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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Politicas


Curso de Administração e Gestão Hospitalar

Cadeira: Gestão de serviços e saúde


1º Ano
1º Grupo

Fundamentação de actividade económica em saúde

Discente:
 Amira Francisca Azarate
 Alberto Antonio Bonde
 Francisca Eduardo Chabana
 Mafalda Bernardo Agostinho

Docente:
Catia Zomane

Quelimane, Outubro de 2021


Índic

e
1. Introdução..................................................................................................................3

2. Fundamentação de actividade económica em saúde..................................................4

2.1. Avaliação económica em saúde..........................................................................4

2.2. Cuidados de Saúde como um bem económico...................................................6

2.3. Análises económicas em saúde: seus tipos, como são conduzidas e como
interpretá-la....................................................................................................................6

2.3.1. Análise de custo-benefício..........................................................................6

2.3.2. Análise de custo-efectividade......................................................................7

2.3.3. Análise de custo-utilidade...........................................................................7

3. Conclusão....................................................................................................................8

4. Referências bibliográficas...........................................................................................9
1. Introdução
O presente trabalho debruça sobre Fundamentação de actividade económica
na saúde, esta que é a disposição ou apresentação de toda actividade que envolva
recursos escassos em sectores de saúde.

O trabalho apresenta como objectivo único, analisar como são empregues


tais actividades no sector da saúde

A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, enriquecida com alguns


relatórios, websites e documentos do website.

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2. Fundamentação de actividade económica em saúde
A economia é a ciência que estuda o emprego de recursos escassos entre
diferentes usos possíveis, com o fim de obter os melhores resultados, seja na produção
de bens, ou na prestação de serviços” (SOUZA, 2007, p.2).

A Economia em Saúde é a aplicação de teorias e ferramentas económicas,


modelos e técnicas empíricas para analisar o processo de tomada de decisão dos
indivíduos, provedores de serviços de saúde e governos em relação a saúde e cuidados
de saúde

2.1. Avaliação económica em saúde


Uma avaliação económica considera os custos de aquisição do tratamento
(medicamento, por exemplo) monitoração de efeitos adversos (exames, internações e
perdas de dias de trabalho). Da mesma forma, os resultados deste tratamento são
medidos. Parar avaliarmos se um novo medicamento deve ou não ser incorporado, o que
precisamos saber e se o custo adicional desse novo medicamento compensa o ganho
adicional que ele proporciona. Esse ganho adicional pode ser avaliado em termos de
redução da dor, redução da actividade inflamatória, redução, redução de eventos
adversos satisfação do paciente, dentre outros atributos.

A necessidade humana vem da sensação de carência ou do desejo de obter algum


produto. As necessidades humanas básicas são: alimentação, vestuário, transporte,
educação e cultura, saúde, segurança e lazer. Essas necessidades são consideradas
ilimitadas, pois estamos sempre desejando possuir mais do que temos.

Souza (2007) sinaliza que essas necessidades são limitadas pela renda do
indivíduo, ou seja, as quantidades demandadas dos diferentes bens são limitadas pela
renda dos indivíduos. Como as necessidades são ilimitadas, os consumidores, baseados
em sua renda, estabelecem prioridades para seus gastos. Essas prioridades são
subjectivas e baseadas nas preferências ou necessidades do consumidor.

A escassez ocorre porque as necessidades humanas excedem a capacidade de


produção possível com a utilização dos recursos limitados disponíveis. A lei da escassez
analisa a utilização dos recursos escassos, escolhendo entre usos alternativos, para
produzir bens e serviços úteis para a satisfação das necessidades dos consumidores.

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Segundo Samelos: os bens são escassos, isso significa que não existem
quantidades suficientes para satisfazer de forma plena e completa todas as
necessidades dos seres humanos. A sociedade deve utilizar os recursos de que dispõe
de uma forma eficiente, de forma a maximizar a satisfação de suas necessidades.
Vasconcelos e Garcia (2004) afirmam que a relação entre os recursos escassos e
as necessidades ilimitadas acaba originando os problemas económicos fundamentais,
isto é, por não termos os recursos suficientes para atender todas as necessidades é
necessário fazer escolhas sobre o que, quanto, como e para quem produzir.

A ES usando de teorias específicas tenta compreender o comportamento dos


médicos, paciente e hospitais aplicando técnicas de análise para a facilitação de tomada
de decisão sofre a afetação eficiente de recursos no sector da saúde. A ES abraça os
seguintes aspectos:

 Alocação dos recursos entre os vários programas de promoção a saúde;


 Quantidade de recursos usado nos cuidados de saúde;
 Organização e financiamento das instituições de saúde;
 Eficiência com que os recursos são alocados e usados para o propósito de
saúde;
 Os efeitos dos serviços de prevenção, cura e reabilitação sobre o
individuo e a sociedade;
 Os serviços de saúde não são apenas organizações distribuidoras de bens
e serviços. Assistência à saúde significa, também, auxiliar seres humanos
a ultrapassar dificuldades e inconvenientes da vida, o que é quase
impossível de traduzir em numeros;
 O sector de saúde no geral e os cuidados de saúde em particular
consomem a maior parte dos fundos existentes (maior despesa) e
disponibilizados na ao apenas pelo governo, mas pelos parceiros
internacionais.

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2.2. Cuidados de Saúde como um bem económico

As necessidades de consumir cuidados de saúde ou outros bens não tem limitem


conhecidos. Nenhum sistema de saúde no mundo inteiro alcançou níveis de gastos para
satisfazer todas as necessidades dos pacientes em termos de cuidados de saúde.

A visão que cada um tem sobre o que seria saúde interfere no tipo de intervenção
e planeamento considerado possível. Só cura ou outros parâmetros envolvendo o social:
reduzir a pobreza etc.

Diferentes perspectivas sobre a importância da saúde e sobre o possível papel do


estado em promove-la:

Saúde como um direito – o gozo do mais alto nível possível de saúde é um dos
direitos fundamentais de todo ser Humano sem distinção: raça, religião, opinião política,
condição económica ou social. O governo é visto como tendo a responsabilidade de
garantir isso, comparando ao seu dever de garantir a igualdade de justiça. (independe do
rendimento)
A saúde como um bem de consumo – goza desses cuidados quem tiver a
condição económica disponível, de acordo com a capacidade financeira. O estado
limita-se por garantir que a assistência a saúde seja de uma adequada qualidade.
(padrões profissionais)
Saúde como um investimento – a pessoa não esta necessariamente doente
busca investir no seu estado físico, emocional e total. Por vontade própria. Por exemplo:
as organizações.

2.3. Análises económicas em saúde: seus tipos, como são conduzidas e


como interpretá-la
2.3.1. Análise de custo-benefício
A análise de custo-benefício tradicionalmente ocupa uma posição de destaque
nas avaliações económicas, especialmente entre os economistas e gestores,

Os estudos de custo-benefício permitem avaliar o quanto a sociedade, por


exemplo, está disposta a pagar pelos efeitos de programas ou políticas (os benefícios)
com os custos de oportunidade dos mesmos. Os custos de oportunidade reflectem o que
é gasto com determinado produto, mais o valor intrínseco associado ao mesmo, na

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medida em que os recursos poderiam estar sendo empregados em outros sectores ou
actividades mais rentáveis. Em outras palavras, custo de oportunidade é definido como
o valor de um bem no seu melhor uso alternativo ou o verdadeiro valor de recursos
sacrificado pela sociedade. Em um mercado competitivo, o custo de oportunidade é
reflectido no preço de mercado. Entretanto, em sectores não estáveis ou com
desequilíbrios, o custo real pode não reflectir custo de oportunidade (DRUMOND;
MCGUIRE, 2001).

2.3.2. Análise de custo-efectividade


Na análise de custo-efectividade não se atribui valor monetário aos impactos das
intervenções em saúde. Ao invés de dólares, os impactos são medidos considerando o
efeito natural mais apropriado ou unidades físicas. Unidades de medição para estes
estudos podem incluir número de doenças evitadas, internações prevenidas, casos
detectados, número de vidas salvas ou anos de vida salvos. A unidade de medida
seleccionada deve ser aquela com o impacto mais relevante para a análise. As análises
de custo-efectividade, actualmente, são as análises de avaliação económica de
intervenções em saúde mais comummente realizadas. Os dados de efectividade e de
impactos em unidades de saúde estão disponíveis na literatura e na prática e também são
mais facilmente compreendidos pelos usuários das informações. Os estudos de custo-
efectividade de uma intervenção em saúde, por definição, comparam duas (ou mais)
estratégias alternativas de intervenção para prevenção, diagnóstico ou tratamento de
determinada condição de saúde. Sua maior aplicabilidade na área da Saúde é na
comparação entre alternativas que competem entre si.

2.3.3. Análise de custo-utilidade


As análises de custo Utilidade é uma medida quantitativa que avalia a
preferência do paciente para determinada condição de saúde. Nos estudos de custo-
utilidade, a unidade de medida do desfecho clínico usualmente utilizada é a expectativa
de vida ajustada para qualidade ou anos de vida ajustados pela qualidade

A principal vantagem dos estudos de custo-utilidade é que os mesmos permitem


a comparação entre diferentes estratégias de intervenção em saúde direccionadas a
diferentes condições de saúde. Como exemplo, avaliações do custo-utilidade de uma
estratégia de tratamento de câncer de cólon pode ser comparada com uma estratégia de
tratamento de dislipidemia, considerando o benefício em saúde na população.

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3. Conclusão
Por fim, sob a forma de análise conclusiva, se pode afirmar que é de grande
importância e obrigação, nos como gestores hospitalar compreender como se dispõe as
actividades económica na saúde, visto que esta é uma dos meios dispostos que
possibilitam as bases para a realização de qualquer gestão em hospitais.

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4. Referências bibliográficas

 Dornbush, R. et all (1998). Macroeconomia. Lisboa: McGraw-Hill.


 Samuelson, P.,et all (1990). Economia (16 ed.). Portugal: McGraw – Hill.
 DE WALS, P. et al. Cost-effectiveness of immunization strategies for the
control of serogroup C meningococcal disease. Vaccine, Netherlands, v.
22, p. 1233-40, 2004.
 DOUBILET, P.; WEINSTEIN, M. C.; MCNEIL, B. J. Use and misuse of
the term «cost effective» in medicine. N. Engl. J. Med., [S.l.], v. 314, p.
253-6, 1986.
 DRUMMOND, M. F. et al. Methods for the health economic evaluation
of health care programmes. 2.ed. New York: Oxford Univerity Press,
1997.

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