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A Saúde Coletiva é uma disciplina que se originou no Brasil na década de 1970,

influenciada pelo movimento da Reforma Sanitária. Ela se caracteriza por uma


abordagem interdisciplinar que envolve profissionais de diversas áreas, como
saúde, ciências sociais, epidemiologia, economia, entre outras. O objetivo principal
é promover a equidade em saúde, combatendo as desigualdades e buscando a
melhoria das condições de vida da população
1. Enfoque preventivo: A Saúde Coletiva valoriza a prevenção de doenças e
promoção da saúde, buscando evitar problemas antes que eles se manifestem.
2. Atenção Primária em Saúde (APS): A APS é um pilar fundamental da Saúde
Coletiva no Brasil. Ela visa oferecer cuidados integrais, acessíveis e contínuos,
atuando como porta de entrada para o sistema de saúde.
3. Participação social: A participação da comunidade é uma marca registrada da
Saúde Coletiva. Ela busca envolver a população nas decisões e práticas de
saúde, promovendo a democracia e a autonomia.
4. Sistema Único de Saúde (SUS): A Saúde Coletiva está intrinsecamente ligada
ao SUS, um sistema público que busca garantir acesso universal, integral e
igualitário aos serviços de saúde.
5. Epidemiologia: A abordagem epidemiológica é essencial na Saúde Coletiva
para compreender a distribuição de doenças na população e identificar fatores
de risco.
6. Desafios e desigualdades: A Saúde Coletiva no Brasil enfrenta desafios
significativos, como a persistência de desigualdades regionais e sociais,
insuficiência de recursos, e a necessidade contínua de fortalecer a atenção
primária e a promoção da saúde.
7. Intersetorialidade: A Saúde Coletiva no Brasil busca a integração de ações
entre diversos setores governamentais e não governamentais, reconhecendo
que a saúde é influenciada por fatores que vão além do sistema de saúde.
Em resumo, a Saúde Coletiva no Brasil representa uma abordagem abrangente e
inclusiva, que visa não apenas tratar doenças, mas também promover condições de
vida saudáveis para toda a população, lutando contra as desigualdades e
promovendo o acesso universal aos serviços de saúde.
A Saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não somente ausência
de doença ou enfermidade.

Organização Mundial da Saúde (OMS)


7 de abril de 1948

“Saúde é um completo estado de bem estar físico, mental e social”.OMS (1948)


• Dic. Aurélio

SAUDE
“Saúde é estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em
situação de normalidade”
• Estado resultante das condições de alimentação, educação, renda, meio ambiente,
trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a
serviços de saúde...
• Resultado das formas de organização social de produção as quais podem gerar
profundas desigualdades no nível de saúde.
(VIII Conf. Nacional de Saúde, 1988)

DOENÇA
• Sinal de alteração homem-ambiente, produzida pelas transformações produtivas,
territoriais, demográficas e culturais.

O conceito de saúde reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja, não é
representa o mesmo para todos. Dependerá da época, do lugar, da classe social, de valores
individuais, das concepções científicas, religiosas e filosóficas.
SAUDE COLETIVA
É uma expressão que surge com o movimento sociossanitário que surgiu com o movimento
da Reforma Sanitária em fins de 1970, tendo o seu ápice na 8ª Conferência Nacional de
Saúde, que deu origem ao Sistema Único de Saúde (SUS).
É a ciência e arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover a saúde e a eficiência do
indivíduo através de esforços organizados da comunidade visando o saneamento do meio
ambiente, combate das doenças transmissíveis que ameçam a comunidade.
Engloba questões sociais, econômicas e ambientais que afetam os determinantes de saúde
de uma população que vive em determinada região.

Indicadores socioeconômicos são conjugados com dados epidemiológicos para


explicar a natureza desses determinantes no processo saúde e doença e elaborar políticas
eficientes de promoção da saúde e de prevenção de acordo com as características da região.

O construto saúde coletiva articula diferentes instituições do campo da saúde,


portanto, aplica-se também à iniciativa privada.
Pode ser definida como um campo de produção de conhecimentos voltados para a
compreensão da saúde e a explicação de seus determinantes sociais.
Bem como o âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para a sua promoção,
além de voltadas para a prevenção e o cuidado a agravos e doenças, tomando por objeto
não apenas os indivíduos mas, sobretudo os grupos sociais.
Compreende um conjunto complexo de saberes e práticas relacionadas ao campo da
saúde envolvendo desde organizações que prestam assistência à saúde da população até
instituições de ensino e pesquisa e organizações da sociedade civil. Compreende práticas
técnicas, científicas, culturais, ideológicas, políticas e econômicas

Objetivos da Saúde Coletiva


• Assegurar bem estar coletivo;

• Elevar os níveis de saúde da população;

• Base para a reprodução e o desenvolvimento social.


Responsável pela avaliação dos problemas de saúde da população e pela formulação e
implementação de uma resposta para enfrentá-los

Características da Saúde Coletiva


É um campo de conhecimento e âmbito próprio de práticas, de natureza transdisciplinar,
cujas disciplinas básicas são a epidemiologia; a política, o planejamento e a gestão em
saúde; e as ciências sociais em saúde.
Brasil - três períodos:
1. Fase pré Saúde Coletiva (1955 – 1965) - marcado pela instauração do projeto
preventivista;
2. Fase da medicina social - vai até o final dos anos 1970;
3. Período da Saúde Coletiva - se inicia no final dos anos 1970 e é considerado como
sendo o propriamente dita.

POLÍTICAS PÚBLICAS
Função primordial do Estado:
- Gerenciar a sociedade visando bem estar público;
- Garantir a população acesso a boas escolas, condições de saúde, moradia, saneamento
básico, segurança...

- Através das políticas públicas..

As políticas de saúde, também são políticas sociais!


• Visam:
• O bem estar social;
• Efetivar as direitos sociais protegidos na sociedade;
• Saúde;
• Educação;
• Lazer;
• Alimentação;
• Assistência social, proteção à criança, proteção à maternidade e ao idoso.
• Programas de ação do governo – devem visar a realização de objetivos definidos, de
prioridades.

• Devem expressar de forma pura e genuína o interesse geral da sociedade.

• Definem o sistema de saúde a ser implantado em cada sociedade.

• Organizam as ações e serviços públicos e privados de interesse à saúde em um


determinado território, direcionando-as para promoção, proteção e recuperação da
saúde individual e coletiva.

O que é educação?
🠶 O termo educação vem do latim e-ducere, que significa conduzir
(ducere) para fora

🠶 Ou de educare, que significa ação de formar, instruir, guiar

🠶 É um processo ou soma de atos educativos encadeados em função da


formação do ser humano, com vistas a um fim
🠶 Não é só a escola que educa. A sociedade com as mais variadas
formas de manifestações culturais e instituições (família, trabalho,
associações, religiões, etc) exercem influências sobre a pessoa e a
comunidade, tanto numa perspectiva educativa quanto de opressão e
aniquilamento

🠶 A educação envolve a formação da personalidade, a formação do


saber-agir, socializar, instruir, informar, possibilitar a autonomia
E na saúde, como se tem dado a educação na prática?
🠶 Dando informação, transmitindo conhecimentos sobre prevenção de
doenças

🠶 Palestras

🠶 Folhetos

🠶 Campanhas de saúde

🠶 Fiscalizando se a população está seguindo as normas e as orientações

🠶 Profissional/professor detém conhecimentos técnicos. É autoridade

🠶 Neutralidade e universalidade do saber científico

🠶 Desvalorização do saber-viver

🠶 Correr risco = ignorância, fraqueza, falta de cuidado de si

🠶 Certo e errado; pressuposição da existência de um sujeito humano livre


e autônomo. Educação tem como objetivo a mudança de
comportamento a partir de decisões informadas sobre saúde
🠶 Falta de saúde pode ser solucionada através de informação
técnico-científica adequada +vontade pessoal e política dos sujeitos
expostos a determinados riscos

🠶 Delimitação da educação em saúde na epidemiologia do


comportamento

🠶 Higienização e normatização do comportamento

🠶 Paciente/aluno passivo

🠶 Educação centrada na informação para a mudança de


comportamentos:

🠶 Que conteúdo é comunicado?

🠶 Como e porque a informação é comunicada?


🠶 Desafio: a informação científica nas mensagens são suficientes
para aumentar a competência e/ou a liberdade de decisão? Os
indivíduos e os diferentes grupos sociais reconstroem esses
conhecimentos (visão de mundo e experiências particulares)

🠶 Educação em saúde nas escolas: drogas, álcool, gravidez na


adolescência, práticas sexuais desprotegidas, etc
Pedagogia por condicionamento
🠶 Estímulo e recompensa

🠶 À educação compete organizar o processo de aquisição de


habilidades, atitudes e conhecimentos específicos, produzindo pessoas
competentes para o mercado de trabalho

🠶 Algumas consequências: alta eficiência de aprendizado de dados e


processos, individualismo, competitividade, robotização da população,
ênfase na produtividade, dependência, etc

🠶 Paciente/aluno como objeto e não sujeito da ação dos profissionais de


saúde/professores
Pedagogia crítica
🠶 Visa transformações sociais, econômicas e políticas tendo em vista a
superação das desigualdades sociais

🠶 Valorização do aluno e do processo de aprendizagem (aprender a


aprender)

🠶 Aluno ativo e curioso como centro da atividade escolar.


Empoderamento pessoal e comunitário
🠶 Professor é facilitador.

🠶 Aprender é ato de compreensão da realidade concreta através da


aproximação crítica da realidade

🠶 Aluno ativo, crítico, motivado, desenvolve habilidades intelectuais de


observação, análise, avaliação, compreensão, desenvolvimento de
atitudes de cooperação

Marcos históricos político-administrativos das políticas de saúde no Brasil:


campo da saúde pública e da assistência

1920-Criação do departamento nacional de de Saúde

1923-1923- Regulamentação sanitária federal – referenciou um processo de


institucionalização da Saúde Pública na República

1930 – 1945 Criado Ministério da Educação e Saúde Pública


Depart. Nac. de Saúde e Depart. Nac. da Criança

1942 – criação do Serv. Espec. de Saúde Pública - SESP

1923 - Lei Elói Chaves – Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP)


1926- Inicia assist. médica em nível de CAP
1934 - Criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP)

1953 - Criação do Ministério da Saúde.


Destaque para o Serv. Espec. de Saúde Pública - SESP

1954 - Aprovados as normas gerais sobre a Defesa e Proteção da Saúde

1956- Criado depart. Nac. de Endemias Rurais

1960 - 1975 - Criado Depart. Nac. de Endemias Rurais

1986- VIII Conf. Nacional de Saúde


1950 - 1960 - São fortalecidos os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP)
1986 - VIII Conf. Nacional de Saúde
1990 - Criação do SUS - Leis n.º 8.080 e n.º 8.142 regulamentam os serviços, a participação
da sociedade e as bases de funcionamento do SUS.
1991-Criação do PACS
1994 - Criação do PSF
1996- X Conf. Nac. De Saúde: Construindo um modelo de atenção à saúde para qualidade de
vida
2000- XI Conf. Nac. De Saúde: efetivando o SUS: acesso a qualidade e humanização na
atenção à saúde com controle social
2011- Muda de PSF para EFS

Conferências Internacionais de Saúde


I Conf. Internac Saúde - Ottawa (Canadá, 1986)
“Promoção da Saúde nos Países Industrializados”, em decorrência das expectativas
mundiais por uma saúde pública eficiente, focalizando em especial as necessidades
dos países industrializados, e estendendo tal necessidade aos demais países.
Mediante os progressos alcançados após a Declaração de Alma-Ata para a Atenção
primária à saúde, o documento da OMS “As Metas da Saúde para Todos” e o
debate ocorrido na Assembléia Mundial da Saúde sobre as ações intersetoriais
necessárias, foi elaborada a Carta de Ottawa, que estabelecia fatores de
importância para o alcance de uma saúde para todos.

Reforma Sanitária Brasileira


• Plataforma política defendida pelo “Movimento Sanitário Brasileiro”, que representou
uma ampla articulação de atores sociais, incluindo membros dos departamentos de
medicina preventiva de várias universidades, entidades como o Centro Brasileiro de
Estudos (CEBES), fundado em 1978, movimentos sociais de luta por melhores condições
de saúde, autores e pesquisadores, militantes do movimento pela redemocratização do
país nos anos 1970 e 1980 e parlamentares que faziam a crítica às políticas de saúde
existentes no Brasil.
• A “Reforma Sanitária” incluía em sua pauta uma nova organização do sistema de saúde
no país – com várias características que o SUS afinal adotou –, em particular uma
concepção ampliada dos determinantes sociais do processo saúde-doença e a criação de
um sistema público de assistência à saúde, gratuito com garantia de acesso universal do
cuidado para todos os brasileiros.

VIII Conferência Nacional de Saúde


• Direito a saúde;

• Reformulação do sistema nacional de saúde;

• Financiamento do setor;

Politicas Públicas de Saúde


Mulher –
• Criança e adolescente –
• Idoso –
• Homem -
• Saúde indígena –
• Pessoa com deficiência…
A SAÚDE É UM DIREITO DE TODOS E UM DEVER DO ESTADO

Santas Casas de Misericórdia


• A primeira foi construída em Lisboa, em 1498;

• No Brasil, a 1ª foi fundada por Bráz Cubas, em 1543, na Capitania de São Vicente,
seguida Vitória /ES (1545), Olinda/PE (1556) e São Paulo (1599).

• A Santa Casa do Rio de Janeiro criada em 1572, foi o principal hospital da América do Sul
por suas características de atendimento e pela equipe médica que possuía.
• Os Sanitaristas Osvaldo Cruz e Emilio Ribas tiveram a missão de controlar as epidemias
no Brasil;

• 1904 - instituiu a vacinação anti-varíola obrigatória para todo o território nacional. Surge,
então, um grande movimento popular de revolta que ficou conhecido na história como a
revolta da vacina;

• Começaram a desaparecer as epidemias para as quais existiam métodos específicos de


profilaxia;

• 1953 - A Lei 1.920 criou o Ministério da Saúde;


• 1954 - A União estabelece a Escola Nacional de Saúde Pública;
• Condições de saúde continuam críticas: aumento da mortalidade infantil, tuberculose,
malária, Chagas, acidentes de trabalho, etc.

1966: Criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), a partir da unificação dos
IAPS.

1970: Fundada a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM);


1972: previdência para autônomos e empregadas domésticas;

1973: previdência para trabalhadores rurais > FUNRURAL

1974: criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS):

⮚Plano de Pronta Ação (PPA)


Ampliação do atendimento de emergência/urgência a toda a população nas clínicas e
hospitais da previdência.

1974 – Criação do INAMPS


O Inamps foi criado pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social
(INPS)

⮚ Fortalecimento da relação Estado e segmento privado

⮚ Privatização das ações curativas pagamento por


quantidade de atos médicos;

1974 a 1979: pressões


populares e reivindicações
Os movimentos sociais contribuíram para a construção do SUS e da institucionalização da
participação popular, através dos Conselhos de Saúde, na elaboração de políticas
públicas de saúde. O que ficou conhecido como Movimento Sanitário”
1990 - Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8080/90)
•Dispunha sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, definindo os parâmetros
para o modelo assistencial e estabelecendo os papéis das três esferas de Governo.
•Institui ainda o
•Sistema Único de
•Saúde.

A LEI 8080/90 RATIFICA O CONCEITO:

A SAÚDE É UM DIREITO DE TODOS E UM DEVER DO ESTADO


Art. 1º - Esta Lei regula em todo o território nacional, as ações e os serviços de saúde, em
caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou
privado;
Art.2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as
condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 2 - O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

CONCEPÇÃO AMPLIADA DE SAÚDE


Organização Mundial da Saúde
“Saúde é o completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de
doenças.”

LEI 8080 - CAPÍTULO II - Dos Princípios do Sus


⮚ universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;

⮚ equidade onde todos os cidadãos terão acesso à saúde, de igual forma e em igualdade
de condições;

⮚ integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das


ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, compreendendo o
individuo como u todo;

⮚ gratuidade do atendimento;

⮚ participação da comunidade.
⮚ hierarquização que é a organização e a gestão (administração) dos serviços prestados
pelo SUS devem ocorrer com base em níveis crescentes de complexidade, ou seja, vão
dos mais simples aos mais complexos, sendo a Atenção Básica a porta de entrada do
sistema de saúde;

⮚ regionalização aplicada na prestação de serviços do SUS onde são considerados o


tamanho e as necessidades do território a ser atendido, bem como os serviços
existentes.

⮚ descentralização significando que cada esfera de governo (U/E/M) tem as suas


atribuições específicas no que se refere às ações e à prestação de serviços de saúde à
população.

Lei n° 8.142, de 28 de Dezembro de 1990


Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, de 19 de
setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das
funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
I - a Conferência de Saúde; e
II - o Conselho de Saúde.

O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto


por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de
saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros,
cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em
cada esfera do governo.

SAÚDE
• Estado resultante das condições de alimentação, educação, renda, meio ambiente,
trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso e posse da terra, acesso a
serviços de saúde...
• Resultado das formas de organização social de produção as quais podem gerar
profundas desigualdades no nível de saúde.
(VIII Conf. Nacional de Saúde, 1988)

DOENÇA
• Sinal de alteração homem-ambiente, produzida pelas transformações produtivas,
territoriais, demográficas e culturais.

Modelos explicativos do processo saúde doença (unicausal, multicausal)


Origem da doença

⮚ Teoria mística – sobrenatural

⮚ Alterações ambientais no meio físico e concreto que o homem vivia, envolvendo as


Teorias dos miasmas e do Contágio.

⮚ Louis Pasteur (na França):

⮚ Teoria da Unicausalidade - descoberta dos micróbios (vírus e bactérias) - Agente


Etiológico (causa a doença).

⮚ Posteriormente superada - Multicasualidade

A Teoria do Contágio
• Sistematizada por Hieronymus Fracastororius (1478 – 1548)
• Agentes infecciosos, transmissíveis e que reproduzem por si mesmos os causadores das
doenças.
• Essas “sementes” da moléstia ou “seminária prima” seriam específicas para cada
doença.
• A partir dessa ideia constituiu-se a teoria do contágio, que concorreu com a doutrina
atmosférico-miasmática até finais do século XIX e propiciou a busca por causas
específicas das doenças.
• A confirmação definitiva da teoria do contágio viria em 1876 - Louis Pasteur (1822 –
1895) e Robert Koch (1843 – 1910) - teoria dos germes ou teoria bacteriana (todo
germe - ofensivo ou perigoso para a saúde e causadores de diversos agravos).
• Ênfase na avaliação estatística e quantitativa das variáveis do processo saúde-doença,
fazendo com que os indivíduos e fatores de doença sejam agrupados e organizados,
ignorando-se, contudo, o peso e a hierarquia dos fatores de origem social e de origem
biológica.

• Possibilidades para prevenção de doenças.

• Não se admitindo mais o conceito de singularidade;


• Resultantes de interações de ordem sócio-econômicas, culturais, nutricionais,
psicológicas, imunológicas, etc.
• A Promoção da Saúde, segundo a Carta de Ottawa, contempla 5 amplos campos de ação:

• Implementação de políticas públicas saudáveis

• Criação de ambientes saudáveis

• Capacitação da comunidade

• Desenvolvimento de habilidades individuais e coletivas e

• Reorientação de serviços de saúde.


• A promoção é diretamente referida no Artigo 196 da Constituição de 1988 (Brasil, 1988).

• Artigo 196 - expressa uma importante conquista da Reforma Sanitária brasileira ao


instituir a Saúde como direito de todos e dever do Estado “garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação”

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