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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
2 CONCEITOS............................................................................................... 4
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 CONCEITOS
Fonte: universaude.com
A saúde sempre foi um tema muito debatido na sociedade, pois faz parte de
nossas vidas. Trata-se de um assunto fundamental para a preservação da vida
humana, e sua promoção vai muito além de descobrir curas para determinadas
doenças, pois inclui também a prevenção delas. A prevenção envolve tanto aspectos
relacionados à saúde, como também aspectos sociais. Essa visão mais ampla de
saúde pública é a base para a formação de uma saúde coletiva.
Embora próximas e muitas vezes confusas, saúde pública e saúde coletiva não
são a mesma coisa: têm origens, projetos e compromissos diferentes.
A saúde pública refere-se às intervenções e serviços voltados ao combate de
doenças ou outras situações que ameacem a saúde da população, sendo o Estado o
principal responsável pela realização da saúde pública, ou seja, promover ações
voltadas ao desenvolvimento do bem-estar e da saúde da população.
No entanto, a promoção da saúde pública vai além do que o Estado pode fazer:
a sociedade civil também contribui para a construção da saúde pública por meio de
ações de desenvolvimento da cidadania, e importantes elementos do capital social
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contribuem para a construção de uma cultura em uma sociedade que entende a saúde
como um valor social.
Winslow (apud SOUZA, 2014, p. 15) define saúde pública como:
sanitização do ambiente;
controle das infecções transmissíveis;
educação individual da higiene pessoal;
organização de serviços médicos e de enfermagem para o diagnóstico
precoce e o tratamento preventivo de doenças;
construção da maquinaria social para assegurar a todos um padrão de
vida adequado para a manutenção da saúde.
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5. desenvolvimento de políticas e capacidade de planejamento e gestão
institucional da saúde pública;
6. fortalecimento da capacidade institucional de regulação e fiscalização em
questões de saúde pública;
7. avaliação e promoção do acesso equitativo aos serviços de saúde
essenciais;
8. desenvolvimento e treinamento de recursos humanos para a saúde pública;
9. garantia da melhoria da qualidade dos serviços de saúde individuais e
coletivos;
10. pesquisa em saúde pública;
11. redução do impacto de emergências e desastres na saúde.
[...] uma área do saber que toma como objeto as necessidades sociais
de saúde (e não apenas as doenças, os agravos ou os riscos),
entendendo a situação de saúde como um processo social (o processo
saúde-doença) relacionado à estrutura da sociedade e concebendo as
ações de atenção à saúde como práticas simultaneamente técnicas e
sociais.
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Em relação ao campo de conhecimento, Paim e Almeida (1998, p. 309)
expressam a seguinte visão sobre saúde coletiva:
Por vezes, pode parecer que não existe diferença entre a saúde coletiva e a
saúde pública, todavia, é importante lembrar que a saúde coletiva tem como objeto de
estudo as necessidades da saúde, enquanto que a saúde pública tem como objeto de
estudo os problemas de saúde. A diferença entre esses dois objetos de estudo, dizem
respeito aos aspectos de combate à doença e longevidade; já as necessidades da
saúde, além disso, também engloba os aspectos de melhoria na qualidade de vida,
liberdade humana e busca pela felicidade (SOUZA, 2014, p. 17 e 18).
A saúde coletiva é um elemento social fundamental e a sua promoção está
diretamente vinculada ao conceito de políticas públicas e popularização da vida social.
Outra maneira de verificar a diferença entre saúde pública e coletiva é analisar
os meios de trabalhos utilizados por ambas. No entendimento de Souza, (2014, p. 18),
o instrumento de trabalho da saúde pública é a epidemiologia tradicional, ou seja, a
concepção biologista da saúde, e o instrumento da saúde coletiva é:
De certa forma, pode-se afirmar que a saúde pública é uma forma de saúde
coletiva, ou seja, a saúde coletiva é um aspecto mais amplo da saúde. Atualmente, a
saúde pública engloba um planejamento nacional e mais recursos do Estado. Já a
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saúde coletiva deve ser elaborada de forma regional, em consonância com a realidade
local, e atuar estrategicamente na prevenção.
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Um importante fator para a prevenção de doenças, é a higiene em volta do
ambiente onde as pessoas moram. Muitas vezes a saúde é prejudicada por conta da
poluição e pela destruição da água, do ar e do solo, bem como também pelas
condições ruins de moradia, e ausência de saneamento básico. Essas condições são
muito comuns nas grandes regiões urbanas, principalmente nas favelas e nos
cortiços. Para assegurar a saúde, a habitação das pessoas necessita ser saudável.
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Em 2011, houve um caso de intensos deslizamentos de terras nos municípios
de Nova Friburgo, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Teresópolis; nesse
mesmo período, ocorreu um aumento no número de internações causadas pela
leptospirose, chegando a quase 20 internações em fevereiro de 2011 – sendo que a
média registrada para esse mês era menor que cinco internações.
Quando esses resíduos estão acumulados em terrenos abandonados, tornam-
-se redutos de larvas do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika, febre
chikungunya e febre amarela.
Através das informações citadas, é possível perceber que a maioria das causas
ambientais mencionadas até agora que afetam a saúde das pessoas atingem
diretamente a população mais pobre. Por isso, podemos considerar que a
desigualdade, a exclusão social e a marginalização de indivíduos estão entre as
condições que mais acarretam impactos na saúde humana.
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3 POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
Fonte: interface.org.br
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Fonte: Palm et al. (2011).
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No ano de 1904, ocorreu a chamada Revolta da Vacina, em decorrência de um
modelo de intervenção chamado Campanhista, que, apesar de alguns abusos nas
práticas de saúde, obteve também algumas vitórias contra as epidemias. Um dos
médicos desse período foi Oswaldo Cruz, que elaborou uma reforma, incorporando
ações de Saúde, inserindo novos elementos, como:
a) o registro demográfico, proporcionando o conhecimento da composição e os
fatos vitais de importância da população;
b) a inserção do laboratório como auxiliar do diagnóstico etiológico;
c) a produção organizada de produtos profiláticos para uso em massa (PAIM,
2009).
Em 1920 Carlos Chagas surgiu como sucessor de Oswaldo Cruz, e conseguiu
inserir a propaganda e a educação sanitária na rotina de ação, reinventando o modelo
Campanhista de Oswaldo, que era apenas fiscalizador. Foram instituídos, nesse
período, órgãos especializados contra a tuberculose, a lepra e as doenças venéreas.
Como foi uma luta marcada por muitos professores, pesquisadores e médicos, esse
movimento conquistou bases e sindicatos.
Através desses primeiros esforços, o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde
(CEBES) foi criado em 1976, organizando o movimento da reforma sanitária e, em
1979, formou-se a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
(ABRASCO) ambas ajudaram nas reformas da saúde.
No decorrer da ditadura militar, pouco foi feito pela saúde dos brasileiros. No
período, foram desenvolvidos os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP),
unificados no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Foi um período em que
houve também um aproveitamento da medicina pela previdência social.
Foi uma época em que a população brasileira enfrentava a ditadura e
denunciava o autoritarismo nas práticas de saúde (PAIM, 2009). Em 1970, foi criado
o Movimento da Reforma Sanitária, “que tinha como finalidade conquistar a
democracia para mudar o sistema de saúde” (PAIM, 2009).
O movimento da reforma sanitária no Brasil acabou se desenvolvendo, e a
partir de 1979, acorreram inúmeras reuniões de pesquisadores, gestores de Saúde e
outros movimentos sociais e, em 1980, foi instituído o Conselho Nacional de
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Secretários de Saúde (CONASS). Na 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986,
foi feita a elaboração do SUS, com base em estratégias de saúde que foram realizadas
no Brasil (PAIM et al., 2011).
Dessa forma, é possível fazer uma ligação de que o SUS é uma decorrência
direta da Reforma Sanitária, mas não é filho único. O SUS foi regulamentado na
Constituição de 1988, onde ficou garantido o direito à saúde como sendo um direito
fundamental e social do ser humano (BRASIL, 1988).
O SUS foi elaborado com princípios doutrinários, que são a base de tudo que
é praticado para a população. Sendo eles:
Universalidade: o acesso às ações deve ser garantido a todas as pessoas.
Equidade: garante a igualdade da assistência à saúde sem preconceitos ou
privilégios.
Integralidade: considera o indivíduo como um todo, e as ações de saúde devem
atender a todas as necessidades.
Hierarquização: é um conjunto de ações e serviços preventivos e curativos,
individuais e coletivos, para todos os níveis de complexidade.
Participação popular: democratização dos processos decisórios dos serviços
de saúde.
Descentralização: consolidada com a municipalização, torna o município gestor
do SUS.
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subsetor público, no qual os serviços são financiados e providos pelo Estado
nos níveis federal, estadual e municipal, incluindo os serviços de saúde
militares;
subsetor privado (com fins lucrativos ou não), no qual os serviços são
financiados de diversas maneiras com recursos públicos ou privados;
subsetor de saúde suplementar, com diferentes tipos de planos privados de
saúde e de apólices de seguro, além de subsídios fiscais.
A política de saúde vigente incentiva o setor privado e possibilita a privatização
da saúde através de credenciamentos de médicos, remuneração e criação de clínicas
diagnósticas ou terapêuticas e hospitais e ainda estimula empresas de planos de
saúde. Grande parte dos planos de saúde no Brasil são de empresas comerciais e
oferecem planos com diferentes níveis.
Para regulamentar esses planos, no ano de 2000 foi elaborada a Agência
Nacional de Saúde Suplementar.
O modelo é hierarquizado, separado em níveis de complexidade os serviços,
formados pela atenção básica, que é a principal porta de entrada no sistema, a qual
deve ser a sua ordenadora. Dessa forma, temos: atenção primária ou básica; atenção
secundária; e atenção terciária ou de média e alta complexidade (PAIM et al., 2011)
Atenção básica: por conta do processo de descentralização, tem melhorado
muito. Por meio dela são realizadas diversas estratégias, como, por exemplo, o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde e o Programa de Saúde da Família
(PSF), também conhecido como Estratégia de Saúde da Família (ESF).
A ESF funciona por meio de equipes de saúde, que atuam em áreas
geográficas e populações bem definidas. As atividades de promoção de saúde
funcionam nas unidades, nas casas dos pacientes e na comunidade.
Atenção secundária: é pouco regulamentada, e os procedimentos de média
complexidade normalmente são deixados de lado em prol dos procedimentos de alto
custo. Nessa atenção secundária, o SUS é totalmente dependente de contratos com
o setor privado, sobretudo no caso de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. Na
atenção secundária, encontramos especialidades odontológicas, serviços de
aconselhamento para HIV, centros de referência de Saúde do trabalhador, além da
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criação das unidades de pronto atendimento (UPAs), que são articuladas com o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
Atenção terciária ou hospitalar: incluem-se aqui procedimentos de alto custo,
que muitas vezes são realizados por prestadores privados ou hospitais públicos de
Ensino. Nesse nível de atenção à saúde está incluso o sistema de gerenciamento de
listas de espera para transplantes de órgãos.
As políticas públicas de saúde desenvolvidas no Brasil são pautadas por
diretrizes e medidas que expressem o posicionamento do Estado diante de situações
consideradas de interesse público, visando à recuperação ao nível individual ou
coletivo.
Essas são políticas que devem sempre reconhecer as desigualdades e buscar
uma redução das diferenças existentes entre os cidadãos. Uma das políticas
implementadas é a questão da disparidade de gênero.
As políticas públicas devem considerar não somente as diferenças biológicas
nas condições de saúde entre homens e mulheres, mas, também, a dimensão social
e os meios de adoecimento, que são diferentes entre homens e mulheres. A
naturalização da agressividade como um atributo masculino e da fragilidade e
submissão como características femininas impactam negativamente nas condições de
saúde (LIMA, 2015).
Entre as reformulações nos processos de saúde vigentes, uma das mais novas
foi a de Contratualização. A Contratualização acontece nos cuidados primários de
saúde e é uma tendência internacional das reformas dos sistemas de saúde, adotada
entre as décadas de 1990 e 2000, nos países da Europa. No Brasil, a Contratualização
foi recepcionada na atenção básica das três esferas governamentais, através do
Programa de Melhoria de Acesso e Qualidade, com base em parcerias estabelecidas
entre a administração direta e instituições do terceiro setor.
A Contratualização pode ser compreendida como um processo no qual o gestor
do SUS e o representante legal do hospital público ou privado elaboram metas
quantitativas e qualitativas de atenção à saúde e de gestão hospitalar. Se trata de um
modelo novo, fundamentado no repasse de incentivos financeiros calculados a partir
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da série histórica da produção hospitalar, possibilitando um incentivo de Adesão à
Contratualização (IAC) (PACHECO, 2006).
A seguir temos algumas vantagens da Contratualização:
Fonte: hilab.com
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gestão e fluxo de trabalho. Dessa forma, a PNH torna-se um conjunto de diretrizes
transversais que, em qualquer situação de implementação, fundamentam todas as
atividades do órgão, incluindo usuários ou profissionais de saúde.
Nesse sentido, humanidade enfatiza modelos de fluxo de trabalho e
planejamento de gestão que participam da vida institucional. O resultado esperado da
humanidade é a valorização das pessoas em todas as práticas de enfermagem e
gestão, a integração, o compromisso e a responsabilidade de todos pelo bem comum.
O Ministério da Saúde tem desenvolvido diversas ações e indicadores de verificação
e monitoramento para estimular e acompanhar o processo de humanização, não
apenas nos hospitais, mas também nos três níveis de atenção à saúde do SUS. A
estratégia de capacitação e fortalecimento de grupos de trabalho humanitários nas
instituições (grupos de sujeitos relacionados e gestores de serviços de saúde que
implementam a atuação da PNH em suas unidades) tem se mostrado exitosa em
vários lugares, acumulando boas práticas.
No entanto, a humanização se torna real em uma instituição somente quando
seus gestores fazem dela mais do que mera retórica um modelo de gestão. Apenas
boas intenções e programas vinculados a medidas econômicas não são suficientes
para realizar a humanização como processo de transformação.
Os meios que realmente asseguram este processo são a informação, a
formação e a gestão participativa. Focar na humanização significa menos o que fazer
e mais como fazer. Embora importantes, as chamadas medidas humanizadoras não
necessariamente estabelecem um caráter humanizado do serviço como um todo. Na
verdade, são os princípios conceituais que definem a humanização como base de
qualquer atividade. Portanto, o desafio é criar uma cultura institucional cercada pelos
valores da humanização.
Humanizar a saúde significa ter voz não apenas para os usuários, mas também
para os profissionais de saúde, engajando-se tanto em redes conversacionais. A rede
deve promover ações, campanhas e políticas de ajuda baseadas na ética, respeito,
reconhecimento mútuo, solidariedade e responsabilidade. De acordo com esse
entendimento, a política de humanização em saúde apresenta diferentes parâmetros
para a humanização da assistência hospitalar em três dimensões: acolhimento e
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cuidado ao usuário, atuação dos profissionais e lógica de gestão e gestão. Esses
padrões podem ser usados para análise, reflexão e trabalho para desenvolver ações,
campanhas, programas e políticas de ajuda que orientam a programação humana. O
objetivo do PHAS é desenvolver uma nova cultura da humanidade que valorize as
ações da humanidade já em andamento, criando uma filosofia organizacional que
estimule a incorporação cotidiana do verbo humanizar.
Uma cultura de humanização leva tempo para ser construída e exige a
participação de todos os atores do sistema, ela determina a quebra de paradigmas. O
verbo humanizar é pessoal e inegociável, pois ninguém pode ser humano em nosso
lugar.
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Apoiar a construção de redes colaborativas e solidárias dedicadas à produção
de saúde e à produção de sujeitos;
Elaboração da autonomia e protagonismo dos sujeitos e grupos envolvidos na
rede SUS;
Corresponsabilidade destes sujeitos nos processos de gestão e apoio;
Fortalecimento do controle social com caráter participativo em todos os órgãos
administrativos da SBS (sistema brasileiro de saúde);
Compromisso com a democratização das relações laborais e a qualificação dos
profissionais de saúde, promoção de processos de formação contínua.
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As mudanças sociais e culturais ocorridas ao longo do tempo mudaram a face
da medicina e das práticas de saúde, atingindo o contexto aqui discutido e o impacto
na emergência da humanização na atenção à saúde.
A partir de ações amadoras isoladas e seletivas, a humanização desenvolveu
conceitos e tecnologias para sua aplicação tanto no campo da relação profissional-
paciente quanto no campo da gestão, chegando à forma de política pública de saúde.
A falta de uma compreensão mais profunda da dimensão psicossocial que engloba os
processos saúde-doença, a falta de compromisso com o resultado do trabalho, a falta
de decisões compartilhadas com os pacientes, de projetos de cuidado discutidos em
equipe multidisciplinar e até mesmo participativos gestão em saúde, fazer da
humanização do cuidado um projeto ainda distante da realidade da atenção à saúde.
Fonte: crianca.mppr.mp
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gestação, englobando ações de melhoria da qualidade do pré-natal, fomento ao
aleitamento materno, desenvolvimento infantil da primeira infância, imunização,
nutrição e até mesmo sexualidade.
Algumas ações mais amplas, ainda incluem o tratamento de reabilitação, o
progresso da saúde e a prevenção de doenças. A equipe de saúde pode ainda
prevenir e combater eventuais violências contra crianças e adolescentes.
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Os jovens supracitados, são exatamente os que estão expostos às mais altas
taxas de mortalidade por causas externas. É fundamental a existência de serviços de
saúde que ampare suas necessidades específicas e que elas sejam eficazes na
integralidade da atenção à saúde.
O Ministério da Saúde adota a convenção elaborada pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) que marca o período entre 10 e 19 anos, 11 meses e 29 dias de
idade como adolescência, e, aqueles com idade entre 15 e 24 anos como juventude.
Dessa forma, existe uma interseção entre a segunda metade da adolescência e os
primeiros anos da juventude. O termo “pessoas jovens”, é comumente citado para se
referir ao conjunto de adolescentes e jovens, abrangendo assim faixa compreendida
entre 10 e 24 anos.
Esses limites relacionados a faixa etária, são um marco útil para a elaboração
de políticas e de estratégias, contudo, é importante lembrar que na vida concreta e na
experiência individual, não existem fronteiras fixas e homogêneas para a adolescência
e a juventude (BRASIL, 2009). Sendo assim, talvez seja mais adequado falar em
adolescências e juventudes, dando importância aos diversos grupos populacionais,
uma vez que essa etapa da vida decorrerá em experiências diferenciadas e em
significados peculiares. É importante pensar na adolescência e na juventude como
procedimentos complexos de emancipação, que não se limitam à passagem da escola
para o trabalho.
Esses procedimentos envolvem três dimensões interdependentes: a
macrossocial, referente as desigualdades sociais (classe, gênero e etnia); a dimensão
dos dispositivos institucionais, no qual se encontram os sistemas de ensino, as
relações produtivas e o mercado de trabalho; e, por fim, a dimensão biográfica, ou
seja, as particularidades da trajetória pessoal de cada indivíduo.
Existem duas vertentes das políticas do governo federal voltadas à juventude
que procuram modificar o quadro retratado. Uma delas é a Política de Promoção e
Proteção Integral da Infância e da Adolescência, desenvolvida desde 1995, pelo
Ministério da Justiça, e a outra vertente é o Programa Comunidade Solidária, que se
direcionou preferencialmente ao jovem vulnerável em situação de risco social, através
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de uma série de programas setoriais voltados para a saúde, educação, geração de
renda e trabalho.
Essas duas vertentes dão preferência a uma intervenção específica e a
reversão de situações especiais ou de risco social, que atinge a população-alvo.
Essas ações homogêneas não ponderam diferenças entre os diversos grupos ou
reações em face das intervenções. O que as diferenciava era o local onde ocorriam e
os agentes que as executavam (VOLPI, 1999).
Para a saúde da criança e do adolescente, um conjunto de ações essenciais
de saúde são priorizadas segundo os princípios da integralidade e universalidade que
vêm sendo definidos na saúde pública desde a década de 1980. No novo contexto,
esse foco se concentra no risco de grupo, em sua intercessão com os critérios
seletivos que definem pobreza e indigência. No entanto, mantém seu objetivo principal
de garantir a manutenção e reprodução das condições necessárias para uma vida
humana saudável.
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infantil, humanização e melhoria da qualidade da assistência prestada, mobilização
social e política, construção de parcerias e promoção da vida saudável.
A redução da mortalidade infantil continua sendo um grande desafio para o
país. Apesar dos declínios substanciais nas últimas décadas, a mortalidade continua
alta devido à redução da mortalidade infantil pós-neonatal (28 dias a 1 ano). A
mortalidade neonatal (0 a 27 dias após o nascimento) no país é um dos principais
componentes da mortalidade infantil desde a década de 1990 e concentra-se nas
regiões e populações mais pobres, refletindo as desigualdades sociais.
Nota-se a gravidade da situação ao reconhecer que, em sua maioria, essas
mortes precoces podem ser consideradas evitáveis. As causas perinatais, a
pneumonia e a diarreia associadas à desnutrição são as principais causas de morte
no primeiro ano de vida (BRASIL, 2004). Sendo assim, o nascimento saudável, a
promoção do crescimento, o desenvolvimento e a alimentação saudáveis, bem como
a prevenção de doenças respiratórias não podem ser incompletas e nem deixar de
abranger todos os níveis de atenção. Promover a saúde geral das crianças, realizar
operações de prevenção e assistência e reduzir a mortalidade infantil demonstram
nosso compromisso em proporcionar às crianças uma vida de qualidade para que
possam crescer e atingir seu potencial.
As principais ações gerais são:
Proporcionar o nascimento saudável.
Auxiliar no crescimento, desenvolvimento e a imunização.
Proporcionar o aleitamento materno e alimentação saudável: atenção aos
distúrbios nutricionais e anemias.
Abordar as doenças respiratórias e infecciosas.
Realizar visita domiciliar de enfermagem ao recém-nascido na primeira
semana.
Realizar consulta médica.
Realizar consulta de nutrição.
Realizar atividades educativas coletivas para as mães/pais/responsáveis com
equipe multiprofissional, com abordagem sobre os fatores de risco e ênfase no
desenvolvimento de um estilo de vida saudável.
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Orientar a execução de atividades de vida diária e prevenção de acidentes.
Orientar a execução de atividades de desenvolvimento psicomotor.
Sensibilizar sobre o tema do desenvolvimento saudável por meio de palestras
ou outras atividades organizadas/patrocinadas pela operadora.
Realizar atividades físicas coletivas orientadas.
Criar rotina e calendário vacinal.
Realizar integração com os programas voltados para a prevenção de doenças
comuns da infância.
Realizar exames periódicos.
Inserir no site da operadora informações sobre fatores de risco e doenças, bem
como sobre o Programa de Promoção da Saúde.
Inserir informações sobre fatores de risco e doenças no serviço de atendimento
ao cliente via telefone.
Criar e distribuir material educativo sobre fatores de risco, doenças e o
Programa de Promoção da Saúde.
A adolescência é o período de transição entre a infância e a fase adulta (entre
10 e 19 anos) com intensas transformações biopsicossociais (BRASIL, 2006). A
Saúde do Adolescente tem como características as ações e o enfoque preventivo e
educativo. Conhecer os conteúdos da Atenção Integral à Saúde dos Adolescentes é
importante para as equipes de saúde. Para ser bem-sucedido, o programa deve
interagir com o público-alvo, respeitar sua cultura e conhecimentos adquiridos, criando
condições para o crescimento adequado.
A abordagem desses conteúdos aumentam a possibilidade de absorção dos
conhecimentos pelos participantes do programa, o que favorece o aperfeiçoamento
da sociedade (BRASIL, 2002). No caso do Brasil, país com história e formação social
continental e multicultural, levar em conta a diversidade dos ambientes de vida dos
adolescentes e jovens, não é apenas uma ferramenta analítica, mas uma
compreensão das condições dos adolescentes e jovens brasileiros.
Os principais temas a serem abordados em programas de promoção e
prevenção voltados à área de atenção à saúde do adolescente são:
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Desenvolvimento de ações de promoção da saúde, prevenção,
tratamento e reabilitação dos agravos;
Crescimento e desenvolvimento;
Alimentação saudável e atividade física; e
Saúde reprodutiva e sexualidade.
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social e educação) e trabalhar em estreita colaboração com o governo e as políticas
de habitação, trabalho, esportes, lazer e cultura.
A efetividade do programa de apoio social à família é essencial para promover
o direito de convivência das famílias e comunidades e é um dos pilares desse
programa nacional para ampliar sua cobertura e melhorar sua qualidade. Isso deve
acontecer com a integração de políticas públicas universais e de qualidade e a
integração entre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o Sistema Único de
Saúde (SUS), o Sistema de Garantia de Direitos (SGD) e o sistema educacional.
Fonte: abramed.org.br
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aeroportos e fronteiras e trata de assuntos internacionais relacionados à vigilância
sanitária.
Por outro lado, pode-se notar que até a década de 1990 não existiam
mecanismos regulatórios para o setor complementar de saúde, que já existiam antes
dessa época com a presença do setor privado e fraca regulação. Com a criação do
SUS, passa a integrar o Sistema Único de Saúde (SNS), mas permanece
praticamente sem regulamentação por mais uma década.
A Anvisa foi a primeira agência não criada para regular os setores privatizados.
Portanto, pela Lei 9.782/99, a criação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
(SNVS) e a substituição da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária no Ministério
da Saúde superaram a situação anterior de fragmentação institucional.
Antes da criação da Anvisa, as atividades de vigilância sanitária eram fragmentadas
e reportadas à Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária.
Mas as práticas de clientelismo e a baixa capacidade técnica começaram a
irritar os envolvidos. Da mesma forma, a Anvisa assumiu as funções de secretaria e
também assumiu a coordenação do SNVS, a implementação do programa nacional
de sangue e plasma ou o programa nacional de prevenção e controle de infecções
hospitalares, bem como o monitoramento dos preços de dois medicamentos e dois
produtos para a saúde; aplicar sanções; implementação das normas de higiene para
derivados do tabaco; assessoria ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual
(INPI); fiscalizar os anúncios e promoções dos produtos de vigilância sanitária; e emitir
o certificado de conformidade com as boas práticas de fabricação.
A missão institucional da Anvisa diz respeito à proteção da saúde da população
brasileira por meio do controle higiênico exercido sobre os produtos e sobre a
comercialização de medicamentos. Esse controle também inclui os serviços
subordinados à Anvisa, incluindo localidades, processos, entregas e tecnologias. A
Anvisa também é responsável pelo controle sanitário de aeroportos, portos, fronteiras
e relações exteriores com outras instituições estrangeiras responsáveis pela
regulação do setor de saúde, bem como pelo diálogo com o Ministério das Relações
Exteriores. Portanto, em muitos casos, a Anvisa está sujeita a pressões exercidas por
vetores econômicos.
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Destacam-se algumas das medidas desenvolvidas pela Anvisa no que hoje é o
Brasil: o Programa Nacional de Verificação da Qualidade dos Medicamentos, criado
em 2004 e voltado para o monitoramento da qualidade dos medicamentos
consumidos pela população; o Projeto Farmácias Notificantes, lançado em 2005 para
ampliar as fontes de notificação de suspeitas de reações adversas a medicamentos e
reclamações técnicas; o projeto EducAnvisa, lançado em 2005, que visava
desenvolver ações e estratégias de educação e comunicação em saúde para atingir
os mais diversos segmentos da sociedade.
Destaca-se também o Sistema de Notificação de Vigilância Sanitária (Notivisa),
definido em 2006, que é utilizado para coletar e gerenciar notificações de eventos
adversos e reclamações técnicas de todas as áreas do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS), bem como a gestão de produtos. (SNGPC), instituído em 2007,
com o objetivo de aprimorar as medidas de vigilância sanitária no controle e vigilância
de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial (ANVISA, 2009).
Segundo Lucchesi (2008, p. 102103):
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direta do Estado na busca de estabelecer regras definidas para o funcionamento dos
mercados que estão configurando a transição de um estado provedor para um estado
regulador.
No Brasil, o debate mais profundo sobre o conceito, as práticas e as finalidades
da regulação, controle, avaliação e auditoria em saúde começou em 2001 com as
Normas Operacionais de Atenção à Saúde (NOAS). A NOAS SUS 01/2001 amplia a
responsabilidade dos municípios pela atenção básica e deixa a administração dos
serviços públicos de saúde de média e alta complexidade para a União e os Estados.
A regulação no SUS ganha força após o Acordo de Gestão (2006), cujo objetivo
principal é buscar maior autonomia estadual e municipal em relação aos processos
regulatórios do SUS e definir a responsabilidade pela saúde de cada área de governo
e esclarecer as respectivas atribuições e, assim, contribuir para o fortalecimento da
gestão compartilhada dos fundos.
No final da década de 1990, como você aprendeu na seção anterior, a Lei nº
9.782/99 criou o primeiro regulador social do Brasil: a Inspetoria Nacional de Saúde
(ANVISA), que não atua em um setor específico da economia, mas em todos os
setores relacionados a produtos e serviços que possam afetar a saúde da população
brasileira. Uma das características especiais deste órgão é sua competência tanto na
regulação econômica do mercado (precificação e fiscalização do mercado) quanto na
regulação sanitária (por exemplo, registros de medicamentos).
Você também deve lembrar da seção anterior que o outro órgão regulador
criado pela Lei 9.961/00 foi a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) com
o objetivo de regular os seguros privados de saúde. Desenvolveu mecanismos tanto
para a formulação de políticas de saúde quanto para a busca de uma melhor atenção
ao beneficiário, a fim de equilibrar as práticas de mercado das operadoras e o direito
da sociedade a uma assistência de saúde de melhor qualidade (DAYS, 2004). Com a
aprovação do Ministério da Saúde (BRASIL, 2005, p. 318) e a aprovação do Conselho
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), a Portaria
passa a ser definida como um conjunto de relações, conhecimentos, tecnologias e
ações que mediam demanda do usuário relações, saberes, tecnologias e ações que
intermedeiam a demanda dos usuários por serviços de saúde e o acesso a estes.
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A Política Nacional de Regulação do Ministério da Saúde (BRASIL, 2008),
criada em 2008, tem como principal objetivo a promoção do acesso equânime,
universal e integral dos usuários ao SUS. Sem uma lógica puramente financeira, a
regulação em saúde contribui para otimizar o uso dos serviços, em busca da qualidade
da ação, da resposta adequada aos problemas clínicos e da satisfação do usuário,
sem, portanto, gerar uma fragmentação da atenção. Em Minas Gerais, a Portaria
é vista como um conjunto de regras de proteção impostas para monitorar e controlar
os serviços prestados.
Nesse plano, o objetivo pode ser social ou econômico e geralmente visa
promover atividades consideradas úteis (MENICUCCI, 2005, p. 152). Na região
metropolitana de São Paulo, a regulação da saúde pública tem o caráter de
racionalização dos serviços complementares e suplementares (FIANI, 2004).
Para operacionalizar o processo de regulação do acesso aos serviços de saúde,
observa-se a implantação de diversos centros em todo o país nas seguintes áreas:
urgências e emergências, consultas e investigações de média e alta complexidade,
internações clínicas ou cirúrgicas e de terapia intensiva, transplantes, obstetrícia e
recém-nascidos.
Um exemplo é o complexo regulatório do Distrito Federal, que foi
institucionalizado em 2009. Esse serviço é responsável por um conjunto de políticas
e ações, definidas em um plano de regulação assistencial para todos os níveis de
complexidade, visando à organização efetiva de uma rede pública hierarquicamente
articulada, a partir de um planejamento estruturado em base regional.
Sua missão é proporcionar aos usuários acesso adequado por meio de centros
de regulação na área ambulatorial, nas especialidades de dermatologia, oftalmologia,
radiologia e cardiologia, e na área de internação, com foco no acesso a leitos de
terapia intensiva. Outro modelo é a Central Estadual de Regulação do Ceará, com
sede em Fortaleza, que tem como foco regular o acesso aos cuidados intensivos com
a disponibilidade de leitos públicos e privados. Um estudo desenvolvido neste cenário
discute a relação entre o público e o privado na prestação de serviços e aborda ainda
o papel do Estado e da sociedade civil na exigência de um controle efetivo sobre o
uso dos serviços prestados.
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7 REFRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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importância da visita domiciliar no contexto do Programa de Saúde da Família.
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