explosivos deverá
obedecer ao prescrito na regulamentação em vigor. A utilização de explosivos só será efectuada mediante
autorização da Fiscalização, e pedido de Declaração ao Dono de Obra para entrega na PSP/GNR. Após a
autorização, os trabalhos serão entregues a pessoal competente com Carta de Operador de Fogo. O
emprego de explosivos nunca será utilizado durante a noite, e quando conveniente, as limitações no seu
emprego, quer no que respeita a horários, quer a partes da obra, quer ainda à potência das cargas, serão
previamente acordadas com a Fiscalização.
As escavações deverão ser executadas por forma a que, após a compactação, sejam atingidas as
cotas indicadas no projecto. A escavação desenvolver-se-á sempre de forma, a que exista um perfeito
escoamento superficial das águas, e será feita até se obterem as cotas de projecto, por forma a possibilitar
o correcto assentamento das tubagens.
Se no decorrer das escavações for encontrada água nascente ou de infiltração, tal facto deve ser
imediatamente comunicado à Fiscalização. A escavação deve ser entretanto mantida livre de água por meio
de bombagem ou outros meios.
O fundo das valas será perfeitamente compactado e regularizado, ficando sem covas nem ressaltos
por forma a proporcionar um perfeito assentamento da tubagem em todo o seu comprimento, mantendo
as inclinações referidas nos perfis longitudinais.
O trabalho no fundo da vala só deverá ser executado quando as paredes coincidam com o talude
natural do terreno (exceptuam-se as aberturas com profundidade inferior a 1,20m ou entivadas).
O produto da escavação da vala, será colocado apenas num dos lados da vala de modo a deixar
livre uma faixa de pelo menos 0,60m e a não formar um depósito tal que coloque em perigo a estabilidade
da vala. Esta colocação não poderá de forma alguma, interferir com o sistema de drenagem do arruamento,

Página 34 de 50
canais de irrigação de culturas, cursos de água ou provocar a obstrução de escoadouros de bacias de águas
pluviais. O volume de terras excedentes será transportado a vazadouro.
Se, durante os trabalhos de escavação, forem encontrados objectos de arte ou antiguidades, o
adjudicatário deverá proceder de acordo com o previsto nos artigos aplicáveis do Regime Jurídico das
Empreitadas e Fornecimentos de Obras Públicas, Decreto-Lei, n.º 18/2008.

Entivação

As valas serão convenientemente entivadas, quando necessário, para que não haja perigo de
desmoronamento. O sistema de entivação que a QUESTÃO D´AREA, Lda. dispões adapta-se perfeitamente
aos trabalhos de abertura de valas em terrenos arenosos ou lodosos com níveis freáticos altos, oferecendo
segurança aos trabalhadores e maior rentabilidade.
O sistema é montado na vala, a sua abertura é regulada pelas escoras, consoante a profundidade
da vala e a largura da vala, sendo colocada de modo que sobressaia pelo menos 15cm acima da cota
superior do terreno criando assim um rodapé a toda a volta da abertura.
A entivação a utilizar será metálica, e será montada de acordo com as instruções e manuais do
fornecedor.

Acesso à vala

Dever-se-á organizar o trabalho de modo a que a vala permaneça aberta o mais curto espaço de
tempo, e devidamente dotada com acessos. Estes, deverão ser colocados na abertura de modo a assegurar
caminhos de fuga suficientes, de tal modo que a distância máxima a percorrer na vala, para atingir um
acesso, não seja superior a 7,50m. A escada utilizada para entrada e saída da vala deverá ter o
comprimento adequado à profundidade da mesma, devendo estar convenientemente fixa para evitar o seu
desvio durante a sua utilização.

Extracção de água de valas

Quando se verificar necessário, proceder-se-á a uma conveniente drenagem das valas ou da zona
de trabalhos, executando drenos temporários ou desvios, e/ou recorrendo a um sistema de bombagem
adequado. Deverá ser mantida bombeamento constante da água do fundo da escavação, de modo a não
permitir grandes acumulações de líquidos que poriam em causa a estabilidade do terreno. Se existir risco
de aparecimento de gases inflamáveis, as bombas eléctricas deverão ser do tipo “antideflagrante”.

Página 35 de 50
8.11 – Transporte de materiais sobrantes

O transporte para os locais de aterro ou depósito certificado será realizado por camião basculante
de 3 eixos Volvo FM200 ou similar.
Durante as operações de carregamento, o condutor dever-se-á manter no interior da cabine do
veículo ou, se estiver equipado com equipamentos de protecção individual adequados, poderá sair deste
desde que se afaste da zona de carga, e deverá assegurar todas as manobras que garantam a imobilização
do veículo. Nas operações de carregamento, a carga deverá ser distribuída uniformemente e não deverá
ser excedida a capacidade do veículo.
Durante o transporte dos produtos sobrantes o condutor deverá verificar se os taipais estão
convenientemente fechados, e se devido às características dos materiais transportados for previsível a sua
dispersão, nomeadamente pela deslocação do ar, a zona de carga deverá ser coberta com uma tela
apropriada para o efeito.
Antes de executar as operações de basculamento para descarga dos produtos sobrantes, o
condutor deverá verificar se existem pessoas na zona. No caso de estarem pessoas na zona, estas devem
ficar afastadas por distâncias não inferiores a 10,00m.O condutor não deverá manobrar nem efectuar
operações manuais de tentativa de deslocamento de carga com a caixa de carga levantada, e deverá
bascular unicamente em terreno plano e ao bascular, se as “travas” do taipal se soltarem, o condutor
deverá baixar a caixa de carga antes de tocar nas “travas”. Quando a qualidade do terreno não permitir a
circulação do veículo, descarregar-se-á a carga atrás do limite do aterro para que um tractor empurre o
material para o aterro.
Caso haja necessidade, lavar-se-á os rodados antes de entrar na via pública por forma a mantê-la
limpa e dever-se-á “secar” a água dos discos recorrendo a pequenos “toques” no travão.

8.12 - Tubagem

A tubagem a utilizar na rede de águas pluviais e ramais será em PP corrugado da classe de pressão
SN8 da FERSIL ou outra, variando os seus diâmetros nominais entre os DN200mm nos ramais, e os
DN315mm nos colectores.
Os trabalhos de instalação das redes desta empreitada, compreendem desde logo a instalação das
tubagens e trabalhos acessórios, que terão início de acordo com o faseamento previsto no plano de
trabalhos e após aprovação da vala pela fiscalização.

Página 36 de 50
Assume especial importância o aprovisionamento, empilhamento, manuseamento e transporte das
tubagens, que serão executadas de forma a cumprir todas e quaisquer exigências da fiscalização da
empreitada, para que sejam cumpridas as boas normas que correspondem a este tipo de operações.
O recurso ao armazenamento será importante implicando um cuidadoso planeamento de
aprovisionamento e a mobilização de importantes meios financeiros.
No assentamento e instalação das condutas e acessórios, serão tomadas em consideração, além
das recomendações do fabricante, o especificado nas especificações técnicas do Caderno de Encargos.
Todos os trabalhos desta actividade serão executados pela QUESTÃO D´AREA, Lda..

Movimentação de tubagem

As tubagens serão arrumadas por empilhamento directo, com os tubos sobrepostos, ficando
apenas os de camada inferior assentes em armação de madeira, providos de coxim, desde que não atinja
na base, uma carga excessiva capaz de produzir deformações ou outros danos.
Tomar-se-ão precauções para evitar que entrem nas tubagens terras, pedras, madeiras e quaisquer
outros corpos ou substâncias estranhas, procurando-se que se o seu interior se mantenha limpo durante o
armazenamento, transporte, manuseamento, colocação e montagem.
Serão manuseadas, com o auxílio de cordas, correias ou garras suficientemente largas sempre de
forma a não causarem quaisquer danos nas tubagens.

Assentamento de tubagem

Antes da sua colocação, as tubagens serão inspeccionadas para verificar o seu estado geral,
impossibilitando a utilização de elementos defeituosos.
Ao iniciar a montagem das tubagens, teremos o cuidado de manter a vala drenada, o leito
regularizado e os taludes estabilizados.
A descida da tubagem para o fundo das valas, será feita manual ou mecanicamente, consoante o peso dos
tubos e as profundidades das valas. Em qualquer dos casos, a descida será efectuada com o auxílio de
cordas, correias ou garras suficientemente largas e sempre de forma a não causarem quaisquer danos nas
tubagens.
Para a execução destes trabalhos, far-se-á uso de uma equipa de infra-estruturas. Os tubos ficarão
uniformemente apoiados no leito de assentamento, criado no fundo da vala, ao longo de toda a geratriz
inferior, sempre com o mesmo alinhamento quer em planta quer em perfil.

Página 37 de 50
Quando o fundo da vala não for pedregoso nem rochoso e o terreno natural, por ter boa
consistência e estabilidade, for aceitável como apoio contínuo e uniforme dos tubos, estes serão assentes
directamente sobre ele, sem interposição de quaisquer leitos artificiais.
Quando o fundo natural da vala for heterogéneo ou rochoso e quando, embora homogéneo, não
apresentar bastante estabilidade e consistência, a escavação será aprofundada de acordo com o previsto,
de forma a ganhar-se espaço para a interposição de uma almofada contínua de areia ou outro material
granular fino.
Os tubos são colocados com recurso a equipamento mecânico, com a ajuda de equipamento
adequado (nível, régua com talo para marcar a percentagem de declive a vencer), sempre em sentido
ascendente.
Coloca-se o 1.º tubo no inicio da descarga da água e/ou caixa de visita, já instalada.
Os tubos utilizados dependendo do seu diâmetro, são fornecidos em troços de 6 metros que, por
encaixe de cada tubo, formam a quantidade necessária definida em projecto.
O último tubo encaixa numa caixa de visita ou num tubo de diâmetro igual ou inferior, da rede
precedente.

8.13 - Câmaras de visita, sarjetas e canais drenantes

As caixas de visita são construídas de acordo com as especificações definidas no projecto. O


distanciamento entre caixas é também definido no projecto.
As caixas de visita são geralmente construídas em argolas pré-fabricadas de betão e cerzitadas
(vedadas) com argamassa de dosagem ao traço definido em projecto. Na parte superior são isoladas com
uma tampa em ferro fundido.
Iniciar-se-á a sua construção com a regularização e eventual drenagem do leito de fundação, cuja
cota terá em atenção a espessura da laje de fundo, se existir. Nas caixas providas de caleiras, a cota de
acabamento da laje de fundo ficará mais baixa pelo menos 0.03 m, de forma a permitir a execução das
mesmas com as respectivas cotas de soleira. A directriz destas caleiras será um arco de circunferência
tangente aos eixos dos colectores ligados. O corpo será construído conforme previsto em projecto.
Na generalidade, serão utilizados materiais pré-fabricados em betão (blocos vazados ou maciços,
anéis e ou argolas). Na construção de caixas circulares com argolas de betão pré-fabricadas, serão
utilizados blocos maciços (aduelas) até à geratriz superior da tubagem onde posteriormente apoiarão as
referidas argolas.

Página 38 de 50
O acabamento interior das caixas de visita serão realizados de acordo com as prescrições definidas
no cadernos de encargos para os tipos de rede a executar, que normalmente consistem na execução de
cerzites, meias canas e pinturas epóxi.
A cobertura será do tipo plana ou tronco-cónica, utilizando-se para esse fim lajes pré-fabricadas em
betão armado ou cones simétricos ou assimétricos de betão vibrado. Estes elementos serão providos de
gola cilíndrica ou quadrada para assentamento do aro da tampa, conforme a configuração prevista em
projecto.
As tampas de acesso serão de ferro fundido serão fornecidas pela PAM ou outra, de acordo com as
especificações de resistência à tracção, à compressão e à flexão. A quando a execução dos trabalhos de
movimento de terras e construção das novas câmaras, procederemos à demolição das existentes,
conforme o previsto no projecto.
O material em betão pré-fabricado será fornecido pela empresa CIMENTEIRA DO LOURO ou outra,
todo o material é certificado e com as características de acordo com o Caderno de Encargos. Antes da
execução dos trabalhos o mesmo será submetido à aprovação da fiscalização.
Todos os trabalhos desta actividade serão executados pela QUESTÃO D´AREA, Lda..
No que diz respeito às sarjetas, as mesmas serão executadas com elementos pré-fabricados em
betão armado da CIMENTEIRA DO LOURO ou outra, em processo similar ao das caixas de visita.
Os canais em betão polímero e grelhas serão fornecidas pela CAPA.
Antes da recepção provisória, proceder-se-á ao ensaio de todos os sistemas instalados.

8.14 - Aterro de valas

Os aterros serão realizados conforme o especificado no C.E. e por camadas de espessura adequada
ao equipamento de compactação proposto e de acordo com a Fiscalização.
O espalhamento dos materiais será realizado pela escavadora ou manualmente. Serão também
utilizados, quando seja necessário, cilindros vibradores de valas e/ou placas vibradoras. No que se refere
aos materiais para aterro, eles serão provenientes da abertura das valas.
No caso de se tratar de solos impróprios para a execução de aterros, estes serão substituídos por
solos coerentes e levados para os locais de depósito predefinidos e aprovados pela Fiscalização, onde serão
colocados e espalhados, de modo a causarem o menor impacto ambiental e visual possível.
Depois de colocadas as tubagens, a primeira camada de aterro será feita com o mesmo material da
almofada de assentamento com material cujas dimensões não excedam 20 mm, com espessura mínima de
0.15 e 0.30 m acima do extradorso do tubo, bem apiloada e de forma a não existir perigo para a tubagem.

Página 39 de 50
Esse aterro poderá ser em duas camadas de cerca de 0.10 m cada. O apiloamento será acompanhado de
rega ligeira.
Na restante altura o aterro será realizado de acordo com o perfil tipo da vala, por camadas de
0.20m de espessura, bem apiloadas, com compactadores mecânicos e regadas.
A espessura das camadas de aterro não deve exceder os 15 cm para solos de natureza arenosa e 20
cm para solos argilosos, antes da compactação.
O número de pancadas dos maços ou o número de passagem dos pratos vibradores, cilindro, será o
recomendado pela experiência para obtenção de uma densidade relativa nunca inferior aos 90% do ensaio
Proctor Normal.
Os aterros junto de obras estruturais serão executados com todo o cuidado, por camadas de 15 a
20 cm de espessura, simetricamente dispostos em relação à estrutura e devidamente compactados. Os
aterros serão realizados conforme o especificado no C.E. e por camadas de espessura adequada e
recorrendo ao equipamento de compactação proposto e de acordo com a Fiscalização.

8.15 – Inertes

Todos os agregados e inertes serão provenientes de centros de produção, acompanhados da


respectiva ficha técnica e declaração de desempenho.

8.16 – Compactação de solos

Na compactação utilizaremos o cilindro vibratório de 2 rolos pequeno e/ou compactador de placa


vibratória.

Figuras nº9 e nº10

Página 40 de 50
8.17 – Rede de rega

O sistema será automático é dotado de válvula de retenção para evitar (eventualmente) que a água
de rega possa contaminar a rede pública e filtro para protecção dos gotejadores de eventuais impurezas.
Os aspersores, caixas, electroválvulas, tubagens e acessórios a serem assentes serão da marca
HUNTER ou outra e serão instalados conforme planta a fornecer pelo Dono de Obra.
Antes da recepção provisória, proceder-se-á ao ensaio de todos os sistemas instalados.

8.18 – Rede de iluminação pública

Será assente tubo PEAD 63mm2 no interior de valas com fundo bem compacto e envolvidos em
areia fina. Sobre o conjunto será colocada uma rede plástica à altura regulamentar, de cor vermelha,
destinada á sinalização e proteção dos cabos. Toda a cablagem de alimentação das luminárias não está
incluída na presente empreitada.
Os candeeiros de iluminação pública serão implantados em maciços de betão ciclópico à
profundidade regulamentar e obedecerão ao modelo e características apensas ao caderno de encargos e à
legislação em vigor. O assentamento das colunas e luminárias, bem como ligações, ensaios e verificações,
será subcontratado a uma entidade externa certificada para o efeito.
Antes da entrada em funcionamento e da recepção provisória do equipamento, serão efectuados
ensaios e verificações destinadas a demonstrar e comprovar que os equipamentos e materiais instalados
obedecem às normas e regulamentos em vigor.

8.19 – Pavimentações

Todo o betão a empregar em obra, quer para a execução de passeios em betonilha esquartelada,
quer para massames em bases, provirá de central de betão devidamente certificada.
Os lancis em betão vibrado pré-fabricado serão fornecidos pela CIMENTEIRA DO LOURO ou outra e
serão assentes em fundação sob massame de betão ao traço 1:5 com a espessura mínima de 20 cm.
Os lancis em granito serão provenientes de pedreiras da zona e serão assentes em fundação sob
massame de betão ao traço 1:5 com a espessura mínima de 20 cm.
Os cubos de granito 11x11 cm provenientes do levantamento de pavimentos, serão assentes a
traço seco 1:5 em caixa de areia de 6cm de altura, sobre base de pavimento constituída por 20cm de tout-

Página 41 de 50
venant. Os cubos de granito (calcário e amarelo 11x11 cm) provirão de pedreiras da zona, serão de 1ª
escolha e serão assentes nas mesmas condições.
A pedra de chão (20x10x5,5 cm em passeios) será fornecida pela CIMENTEIRA DO LOURO ou outra
e será assente a traço seco 1:5, em caixa de areia de 3cm de altura, sobre base de pavimento constituída
por 10cm de tout-venant. O bloco cerâmico maciço (20x10x5 cm em passeios) será fornecido pela VALE DA
GÂNDARA ou outra e assente a traço seco 1:5, em caixa de areia de 3cm de altura, sobre base de
pavimento constituída por 10 cm de tout-venant.
A betonilha esquartelada deverá ter 3cm de espessura, assente sobre massame com espessura
mínima de 5cm, sobre base de brita com 10cm de espessura.
Todos os trabalhos desta actividade serão executados pela QUESTÃO D´AREA, Lda..

8.20 – Terra vegetal e sementeira de relva

A terra vegetal a colocar nas áreas destinadas a jardins e sementeiras com uma altura de 0,30 m,
será franca e isenta de infestantes, de pedras e detritos provenientes da incorporação de lixos e/ou de
qualquer tipo de sementes, rica em matéria orgânica e obedecerá às condições de textura e estrutura
adequadas para jardim: solta e arenosa.
A distribuição de terra vegetal far-se-á por camadas uniformes e não compactadas, devendo ser
regada quando atingir o valor da cota final, compensando depois com uma última distribuição o valor de
cota abatida, até se atingirem as cotas projectadas, após o que se fará uma mobilização de superfície e
limpeza se necessário, de forma a deixar a zona convenientemente preparada para as plantações e
sementeiras.
A sementeira será executada por método tradicional com recurso a semeador mecânico, devendo
as sementes ser agrupadas por tamanhos e distribuídas de forma homogénea.

8.21 – Mobiliário urbano

Os bancos em betão armado (C30/37, A500) serão executados pela CIMENTEIRA DO LOURO ou
outra com as dimensões e RAL 3005 e implantados em obra conforme localização e Caderno de Encargos.

Página 42 de 50
8.22 – Serralharias

Serão executadas de acordo com o projecto apenso ao caderno de encargos por entidade externa
subcontratada pela QUESTÃO D´AREA, Lda..

8.23 - Sinalização temporária

A QUESTÃO D´AREA, Lda. fornecerá e colocará sinalização rodoviária nos acessos às diversas frentes
de trabalho. O equipamento e a distribuição da sinalização, a colocar sob orientação da Fiscalização,
obedecerá às normas da C.M.V.C.

8.24 – Limpeza das zonas de trabalho

Durante a execução dos trabalhos será mantido em adequado estado de limpeza da zona onde
estes decorrem, de modo a garantir e a minimizar os incómodos aos utentes e moradores do local.
Terminada a obra, não ficará abandonado qualquer material sobrante no local dos trabalhos,
devendo ser retirada toda a sinalização temporária colocada, bem como os painéis identificativos da obra
(se houver) e reposta toda a sinalização definitiva existente anterior aos trabalhos.

8.25 - Monitorização em fase de Obra

A obra a realizar, em caso de adjudicação, será devidamente acompanhadas e monitorizada, pelo


que a QUESTÃO D´AREA, Lda. apresentará prévia e atempadamente à aprovação da Fiscalização um
programa de monitorização.

9 - EXECUÇÃO DOS TRABALHOS (Planeamento dos trabalhos)

9.1 - Bases e Metodologia

O presente capítulo tem por fim a justificação do programa de trabalhos, apresentado sob a forma
de gráfico de barras, no qual se indica o encadeamento das diversas tarefas previstas, tendo em atenção
que o prazo de execução tem uma duração máxima de 101 dias de calendário.

Página 43 de 50
Considerações Gerais

Embora apenas com o desenvolvimento possível e requerido nesta fase de estudo da Empreitada, o
programa de trabalhos e relações de meios técnicos e humanos, são elementos complementares desta
memória e essenciais, para uma análise global das soluções, que nos propomos implementar para a
execução da obra.
O nosso estudo e projecto basearam-se nos requisitos expressos no Processo de Concurso e
Caderno de Encargos, numa análise rigorosa de todos os elementos e trabalhos previstos pelo Projecto, e
na observação das condições reais por intermédio de uma visita por nós efectuada ao local.

O Programa de Trabalhos é constituído por:

- Plano de trabalhos, onde se descriminam as várias fases da empreitada. Foi utilizado o Método do
Caminho Crítico, com base numa rede lógica de precedências e o seu resultado global é apresentado sob a
forma de diagramas de "GANTT", obtido com o auxílio do programa MS-PROJECT, com a duração acima
referenciada, calendarizada a partir da data de Consignação, tendo como unidade de tempo a
periodicidade semanal.

- Diagrama de recurso de pessoal, com indicação do número de homens de cada profissão e respectivo
quantitativo diário ao longo da execução dos Trabalhos.

- Diagrama do equipamento a mobilizar, com discriminação das máquinas e equipamentos a afectar à


execução dos Trabalhos.

- Cronogramas financeiros, obtidos por valorização através da lista de preços unitários, das quantidades
médias mensais de execução previsível e a partir do tipo de trabalhos a executar (de acordo com as
fórmulas de revisão de preços).

A partir dos rendimentos estabelecidos para a execução dos trabalhos das diferentes
especialidades por nós preconizados e com base no encadeamento das diversas actividades que englobam
a empreitada, propomos executá-la de acordo com todos os prazos parcelares estabelecidos no Caderno de
Encargos. Deste modo, o prazo que propomos para a execução da empreitada é de 73 dias úteis (conforme
programa de trabalhos) seguintes à data da consignação, que foi admitida ser a 9 de Maio de 2016 embora

Página 44 de 50
esta data não tenha qualquer carácter vinculativo. A duração de cada actividade corresponde um
rendimento de trabalho estimado, dia útil de trabalho.
Serão 101 dias contínuos seguintes à data de consignação incluindo Sábados, Domingos e feriados.

Horário de Trabalho

Será respeitada a legislação sobre a obrigação de respeitar períodos mínimos de descanso e


sossego às populações residentes nas áreas adjacentes.
Naturalmente que, face às exigências e à especificidade da obra, serão mobilizados, sempre que se
justifiquem, recursos suplementares e/ou reforçados os períodos de laboração, com particular acuidade
nas actividades que constituem o Caminho Crítico da Empreitada.

Planeamento Geral

Na definição da metodologia geral a adoptar e nos rendimentos a alcançar, foi feita uma avaliação
de todos os pontos críticos, tendo havido o cuidado de contabilizar os condicionalismos das diferentes
épocas do ano, aspecto explicitado nos coeficientes de sub-produção utilizados no planeamento dos
trabalhos.
Todos os trabalhos serão executados de modo a minorar o mais possível o impacto ambiental que
daí advenha e serão executados por equipas com larga experiência em trabalhos dessa natureza.
Como filosofia base, atendeu-se às características da obra, à tipologia dos trabalhos a desenvolver e
à optimização do binómio custo-prazo, observando-se sempre as boas normas de execução de modo a
garantir um nível superior de qualidade.
Atendendo ao método utilizado, definiram-se as tarefas base tendo em conta os tipos principais de
trabalhos a executar, a sua distribuição física na obra, a definição de equipas e meios de equipamento
auxiliar previstos.
Para cada tarefa determinou-se a respectiva duração, atendendo às quantidades de trabalho a
executar, a rendimentos médios usuais, às cargas de pessoal e equipamento associados, que passaram a
constituir as equipas de frente de obra.
Entre actividades estabeleceram-se as interdependências lógicas de precedência que observaram
quer limitações de ordem física, quer de meios quer de segurança. Estas interdependências de precedência
materializaram-se em ligações lógicas do tipo: Início-Início, Fim-Fim e Fim-Início.

Página 45 de 50
O resultado é o diagrama de barras anexo onde podem ser visualizadas perfeitamente as tarefas
mais importantes consideradas como “envolventes” das tarefas elementares anteriormente definidas e
associadas às principais especialidades da empreitada.
Uma vez conhecida a intenção de adjudicação, iniciaremos de imediato os trabalhos e estudos
conducentes à preparação da obra, mobilização de meios e estudo definitivo do projecto de estaleiro. Para
isso será mobilizada uma equipa pluridisciplinar devidamente coordenada pelos futuros responsáveis pela
direcção técnica da obra, técnico com formação e experiência adequada à obra em presença.
Esta preparação será naturalmente feita em íntima colaboração com a entidade fiscalizadora,
optimizando-se os métodos e sistemas construtivos previstos a adoptar na execução da obra. É um
trabalho que, necessariamente, não se esgota na fase inicial da empreitada, mas é nela que a sua maior
intensidade mais necessária se torna. O faseamento desta preparação entrará em linha de conta com a
sequência dos trabalhos previstos no planeamento da obra.
No Programa de Trabalhos Definitivo a apresentar após a consignação, nos termos do definido no
Processo de Concurso, será seguida a mesma metodologia, incluirá todas as indicações Dono de Obra, e
como já foi dito apresentará um grau de detalhe necessariamente superior de forma a garantir um eficaz
acompanhamento e controle do desenvolvimento da obra.

Faseamento e preparação

O faseamento geral idealizado para a execução da empreitada encontra-se patente no Plano de


Trabalhos apresentado como parte integrante da presente proposta, sendo que o mesmo se encontra com
nível de detalhe, de forma a entender perfeitamente a empreitada.
Em termos de faseamento geral da presente empreitada, prevê-se a adopção de uma sequência
construtiva corrente neste tipo de obras e que está patente no referido Plano de Trabalhos.
A empreitada, em termos globais, será iniciada naturalmente com a Mobilização do Equipamento,
com a montagem do estaleiro de apoio aos trabalhos, incluindo a montagem de contentores destinados a
escritórios, sanitários, armazéns e ferramentarias. Para apoio na execução de trabalhos, em que seja
necessário o recurso a equipamento de elevação e carga, optamos por uma grua móvel.
No que diz respeito à realização dos trabalhos propriamente ditos, a sequência executiva a adoptar
terá sempre como objectivo criar, o mais cedo possível, frentes de trabalho para as tarefas subsequentes, a
fim de optimizar o prazo de execução da obra.

Página 46 de 50
Execução dos Trabalhos

Segurança nos trabalhos das infra-estruturas:

A QUESTÃO D´AREA, Lda. cumprirá com o estabelecido nos regulamentos de segurança rodoviária
aplicáveis. Os sinais de aproximação a trabalhos serão da responsabilidade da QUESTÃO D´AREA, Lda. e
respeitarão os normativos em vigor, devendo a sua colocação ser assegurada pela QUESTÃO D´AREA, Lda.
após prévia aprovação pela Fiscalização.
A QUESTÃO D´AREA, Lda. fica obrigada a assegurar a protecção eficiente de todas as eventuais
infra-estruturas enterradas de diversas especialidades que se manterão necessariamente em serviço
durante os trabalhos, sendo que se utilizarão para o efeito, materiais e processos construtivos adequados à
situação.

Frente de Trabalho

De acordo com o programa de trabalhos apresentado, a empreitada terá 1 frente de trabalho. Esta
forma de actuação baseia-se na experiência adquirida na execução de outras empreitadas de idêntica
natureza, no entanto e caso se verifique necessário, em qualquer momento da empreitada, este número
poderá ser aumentado, para fazer face a situações pontuais que possam vir a ocorrer.
Os trabalhos iniciar-se-ão no dia 9 de Maio de 2016 com a montagem do estaleiro e arranque da
frente de trabalho e terminarão, praticamente, 101 dias de calendário depois com a desmontagem do
estaleiro, dia 17 de Agosto de 2016.

9.2 – Equipas que constituem a frente de trabalho

Passamos agora a descrever quais as equipas que constituem a frente de trabalho:

Equipa de demolições e movimento de terras


Chefe de equipa 1
Operário/servente 3
Manobrador 3
Motorista 2

Escavadora Giratória de 20 Ton. 2


Retroescavadora 1
Cilindro compactador de rolo e pneu 1
Camião 3 eixos 1
Camião 4 eixos 1

Página 47 de 50
Equipa de movimento de terras (valas)
Chefe de equipa 1
Operário/servente 1
Manobrador 1
Motorista 1

Escavadora Giratória de 3,8 Ton. 1


Camião 3 eixos 1
Cilindro vibratório de dois rolos apeado 1
Compactador de placa vibratória 1
Painéis de entivação 1
Conjunto de ferramentas ligeiras 1

Equipa de assentamento de tubagem


Chefe de equipa 1
Canalizador 1
Conjunto de ferramentas ligeiras 1

Equipa de construção civil


Chefe de equipa 1
Operário/servente 3
Manobrador 1
Motorista 1

Retroescavadora 1
Betoneira 250l 1
Camião 3 eixos 1
Compactador de placa vibratória 1
Conjunto de ferramentas ligeiras 1

Equipa de pavimentação
Chefe de equipa 1
Calceteiro 4
Operário/Sevente 1

Camião 3 eixos / Carrinha de caixa 1


Cilindro vibratório de dois rolos apeado 1
Compactador de placa vibratória 1
Ferramentas ligeiras 1

10 - EQUIPAMENTO

Todo o equipamento necessário à completa execução da empreitada é nossa propriedade ou


alugado, encontra-se em boas condições de operacionalidade e estará na obra nas datas necessárias ao
cumprimento do plano de trabalhos.

Página 48 de 50
11 – SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA DOS TRABALHOS

Instalar-se-á um conjunto de marcas e sinais, tendo em vista garantir adequadas condições de


circulação e segurança, em observância ao estipulado no D.L. 33/88, de 12 de Setembro.
Nos locais afectados pelas intervenções e antes de executar qualquer tipo de trabalhos, serão
colocados os sinais e marcas considerados necessários, de forma a garantir a segurança de peões e viaturas
e o acesso às propriedades, devendo a sua colocação situar-se em locais bem visíveis e em toda a extensão
dos trabalhos. Serão aplicados todos meios de PROTECÇÃO e de SINALIZAÇÃO adequados, face às
condições locais da obra, reconhecidamente suficientes e eficazes. Sempre que necessário, será executado
um Plano de Sinalização Temporária (PST) submetido à apreciação da Entidade Adjudicante. No ANEXO II
encontra-se o esquema Tipo 1 - Desvio de trânsito com a ocupação na totalidade de uma via.
Os trabalhadores utilizarão vestuário adequado, dotado de elementos reflectores, não esquecendo
o indispensável equipamento de protecção para tarefas específicas.

12 - DESMONTAGEM DO ESTALEIRO, TELAS FINAIS E COMPILAÇÃO TÉCNICA

Concluídos todos os trabalhos gerais, será efectuada uma limpeza final da obra com vista à sua
recepção por parte do Dono de Obra.
Serão removidas as vedações da obra, bem como das instalações e equipamentos utilizados na
execução da obra. Haverá ainda lugar à limpeza geral da zona envolvente, bem como de eventuais
reposições necessárias.
Após a conclusão de todos os trabalhos, será realizado um levantamento da obra com uma equipe
de técnicos, um Topógrafo, um Porta miras e um Desenhador e será entregue após a provação do Director
Técnico da Empreitada as telas finais ao dono de obra.

13 - CONCLUSÃO

As equipas que constituirão a frente de trabalho reunirão os meios, quer em termos de mão-de-
obra, quer em termos de equipamento, que melhor se adequam às especificações das tarefas a realizar, de
forma a cumprir os prazos indicados no Plano de Trabalhos geral da empreitada. No entanto, sempre que
se mostre necessário para o cumprimento do Plano de Trabalho vigente na obra, a constituição da equipa

Página 49 de 50
anteriormente mencionada poderá ser alterada, aumentando-se nomeadamente o número de
trabalhadores em caso de necessidade.
A distribuição espacial das cargas de pessoal de enquadramento, de pessoal operário e do
equipamento poderão ser analisadas nos respectivos mapas em anexo.

14 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em todos os trabalhos serão respeitados os elementos de projecto, bem como as boas normas de
construção, e serão sempre tidas em consideração as solicitações da Fiscalização. Estaremos, contudo
atentos a eventuais modificações a nível de projecto que possam implicar perturbações na execução
sequencial das nossas operações.
O programa de trabalhos, relação dos meios técnicos e humanos, que se apresentam noutras
rubricas da nossa proposta, são elementos complementares essenciais desta memória, para uma análise
global das soluções que propomos, para a execução da empreitada.
A obra terá a direcção técnica de um Engenheiro Civil, que faz parte dos nossos quadros técnicos.
Este será o responsável pela obra e terá a seu cargo toda a programação, corrigindo e adaptando todos os
rendimentos de mão-de-obra e equipamento, alterando o programa de trabalhos no que respeita a cargas.
Na execução da obra deverá ter-se em atenção toda a legislação em vigor, bem como as
Especificações Técnicas do Município de Vila do Conde aplicáveis.

Vila do Conde, 13 de Abril de 2016

Assinado Por: QUESTAO D AREA, LDA


Representative ID - CC 13424187
ID - 509074472
Entitlement - ASSINAR DOCUMENTOS E CONTRATOS

Página 50 de 50

Você também pode gostar