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Projecto para Construção de um Hotel 20 de junho de 2020

PROJECTO PARA
CONSTRUÇÃO DE
UM HOTEL E
PARQUE DE
ESTACIONAMENTO

Local da Construção – Distrito de Quelimane, Bairro


do Aeroporto

Projectista: Kanú Mário Namandaga

Docente: Reginaldo Andate Oscar

Proprietário: ISHCT

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Projecto para Construção de um Hotel 20 de junho de 2020

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Considerações Gerais

A presente Memória Descritiva refere-se ao Projecto Arquitectónico para a


construção de uma instância hoteleira e o referente parque de estacionamento, pertencente a
ISHCT. O projecto foi desenvolvido com base nos termos de referências indicado pelo
proprietário e as leis regentes em vigor nos municípios de Moçambique, em particular do
Município de Quelimane (Zambézia).

2. Implantação

A área concedida para o desenvolvimento do projecto conforme os documentos


municipais apresentados é de 816,89 m2, no Bairro do Aeroporto do Distrito de Quelimane,
onde será implantado o projecto.

3. Programa Funcional

O Edifícios contem:

 15 Quartos-Suítes de dormir sendo dois (2) Suítes Masters


 01 Sala de Recepção
 01 Mini Restaurante-Bar (comporta 01 Cozinha)
 02 Quartos de banho Comuns
 15 Quartos de banho privados
 03 Varandas de serviços
 02 Hall e corredores
 01 Área de Lazer

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4. Processo De Construção

O conceito de intervenção subjacente ao projecto, conduz a uma solução construtiva


que se generaliza tanto a nível de procedimentos de execução, bem como dos materiais a
aplicar.

Assim, para cada elemento da construção serão aplicados os materiais e procedimentos


conforme se descreve abaixo.

4.1. Fundações

 Os caboucos devem ser abertos com uma largura variável de acordo com o projecto
de Arquitectura, Estrutura e especificações técnicas.
 Devem ser devidamente regados, nivelados e compactados com meios adequados,
indicados no projecto de Arquitectura, Estrutura e especificações técnicas, depois da
colocação de solo limpo.
 A superfície final do aterro deverá ser regularizada, regada, compactada e
desempenada, de acordo com o projecto de Arquitectura, Estrutura e especificações
técnicas.

4.2. Betão em Fundações

Entre as várias condições a que deve obedecer o trabalho indicado nesta alínea
mencionam-se, como merecendo referência especial, as seguintes:

 O betão a usar deverá ser da classe B25, conforme o projecto de estrutura, a ser
ensaiado em laboratório em todos actos de betonagem, podendo ser antes ou depois,
conforme as instruções da fiscalização, e/ou as definições das especificações
técnicas. A definição da mesma será homóloga de acordo com o Regulamento de
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado.
 Poder-se-ão usar as faces laterais da trincheira como cofragem lateral do betão; no
entanto, se por imperfeição ou outra razão a largura da fundação for superior à
largura mínima, será apenas considerada esta última para efeitos de medição.
 Sempre que necessário, o empreiteiro deverá garantir o fornecimento e execução de
moldes,bincluindo escoramento, cofragem e desconfrangem dos elementos a serem

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betonados; bem como o fornecimento e colocação de peças especial desconfrangem


perdido, nas zonas indicadas para passagem de tubagens, etc.
 Não serão autorizadas sobreposições directas de pedras e a argamassa-betão deverá
preencher abundantemente os intervalos das pedras.
 A pedra a empregar deverá ser rija, limpa e proveniente das melhores pedreiras que
abastecem a região.

4.3. Pilares, Vigas e Lajes

Os pilares, vigas e lajes serão executadas nas dimensões indicadas nos cálculos de
estrutura, e o sistema construtivo também será de acordo com o projecto de estrutura,
contudo sem contrariar as dimensões do projecto de Arquitectura. Sempre que tal aconteça
o projectista deverá ser consultado para melhor solução.

O tecto cobertura do edifício deverá ser devidamente impermeabilizado e com


inclinação mínima de 2% para evitar infiltração de água que por ventura se tenha
acumulado.

4.4. Pavimentos

O pavimento do edifício, será fundido só depois de preparadas as condições que


permitam uma fácil instalação de toda tubagem que deverá correr sobre ele.

Para os pavimentos térreos será feita a abertura de caixa de pavimento, com


camadas de aterro que serão bem regadas e suficientemente compactadas, de acordo com o
projecto estrutural. Será aplicada uma camada de brita, toutvenant e massame de betão.
Sobre o massame é aplicada uma regularização, tela asfáltica e poliestireno exturdido com
3 cm. O enchimento do pavimento será feito com betão nas espessuras definidas nos
desenhos do projecto.

4.5. Alvenarias

O edifício será executado em alvenaria de blocos de cimento e areia, assentes com


argamassa de cimento e areia ao traço 1:4., no exterior e algumas paredes interiores, todo o
perímetro exterior, e parte das alvenarias interiores que tenham alguma função estrutural,
ou suportem redes de abastecimento de água, esgotos, serão em blocos de dimensão

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200x200x400mm. As alvenarias serão aprumadas, desempenadas e em tudo executadas de


modo a facilitar o seu perfeito acabamento.

4.6. Terraço e Cobertura

A cobertura do edifício será executada cobertura em placa de Betão Armado,


conforme projecto estrutural. As lajes de cobertura para varanda e garagem, serão
impermeabilizadas através do sistema Morcem Cover, formado por duas demãos de
revestimento contínuo elástico impermeabilizante, Morcem Elastic PM de cor branco, de
acordo com as recomendações do fabricante.

4.7. Vãos Interiores e Exteriores

Os vãos exteriores serão em caixilharia madeira Mbila ou Chanfuta ou ainda


Alumínio com Pintura similar à madeira, incluindo vidro liso transparente de 6mm a 8mm,
em alguns casos aplicáveis.

A execução das ensambladuras das arestas e o tratamento das superfícies serão


feitos como o próprio dos serviços destinados a envernizamento.

5. Revestimentos E Acabamentos

5.1. Revestimentos de pavimentos

5.1.1. Casas de Banho Cozinha, Sala e Quartos

Os pavimentos interiores das áreas de serviço, Quartos, casas de banho e cozinhas,


serão na sua generalidade em mosaico que será definido pelo projectista e o proprietário,
nas dimensões, cores e tipos indicados nos desenhos, conforme os casos aplicáveis. Sendo o
pavimento da Sala e corredores de circulação executados em parquet de madeira de
primeira de boa qualidade com acabamento de verniz. As paredes das Cozinha serão
revestidas com mosaico que será definido pelo projectista e dono de projecto, conforme

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indicado em cada caso. Serão aplicados Listelos do mesmo tipo nas cozinhas, entre 1,2 a
1,5m da altura da parede.

As paredes das casas de banho serão revestidas com mosaico que será definido pelo
projectista e dono de projecto, conforme indicado nos desenhos.

Em casos distintos, conforme indicado nos desenhos, algumas paredes receberão


revestimento com pedra de granito com dimensões de 45cmx45cm de face, e espessura de
4cm; assim como revestimento em pedra de ornamentação laminada com espessura de 4cm,
e faces rectangulares com dimensões variáveis, entre 15cm a 40cm em qualquer dos lados,
a serem aprovadas pelo projectista.

5.2. Revestimentos de Tetos

O Revestimento dos tetos será executado teto falso em chapas unitex,


contraplacado, ou ainda em placas de gesso Cartonado e hidrófugo com acabamento, em
pintura incluindo estrutura de fixação, conforme as especificações e recomendações do
projectista.

5.3. Materiais diversos

5.4.1. Ferragens

Todas as ferragens a utilizar na obra serão dos tipos, dimensões e acabamentos


como descritos nas especificações, mapas de acabamentos, desenhos e referência de
materiais. Todas as peças serão montadas com parafusos adequados quer no tamanho, quer
no material, quer no formato da cabeça, sendo a regra que os parafusos serão do mesmo
metal que as peças que fixam. Todas as peças deverão ser perfeitamente limpas e
lubrificadas para a entrega da obra.

5.4.2. Bancadas de trabalho

As bancadas da cozinha serão executadas granito polido do tipo " BLACK


ZIMBABWE", com 1720mm de comprimento, 600mm de largura e 30mm de espessura,
bordo simples recto.

5.4.3. Dispositivos auxiliarem e diversos

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 Lava-loiça – aço inoxidável


 Pia de despejo – aço inoxidável
 Eliminação de fumos – exaustor eléctrico
 Sanita em porcelana de descarga ao chão modelo Meridian
 Armário superiores e inferiores de cozinha
 Lavatório com pedestal de porcelana
 Banheira rectângular em acrílico, Poliban em formato retangular com dimensões de
900X900x10mm

6. Pinturas

6.1. Pinturas de paredes

6.1.1. Paredes Exteriores

A pintura de paredes exteriores será executada com tinta PVA (membrana foto-
reticulável acrílica, flexível para fachadas), de cores do sistema RAL/NCS, 2 a 3 demãos a
toda altura das paredes, sobre uma de primário do tipo “CINOLITE”, nas cores tonalidade
propostas deverão merecer a apreciação do projectista.

6.1.2. Paredes Interiores

A pintura de paredes interiores será executada com tinta, as cores e tonalidade


propostas deverão merecer a apreciação do projectista.

6.2. Pintura de palas em laje de Betão Armado

A pintura de palas em reboco de cimento e areia, bem como do teto falso será
executada em toda sua extensão também com tinta aquosa acetinada, do tipo
"VINYLSILK" de cor branca, 2 a 3 demãos sobre uma de primário do tipo “CINOLITE”.

6.3. Verniz em Elementos de Madeira

Os elementos de caixilharia interiores e exteriores e interiores, em madeira de


primeira qualidade, serão acabados com ÓLEO DE TECA (óleo para protecção de
madeiras exóticas) aplicado de acordo com as recomendações do fabricante.

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7. Arranjos Exteriores

Os arranjos exteriores incluem o movimento de terras tendentes a assegurar o


necessário controlo de águas pluviais, circulação e a criar as condições adequadas para o
usufruto programado dos espaços exteriores.

Os pavimentos dos caminhos de acesso e circulação serão em pavê ou em lajetas


(placas) de betão de 500mmX500mm.

No caso de pavê, a base será em solo estabilizado recoberto de cerca de 15mm de


espessura de areão de Ø

± 5mm.

8. Redes De Abastecimento De Água, Esgotos E Drenagem De Águas


Pluviais

As opções construtivas foram tomadas tendo em conta a Qualidade de materiais,


facilidade de execução e manutenção, custos sustentáveis, durabilidade dos materiais, boa
aparência para situações de exposição.

8.1 Normas e Regulamentos

O presente projecto hidráulico foi elaborado tomando em consideração as Normas


Técnicas e o Regulamento dos Sistemas Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem
de Águas Residuais, em vigor na República de Moçambique. O projectista teve em vista,
dotar o empreendimento de instalações eficientes e capazes de corresponderem
adequadamente às exigências de utilização, considerando as práticas exequíveis de
engenharia e a sua própria experiência para o benefício do projecto.

8.2 Rede de Abastecimento de Água

8.2.1 Descrição Geral

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O presente projecto será executado na Província de Zambézia, Município de


Quelimane. A ligação da rede pública e a conduta adutora do edifício será por intermédio
de um tubo HDPE classe 10, com 40mm de diâmetro. O mesmo será enterrado a uma
profundidade mínima de 0.50 me máxima de 0.8m.

A tubagem associada ao contador será em tubo galvanizado de igual diâmetro. As


válvulas e respectivo contador geral terão o mesmo diâmetro, que por sua vez irá abastecer
o reservatório localizado numa caixa de betão enterrada com capacidades de 2.500 litros.

Na tubagem de saída do depósito, deverá ser instalada uma electrobomba para o


abastecimento do depósito elevado. A vantagem deste sistema será de proporcionar elevada
vazão, segurança operacional para casos de falha, com vista a evitar o colapso total no
funcionamento.

A rede de distribuição será convenientemente seccionada por intermédio de válvulas


de corte e bujões, localizadas de modo a permitir sempre que necessário colocar fora de
serviço zonas em reparação, bem como para facilitarem a ligação desta rede a uma
ampliação da rede.

A conduta adutora de água e a tubagem que pela sua natureza deve funcionar
enterrada, será enterrada a 0,5m de profundidade, de modo que esteja devidamente
protegida nas zonas de circulação pedonal. No interior do edifício a tubagem deve ser
embebida, serão previamente instaladas ou abertos roços em paredes e pavimentos, que
deverão ser eficazmente fechados, após a colocação e ensaio de pressão da tubagem
prevista.

A rede de distribuição será feita por gravidade a partir do reservatório superior.


Serão instalada s torneiras de passagem, em certas ramificações da rede interna, de modo a
permitir o isolamento parcial de outras partes da rede bem como para facilitar os trabalhos
de manutenção da mesma, sem afectar o funcionamento normal da rede.

Para a rega do jardim será usada uma torneira de serviço e tubagem com diâmetro
de Ø ¾”. Tendo em consideração o facto de que a velocidade de água deve situar-se entre
0,5m/s e 2,0m/s, de modo a evitar incrustações provocadas por velocidades baixas e
diminuir os ruídos e golpes de ariéte devido a velocidades de escoamento muito elevadas.

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8.3. Dimensionamento Da Rede De Abastecimento De Água

8.3.1. Condições do abastecimento

Para efeitos de abastecimento, considerou-se um abastecimento de 8h por dia, e uma


pressão da rede que varia de 5 a 1 Bar. Cujo abastecimento será feito a partir da derivação
da tubagem da rede instalada pelo FIPAG.

8.3.2. Rede de distribuição

A rede de distribuição levou em conta a acumulação dos caudais definidos nos


débitos, tendo em conta a velocidade máxima admissível. Deste modo, tendo em conta os
coeficientes de simultaneidade, definiu-se os vários diâmetros das condutas. A tubagem dos
montantes e da rede de abastecimento de água será em polietileno de alta densidade
classe10. As características do tubo deverão permitir que as uniões sejam roscadas. Para o
presente projecto considerou-se o conforto

8.3.3. Velocidade nas tubagens

A velocidade adoptada para o sistema de abastecimento de água é definida por


regulamento, na qual se define como sendo a velocidade mínima de 0.5 m/s e a máxima de
2.0m/s.

8.4. Pressões nos pontos de débito

O intervalo normal de pressões disponíveis em nós de débito num edifício oscila entre os
10 e os 60 m.c.a. (metro de coluna de água), embora estes valores possam ser determinados
em grande medida pelas necessidades de cada tipo de débito.

8.5 Tubagens

As Para garantir o funcionamento da rede de abastecimento de água no edifício


dependeu de grande medida o tipo e o tamanho das tubagens.

8.6 Materiais

Para o presente projecto a tubagem deve ser de HDPE classe 10, com diferentes
tamanhos conforme representado no desenho, resultante da verificação do diâmetro mínimo
necessário para a vazão solicitada. Os acessórios serão roscados com vista a assegurar a

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facilidade de manutenção da instalação. Os mesmos devem ser compatíveis com as


tubagens, devendo ser da mesma marca da tubagem que conectam. A tubagem e acessórios
para água quente deverá ser classe 10 e provida de isolamento térmico para evitar a
dissipação do calor.

8.7 Diâmetro das tubagens

Para a determinação do diâmetro das tubagens tomou-se em consideração a seguinte


expressão: formula 1: Diâmetro das tubagens

Onde:

 D - é o diâmetro nominal em (mm);


 Qcalc - é o caudal de calculo utilizado mediante o tipo de conforto;

9. Omissões

Na parte omissa desta memória descritiva, tanto no que diz respeito à escolha dos
materiais, como no concernente a cores e qualidade respeitar-se-ão os regulamentos e
posturas em vigor, bem como as indicações do projectista dadas directamente ou através da
fiscalização. Assim as omissões nesta memória descritiva não poderão servir de base à
execução defeituosa ou ao não emprego de materiais adequados ao fim a que se destina.

O construtor deverá contar com as ferramentas, andaimes, apetrechos, ressalvando-


se, no entanto, o cumprimento desta condição no quadro de outras modalidades que forem
acordadas entre o fiscal e o construtor.

As alterações que se venham a realizar quer por vontade da fiscalização quer por proposta
do construtor, para que possa ser invocada como base do aumento de despesas, necessita de
sancionamento respectivamente do autor do projecto e da fiscalização, e só terão validade
depois de aprovadas pelo dono da obra.

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