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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB

INSTITUTO DE LETRAS – IL
DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLÁSSICAS –
LIP

ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2 EM PORTUGUÊS DO BRASIL


COMO SEGUNDA LÍNGUA

Lelianne de Sena Ferreira


Samara Souza da Silva

Brasília,
Maio de 2021

1
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2 EM PORTUGUÊS DO BRASIL
COMO SEGUNDA LÍNGUA

Nome: Lelianne de Sena Ferreira, Samara Souza da Silva


Matrícula: 160033632, 160072395
Semestre: 2020/2

Relatório de estágio de observação apresentado


como avaliação da disciplina Estágio Supervisionado
2, do 02/2020, do curso de Licenciatura em Letras -
Português como Segunda Língua

Orientadora:

Prof. Dra. Ana Adelina Lôpo Ramos (UnB - LIP)

2
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – UNB
INSTITUTO DE LETRAS – IL
DEPARTAMENTO DE LINGUÍSTICA, PORTUGUÊS E LÍNGUAS CLÁSSICAS –
LIP
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2 EM PBSL

De: Lelianne de Sena Ferreira, Samara Souza da Silva


Para: Coordenação do Estágio Supervisionado
Assunto: Apresentação do Relatório do Estágio

Em atendimento às determinações constantes do Plano de Estágio Supervisionado,


submeto à apreciação de V. Sª o relatório das atividades supervisionadas no período
compreendido entre 22/04/2021 a 27/05/2021, no curso de extensão na Universidade de
Brasília.

Atenciosamente,

____________________________________

Lelianne de Sena Ferreira

____________________________________

Samara Souza da Silva

3
SUMÁRIO

Considerações Iniciais.................................................................................................. 05
1. Atividades desenvolvidas......................................................................................... 06
1.1. Planejamento do Estágio................................................................................. 06
1.2. Planejamento das aulas.................................................................................... 07
1.3. Docência............................................................................................................. 09
2. Avaliação: pontos positivos e a serem melhorados................................................ 12
3. Ficha de regência por aula....................................................................................... 15
Considerações finais..................................................................................................... 19
Referências.................................................................................................................... 20
Anexos............................................................................................................................ 21

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Considerações Iniciais

Este documento é o relatório final do Estágio Supervisionado II, orientado pela


professora Ana Adelina Lôpo Ramos e é fruto dos estudos das disciplinas que compõem o
curso de Português como Segunda Língua — PBSL, da Universidade de Brasília — UnB.
O curso de Letras – Português do Brasil como Segunda Língua tem como ponto
essencial a formação de professores que atuem nas áreas de ensino para estrangeiros,
indígenas e surdos. O estágio supervisionado é o que impulsiona a essa formação, pois o
discente se conecta com a realidade educacional.
O estágio foi ministrado pela dupla Lelianne de Sena Ferreira e Samara Souza da
Silva e constitui de uma carga horária total de 60 horas, que inclui a orientação pelo docente
responsável, atividades do estágio, redação do relatório e elaboração do portfólio. O público
foram os alunos indígenas, graduandos da Universidade de Brasília. Para a execução deste
estágio 2 a professora orientadora, Ana Adelina, propôs e implementou um curso de
extensão chamado “Leitura e Escrita como Prática Acadêmica em Português de Segunda
Língua a Estudantes Indígenas”.
A prática das aulas, acordada entre a maioria para ocorrerem no período matutino,
foi de extrema complexidade, tendo em vista o período em que estamos vivendo atualmente.
A pandemia do Coronavírus deixou muitos estudantes sem poderem frequentar as escolas e
universidades, o que fez com que a organização da educação brasileira passasse a
disponibilizar os conteúdos das aulas presenciais no formato remoto, online e em casa.
Ademais, a instabilidade na conexão deixou muito a desejar para que as aulas ministradas
fossem realizadas efetivamente.

A internet veio para mexer com os paradigmas educacionais, em que não cabem
mais arbitrariedade de opiniões, linearidade de pensamento, um único caminho a
ser trilhado. Recorrer a uma nova forma de integrar a internet no processo de
comunicação com nosso aluno, buscando a formação de um sujeito para um
mundo em transformação, no mínimo é possibilitar a visão de uma realidade em
que as informações chegam sob diferentes óticas, e cabe ao insubstituível
professor a análise junto com seu aluno de um descortinar de "verdades".
(PURIFICAÇÃO, p. 108, 2008)

Desta forma, o presente relatório apresenta a prática do estágio supervisionado,


atentando-se a essas questões políticas e sociais do Brasil, às dificuldades dos alunos sem
equipamentos eletrônicos com funções adequadas e/ou pacote de dados suficiente para

5
conexão de internet, que são necessários para as aulas remotas. De acordo com Tardif (2002
apud SCALABRIN & MOLINARI, 2013, p. 3):

O estágio supervisionado constitui uma das etapas mais importantes na vida


acadêmica dos alunos de licenciatura e, cumprindo as exigências da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), a partir do ano de 2006 se
constitui numa proposta de estágio supervisionado com o objetivo de oportunizar
ao aluno a observação, a pesquisa, o planejamento, a execução e a avaliação de
diferentes atividades pedagógicas; uma aproximação da teoria acadêmica com a
prática em sala de aula.

Dessa forma, foi considerado alguns autores estudados no decorrer do curso de


PBSL, com o intuito de fundamentar as argumentações tecidas acerca das contribuições que
a dupla teve durante as aulas ministradas no curso de extensão, realizadas durante este
estágio 2, unindo desse modo a teoria à prática. Assim, compreende-se que o estágio é uma
importante ferramenta para os acadêmicos desempenharem suas experiências obtidas no
curso, a fim de expor os conhecimentos alcançados através da observação da prática em sala
de aula.

1. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NOS ENCONTRO SÍNCRONOS

1.1. Planejamento do Estágio:

A professora orientadora Ana Adelina explicou de maneira didática como seriam


as aulas ministradas e quais escolas estariam disponíveis para os alunos atuarem. Os
encontros ocorriam de forma síncrona, todas as quintas-feiras, de 12h às 14h. De início,
estavam disponíveis o Centro de Ensino Fundamental 07, Vila Brasil e Casa Brasil.
A professora iria dispor de um curso de extensão para os estudantes do estágio que
quisessem trabalhar com o público de surdos e indígenas, haja visto que não tinha público
suficiente para todos ministrarem as aulas.
Mais tarde, houveram mais vagas nessas escolas mencionadas anteriormente, e
entraram a Fundação Getúlio Vargas e o Núcleo de Ensino e Pesquisa em Português para
Estrangeiros – NEPPE. O público-alvo que queríamos dar aulas eram os indígenas. Portanto,
a professora Ana Adelina solicitou a abertura de um curso de extensão para os alunos de
graduação da Universidade de Brasília. A documentação de todos os alunos foi feita
completamente de forma online, pois tudo foi ministrado de forma online e de modo remoto,
em casa.

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O apoio didático foi de extrema importância, pois poderíamos finalmente aplicá-
las de forma prática, na aula ministrada. Sabemos que os alunos já estavam em contexto de
imersão, como explica Ramos (2017, p. 6), “entende-se por imersão a situação em que o
aprendiz se encontra inserido no contexto das práticas sociais da língua que está aprendendo,
geralmente o próprio país”. Portanto, os alunos tinham facilidade com a língua ensinada.
Todos os alunos do estágio 2 tiveram apoio em relação à criação dos materiais
didáticos para o público-alvo em questão, bem como o plano de curso/aulas e o relatório
disponibilizados na plataforma online o modelo de relatório/portfólio para melhor auxiliar
os alunos. Tivemos o apoio também dos supervisores, que é o caso da Juliana Barbosa, que
também nos auxiliou tanto no material de apoio quanto nas aulas ministradas.
Como o estágio não foi feito em escola, mas sim como um curso de extensão da
UnB, a orientação foi dada pela professora Ana Adelina, responsável pela proposta e criação
do curso de extensão, e que desde o início nos ajudou a realizar esse curso extensivo. Nesse
sentido, a professora nos auxiliou na elaboração do plano de aulas, na abordagem do tema
e em como seria melhor trabalhado didaticamente etc.
A professora orientadora também contribui para nosso planejamento e realização
das aulas, ao nos explicar e alertar sobre possíveis conceitos que os estudantes indígenas
poderiam apresentar mais dificuldades, para que assim fosse possível planejar e executar
uma aula não só baseada em conteúdo, mas que os estudantes levassem para sempre o que
aprenderam como algo significativo. Acreditamos que assim a aprendizagem efetiva é
válida para ser utilizada além das práticas acadêmicas, posto que constitui as práticas
sociais.

1.2. Planejamento das aulas:

O material elaborado pela dupla foi em concordância com o que os alunos


indígenas teriam mais dificuldades, conforme as orientações dadas pela professora Ana
Adelina. Para a definição dos temas que seriam tratados e trabalhados no curso extensivo, a
Ana Adelina teve o auxílio da professora Altaci Correa Rubim, que juntas definiram os
temas para o curso proposto. Ficamos com os temas da Unidade 1: Tipologia Textual,
Linguagem Científica e Artigo Científico.
Elaboramos de início o plano de aulas, e nele incluímos a ementa, os
objetivos gerais, as competências e habilidades, o conteúdo programático, as metodologias,

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os recursos didáticos, o local de realização, os resultados esperados e o cronograma de
atividades. As referências utilizadas para a confecção das aulas, em que utilizamos como
ferramenta de apoio a apresentação de powerpoint e também atividades disponibilizadas em
documento editável (.DOCX) foram devidamente colocadas no material didático
apresentado aos alunos.
Abordagens metodológicas são fundamentais para um bom aprendizado dos alunos
conforme (OHTA, 2001; SWAIN, 2000; LANTOLF, 2000; PICA, 1987 apud SEBA 2009)
citato por ROZENO, SIQUEIRA, 2011):

Sob a ótica da teoria sociointeracionista, passa haver a relevância da negociação,


do diálogo, da mediação, da interação entre pares e pequenos grupos no processo
de ensino aprendizagem de língua estrangeira, uma vez que a produção realizada
por meio do uso da língua alvo através de tarefas colaborativas para a solução de
problemas comunicativos e para a construção do conhecimento é considerada
como um elemento que favorece a aprendizagem.

A metodologia que nós utilizamos para ministrarmos as aulas se deu por meio de
aulas síncronas, expositivo-dialogadas, com os seguintes recursos: slides, textos, exercícios
por meio de arquivos compartilhados no formato .DOCX. Os textos que foram trabalhados
com os alunos eram multimodais coloridos, com marcações e destaques icônicos, pois assim
compreendemos ser melhor para explorar todos os aspectos textuais de modo íntegro (forma
e conteúdo), na tentativa de proporcionar uma aprendizagem mais significativa. Os textos
possuíam a temática voltada para o domínio discursivo das comunidades indígenas, além de
constituírem exemplos de textos acadêmicos, com assuntos mais próximos ao contexto das
comunidades indígenas.
Para possuir um bom material didático, fez-se uma vasta pesquisa com inúmeros
artigos disponíveis na internet, e após leitura e seleção de textos pertinentes, resumos e
esquemas do que nos seria útil e adequado, mediante o que foi proposto no curso extensivo,
foi que nós construímos o passo a passo de nossas aulas.
Desse modo, a opção pela utilização de slides foi para facilitar o entendimento dos
alunos, e foi com esse mesmo intuito que nós também disponibilizamos a eles as
apresentações em powerpoint, para que pudessem ter acesso ao material utilizado nas aulas
síncronas como forma de auxílio na aprendizagem dos conceitos tratados, e no
aprofundamento dos estudos envolvidos no curso de extensão.

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Propomos atividades que focassem na busca, investigação e reorganização das
informações baseadas no tema apresentado em aula síncrona pesquisa, como define
Appolinário (2004, p.150) citado por Vilaça (2010, p. 61) define pesquisa como:

Processo através do qual a ciência busca dar respostas aos problemas que se lhe
apresentam. Investigação sistemática de determinado assunto que visa obter
novas informações e/ou reorganizar as informações já existentes sobre um
problema específico e bem definido.

Ademais, a dupla disponibilizou o material (slides) como fonte de consulta e apoio


nos estudos empreendidos na primeira unidade do curso extensivo, cuja qual nós ficamos
responsáveis pela realização das aulas. Nós consideramos que para as atividades serem
realizadas de forma eficaz era necessário manter um material de apoio para os alunos, e
também nos mantermos disponíveis para que eles pudessem tirar suas dúvidas durante a
confecção das atividades propostas. Entretanto, desde o início das aulas não houve a entrega
das atividades realizadas, portanto, a correção do material não foi efetivada.

1.3. Docência efetiva

A aula foi ministrada às quintas-feiras no horário matutino, de 9h00min às


12h00min, com 10 minutos de intervalo. No dia 22 de abril ministramos nossa primeira aula
síncrona. A aula começou às 9h30, por causa da instabilidade na conexão dos alunos e dos
obstáculos que o EAD apresenta na realidade dos alunos e professores.
Tive uma dificuldade com a plataforma de aulas (Teams). pois nunca havia usado
para ministrar aulas e apresentar slides. Alguns alunos ficaram perdidos no início, mas no
decorrer da aula ocorreu de acordo com o que foi planejado e os alunos participaram
bastante, contribuindo para o desenvolvimento da aula.
Essa participação dos alunos por meio de pequenos comentários tecidos durante as
aulas nos proporcionou uma importante fonte de aprendizagem, pois no papel de professoras
tanto a participação dos alunos auxiliando na leitura dos textos quanto respondendo aos
questionamentos suscitados durante a explicação dos conceitos envolvidos nas aulas, ou por
meio das breves argumentações etc. constituíram um importante feedback sobre a primeira
aula do curso extensivo, além de nos orientar para as próximas.
A primeira aula dada foi sobre o tema tipologia textual. Passamos os textos de
acordo com cada tipologia e pedimos que eles lessem, depois discutimos sobre o que eles

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achavam do texto e se eles sabiam que tipo de texto era, se era narrativo, descritivo, injuntivo
ou dissertativo.
Identificamos que os alunos tinham um conhecimento considerável no assunto
apresentado e tratado nas aulas, e que também liam com facilidade, apesar dos textos serem
um pouco grandes e eles estarem em um telefone celular, em que a fonte fica menor,
dificultando um pouco a leitura. A aula foi finalizada com a apresentação da atividade, que
consistia em descobrir qual tipologia os textos apresentavam e descrever suas características
com base no que foi apresentado, explicado e discutido na aula síncrona.
Na semana seguinte, demos o segundo tema: Linguagem Científica. Tinha apenas
um aluno, porém esse aluno absorveu muito bem o conteúdo. Começamos apresentando o
que é linguagem científica, em que contexto ela é usada e quais suas principais
características. Demos todo o conteúdo que trabalhamos pesquisando, mas o aluno não tinha
muitas dúvidas e quando ele tinha parávamos para explicar, atenciosamente, para ele
absorver melhor o conteúdo.
A atividade que propomos, para ser realizada em aula assíncrona, foi a leitura de
um artigo e sua revisão. Assim, dispomos um quadro de checagem em que estavam
dispostas as características de linguagem científica, onde o aluno que lesse o artigo veria se
a característica no quadro estava de acordo ou não e que justificasse, caso o quadro pedisse.
Concluímos que, para melhor basear nossa prática docente no estágio
supervisionado 2, tentamos ir de encontro à Abordagem Sociointeracional, pois, conforme
Ramos, o “objetivo, como o próprio nome já sugere, consiste em que os aprendizes
alcancem a interação, considerando os contextos socioculturais dos usos linguísticos” (p.
21, 2015). Assim, consideramos que a escolha da dupla por textos multimodais e exercícios
envolvendo a dimensão social e interativa da linguagem alcançou parte desse objetivo.

I. Dados de Identificação

• Escola: Universidade de Brasília - Curso de Extensão.


• Período: de 22 de abril de 2021 a 27 de maio de 2021.

II. Distribuição do tempo


• Número de horas semanais: 3 horas por semana em aula síncrona e 2
horas em atividade assíncrona.

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• Grade Horária:

HORÁRIO DATA CONTEÚDO METODOLOGIA

9h-12h 22/04/2021 Tipologia Textual (1) Aula síncrona: dialogada-


expositiva

14h-16h 27/04/2021 Tipologia Textual (2) Aula assíncrona

9h-12h 29/04/2021 Linguagem Científica Aula síncrona: dialogada-


(1) expositiva

14h-16h 04/05/2021 Linguagem Científica Aula assíncrona


(2)

9h-12h 27/05/2021 Artigo Científico Aula síncrona: dialogada-


expositiva

III. Dados sobre as turmas


Nacionalidade do(a) aluno(a)s: Indígenas.
Idade: Alunos de graduação da Universidade de Brasília.

IV. Carga horária: 30h

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2. AVALIAÇÃO: PONTOS POSITIVOS E A SEREM MELHORADOS

FICHA DE DO ESTÁGIO PELO ESTAGIÁRIO

1. Liste as principais oportunidades de aprendizagem identificadas por você.

As principais oportunidades de aprendizagem que foram identificadas pela dupla


foram referentes aos conhecimentos que os indígenas compartilharam, por meio da
participação atenciosa das aulas lecionadas e da análise (e comentários) sobre o que estava
sendo trabalhado no curso, considerando as dificuldades enfrentadas pelo Brasil, no
contexto de uma a educação a distância.
Foi possível compreender que embora o conteúdo abordado durante as aulas
fossem contextualizados em textos selecionados cuidadosamente, os mais completos e
detalhados possíveis, ainda assim para um dos alunos o enfoque foi “superficial”, quando
indagado sobre a abordagem do autor de um dos textos que foram utilizados durantes as
aulas.

2. Liste as tarefas em que você encontrou maiores dificuldades, citando os motivos.

Considerando todas as limitações e obstáculos enfrentados pela educação no


Brasil devido à Covid-19, as aulas ministradas no curso de extensão do estágio 2 foram
muito boas. Embora no curso não tenham participado muitos estudantes, os poucos que
aceitaram o desafio, para fazerem curso de extensão foram excelentes no aproveitamento
das aulas síncronas.
Com relação ao que foi proposto para além das aulas síncronas, no caso as
atividades a serem realizadas nas aulas assíncronas, como não foram respondidas,
constituíram um ponto ruim durante a realização de nossa prática docente. Nenhum dos
alunos que participaram do curso responderam/enviaram as atividades propostas, que em
teoria eram para exercício e fixação do que foi apresentado e explicado nos encontros
síncronos, em que foi utilizado apresentações de powerpoint para melhor tratar os conceitos,
foco do tema das aulas.

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3. Comente a supervisão que você tem recebido na instituição concedente.

A supervisão no estágio foi feita pela professora orientadora Ana Adelina, e


também por sua aluna orientanda, Juliana Barbosa, que auxiliou na supervisão das aulas
lecionadas para o curso de extensão destinado aos estudantes indígenas, e que concerne ao
estágio em questão.
A Universidade de Brasília não auxiliou diretamente na supervisão das
atividades envolvidas para a realização deste estágio.

4. A instituição concedente tem um programa de estágio a ser cumprido? Em caso


positivo, descreva o programa proposto e os instrumentos de controle/avaliação
utilizados para acompanhar o estagiário

Não houve programa de estágio a ser cumprido na instituição concedente, pois o


estágio foi realizado de forma distinta, levando em consideração o modo de organização da
educação brasileira mediante a pandemia que faz parte da realidade mundial desde 2020.
O estágio foi realizado em caráter remoto e online, como parte integrante de um
curso extensivo para o público de estudantes indígenas da UnB, graduandos em diversas
áreas da Universidade de Brasília.

5. Descreva as condições de estágio oferecidas pela instituição concedente (segurança


no trabalho, equipamentos e tecnologia, cursos e orientações dadas aos estagiários etc).

As orientações da professora Ana Adelina foram fundamentais para o


desenvolvimento do estágio, pois com as aulas de orientação pudemos aplicar de forma
prática nossos conhecimentos adquiridos. Como o estágio foi realizado de forma remota, os
equipamentos utilizados foram os do próprio estagiário. A utilização da plataforma de aulas
foi um pouco dificultosa e não tivemos um auxílio nessa parte, mas conseguimos realizar as
aulas de forma eficaz.

6. Como é trabalhada a questão do relacionamento interpessoal e da adaptação do


estagiário na instituição concedente, pela direção e professores regentes ou somente
pelo professor regente?

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O relacionamento com a orientadora e supervisora do curso de extensão, Ana
Adelina Lôpo Ramos, por meio do qual este estágio foi realizado, foi bom. Os problemas
que enfrentamos com o diálogo com a professora orientadora foram associados aos
problemas que fazem parte do EAD, como a sobrecarga de informações e pendências devido
ao volume de afazeres ocasionados pelo ensino remoto.

7. Como você avalia sua formação em termos de conhecimentos gerais em função das
competências que lhe foram atribuídas? Justifique sua resposta.

A garra e dedicação da professora Ana Adelina e de seus orientandos fez do estágio


supervisionado 2 uma disciplina com muitos aprendizados, mediante a mobilização de
esforços, dedicação e comprometimento para que ele se realizasse. Erros acontecem, pois
somos humanos e somos iniciantes na nossa prática de ensino, porém com o tempo iremos
nos desenvolver e aprofundar em nossos conhecimentos para buscarmos fazer um trabalho
sempre melhor.
Uma das maiores dificuldades que observamos foi a instabilidade na conexão, tanto
dos alunos quanto de nós, estagiários. Com uma conexão melhor e/ou meios tecnológicos
adequados para as aulas, poderíamos ver muitos alunos nas aulas e ter uma participação
mais abrangente do público-alvo.
À vista disso, concluímos o estágio de forma muito eficiente, pois desde o início
da prática docente foi pensando sempre no bem-estar e no desenvolvimento dos alunos, de
forma que eles aperfeiçoem os conhecimentos adquiridos ao longo do curso e para além do
curso, de modo que pudessem se beneficiar das aprendizagens em outros ambientes que não
fossem apenas o acadêmico.
________________ _______________________________________
Data Assinatura do aluno estagiário

________________ _______________________________________
Data Assinatura do aluno estagiário

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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UnB
Campus Darcy Ribeiro
Instituto de Letras - IL
Departamento de Linguística, Português e Línguas
Clássicas -LIP
Disciplina: Estágio Supervisionado 2 em PBSL

3. FICHA DE REGÊNCIA DA AULA

1) Estagiário(a): Lelianne de. S. Ferreira e Samara Souza da Silva


2) Escola: Curso de extensão da Universidade de Brasília
3) Professor(a) da turma: Ana Adelina Lôpo Ramos
4) Data: 22/4/2021
6) Horário de Início: 9h 7) Horário de Término: 12h
Assunto da aula: “TIPOLOGIA TEXTUAL”

FICHA DE REGÊNCIA DA AULA


1) Estagiário(a): Lelianne de. S. Ferreira e Samara Souza da Silva
2) Escola: Curso de extensão da Universidade de Brasília
3) Professor(a) da turma: Ana Adelina Lôpo Ramos
4) Data: 27/4/2021
6) Horário de Início: 14h 7) Horário de Término: 16h
Assunto da aula: “TIPOLOGIA TEXTUAL”

FICHA DE REGÊNCIA DA AULA


1) Estagiário(a): Lelianne de. S. Ferreira e Samara Souza da Silva
2) Escola: Curso de extensão da Universidade de Brasília
3) Professor(a) da turma: Ana Adelina Lôpo Ramos
4) Data: 29/4/2021
6) Horário de Início: 9h 7) Horário de Término: 12h
Assunto da aula: “LINGUAGEM CIENTÍFICA”

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FICHA DE REGÊNCIA DA AULA
1) Estagiário(a): Lelianne de. S. Ferreira e Samara Souza da Silva
2) Escola: Curso de extensão da Universidade de Brasília
3) Professor(a) da turma: Ana Adelina Lôpo Ramos
4) Data: 04/5/2021
6) Horário de Início: 14h 7) Horário de Término: 16h
Assunto da aula: “LINGUAGEM CIENTÍFICA

FICHA DE REGÊNCIA DA AULA


1) Estagiário(a): Lelianne de. S. Ferreira e Samara Souza da Silva
2) Escola: Curso de extensão da Universidade de Brasília
3) Professor(a) da turma: Ana Adelina Lôpo Ramos
4) Data: 27/5/2021
6) Horário de Início: 09h 7) Horário de Término: 12h
Assunto da aula: “ARTIGO CIENTÍFICO”

FICHA DE REGÊNCIA DA AULA


1) Estagiário(a): Lelianne de. S. Ferreira e Samara Souza da Silva
2) Escola: Curso de extensão da Universidade de Brasília
3) Professor(a) da turma: Ana Adelina Lôpo Ramos
4) Data: 0/5/2021
6) Horário de Início: 14h 7) Horário de Término: 16h
Assunto da aula: “ARTIGO CIENTÍFICO”

Para Lev Semionovitch Vygotsky, conforme Gomes, a “fala e o pensamento


prático devem ser estudados sob o mesmo prisma e a atividade simbólica, viabilizada pela
fala, tem uma função organizadora do pensamento [...]”, nesse sentido, o desenvolvimento
social, cultural e histórico “determina o pensamento” (p. 25-26, 2007).
Compreendemos que aprendizagem é um processo que tem a dimensão
social como um meio para ser realizado, levando em consideração que a linguagem permite
a construção do conhecimento sobre o mundo e que esse conhecimento passa também pelo
outro, o interlocutor.

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Assim, acreditamos que o aprendizado através da interação dos alunos por meio de
textos variados e multimodais, e de aulas expositivo-dialogadas, apresentadas e discutidas
nos encontros síncronos foi concernente ao que o curso extensivo propôs, por meio do
planejamento das aulas, e ao que julgamos estar de acordo com uma aprendizagem dos
alunos para além do curso de “Leitura e Escrita como Prática Acadêmica em Português de
Segunda Língua a Estudantes Indígenas”.
As técnicas utilizadas foram: a realização da leitura, pelos alunos, dos textos
dispostos nos slides e apresentados nas aulas síncronas, como forma de exercício de leitura,
pronúncia (e compreensão) etc.; discussões sobre os temas tratados durante a aula, e
mediante a interação aluno-professor; exercícios de mini pesquisas; trabalho de confecção
receita de culinária (relacionada à comunidade indígena); atividade de checagem e coleta
de informações, por meio do quadro de checagem (referente à atividade da aula 2,
Linguagem Científica).
Os recursos que utilizamos para contextualizar e apoiar o conteúdo a ser trabalhado
nas aulas consistiram em apresentações em powerpoint e também em arquivos no formato
.DOCX. A plataforma acordada para realização das aulas, via videoconferência, foi a
TEAMS. Os arquivos envolvidos nas aulas e atividades assíncronas foram disponibilizados
por e-mail e também na Plataforma Moodle.
Utilizamos esses recursos para apresentar, analisar, explicar, discutir etc. os
conceitos que eram o foco das aulas, pois julgamos importante que os alunos tivessem um
apoio visual teórico bem ilustrado e apresentável.
Acreditamos que dessa forma a aprendizagem seria um pouco menos cansativa e
enfadonha, pois os conceitos estavam sendo tratados por meio das apresentações em
powerpoint e documentos .DOCX foram cuidadosamente planejados para serem
visualmente atrativas e bem explicativas e concisas.
Com relação às atividades a serem desenvolvidas nas aulas assíncronas, e via
Plataforma Moodle, que em teoria foram configuradas para serem corrigidas e depois dado
o devido feedback aos alunos do curso extensivo, não foram respondidas pelos estudantes.
Dessa forma, não tivemos a oportunidade de corrigir tais atividades propostas, e
nem de acompanhar e mensurar melhor o que os alunos aprenderam e o que não
conseguiram compreender, pois na realidade o conteúdo das aulas assíncronas não foi
trabalhado pelos alunos como o planejado.

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O aproveitamento dos alunos nas aulas síncronas foi excelente e enriquecedor para
nossa prática docente, porém as aulas assíncronas, não tivemos um bom retorno dos
estudantes, posto que nenhum realizou as atividades (não recebemos nenhum retorno).
Portanto, acreditamos que o aproveitamento foi pouco satisfatório, devido às
impossibilidades impostas pela realidade do EAD no Brasil, e também pelas dificuldades
pessoais que cada pessoa e aluno enfrenta devido à pandemia que o mundo está passando.

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Considerações Finais

Em decorrência do Estágio Supervisionado 2 a dupla pôde avaliar que os alunos


têm uma boa compreensão da Língua Portuguesa e foram muito bem recebidos e acolhidos
no curso de extensão. Sabe-se que o Brasil carece de materiais didáticos de qualidade e que
esses materiais nem sempre são estudados ou ensinados em contexto acadêmico, por esse
motivo a investigação e pesquisa de materiais acadêmicos para a formulação de materiais
didáticos para uma aula ministrada de melhor qualidade garante ao aluno um
desenvolvimento melhor no aprendizado.
À vista disso, concluímos o estágio de forma muito eficiente, pois desde o início
da prática docente foi pensando sempre no bem-estar e no desenvolvimento dos alunos, de
forma que eles aperfeiçoem os conhecimentos adquiridos ao longo do curso e para além do
curso, de modo que pudessem se beneficiar das aprendizagens em outros ambientes que não
fossem apenas o acadêmico.

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REFERÊNCIAS

GOMES, Maria Lúcia de Castro. Metodologia do ensino de língua portuguesa. Curitiba:


IBPEX, 2007. 195 p.
PURIFICAÇÃO, Glaucia da Silva Brito Ivonélia da. Educação e novas tecnologias: um
re-pensar. 2 ed. rev., atual. e ampl. – Curitiba: Ibpex, 2008. 139 p.

RAMOS, Ana Adelina Lôpo. PRINCÍPIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS EM PRÁTICAS


PEDAGÓGICAS DE PORTUGUÊS COMO LÍNGUA ADICIONAL - LA. 2015. Disponível
em: Aulas 1 e 2 - texto 3 - Teorias e abordagens metodológicas no ensino de L2 e LE.pdf (unb.br).
Acesso em 25 mai. de 2021.

ROZENO, E. F., SIQUEIRA, K. M. Teoria Sócio-interacionista De Vygotsky Como


Subsídio Para A Aprendizagem Comunicativa De Língua Inglesa. Rios Eletrônica-
Revista Científica da FASETE ano 5 n. 5 dezembro de 2011. Disponível em:
a_teoria_socio_interacionista_de_vygotsky_como_subsidio_para_a_aprendizagem_comu
nicativa_de_lingua_inglesa.pdf (unirios.edu.br) Acesso em: 25 mai. de 2021.

SCALABRIN, I C. & MOLINARI, A. M. C. A importância da prática do estágio


supervisionado nas licenciaturas. Revista Unar, São Paulo, v.7, n.1, 2013.
Disponível em: < https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2017/25277_12173.pdf>
Acesso em 24 mai. de 2021.

VILAÇA, Márcio Luiz Corrêa. Pesquisa e ensino: considerações e reflexões. e-scrita


Revista do Curso de Letras da UNIABEU Nilópolis, v. I, Número 2, Mai. -Ago. 2010.
Disponível em: Pesquisa e ensino (core.ac.uk). Acesso em 25 maio de 2021.

20
ANEXOS

PLANO DE AULAS
LEITURA E ESCRITA EM PORTUGUÊS COMO PRÁTICA ACADÊMICA
PARA INDÍGENAS

EMENTA
Tipologia textual: características, funcionalidade, distinção entre tipos de textos
(narrativos, descritivos, dissertativos e injuntivos). Linguagem científica:
caracterização, uso de operadores argumentativos.

OBJETIVOS GERAIS
- Ampliar as competências de leitura e de escrita das tipologias textuais acadêmicos de
público-alvo indígenas, da Universidade de Brasília.
- Oportunizar a estudantes do Curso de Português como Segunda Língua uma ação
pedagógica significativa para a sua formação docente.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
A ação didático-pedagógica considera levar o aluno indígena a:

a) Compreender a tipologia textual composicional básica: narração,


descrição, dissertação e injunção.
b) Identificar as características formais dos textos tipológicos (linguagem
referencial, pronome de tratamento, elementos da tipologia textual e estrutura
descritiva e argumentativa particulares do texto acadêmico).
c) Entender a estrutura de um texto dissertativo, observando as relações
estabelecidas pelos operadores argumentativo-discursivos (conjunções).

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
a. Distinção da tipologia textual básica: narração, descrição, dissertação
einjunção.
b. Características da linguagem científica dos elementos composicionais do
texto.

METODOLOGIAS
a. Apresentação do conteúdo de forma dialogada, com utilização de textos e
slidessobre as tipologias textuais em questão.
b. Exercícios referentes aos textos estudados (orais e escritos).
c. Explicação e passo a passo de tudo o que está sendo apresentado.

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d. Correção das atividades.
e. Feedback das correções.
f. Refacção das atividades.

RECURSOS METODOLÓGICOS
a. Slides.
b. Textos multimodais coloridos, com temática voltada para o domínio
discursivodas comunidades indígenas.
c. Escrita com destaques coloridos (marcações icônicas).
d. Desenhos e imagens adequadas ao conteúdo.
e. Textos acadêmicos.

Obs. Todos os materiais estarão disponíveis na Plataforma Moodle.

LOCAL DE REALIZAÇÃO
Ambiente virtual: Plataforma Moodle, com a presença do supervisor e/ou do professor-
colaborador.

RESULTADOS ESPERADOS
Como um dos grandes desafios ainda pendente é o acesso do estudante indígena do
ensino superior à linguagem acadêmica, espera-se que o curso possa promover um
momento de aprendizagem significativa para que esse público-alvo compreenda a
importância das tipologias textuais abordadas no curso, resumo e resenhas, para o
desenvolvimento de suas práticas acadêmicas.
Por outro lado, acredita-se que o estudante-estagiário possa se familiarizar um pouco
mais e compreender o universo diversificado e importante que é o da comunidade
indígena, enxergando e respeitando a sua diversidade.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
UNIDADE 1: TIPOLOGIA TEXTUAL E LINGUAGEM CIENTÍFICA
22/04/21(quinta- síncrona ❖ Aula expositiva dialogada -
feira) Tipologia Textual e suas
características
(narração/descrição/dissertação/injunção)
26/04/21(terça-feira) assíncrona ❖ Execução das atividades
propostas sobre tipologia textual na
plataforma moodle
20/04/21(quinta- síncrona ❖ Aula expositiva dialogada -
feira) Linguagem Científica e suas
características

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ATIVIDADES APLICADAS PARA OS ESTUDANTES

PROPOSTA PARA ATIVIDADE 1, DE PROUÇÃO DE TEXTO DO TIPO


INJUNTIVO

*Orientação: leia os textos e responda as questões do Tópico 1.


ATIVIDADE TÓPICO 1

A) Confira no site Receitas Fáceis e Rápidas para o Seu Dia a Dia uma seção chamada
“Home”, e leia a apresentação do site e sobre o conteúdo que ele aborda. Qual a tipologia
textual presente no Home do site? Justifique.

TEXTO 1 – SITE: <Receitas Fáceis e Rápidas para o seu Dia a Dia »


receitando>.

B) Pesquise uma receita que você goste e depois anote o que é necessário para prepará-
la. Produza um texto da receita que você registrou as informações. Lembre-se das
características tipológicas textuais que estão presentes na sequência textual que ocorre
nesse gênero textual RECEITA CULINÁRIA.

C) A seguir, está disponibilizado um modelo explicativo para a receita culinária que você
irá produzir. Baixe o arquivo e utilize o modelo que instrui sobre o que deve conter na
receita que irá ser produzida. Envie por e-mail para o professor a sua receita em um
arquivo no formato docx. OU docx. Depois do feedback, refaça sua receita e poste na
plataforma no tópico 1.

(ARQUIVO A SER DISPONIBILIZADO EM DOCX.):

ORIENTAÇÕES PARA O MODELO DE TEXTO INJUNTIVO A SER


PRODUZIDO E CONFECIONADO NO GÊNERO TEXTUAL RECEITA
CULINÁRIA:

O que deve conter em sua receita culinária:

23
RECEITA CULINÁRIA (título)

Título: você pode nomear sua receita ou apenas indicar o nome do prato que irá
ensinar a preparar.
Ingredientes: os ingredientes necessários para a elaboração da receita devem ser
listados e vir com as especificações de quantidade/medida que serão necessárias para o passo
a passo.
Modo de preparo: aqui você irá descrever o que deve ser feito e na ordem em que
deve ser feito. Lembre-se de que nesse gênero textual, a tipologia injuntiva se faz presente,
e por isso o objetivo é instruir e orientar quem lê o texto a desempenhar o que se pede, tudo
para conseguir fazer a receita e obter sucesso com o que ela propõe.

OBS.:
• Você pode pesquisar outras receitas em sites e/ou jornais, por
exemplo, para observar diferentes modelos de receitas e utilizar como
inspiração para criar a sua.
• É válido utilizar a criatividade para inserir imagens e desenhos da
comida que é o foco da sua receita, ou para utilizar recursos gráficos para
destacar a fonte como, por exemplo, fontes em cores diferentes ou destaques
em negrito etc.
• Não se esqueça de que no tipo textual injuntivo, estão presentes verbos
no imperativo, de modo a fazer com o que leitor consiga executar o que está
sendo proposto e orientado no “modo de preparo”.
• O documento deve ser em formato Doc. Docx., para que assim seja
possível a correção e feedback.
• Após a correção do professor e refacção do texto é que ele deverá ser
compartilhado na plataforma (segunda versão da receita).
• Publicação da última versão (corrigida reescrita) do arquivo
produzido na plataforma.

OBS.:
PARA PROFESSORA ADELINA (EXPLICAÇÃO):
AS PERGUNTAS E RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DO TÓPICO 1
(atividades A e B) SERÃO DISPONIBILIZADAS NA PLATAFORMA DA UNB: as
perguntas por meio de TÓPICO, e as respostas por meio de COMENTÁRIO
(COMPARTILHADOS NO MOODLE). A atividade 3 será respondida via e-mail.

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PROPOSTA PARA ATIVIDADE TÓPICO 2, DE PROUÇÃO DE TEXTO
DO TIPO DESCRITIVO

ATIVIDADE 2
Orientação: leia o poema a seguir da autora Cecília Meireles, o título é
“Retrato”. Depois, responda as questões do Tópico 2.

TEXTO 2
“Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,


assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?"
(MEIRELES, Cecília.)

Disponível em: <Textos descritivos de Cecília Meireles - Pensador>.

ATIVIDADE TÓPICO 2: TEXTO DO TIPO DESCRITIVO

1. O tipo de texto descritivo pode apresentar uma descrição mais objetiva ou


subjetiva. Pesquise sobre a diferença entre descrição objetiva e descrição subjetiva e anote
o que julgar importante para a compreensão desses conceitos.
2. Considerando o texto sobre o ARCO E FLECHA, apresentado e estudado nos
slides da AULA 1, responda:
a) Explique que tipo de descrição o texto sobre o ARCO E FLECHA apresenta,
utilizando partes do texto para fundamentar sua reposta.

25
b) Qual o tipo de descrição que o poema de Cecília Meireles apresenta?
Justifique.
3. Destaque no poema as conjunções, elas constituem os elementos coesivos que
ajudam na coordenação de ideias e em como as descrições e comparações são
estabelecidas etc. Você pode utilizar uma fonte em uma cor diferente do texto para
destacar as conjunções.

“Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,


assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,


tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,


tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?"
(MEIRELES, Cecília.)

4. Agora que você conhece a diferença entre os tipos de descrição, faça um


pequeno texto descritivo sobre a cidade que você mora. Você pode utilizar os dois tipos
de descrições para compor seu texto, podendo descrever elementos mais objetivos da
paisagem ou mais subjetivos, como suas impressões sobre o lugar etc.

Obs.: o texto pode ter até 30 linhas.

26
OBS.:
PARA PROFESSORA ADELINA (EXPLICAÇÃO):
AS PERGUNTAS E RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DO TÓPICO 2
SERÃO DISPONIBILIZADAS NA PLATAFORMA DA UNB por meio de Docx.
OU Doc. para download. Os alunos deverão seguir a orientação na plataforma para:
baixar o arquivo, fazer as atividades propostas, e depois enviar para o professor
para correção e posterior feedback do que foi desenvolvido (por meio de documento
devidamente respondido e enviado por e-mail).

PROPOSTA PARA ATIVIDADE TÓPICO 3, DE PROUÇÃO DE TEXTO


DO TIPO DISSERTATIVO

Orientação: leia os textos disponibilizados a seguir e depois responda as


questões do Tópico 2.
Os textos são exemplos redações nota mil, do Enem 2020.

TEXTOS: as redações estão disponíveis em: Enem 2020: veja duas das
redações nota 1.000 - Brasil Escola (uol.com.br)

TEXTOS DISSERTATIVOS: REDAÇÃO DO ENEM

27
Redação 1
A obra “Holocausto Brasileiro”, da escritora e jornalista Daniela Arbex,
retrata as péssimas condições do maior hospital psiquiátrico do país, na cidade de
Barbacena. Nesse livro, os pacientes são tratados por meio de métodos arcaicos e
invasivos, desde agressões psicológicas até choques elétricos, demonstrando a violência
sofrida por indivíduos portadores de transtornos psíquicos. Assim, além de expor os
abusos do sistema de saúde da época, o texto também é atual, uma vez que o preconceito
e a omissão estatal perpetuam o estigma associado às doenças mentais no Brasil.
Em primeiro lugar, cabe ressaltar que a falta de informação da sociedade
brasileira é o principal catalisador da problemática. De fato, o avanço da tecnologia e
dos meios de comunicação é responsável pela rápida disseminação de notícias,
principalmente no meio digital, mas isso não significa que os cidadãos se encontram mais
conscientes acerca de temáticas sociais. Dessa forma, mesmo que diversos estudos atuais
demonstrem a relevância da saúde mental e a legitimidade dos distúrbios psíquicos, as
raízes de uma intolerância generalizada ainda questionam a veracidade da doença.
Consequentemente, os indivíduos portadores de transtornos psicológicos vivem em um
meio degradante de discriminação estrutural, enfrentando constantemente a
invisibilidade presente na sociedade brasileira. De acordo com a escritora nigeriana
Chimamanda Adichie, a rotulação de grupos sociais através de uma característica
marcante é responsável pela criação de histórias únicas, as quais são repletas de
preconceitos. Nesse viés, ao negligenciar a complexidade das pessoas com distúrbios
mentais, devido a estigmas baseados no estereótipo de incapacidade ou de invalidez
desses indivíduos, a sociedade míope alimenta uma visão eugenista e tóxica, limitando
as diversas possibilidades de manifestação do ser humano.
Ademais, a ausência de compromisso do Estado para com a saúde mental dos
cidadãos é outro ponto que fomenta o estigma criado sobre o problema. De certo, a falta
de incentivos financeiros na área da psiquiatria e na acessibilidade é a realidade
enfrentada no país, resultando nos diagnósticos tardios e na exclusão de uma parcela
significativa da sociedade que necessita de cuidados especiais. Segundo o filósofo John
Rawls, em sua obra “Uma Teoria da Justiça”, um governo ético é aquele que
disponibiliza recursos financeiros para todos os setores, promovendo uma igualdade de
oportunidades a todos os cidadãos e o acesso a uma vida digna. Sob essa óptica, torna-
se evidente que o Brasil não é um exemplo dessa ética do pensador inglês, visto que
negligencia a saúde mental dos brasileiros ao não investir corretamente nos setores
públicos voltados ao atendimento e ao acolhimento desses indivíduos, submetendo-os a
uma notória subcidadania.
Fica exposta, portanto, a necessidade de medidas para mitigar o estigma
associado aos transtornos. Destarte, as Secretarias de Educação devem desenvolver
projetos educativos, por meio de palestras e de dinâmicas que levem profissionais da
saúde mental e pacientes para debaterem sobre o preconceito enfrentado no cotidiano,
uma vez que o depoimento individual sensibiliza os estudantes. Isso deve ser feito com a
finalidade de ultrapassar os estereótipos prejudiciais. Outrossim, o Ministério da
Fazenda deve redistribuir as verbas, principalmente para hospitais públicos e para

28
campanhas de conscientização. Por fim, será possível criar um país mais democrático e
longe da realidade retratada por Daniel Arbex.

Redação 2

No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal, Arthur Fleck, sofre


de um transtorno mental que o faz ter episódios de riso exagerado e descontrolado em
público, motivo pelo qual é frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a
realidade de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às doenças
mentais na sociedade brasileira ainda configura um desafio a ser sanado. Isso ocorre,
seja pela negligência governamental nesse âmbito, seja pela discriminação dessa classe
por parcela da população verde-amarela. Dessa maneira, é imperioso que essa chaga
social seja resolvida, a fim de que o longa norte-americano se torne apenas uma ficção.
Nessa perspectiva, acerca da lógica referente aos transtornos da mente no
espectro brasileiro, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à omissão estatal
nesse caso. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país com
maior número de casos de depressão da América Latina e, mesmo diante desse cenário
alarmante, os tratamentos às doenças mentais, quando oferecidos, não são, na maioria
das vezes, eficazes. Isso acontece pela falta de investimentos em centros especializados
no cuidado para com essas condições.
Consequentemente, muitos portadores, sobretudo aqueles de menor renda, não
são devidamente tratados, contribuindo para sua progressiva marginalização perante o
corpo social. Esse contexto de inoperância das esferas de poder exemplifica a teoria das
Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman, buque as descreve como presentes
na sociedade, mas que não cumprem seu papel com eficácia. Desse modo, é
imprescindível que, para a completa refutação da teoria do estudioso polonês, essa
problemática seja revertida.
Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa questão, é
fundamental o debate acerca da aversão ao grupo em pauta, uma vez que ambos
representam impasses para a completa socialização dos portadores de transtornos
mentais. Esse preconceito se dá pelos errôneos ideais de felicidade disseminados na
sociedade como metas universais. Entretanto, essas concepções segregam os indivíduos
entre os “fortes” e os “fracos”, em que os fracos, geralmente, integram a classe em
discussão, dado que não atingem os objetivos estabelecidos, tal como a estabilidade
emocional. Tal conjuntura segregacionista contrária o princípio do “Espaço Público”,
da filósofa Hannah Arendt, que defende a total inclusão dos oprimidos — aqueles que
possuem algum tipo de transtorno, nesse caso — na teia social. Dessa maneira, essa
celeuma urge ser solucionada, para que o princípio da alemã se torne verdadeiro no país
tupiniquim.
Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão do estigma
associado às doenças mentais na sociedade brasileira. Para isso, compete ao Ministério
da Saúde investir na melhora da qualidade dos tratamentos a essas doenças nos centros

29
públicos especializados de cuidado, destinando mais medicamentos e contratando, por
concursos, mais profissionais da área, como psiquiatras e enfermeiros. Isso deve ser feito
por meio de recursos liberados pelo Tribunal de Contas da União — órgão que aprova
e fiscaliza feitos públicos—, com o fito de potencializar o atendimento a esses pacientes
e oferecê-los um tratamento eficaz. Ademais, palestras devem ser realizadas em espaços
públicos sobre os malefícios das falsas concepções de prazer e da importância do
acolhimento das pessoas doentes e vulneráveis. Assim, os ideais inalcançáveis não mais
serão instrumentos segregadores e, finalmente, a situação de Fleck não mais
representará a dos brasileiros.

ATIVIDADE TÓPICO 3: TEXTO DISSERTATIVO

Em ambos os textos, há a apresentação e exposição de um tema e também a


explanação de um problema, ao qual é proposto uma possível solução no último parágrafo
do texto (conclusão). Ambas as redações podem ser subdivididas em: apresentação do
tema (introdução), apresentação de um argumento e fundamentação/referência desse por
meio da menção a outro texto que atesta o que se está apresentando/argumentando
(desenvolvimento). No fim, há a proposta de solução ao que é discorrido e argumentado
no texto (conclusão).

1. Qual a tipologia textual presente nas redações


exemplificadas?
2. Qual é o tema e o objetivo dessas redações?
3. Anote quais são as ideias e argumentos principais de cada
texto.
4. Os argumentos foram fundamentados com o auxílio de outros
textos/fontes? Cite quais.

OBS.:
PARA PROFESSORA ADELINA (EXPLICAÇÃO):
AS PERGUNTAS E RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DO TÓPICO 3
SERÃO DISPONIBILIZADAS NA PLATAFORMA DA UNB: as perguntas por
meio de TÓPICO, e as respostas por meio de COMENTÁRIO
(COMPARTILHADOS NO MOODLE). Os textos das atividades do tópico 3 serão
disponibilizados apenas pelo site e link que estará na descrição da atividade na
plataforma (colocamos os textos p/ ser mais rápida a leitura e análise, professora
Adelina).

ATIVIDADE PROPOSTA – LINGUAGEM CIENTÍFICA

30
Para fazer a revisão de um texto técnico ou científico, seja ele uma tese,
dissertação, artigo ou relatório, projeto ou parecer, o revisor necessita de muito tempo,
devendo também recorrer a uma lista de checagem, um roteiro preciso de tudo o que
precisa ser feito.
Pode-se dizer que a revisão seja a terceira fase do processo de escrita: vindo
depois do rascunho e das reescritas. Por não ser estática, a revisão pode ser feita durante
qualquer fase da produção do texto. Com a função de garantir que os objetivos iniciais
sejam alcançados, a revisão assegura que as restrições impostas por normas ou pelo
costume sejam respeitadas, que o conteúdo esteja apropriado e que a forma tenha a
qualidade desejada.
Abaixo iremos dispor um quadro de checagem com as características da
linguagem científica estudadas anteriormente. Analise o trabalho científico, observando
como ele é apresentado e organizado. Depois, responda às perguntas do quadro,
acrescentando alguma observação e exemplos retirados do texto que iremos dispor.
Artigo: Estudantes indígenas em universidades brasileiras: um estudo das
políticas de acesso e permanência. Disponível em: Vista do Estudantes indígenas em
universidades brasileiras: um estudo das políticas de acesso e permanência (inep.gov.br)

Exemplo de como deve ser feito:


Nº TÉCNICAS DA LINGUAGEM SIM NÃO OBSERVAÇÕES E
CIENTÍFICA EXEMPLOS
00 A qual área temática pertence o texto X É um texto da área de
escolhido? É um texto da área de educação, conforme a
História? graduação das autoras e a
publicação na revista

Nº TÉCNICAS DA LINGUAGEM SIM NÃO OBSERVAÇÕES E


CIENTÍFICA EXEMPLOS
01 O público-alvo presente no texto foi o
interno?
02 A linguagem foi objetiva?
03 Há marca de impessoalidade no
conteúdo apresentado?
04 Houve uso da norma culta ou
coloquial?
05 O texto possui clareza e precisão nas
informações?
06 Houve uso de termos técnicos e/ou
estrangeirismos? Exemplifique.
07 A argumentação apresentada foi de
maneira simples e clara?
08 Houve modéstia nos resultados
obtidos?
09 É um texto informativo?

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10 As sentenças e os parágrafos foram
curtos?
11 Houve coerência e coesão (conexão
lógica entre ideias, frases e parágrafos
etc.) no artigo apresentado?
12 Ocorreu a ordem direta das frases?
13 O texto contou com a utilização de
gráficos, quadros, tabelas, ilustrações
ou outros elementos que auxiliaram na
fundamentação do tema apresentado?
Caso sim, cite um exemplo do tipo de
elemento utilizado e sua fonte (de onde
foi retirada a referência)

A atividade deverá ser feita e entregue para as professoras e qualquer dúvida


entre em contato conosco através de nossos e-mails: Lelianne de Sena
(noanileila.moria23@gmail.com) e Samara Souza (souzadasilvasamara@gmail.com).

REFERÊNCIAS
BERGAMASCHI, M. A., s DOEBBER, M. B., BRITO, P. O. Estudantes
indígenas em universidades brasileiras: um estudo das políticas de acesso e
permanência. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 99, n. 251, p.37-
53, jan./abr. 2018
Revisão de textos: linguagem técnica e científica. Keimelion. Disponível
em: Revisão de textos: linguagem técnica e científica (keimelion.com.br). Acesso em 27
de abril. 2021.

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Você também pode gostar