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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO SÃO JOÃO – LICHINGA

TRABALHO DA CADEIRA DE ENSINO EM ENFERMAGEM


7º GRUPO

Metodologia e Instrumentos;
Tutoria;
Relação entre instituição de formação e Unidade Sanitária.
(Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil)

Lichinga, Agosto de 2023


INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO SÃO JOÃO – LICHINGA

TRABALHO DA CADEIRA DE ENSINO DE ENFERMAGEM

7º GRUPO

Metodologia e Instrumentos;

Tutoria;
Relação entre instituição de formação e Unidade Sanitária.
(Curso de Enfermagem de Saúde Materno Infantil)

Discentes: Docente:

Domingas Maria Bola Amos José Mastala

Angelina Eusébio Japane

Miseria Momade Mustafa


Lichinga, Agosto de 2023

Índice

Introdução ......................................................................................................................... 3
Objectivos ......................................................................................................................... 3
Geral: ................................................................................................................................ 3
Específicos:....................................................................................................................... 3
Metodologia ...................................................................................................................... 3
Contextualização do termo ensino.................................................................................... 4
Métodos e técnicas de ensino ........................................................................................... 5
Instrumentos de Ensino .................................................................................................... 6
A tutoria ............................................................................................................................ 7
Relação entre instituição de formação e unidade sanitária ............................................... 9
Conclusão ....................................................................................................................... 10
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 11
Introdução

O presente trabalho da cadeira de ensino visa abordar acerca da metodologia e


instrumentos isto é, tutoria e relação entre instituição de formação e unidade sanitária.
Ensinar é repassar conhecimentos e habilidades necessárias a formar o aluno como um
profissional para os desafios de seu tempo e ser alimentado pelos questionamentos deste
mesmo aluno. Aprender é estar aberto e interessado em adquirir conhecimentos que
permitam desenvolver os projectos de vida do aluno, seja uma carreira profissional, ou
seu crescimento como pessoa. O professor é alimentado apenas pelos questionamentos
dos alunos e não pelos conhecimentos que possuem. Contudo, existe nesse aluno, apesar
desta concepção bancária e tecnicista, um conceito espontâneo declarado nessa coleta
que o professor deve aprender para estar pronto para formar e desenvolver os projetos
de vida do aluno ou crescimento pessoal.

Objectivos

Geral:

 Falar o ensino nas suas diversas abordagens.

Específicos:

 Ilustrar as metodologias e instrumentos de ensino;


 Conceituar tutoria e falar do seu desenrolar;
 Relacionar a instituição de formação e a unidade sanitária.

Metodologia

A concretização do presente trabalho tornar-se-á possível através de material já escrito


acerca do assunto em questão possível de ter acesso em formato electrónico e impresso.

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Contextualização do termo ensino

O processo de ensino Ensinar é a actividade que tem por finalidade que o outro obtenha
o conhecimento. Para que se tenha um ensino de forma que realmente agregue valor é
preciso que o professor como sendo um transmissor de conhecimentos se utilize de
métodos e técnicas adequadas que tenham base não apenas no contexto geral como o
local, assim a necessidade básica do aluno será encarada como uma ponte para o ensino
e não como um obstáculo.

Segundo LIBÂNEO (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é


mecânica, não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que
aprende.” Ele mesmo concluiu que é algo bem diferente disso “é uma relação recíproca
na qual se destacam o papel. Dirigente do professor e a actividade dos alunos.” Dessa
forma podemos perceber que “O ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o
processo de aprendizagem dos alunos.”

Ensinar envolve toda uma estrutura que tem por finalidade alcançar a aprendizagem do
aluno através de conteúdo. A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base
a memorização, por outro lado os alunos também não devem ser deixados de lado
sozinhos procurando uma forma de aprender o assunto, o professor nesse caso sendo
apenas um facilitador (LIBÂNEO, 1994).

Segundo LIBÂNEO (1994, p. 91) “O processo de ensino, ao contrário, deve estabelecer


exigências e expectativas que os alunos possam cumprir e, com isso, mobilizem suas
energias. Tem, pois o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas vezes, a precede.”
Para que os alunos possuam um ponto de vista que fuja do empírico e do senso comum
é preciso conteúdos com carácter científico e sistemático, dentre os diversos pontos que
o autor cita, vale destacar que o aluno precisa ter assimilado o conteúdo anterior antes
que um novo seja transmitido. E o professor anos após anos necessita de um
aprimoramento e actualização da matéria que lecciona (LIBÂNEO, 1994).

Outro factor problema na relação ensino-aprendizagem é a falta de conhecimento por


parte dos alunos com relação ao que está lhe sendo exigido naquela matéria, por isso é
de fundamental importância que o professor deixe claro o que pretende que os alunos
absorvam com o conteúdo que está sendo passado. Somente assim o estudante poderá
ser estimulado ao conteúdo. O ensino tornasse efectivado quando existe a assimilação

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de conhecimento, por isso LIBÂNEO (1994, p. 159) deixa claro com relação à
assimilação de conhecimento, “a assimilação de conhecimentos não é conseguida se os
alunos não demonstram resultados sólidos e estáveis por um período mais ou menos
longo.” Portanto o ensino é uma relação onde o professor põe em prática o tripé
objectivo, conteúdo e método e dessa forma obtém a aprendizagem do aluno como
resultado.

Métodos e técnicas de ensino

Quando se está em sala de aula o professor tem por objectivo que os alunos que ali estão
presentes saiam com o conteúdo assimilado, este, portanto é seu objectivo, para que este
objectivo seja alcançado o professor irá se utilizar de um método, que de forma simples
é o caminho realizado para se atingir um objectivo, ou seja, os métodos são os meios
para realizar objectivos (LIBÂNEO, 1994).

Os métodos que serão empregados vão depender do local, idade, nacionalidade,


realidade social e diversos outros factores que influenciam a forma de aprender do
aluno. Assim, para algumas turmas o método expositivo será de maior aceitação e com
uma melhor aprendizagem, já em outra turma pode acontecer que seja necessário a
elaboração conjunta ou outros métodos. De qualquer maneira a forma que a aula irá ser
ministrada depende da turma e da forma que o professor encara seu local de trabalho.

Em sua tese Barroso (2015), trás a importância da escolha do método na realização de


uma aula, é colocado como exemplo o ensino de jovens adultos, fica clara a necessidade
de se adequar as aulas para uma classe que possui uma rotina diferente de alunos que
cursam em horários como matutino e vespertino. Por isso o professor que se encontra
com uma turma como essa tem que ter noção de que a forma que eles irão aprender é
diferente da forma tradicional.

Não apenas no ensino de jovens adultos, como a educação para moradores de povoados,
ou seja a educação do campo, ensino para presidiários, ensino para pessoas com
deficiência, todas devem ser vistas de forma especial, e por esse motivo o professor
deve está preparado para uma nova forma de ensino que vise a aprendizagem dos
alunos.

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Dito de forma resumida, os métodos que serão aplicados devem possuir em mente as
necessidades dos alunos, só assim a aprendizagem será obtida de forma efectiva, pois o
professor irá relacionar os conteúdos com base no contexto social de cada ambiente
onde ele está inserido. De nada adianta querer transmitir conteúdos muito complexo
para alunos que nem mesmo possuem o domínio da leitura ou não sabem realizar contas
simples. Por isso o método é tão importante, o professor através da observação vai ser
capaz de descobrir quais os pontos fortes e fracos da turma e qual a melhor maneira
deles aprenderem.

Cada método possui uma função seja a de estimular o aluno ao debate ou de ajudá-lo a
compreender algum conteúdo no âmbito de sua realidade local. Não existe o melhor
método, o que existe são melhores momentos para se aplicar uma técnica de ensino.

Para a construção de uma aula o professor se utiliza de materiais como o livro didáctico,
o quadro, filmes, slides, ou simplesmente a linguagem oral, LIBÂNEO (1994) faz uma
exortação quanto o domínio desses métodos, deve também ter consciência de que cada
método ou técnica se adequa a um conteúdo sendo necessário que o professor entenda
que o mesmo método pode não funcionar com outro assunto.

Os professores precisam dominar, com segurança, esses meios auxiliares de ensino,


conhecendo-os e aprendendo a utilizá-los. O momento didáctico mais adequado de
utilizá-los vai depender do trabalho docente prático, no qual se adquira o efeito traquejo
na manipulação do material didáctico. (LIBÂNEO, 1994, p. 173) Para que ocorra uma
correta aplicação dos métodos é preciso que o professor faça um bom planejamento de
suas aulas e se aperceba das reacções que estão surgindo em cada uma delas.

Instrumentos de Ensino

Dizemos aqui que os materiais didácticos são e sempre foram a melhor forma de
exteriorizar o conhecimento docente aos discentes pelas mensagens transmitidas e assim
colocamos a evolução dos materiais de acordo com a classificação evolutiva de
Schramm in Santos (2005, p.49):

Meios de ensino de primeira geração: cartazes, mapas, gráficos, materiais escritos,


exposições, modelos, quadro negros, etc.; Meios de ensino de segunda geração:
manuais, livros-textos e de exercícios, testes impressos etc. meios de ensino de terceira

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geração: fotografias, diapositivos, filmes mudos e sonoros, discos, rádio, televisão.;
Meios de ensino de quarta geração: instrução programada, laboratórios de línguas e
emprego de computadores. Diante do avanço acelerado da tecnologia educacional que
se estamos presenciando, poderíamos acrescentar uma quinta geração, em que os
materiais didácticos ou meios de ensino utilizados seriam internet, DVD, retroprojector,
datashow etc.

Independente de como e quando podemos classificar esses recursos como os visuais,


auditivos, ou audiovisuais que são a junção dos dois recursos tornando o ensino mais
dinâmico e interessante.

Os recursos didácticos são como “recursos humanos e materiais utilizados para auxiliar
e beneficiar o processo de ensino aprendizagem” ( KARLING 1991 apud JUSTINO
2001, p.108) As funções do material didáctico, pelo pressuposto de Nérici (1971, p.402)
são:

1. Aproximar o aluno da realidade do que se quer ensinar, dando-lhe noção mais


exacta dos fatos ou fenómenos estudados;

2. Motivar a aula;

3. Facilitar a percepção e compreensão dos fatos e conceitos;

4. Concretizar e ilustrar o que esta sendo exposto verbalmente;

5. Economizar esforços para levar os alunos a compreensão de fatos e conceitos;

6. Auxiliar a fixação da aprendizagem pela impressão mais viva e sugestiva que


o material pode provocar;

7. Dar oportunidade de manifestação de aptidões e desenvolvimento de habilidades


específicas com o manuseio de aparelhos ou construção dos mesmos, por parte dos
alunos.

A tutoria

A Tutoria são encontros presenciais semanais, com as equipes pedagógica e directiva


das escolas, para acompanhamento pedagógico e formações continuadas com foco no
desenvolvimento pedagógico.
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Considera-se tutoria “um conjunto de actividades que propiciam situações de
aprendizagem e apoiam o bom desenvolvimento do processo académico com o fim de
que os estudantes orientados e motivados desenvolvam autonomamente o seu processo”
(González e Páez, 1986). Por outras palavras, a tutoria constitui “a organização das
ajudas dadas a um indivíduo em formação” (Arénilla, Gossot, Rolland e Roussel, 2001:
453), em que o processo de aprendizagem se desenvolve de forma “interativa,
significativa e sistemática” (Topping, 2000: 3). A tutoria intervém para alterar contextos
potencialmente conflituosos ou para dotar os alunos de competências de modo a
enfrentarem com êxito situações de crise. Partindo destes pressupostos um tutor é
alguém que ajuda outra pessoa a superar as dificuldades (cf. Baudrit, 2009a).

Assumindo que a finalidade da tutoria é promover o desenvolvimento do Saber nas suas


diversas vertentes: saber-saber, saber-fazer, saber-ser e saber-estar, considerasse,
contudo, que os seus objectivos diferem de acordo com as necessidades dos alunos
tutorados:

1. Assessorar os processos de aprendizagem cognoscível;

2. Ajudar o aluno a conhecer-se e a aceitar-se;

3. Promover a reflexividade sobre a sua personalidade, hierarquia de valores,


critérios pessoais e capacidade crítica;

4. Ajudar a consciencializar-se das suas dificuldades pessoais, necessidades


afectivas, segurança e autonomia;

5. Favorecer o desenvolvimento de estratégias que ajudem à tomada de decisões


(cf. Arnaiz, Isus, 1995: 22).

A tutoria como um programa formativo e de desenvolvimento curricular tem de estar


em consonância com os documentos identitários da Escola. A equipa coordenadora
elabora o projecto a desenvolver, planifica as diferentes actividades e ainda elabora
instrumentos e critérios de avaliação a ter em conta pelos diferentes professores tutores
e/ou pelos professores que acompanham os alunos tutores e respectivos tutorados.

Expomos as diferentes propostas de trabalho apresentadas aos formandos de forma a


aplicarem no seu próprio contexto o processo tutorial, assim como os resultados da
avaliação da acção de formação.

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Com a ajuda prestada, pretende-se que os alunos desenvolvam competências
autonomamente (cf. Bavativa de González y González Páez, 1986). Promovem-se,
assim, processos metacognitivos, ao ser assumido uma dinâmica interativa e sistemática
proporcionadora de aprendizagens significativas (cf. Topping, 2000: 3).

Relação entre instituição de formação e unidade sanitária

O lugar do hospital na formação em saúde e as demandas dos próprios hospitais em


relação à formação de profissionais para atenção e gestão hospitalares estão em
processo de redefinição, tendo em vista a busca por qualidade, integralidade, eficiência
e controle de custos nos sistemas de saúde.

O hospital está nas duas pontas da questão da formação: como qualquer outro
equipamento de saúde, necessita de trabalhadores formados adequadamente para a
gestão e para a atenção e, ao mesmo tempo, cumpre um papel fundamental na
conformação do perfil dos trabalhadores da área da saúde, como espaço privilegiado de
aprendizagem durante a formação - técnica, de graduação e de pós-graduação.

Mas o hospital não é qualquer equipamento de saúde. É uma organização complexa -


atravessada por múltiplos interesses - que ocupa lugar crítico na prestação de serviços
de saúde, lugar de construção de identidades profissionais, com grande reconhecimento
social. É também um equipamento de saúde em processo de redefinição, pois, no
âmbito público e no privado, estão em debate seu papel e seu lugar na produção do
cuidado, em busca de qualidade, integralidade, eficiência e controle de custos. Estão em
debate, então, as expectativas de gestores e usuários em relação ao hospital.

No âmbito da formação em saúde, também há mudanças significativas, em razão da


compreensão actual acerca do papel da vivência no processo de aprendizagem e da
compreensão ampliada acerca dos saberes e competências necessários ao trabalho em
saúde. Estão, portanto, em debate, o papel do hospital na formação e as expectativas dos
formadores em relação ao hospital.

Impossível, portanto, uma abordagem assertiva ao tema. Neste artigo, procuraremos,


então, de maneira breve contextualizar e articular todo esse debate, buscando construir
uma visão perspectiva da relação hospital-formação.

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Conclusão

Podemos notar que o processo de ensino e aprendizagem não é algo simples, ele
engloba diversas medidas que devem ser tomadas ou evitadas para que o aprendizado
do aluno realmente aconteça. É necessário assim, que o professor realize um
planejamento de suas aulas levando em consideração as necessidades dos alunos, a
melhor maneira de aplicar um conteúdo, o melhor método e técnica a ser usada em
determinados momentos. Perceber o contexto social dos alunos também é importante
para que seu conteúdo e exemplos sejam presentes na realidade dos alunos. Cabe ao
educador um bom senso na hora de sua avaliação e atribuição de notas e principalmente
uma fuga da mecanização do ensino.

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Referências Bibliográficas

BARROSO, Betania. Os Caminhos metodológicos. In. A constituição do sujeito de


aprendizagem: uma experiência da aprendizagem situada no Centro de Cultura e
Desenvolvimento do Paranoá – CEDEP/DF. Tese de doutorado (em andamento).
Brasilia: UnB, 2015.

LIBÂNEO, J. C. O processo de ensino na escola. São Paulo: Cortez, 1994. P. 77-118


LIBÂNEO, J. C. Os métodos de ensino. São Paulo: Cortez, 1994. P. 149-176
LIBÂNEO, J. C. A avaliação escolar. São Paulo: Cortez, 1994. P. 195-220

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