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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO SÃO JOÃO – LICHINGA

TRABALHO DA CADEIRA DE ENSINO EM ENFERMAGEM


2º GRUPO

Noções sobre Desenvolvimento e Importância dos Cursos da Saúde


Importância da Formação Continua e sua Relação com a Prestação de Serviços
de Saúde com Qualidade
(Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil)

Lichinga, Agosto de 2023


INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO SÃO JOÃO – LICHINGA

TRABALHO DA CADEIRA DE ENSINO EM ENFERMAGEM

2º GRUPO

Noções sobre Desenvolvimento e Importância dos Cursos da Saúde


Importância da Formação Continua e sua Relação com a Prestação de Serviços
de Saúde com Qualidade

(Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil)

Discentes: Docente:

Esperança Trouble Chembezi Amos José Mastala

Paciencia Leonarda Nota

Lichinga, Agosto de 2023


Índice

Introdução ................................................................................................................................... 3

Objectivos ................................................................................................................................... 3

Geral: .......................................................................................................................................... 3

Específicos:................................................................................................................................. 3

Metodologia:............................................................................................................................... 3

Noções sobre Desenvolvimento e Importância dos Cursos de Saúde ........................................ 4

Formação Continua .................................................................................................................... 6

Importância da Formação Continua ........................................................................................... 6

Formação Continua e sua Relação com a Prestação de Serviços e Saúde com Qualidade ........ 7

Conclusão ................................................................................................................................... 9

Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 10


Introdução

Ao que tange ao presente trabalho de Ensino em Enfermaria cabe abordar acerca da noção de
sobre desenvolvimento e importância dos cursos de saúde e importância da formação continua
e sua relação com a prestação de serviços de saúde com qualidade. Ao contrário do que se
imagina, a educação em saúde não se aplica somente aos profissionais da área. Esse é um
conceito amplo, que permeia as relações médico-paciente, entre profissionais de saúde e
outras esferas sociais. Independentemente do contexto, a disseminação de boas práticas e
conhecimentos em saúde auxilia na prevenção de doenças e agravos. Isso vale para hospitais e
clínicas, onde a assistência prestada com base em uma formação de qualidade aumenta o
conforto e a segurança do paciente e melhora o prognóstico.

Objectivos

Geral:

 Generalizar a importância dos cursos de saúde para o desenvolvimento.

Específicos:

 Caracterizar a forção continua;


 Falar do seu papel e importância ao que tange a sua relação com a prestação de
serviços de saúde com qualidade;
 Enfatizar a importância da formação continua na área da saúde.

Metodologia:

A concretização do presente trabalho basear-se-á em manuais escritos e disponibilizados em


bibliotecas virtuais, possível de ter acesso em portais electrónicos em http.

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Noções sobre Desenvolvimento e Importância dos Cursos de Saúde

A saúde humana é uma condição referida ao estado vital, necessariamente multidimensional e


contextualizada, que abrange uma ampla gama de fenómenos biológicos, psicológicos e
sociais. Como condição complexa, comporta interacções mútuas entre seus vários aspectos,
que produzem emergências (propriedades novas), paradoxos e mistérios. Não se trata de algo
directamente observável, mas sim de uma condição reconhecida por seus efeitos: a saúde se
expressa na autonomia e na capacidade das pessoas de decidirem como levar a vida (Almeida-
Filho, 2001).

Segundo Solar e Irwin, (2010) Se é possível chegar a um entendimento sobre o que é a saúde,
falta compreender o que determina o estado de saúde de um indivíduo ou de uma população, a
abrangência de cursos de saúde a diversas áreas da população garante a maximização de
profissionais de saúde, oque engrandece a possibilidade de ser ter uma garantia na saúde para
todos e consequentemente um certo desenvolvimento. Estudos empíricos evidenciam a
influência de múltiplos aspectos da vida humana, de ordem biológica, psicológica e social,
mas têm dificuldade de explicar como interagem para produzir mais ou menos saúde, vidas
mais ou menos longas, vividas com mais ou menos limitações.

Estabelecidos o conceito de saúde e a teoria da sua determinação social, ainda antes de passar
às relações entre saúde e desenvolvimento, é preciso explicitar os conceitos de
desenvolvimento a serem relacionados à saúde. Na forma como é predominantemente medido
hoje, com base no Produto Interno Bruto (PIB), que é a mera soma dos valores económicos
gerados no mercado, o desenvolvimento se limita a significar crescimento económico.
Contudo, já pertence ao senso comum a noção de que desenvolvimento é mais do que
crescimento económico. O aumento do PIB e das rendas pessoais ou o avanço tecnológico e
industrial podem tornar uma população mais rica, em um sentido restrito, mas se não
promovem melhores condições de vida para todos, não contribuem para o desenvolvimento.

Há desenvolvimento, portanto, quando se promove o bem-estar, em todas as suas dimensões:

 Condições materiais de vida (renda, consumo e riqueza),


 Saúde,
 Educação,
 Actividades pessoais (inclusive trabalho),

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 actividade política e governança,
 Meio ambiente (condições presentes e futuras) e segurança de natureza física e
económica (Stiglitz, Sen e Fitoussi, 2009).

Observe-se que essas dimensões, ao mesmo tempo em que definem o desenvolvimento, são
condições para que ele ocorra.

Essa concepção abrangente de desenvolvimento tem relações intrínsecas evidentes com a


saúde. No entanto, Mesmo o crescimento económico tem relações bem estabelecidas com a
saúde, e influencia o padrão da saúde. Uma renda per capita mais elevada e um maior
consumo de bens e serviços contribuem, em certa medida, para expandir a autonomia e a
capacidade de decisão das pessoas sobre suas vidas. Nesse sentido, pode-se dizer que
crescimento económico leva a melhorias na saúde (Albuquerque e Cassiolato, 2002).

No caso do desenvolvimento concebido, de modo abrangente, como condição de liberdade, no


dizer de Sen (2010), as relações com a saúde são mais complexas. Em primeiro lugar, saúde e
liberdade convergem para a mesma forma de expressão: a autonomia e a capacidade das
pessoas de decidirem como conduzir suas vidas. Em segundo, ao visar à “expansão das
„capabilities‟ das pessoas de levar o tipo de vida que valorizam” (Sen, 2010:12), o
desenvolvimento promove, simultaneamente, a liberdade e a saúde. A efetivação desse tipo
de desenvolvimento exige mais do que políticas macroeconómicas voltadas para o
crescimento económico, via industrialização e progresso técnico. Requer políticas públicas
bem articuladas, que incidam em toda a cadeia de determinação social da saúde e fortaleçam
as liberdades instrumentais e as liberdades substantivas.

Os determinantes intermediários da saúde ou as liberdades instrumentais são alvos de


políticas específicas:

1. Melhoria do acesso aos serviços de saúde de acordo com as necessidades de saúde;


2. Estímulos a estilos de vida saudáveis – actividade física, dieta de alto valor
nutricional, redução do tabagismo e do abuso de álcool e outras drogas;
3. Fortalecimento das redes de apoio social e da segurança pública;
4. Melhorias em habitação, transporte, saneamento e todas as condições materiais de
vida. Os determinantes estruturais ou as liberdades substantivas, por sua vez, precisam
ser alcançados por políticas económicas, sociais e culturais que melhorem a educação,

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a ocupação e a renda de todos, combatam o preconceito e toda forma de discriminação
negativa e adoptem uma perspectiva baseada na sustentabilidade enquanto valor.

Fundamentalmente, devem implicam promover uma distribuição equitativa de poder e riqueza


intra e intergeracional, através da intensificação dos mecanismos de participação social e da
democracia, de modo a que todos ampliem sua autonomia e sua capacidade de levar o tipo de
vida que valorizam. Vale destacar a dinâmica em espiral desse movimento: a melhor situação
de saúde ou a maior liberdade oriundas destas disposições institucionais contribuem para o
desenvolvimento que, por sua vez, contribui para subsequentes melhorias na saúde e
expansões nos graus de liberdade, que produzem mais desenvolvimento e, assim,
sucessivamente. Enfim, as relações entre desenvolvimento e saúde são complexas,
multidimensionais e mutuamente determinantes.

Formação Continua

A formação continuada é o prolongamento da formação inicial, visando o aperfeiçoamento


profissional teórico e prático no próprio contexto de trabalho e o desenvolvimento de uma
cultura geral mais ampla, para além do exercício profissional. Segundo Rodrigues (1998).

Em Freire (1996), a formação continuada tem como objectivo incentivar a apropriação dos
seus saberes rumo a uma autonomia que o leve de fato a uma prática crítico-reflexiva. Sobre
isso afirma que: Na formação permanente dos professores, o mo- mento fundamental é o da
reflexão crítica sobre a prática.

Importância da Formação Continua

Vivemos em um mundo que se transforma e se renova rapidamente em termos de


conhecimento e informações. Portanto, o benefício mais imediato da formação continuada aos
técnicos e profissionais de diversas áreas a estas realidades e transformações

Nos últimos anos, novas metodologias de ensino, práticas pedagógicas e tecnologias


educacionais surgiram e começaram a se consolidar. A formação continuada é indispensável
para que as instituições de ensino em saúde e equipes de educação acompanhem essas
novidades e consigam evoluir e proporcionar uma educação ainda mais qualificada e

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completa aos alunos que tornar-se-ão e que já assumem um papel de técnicos em áreas de
saúde, promovendo impactos positivos em toda a comunidade.

Formação Continua e sua Relação com a Prestação de Serviços e Saúde com Qualidade

A Formação Contínua é o processo de actualização e melhoria de competências dos


profissionais de diferentes categorias, com a finalidade de melhorar o desempenho
profissional e a obtenção de resultados individuais e institucionais.

Os atributos como os pilares de sustentação que definem a qualidade em saúde, os quais


sejam resultantes de uma formação contínua destacam-se:

 A eficácia;
 Efectividade;
 Eficiência;
 Optimização dos recursos;
 Aceitabilidade;
 Legitimidade e;
 Equidade.

Eficácia: é o mundo ideal, o desejado. Aqui a substância é analisada em um ambiente


controlado. Ela é eficaz quando produz o efeito esperado.

Efectividade é o grau com que uma determinada intervenção ou tecnologia médica traz
benefícios para indivíduos de uma população definida, sob condições regulares de uso.

Eficiência em saúde é pensada como a relação entre o custo e o volume de serviços de saúde
produzidos, ou entre o custo e impacto dos serviços sobre a saúde da população, mantido um
nível de qualidade determinado.

A optimização de recursos consiste em usar os seus recursos físicos e financeiros de forma


mais correta, diminuindo as perdas ao longo dos seus processos.

A aceitabilidade diz respeito à satisfação demonstrada por usuários, e pela comunidade de


um modo geral, em relação aos cuidados ofertados pelos serviços de saúde.

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Legitimidade é fazer com que a sociedade aceite a instituição como uma boa prestadora dos
serviços que oferece, neste caso, os cuidados com a Saúde.

A equidade se evidencia no atendimento aos indivíduos de acordo com suas necessidades,


oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem requer menos cuidados.2

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Conclusão

Em Recursos Humanos a formação contínua diz respeito a Importância da capacitação e do


Desenvolvimento dos Colaboradores Para um colaborador conseguir se desenvolver dentro da
organização e conseguir novas promoções, ele deve ser uma pessoa qualificada e preparada
para novos desafios, pois uma organização exige do mesmo preparação e conhecimento para
tomadas de decisões, qualquer erro pode significar o fim da sua carreira, por isso e outros
motivos o funcionário deve estar sempre se qualificando. Não foge naquilo que é o contexto
do profissional em matéria de saúde cujo seu aperfeiçoamento para seguir as tendências do
mercado principalmente na área tecnológica que está em constante evolução. Devido as
constantes mudanças o colaborador deve estar sempre preparado para tomar decisões que
terão impacto na prestação de serviços de qualidade e a gestão e o manuseio do tempo a favor
de uma maior produção de trabalho.

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Referencias Bibliográficas

ALBUQUERQUE, E.; CASSIOLATO, J. As Especificidades do Sistema de Inovação do


Setor Saúde. Revista de Economia Política, vol. 22, no 4 (88), outubro-dezembro, 2002.

ALMEIDA-FILHO, N. For a General Theory of Health: preliminary epistemological and


anthropological notes. Cad. Saúde Pública [online]. vol.17, n.4., pp.753-799, 2001.

CONTANDRIOPOULOS, A.P. La santé entre les sciences de la vie et les sciences sociales.
Ruptures, revue transdisciplinaire en santé, vol. 6, no 2, pp. 174-191, 1999.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
(Edição original: SEN, Amartya. Development as Freedom. Oxford: Oxford University Press,
[1999])

SOLAR, O.; IRWIN, A. A conceptual framework for action on the social determinants of
health. Social Determinants of Health Discussion Paper 2 (Policy and Practice). Geneva:
World Health Organization, 2010.

STIGLITZ, J.; SEN, A.; FITOUSSI, J. P. Report by the Commission on the Measurement of
Economic Performance and Social Progress. Paris: 2009. Disponível em:
<http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr>. Acesso em : 28 de abril de 2013

VEIGA, J.E. Indicadores de sustentabilidade. Estudos Avançados, 24 (68), pp. 2010.

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