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A FORMAÇÃO DE UM PROFESSOR E SUA INSERÇÃO AO

AMBIENTE ESCOLAR.

Autor: Ana Karoline Cardoso da Cunha


Tutor externo: Tatiane da Silva Campos
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Letras - Português (FLC3212LED) – Estágio Curricular Supervisionado
27/05/2022

RESUMO

O presente trabalho tem como função apresentar os pontos a respeito da formação de


um professor e como ele utiliza essa formação no ambiente escolar, tema esse
discutido por muitos linguistas como ponto relevante dentro da área profissional, pois é
uma área que sempre está em constante mudança, logo, o profissional precisa se
adequar da melhor forma para estar se atualizando e levando novas formas de se
lecionar, para as suas aulas. Será realizado o estágio de forma observatória na Escola
de Educação Básica Irmã Edwiges, com os alunos sétimo ano do ensino fundamental
II e primeiro ano do ensino médio. A escola fica localizada na zona urbana da cidade
de Criciúma, no bairro Mina União, no estado de Santa Catarina.

Palavras-chave: Professor. Formação. Ensino.

1 INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo explorar a formação do profissional da


educação, voltado para o professor de Língua Portuguesa em sala de aula,
tendo em vista seus desafios e dificuldades que é enfrentado para se tornar um
bom professional na área. Veremos também, o confronto didático entre o
“aprender na teórica” x “fazer na prática”, onde através de estratégias
pedagógicas vimos que, o processo de ensino e aprendizagem de um aluno,
vai além do ambiente escolar, estendendo – se para o convívio e interferências
no âmbito social.

1.2 OBJETIVOS

 Buscar entender o conceito de formação no geral e a formação de um


professor;
 Entender o processo social de um indivíduo;
 Apresentar a instituição de ensino que será realizado o estágio;
 Relatar as observações feitas por meio da prática do estágio.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA

Quando falamos em formação, temos como significado o ato de formar,


constituir, criar, é um “conjunto de ensinamentos e conhecimentos que forma
um caráter, uma educação ou uma mentalidade: Pessoa de boa formação.”
(SACCONI, 2001, p.434). Compreende-se que a formação dos docentes é a
base para a escola de qualidade, em ação coletiva com os educandos,
compreendendo o seu estar no mundo, para que os mesmos sejam formadores
de opinião, e se desenvolvam plenamente como indivíduos críticos,
conscientes e integrantes da sociedade como um todo.

A escola enquanto sistema precisa trabalhar um currículo significativo,


para que a aprendizagem se efetive e que a proposta pedagógica leve o
educando a ter uma visão crítica, desafiadora, pensante e que prepare o
mesmo a encarar a realidade política, histórica-social.

Ensina os conteúdos de sua disciplina com rigor e com rigor


cobra a produção dos educandos, mas não esconde a sua
opção política na neutralidade impossível de seu que fazer.
(FREIRE, 2000, p. 44)

Entendemos que a formação do educador deve ser um processo


permanente, dinâmico, contínuo, tendo como base um bom aprofundamento do
conhecimento que resultara uma boa atuação educativa, fazendo uso de
metodologias que conduzirão a aprendizagem que melhor se adequa a
realidade educativa e ao contexto sociocultural.

Como humanos, a nossa formação vem de fatores que contribuem para


o nosso desenvolvimento físico, cognitivo, histórico, social, e por meio da
educação construímos o conhecimento necessário para viver em equilíbrio com
o meio em que se vivemos. Com base nisso, analisando alguns artigos da nova
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação – temos que, a formação de
profissionais da educação tem como fundamento de ensino a associação de
teorias e práticas.

Segundo a LDB, numa gestão democrática o professor deve participar


intensivamente da questão pedagógica do estabelecimento escolar
estabelecendo objetivos e metas a serem alcançados no que diz respeito ao
aluno numa educação voltada a formação de cidadãos críticos, questionadores
constantes das informações que lhe são apresentadas a todo momento. Isso
implica em fazê-los compreender que tais informações não são verdades
absolutas.

Os educadores, apesar das suas dificuldades, são


insubstituíveis, porque a gentileza, a solidariedade, a
tolerância, a inclusão, os sentimentos altruístas, enfim todas as
áreas da sensibilidade não podem ser ensinadas por máquinas,
e sim por seres humanos. (CURY, 2003, P.65)

Outro fato relevante é o professor priorizar à aprendizagem do aluno, buscando


meios que venham favorecer aqueles que apresentam dificuldades durante o
processo, visto que o professor, principalmente o de língua portuguesa é visto
como um dos pilares da educação, pois tecnicamente, através dele, se dá as
primeiras escritas e leituras de um aluno.

Todos sabemos que o professor é aquele que ensina, que educa.


Mas outras pessoas que ensinam e educam e que não são
professores, como, os pais e os religiosos. (Romanowski (2010, p.
17).

Entendemos que o professor não deva ser omisso em sua pratica


pedagógica, deve estabelecer vínculos comunicativos através de fatos sócio
históricos locais e mundiais, entendendo que sua disciplina deve ir além do
conhecimento básico, aprofundando em fatos como política, ética, família para
que efetivamente o processo ensino/aprendizagem seja visto na sua plenitude
dentro da realidade do aluno

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
Este trabalho tem por objetivo a apresentação de relatos da vivência da
prática do ensino de língua Portuguesa nos Estágios Curriculares Obrigatório.
Trata-se de um relato descritivo a respeito das atividades docentes
desenvolvidas no período de Abril de 2022 a Junho do mesmo ano vivenciado
em dois momentos subsequentes: o primeiro na universidade, de caráter
teórico-metodológico, onde foram executadas leituras e discussões de teorias
que versam sobre a importância do Estágio como ferramenta de intervenção
docente, das perspectivas atuais da educação e da prática do ensino da
formação de um professor. No segundo momento, foram tratadas questões
teórico-práticas do ensino em questão, ocorrendo esta etapa de forma
presencial na escola concedente do estágio, Escola de Educação Básica Irmã
Edviges. A atuação na prática, nos faz enxergar que a teoria é bem diferente.
A primeira turma que tive contato foi com o ensino médio. Uma turma
tranquila, conversavam entre eles, mas quando começava a aula, prestavam
atenção, eram participativos, mas sempre fazendo algum tipo de brincadeira
entre eles e com a professora, talvez pela idade dos alunos
(adolescentes/jovens), ocorre essa interação diferente entre eles, o que faz a
aula se tornar a aula mais sutil.
Entretanto, com a turma do sétimo ano já houve uma mudança em
relação a professora, já foi preciso utilizar de táticas mais firmes, pois a turma
era um pouco mais agitada, mas mesmo assim, a professora obteve êxito nas
suas aulas, mantendo a atenção e participação dos alunos.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS)

O estágio mostra num curto espaço de tempo o grande desafio que o


futuro professor terá pela frente. Vários são os questionamentos, um deles é
que metodologia usar para se obter rendimentos favoráveis em relação a
aprendizagem dos alunos? Não se tem uma fórmula única, uma receita pronta
para atuar, cada professor tende a descobrir a melhor maneira de desenvolver
sua habilidade de exercer seu papel enquanto educador. Além de tudo, o que
se tem diante dos olhos são pessoas, e não basta o conhecimento técnico é
preciso um olhar diferenciado para cada rosto que te encara esperando ser
visto, ouvido e reconhecido.
Percebe - se que, o professor tem que estar sempre se reinventando, e
mesmo que a aula não saia do jeito que foi planejada, é possível modifica – la
e torna – la mais prazerosa para ambas as partes e extrair o máximo possível
do aproveitamento deles no conteúdo proposto.

REFERÊNCIAS
http://www.filologia.org.br/ileel/artigos/artigo_027.pdf

http://repositorioinstitucional.uea.edu.br/bitstream/riuea/1447/1/A%20forma
%C3%A7%C3%A3o%20do%20professor%20de%20L%C3%ADngua
%20Portuguesa%20%20fatores%20que%20dificultam%20no%20processo
%20de%20forma%C3%A7%C3%A3o%20continuada%20e%20ensino-
apresndizagem..pdf

https://www.uern.br/controledepaginas/poseduc-disserta%C3%A7oes-2013/
arquivos/3938deusdete_fernandes_pimenta_junior.pdf

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/formacao-continuada
ANEXO I

ANEXO II
ROTEIRO DE ENTREVISTA 1

Nome do(a) Estagiário(a): Ana Karoline Cardoso da Cunha

Título do Projeto de Estágio: A formação de um professor e sua inserção ao ambiente


escolar.
Curso: Letras – Português
Disciplina: Estágio Curricular Obrigatório I

Nome do Orientador: Tatiane da Silva Campos

Entrevista feita com a professora orientadora do estágio supervisionado Cleide Miguel,


que leciona a disciplina de Língua Portuguesa com o ensino fundamental II e Ensino
Médio na escola escolhida para ser feito o estágio.

QUESTÕES:

1. Descreva sobre sua formação, há quanto tempo se formou?


R: A professora e orientadora do estágio Cleide Miguel, é formada há 20 anos
em Letras – Português/Inglês e pós-graduada em Língua Portuguesa –
fenômeno sociopolítico.

2. Atualmente faz algum curso ou especialização na área?


R: Costuma fazer a cada dois anos algum curso ou especialização na área,
para estar sempre inovando suas aulas.
3. Há quanto tempo leciona na escola em questão, e qual a carga horária?
R: Leciona há 15 anos na escola Irmã Edwiges, hoje com uma carga horária de
40h semanais.

4. Costuma utilizar algum recurso midiático ou diferente em suas aulas?


R: A escola não tem muita estrutura em questão de fazer algum tipo de aula
diferente fora da sala de aula, mas em questão de recursos midiáticos como
data show, computadores, sempre que possível é feito aulas em cima disso.

5. Encontra algum desafio exercendo a profissão?


R: Não, até mesmo porque já está no ramo há muito tempo, então hoje não vê
a sala de aula como um desafio, mas no início da carreira, sentia uma certa
insegurança, mas que com o tempo acabou.

6. Realiza com que frequência o planejamento das suas aulas?


R: Os planejamentos das aulas são feitos quinzenalmente, mas todo dia é
adaptado conforme a turma, o andamento das aulas...

7. Em relação as avaliações, é feita como?


R: As avaliações são feitas conforme o PPP da escola, e também com base na
BNCC, então são feitas quatro avaliações e em toda avaliação é feita uma
recuperação.

8. Como lida com a questão tecnológica nas suas aulas, visto que hoje está muito
presentes na rotina dos educandos?
R: Tirando os recursos midiáticos, como data show, sala de informática, alguns
conteúdos são trabalhados pelo próprio celular deles, como filmes, entrevistas,
mas ainda o bom e velho livro permanece como prioridade.

9. Como é o relacionamento com os estudantes?


R: Tem um bom relacionamento, mas preza muito pela educação em sala de
aula. A hora de brincar e distrair, é hora de brincar e distrair, mas a hora de
conteúdo enquanto a sala não estiver em concentração, a aula não começa.

10. Se sente uma profissional realizada na sua área? Se fosse para mudar algo, o
que seria?
R: Com certeza. Há 20 anos faz o que ama. Cada dia é algo novo que aprende
com eles, e eles com ela. Ser professor é uma experiência única e incrível,
pena que não é tão valorizado, a educação teria que ser vista com carinho,
com cuidado, com oportunidades de trazerem as crianças, e principalmente os
jovens, para dentro da sala de aula, com o objetivo de realmente aprender, e
não apenas para ter o diploma. Teria que ter recursos prazerosos para eles.
ROTEIRO DE ENTREVISTA 2

Nome do(a) Estagiário(a): Ana Karoline Cardoso da Cunha

Título do Projeto de Estágio: A formação de um professor e sua inserção ao ambiente


escolar.
Curso: Letras – Português
Disciplina: Estágio Curricular Obrigatório I

Nome do Orientador: Tatiane da Silva Campos

Entrevista feita com a professora de Letras – Português/Inglês Mariza Cardoso da


Cunha, que leciona a disciplina de Língua Inglesa, com as mesmas turmas, na
unidade escolar supervisionada.

QUESTÕES:

1. Descreva sobre sua formação, há quanto tempo se formou?


R: A professora Mariza é formada em Letras Português/Inglês desde o ano de
2004, e pós-graduada em Produção Textual.

2. Atualmente faz algum curso ou especialização na área?


R: Participa de formação continuada quando é disponibilizada pelo estado ou
município.

3. Há quanto tempo leciona na escola em questão, e qual a carga horária?


R: Leciona há 02 anos na escola Irmã Edwiges, hoje com uma carga horária de
12 aulas semanais.

4. Costuma utilizar algum recurso midiático ou diferente em suas aulas?


R: Costuma utilizar todo tipo de recurso midiático que a escola oferece,
procurando adaptar sua metodologia, para que os alunos possam ter acesso a
diferentes formas de aprendizado.

5. Encontra algum desafio exercendo a profissão?


R: O maior desafio é a não valorização do professor por parte dos governantes.
6. Realiza com que frequência o planejamento das suas aulas?
R: Além do planejamento anual, é feito um roteiro quinzenal com conteúdos a
serem trabalhados em sala de aula.

7. Em relação as avaliações, é feita como?


R: A avaliação é um processo, além da observação quanto a assiduidade,
participação e organização, é feito avaliações tanto em pequenos grupos,
quanto individual. Desde interpretar textos, pesquisas, leituras, escritas e
conteúdo pragmático. Trabalha também com avaliação de recuperação de
notas.

8. Como lida com a questão tecnológica nas suas aulas, visto que hoje está muito
presentes na rotina dos educandos?
R: Procura conversar, para que utilizem aplicativos voltados para o
desenvolvimento e aprendizado como ferramenta útil na área das pesquisas.

9. Como é o relacionamento com os estudantes?


R: O relacionamento que ela possui com os alunos é de empatia. Há uma troca
muito legal de ambos os lados, para fluir bem as aulas.

10. Se sente uma profissional realizada na sua área? Se fosse para mudar algo, o
que seria?
R: Se sente realizada. Procura se organizar e fazer das suas aulas algo
prazeroso. Nela, não mudaria nada, mas acredita que só teremos educação de
qualidade no Brasil, quando a fatia maior do bolo for ofertada a educação e a
valorização do profissional. Talvez a questão maior não seja reconhecimento
financeiro, mas dar uma importância maior para o desenvolvimento do ser
humano em todos os aspectos, e não regrar assuntos que abram as mentes e
expande ideias. Confiança no profissional de cada área educacional.

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