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METODOLOGIA DE ENSINO: UMA ANÁLISE QUALITATIVA NA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Ana Paula Santana Jaques1


Mara da Luz Soares2
Eduardo Angelo Marques 3

RESUMO

Este trabalho é direcionado a modalidade de Educação de Jovens e


adultos que é destinado aos que não tiveram acesso na idade própria ao
ensino fundamental e médio ou continuidade de seus estudos, procuramos
realizar pesquisas e estudos bibliográficos principalmente na questão
curricular vinculado as metodologias e métodos a serem apresentados em
sala de aula, a importância de capacitação de profissionais para melhor
aquisição de aprendizagem dos alunos. Por isso buscamos fazer uma análise
qualitativa na educação de Jovens e adultos e suas metodologias aplicadas,
fazer uma definição dessas metodologias desde o início do processo de
educacional, sua inovação até os dias de hoje com a imensa era tecnológica
e suas aprendizagens onde procuramos descrever esse universo
educacional.

Palavras chaves: Metodologia, aprendizagem, evolução, Jovens e Adultos.

ABSTRACT:

This work is directed to the modality of Youth and Adult Education that is
intended for those who did not have access at the proper age to elementary
and high school or continuity of their studies. presented in the classroom, the
importance of professional training for better acquisition of student learning.
Therefore we seek to make a qualitative analysis in the education of youth

1Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Mauricio de Nassau - UNINASSAU


2Graduanda em Pedagogia pela Faculdade Mauricio de Nassau - UNINASSAU
3Orientador .Professor da Faculdade Mauricio de Nassau- UNINASSAU.
and adults and their applied methodologies, make a definition of these
methodologies from the beginning of the educational process, their innovation
until today with the immense technological age and their learning where we
seek to describe this educational universe.

I- INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma das vertentes da


Pedagogia que está sendo estudada com mais ênfase e a pouco tempo, pois
ainda não há uma característica própria ou um tipo de metodologia especifica.
Mediante a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 artigos 37, cap. II, seção V. A
educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram
acesso ou continuidade de estudos nos ensinos fundamental e médio na
idade própria e constituirá instrumento para a educação e a aprendizagem
ao longo da vida. (Redação dada pela Lei nº 13.632, de 2018).

São muitas as causas que impedem os alunos jovens e adultos a


prosseguirem seus estudos, e consequentemente a Educação de Jovens e
adultos é uma modalidade que é para resgatar o homem para a sociedade
tomando conhecimento de sua realidade em que vive e tornando-o crítico
em algumas situações. É evidente a grande dificuldade de aprendizagem
entre os jovens e adultos devido à falta de pratica de metodologias e ou
métodos a ser aplicada em sala de aula, logo, alguns profissionais não estão
preparados para aplicação dessas metodologias, por isso devem estar
sempre realizando uma capacitação profissional continua. Observamos que
os alunos têm uma dupla rotina de trabalho, e diante dos fatos o aluno se
apresenta desmotivado, cansado e acabam caindo na imensa porcentagem
de analfabetos e evasão escolar, diante da realidade exposta, há a
necessidade da preparação profissional dos docentes, pois é importante a
pratica das metodologias inovadoras se tornaram obrigatórias, surgindo daí
melhorias para essa aprendizagem. Logo, a construção de sua história passa
a ser com a aprendizagem, valorização e consideração de sua própria história
de vida considerando seu universo cultural por meio de intervenções e
metodologias inovadoras. Por esse motivo, escolhemos esse tema para
apresentar a grande importância que se deve dar a educação de Jovens e
adultos e suas metodologias e métodos, inclusive desde os tempos da era
colonial até os dias de hoje vinculados aos conhecimentos tecnológicos e
seus avanços metodológicos.

Visamos como objetivo geral, constatar qualitativamente a importância


dessa da modalidade de Educação de Jovens e Adultos, onde é precisa o
despertar do aluno ao prazer pela aprendizagem, possibilitando o
desenvolvimento de competências e metodologias. Como objetivos
específicos, definir metodologias de ensino apresentando seu início, sua
inovação e mostrando as metodologias atuais onde procuramos descrever
esse universo tecnológico educacional.

A pesquisa apresentada nesse artigo é bibliográfica onde podemos


analisar alguns autores, artigos e teses documentos como Gadotti
(1996),Paulo Freire (2003), Magda Soares (2012), BNCC( , LDB (1996) e
como metodologia de investigação adotamos a qualitativa.

Definição de Metodologia de Ensino

Etimologicamente, em sua origem grega, a palavra metodologia advem


de methodos, que significa meta (objetivo, finalidade) e Hodos (caminho,
intermediação), isto é, caminho para se atingir um objetivo. Logo, Logia quer
dizer conhecimento, estudo. Assim Metodologia significaria o estudo dos
métodos, dos caminhos a percorrer, tendo em vista o alcance de uma meta,
objetivo ou finalidade.

Portanto, partindo dessa definição observamos que é traçado


diferentes trajetórias através do planejamento e vivencias do educador para
orientar e dar um direcionamento ao processo de ensino aprendizagem.
Independente da pratica e posição do educador o importante é atingir seu
objetivo. Na verdade, não há uma característica própria ou um tipo de
metodologia especifica e sim as metodologias são criadas dentro de cada
contexto existente e em seu momento histórico, tendo referência as diferentes
concepções e praticas educativas.
A Educação de Jovens e Adultos é uma das vertentes da pedagogia
que está sendo estudada com mais ênfase e a pouco tempo, pois ainda não
há uma característica própria ou um tipo de metodologia e sim vários métodos
a serem aplicados especificamente para uma melhor aprendizagem. A
definição de metodologia é a aplicação de diferentes métodos aplicados no
processo ensino aprendizagem. Os principais métodos de ensinos usados no
Brasil são: método Tradicional (ou Conteudista), o Construtivismo (de
Piaget), o Sociointeracionismo (de Vygotsky), método Montessoriano (de
Maria Montessori e a proposta do Método Paulo Freire de Alfabetização.

 Principais métodos de ensino

O método Tradicional tem como papel da escola em preparar o aluno


para assumir uma posição social envolvendo conteúdos de ensino
enciclopédicos, através de exposição, repetição e memorização dos mesmos.
O professor é a autoridade que fala e o aluno memoriza e reproduz, ou seja, é
uma aprendizagem mecânica com uma avaliação punitiva e classificatória.

Ao longo dos anos a Educação Bancaria parecia ser preciso e eficiente


por ser de um viés tradicional, ou seja, tem como pressuposto a reprodução
do aprendizado, sendo assim algo mecânico, onde o professor tem o poder
absoluto do conhecimento, deixando de lado o conhecimento prévio do aluno.
Paulo freire mostra na pratica que a educação bancária não obtém um
resultado benéfico para a educação de jovens e adultos.

Não temo dizer que inexiste validade no ensino em que não


resulta um aprendizado em que o aprendiz não se tornou
capaz de recriar ou de refazer ensinado, em que o ensinado
que não foi aprendido não pode realmente aprendido pelo
aprendiz. (PAULO FREIRE: Pedagogia da autonomia, edição
51, p. 26)

O professor passou a infantilizar a Educação de Jovens e adultos por


não haver uma formação e a grade curricular não estava voltada para essa
vertente, então o que fazer com esses profissionais que ainda não sabe lidar
com esses educandos que são jovens e adultos? RIBAS e SOARES fala da
importância.
Faz-se necessário uma qualificação dos profissionais
envolvidos neste processo, é fundamental que a equipe
docente esteja bem preparada, por este motivo é
extremamente importante uma formação continuada, onde
todos tenham a oportunidade de repensar a sua prática pois,
a formação continuada é um processo possível para a
melhoria de qualidade do ensino, dentro do contexto
educacional contemporâneo. (RIBAS E SOARES, 2012, PAG. 5)

O método construtivista de Piaget é voltado para uma educação


relacionada em uma interação do indivíduo com o meio, essa educação
deverá criar métodos que estimulem essa construção de conhecimento ou
seja, ensinar aprender a aprender.

O aprendizado é em conjunto entre o professor e o aluno, ou seja, o


professor é um mediador do conhecimento que o aluno já tem em busca de
novos conhecimentos criando condições para que o aluno vivencie situações
e atividades interativas, nas quais ele próprio vai construir os saberes. Como
característica há uma necessidade de trabalho com poucos alunos a realizar
experiências e uma boa interação, estimulando e facilitando suas descobertas
na aprendizagem, facilitando também melhor acompanhamento do professor
ao aluno. Os métodos de avaliação são diferenciados por aplicar avaliações
diagnosticas sobre o que estão aprendendo. O professor é um mediador e
motivador entre as interações entre eles e o meio, criando situações que
estimulem o aprendizado. Salas organizadas em círculos onde há interação e
participação de todos. O método construtivista proporciona autonomia e
senso crítico nos indivíduos, por isso é importante a presença da família em
sua educação familiar e escolar sempre caminhando juntas para que ambos
possam construir a formação dos jovens.

A abordagem vigotskyana é conhecida como abordagem histórico-


cultural do desenvolvimento humano, ou seja, há um vínculo do
desenvolvimento humano ao contexto cultural no qual o indivíduo está
inserido e sua formação psicológica. Se dá através do desenvolvimento
cognitivo, no relacionamento com o outro para depois ser internalizado
individualmente. É também sócio-interacionista por seu desenvolvimento
histórico acontece do social para o individual, ou seja, “O ser humano só
adquire cultura, linguagem, desenvolve o raciocínio se estiver inserido no
meio com os outros. A criança só se desenvolve historicamente se inserida no
meio social”. (Vigotsky)

Seus estudos são baseados no materialismo-histórico-dialético de


Marx e Engels que afirmavam que as mudanças históricas sociais ocorridas
dentro de uma sociedade, influenciam o comportamento dos indivíduos. Por
isso Vigotsky afirma que, o homem só se constrói homem nas suas relações
sociais, onde acontece a transformação do ser biológico para o ser humano,
como característica principal a Zona de desenvolvimento proximal que é a
distância entre o que se pode fazer sozinho e o que se faz com a mediação
de outra pessoa.

O método Montessoriano (de Maria Montessori) envolve a questão de


aprendizagem através da ludicidade (lúdico), percebe-se que o brinquedo e
as brincadeiras são métodos que tem função de auxiliar o desenvolvimento
da criança de forma lúdica, onde consiste em harmonia corpo, inteligência e
vontade, se baseando na educação da vontade e da atenção. Desde os
primeiros anos existe o domínio da fala escrita e seu ambiente em que vive.

Logo, Montessori descobriu que,

a educação não é aquilo que o professor dá, mas é um


processo natural que se desenvolve espontaneamente no
indivíduo humano; que não se adquire ouvindo palavras, mas
em virtude de experiências efetuadas no ambiente. A
atribuição do professor não é a de falar, mas preparar e
dispor uma série de motivos de atividade cultural num
ambiente expressamente preparado. (MONTESSORI, s.d,
p.11)

Montessori (1965) afirma que os materiais de desenvolvimento


sensorial desenvolvidos em seu método, logo após serem apresentados pela
professora aos seus alunos, de acordo com a idade, ficam expostos no
ambiente da sala de aula, e cada criança escolhe espontaneamente o objeto
de sua preferência, podendo levá-lo e colocá-lo onde quiser, e ficar com ele o
tempo que desejar. O mesmo ocorrendo com os materiais de linguagem,
matemática, etc. “A atividade da criança há de ser impulsionada pelo seu
próprio eu, e não pela vontade da mestra”. (MONTESSORI, 1965, p.97) O
método, segundo nos apresenta o site Conteúdo Escola (2004), possui três
princípios básicos: a liberdade, a atividade e a individualidade.

O Método Paulo Freire de Alfabetização está centrado na mediação


educador-educando, partindo dos saberes dos educandos. Segundo Paulo
Freire, o ato educativo deve ser sempre um ato de recriação de significados,
tendo como fio condutor a alfabetização visando a libertação não somente no
campo cognitivo, mas também nos campos social e político.

Este método tem como princípios que diz respeito à politicidade do ato
educativo onde o alfabetizado é desafiado a refletir sobre o seu papel na
sociedade aprendendo a decodificar o som de cada silaba que compões a
palavra história saindo da magia para a consciência crítica; e também a
dialogicidade que sempre busca o humanismo, tendo como objetivo de
promover a ampliação da visão de mundo através do diálogo.

Esse método está estruturado em três etapas como: investigação,


tematização e problematização. Na etapa de investigação aluno e professor
buscam em seu universo vocabular e na sociedade em que vive as palavras e
temas centrais de sua biografia; na tematização eles codificam e decodificam
esses temas buscando um significado social tomando consciência do mundo
vivido; a problematização é o aluno e professor buscam superar a visão
mágica em que vive para a visão crítica de mundo partindo para a
transformação no contexto vivido.

As fases desse método visam no levantamento do universo vocabular


do grupo, escolha das palavras, criação de situações existenciais inserida na
realidade local, criação das fichas de roteiro e temas abordados ao seu dia a
dia e criação de palavras geradoras para decomposição das famílias
fonéticas.

Para Paulo Freire a Educação precisa despertar o processo de


conscientização e autonomia nas pessoas para que o oprimido seja
capacitado para livre total interpretação das leituras e escrita, tornando o
cidadão letrado com opinião própria, ou seja, autonomia, educação e
consciência.
II- Origem do Ensino de Jovens e Adultos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação nos apresenta a Lei 9.394/96


artigo 37, cap. II, seção V. A educação de jovens e adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos nos ensinos
fundamental e médio na idade própria e constituirá instrumento para a
educação e a aprendizagem ao longo da vida. Logo possibilita sua
qualificação para conseguir melhores oportunidades no mercado de trabalho.
Diante dessa rotina GADOTI acrescenta que se deve considerar a,

[...] própria realidade dos educandos, o educador conseguirá


promover a motivação necessária a aprendizagem,
despertando neles interesse e entusiasmos, abrindo-lhes um
maior campo para os que estão aprendendo e, ao mesmo
tempo, precisam ser estimulados para resgatar sua
autoestima, pois a sua ignorância lhes trará ansiedade,
angustia e complexo de inferioridade. Esses jovens e adultos
são tão capazes como uma criança, exigindo somente mais
técnica e metodologia eficiente para esse tipo de modalidade
(GADOTTI, 1996 p.83).

Uma das competências gerais da BNCC que vem ser um conjunto de


conhecimentos, habilidades e atitudes que cada criança é valorizar e utilizar
os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

A Educação no Brasil deu-se início no período Colonial com achegada


dos Padres Jesuítas para evangelização de início os filhos dos índios e órfãos
portugueses e depois os filhos dos proprietários da fazenda de gado e dos
engenhos de cana-de-açúcar e dos escravos. As primeiras salas de aula que
foi criada pelos jesuítas foram ao ar livre, criando a constituição de uma rede
educacional, nas casas de bê-á-bá. O ensino era para a conversão dos índios
ao cristianismo ensinando-os a ler e escrever através dos famosos
catecismos bilíngues, em tupi e português e a gramatica portuguesa também
falava em orações e pensamentos religiosos (Artigo Gênese das Instituições
Escolares no Brasil).

Para que um padre se tornasse professor não havia uma formação


específica, bastava saber ler e escrever e conhecer as Sagradas Escrituras,
esse método era ouvir e repetir o que os sacerdotes ensinavam, o uso do
teatro como uma estratégia pedagógica para comunicação com os índios e da
poesia onde utilizavam-se das músicas, danças e cantos logo vê-se que já
envolvia o Lúdico.

Os Jesuítas abriram vários colégios na Europa, na Ásia e em outros


países da América, por isso precisaram regulamentar seu método pedagógico
chamado Ratio Studiorum que foi promulgado em 1599 com mais de 400
regras. As aulas eram orientadas pelo documento, onde os professores
passavam exercícios constantemente para os alunos solicitando trabalhos
escritos diariamente e corrigi-los um a um, os estudantes participavam de
desafios onde quem demonstrava conhecimento era premiado. Em 1759,
marquês de Pombal ordenou o fechamento das escolas e a expulsão dos
jesuítas para implantar seu sistema educacional instaurando as aulas régias

Observa-se que nesse período os Jesuítas estavam especificamente


voltados para a catequização, onde os métodos tradicionais de evangelização
permaneceram até o período pombalino. Seus métodos de ensino eram em
ambiente mútuo havendo uma mistura de cultura e aprendizado.

O Brasil deixou de ser uma colônia, sendo levado a Reino, onde se


configurou uma transição para o Império, passando a ser muito importante
para a Educação. Na proposta de reforma houveram muitos embates entre o
positivismo e o escolanovismo e com a presença de ideias católicos e o
anarquismo. As idéais positivistas ganharam força com a reforma de 1890,
organizado por Benjamin Constante (1833-1891) sempre adeptos das teses
do Filósofo francês Augusto Comte (1798-1857). Propôs mudanças no ensino
primário (7 a 13 anos) e secundário (de 13 a 15 anos), priorizando disciplinas
científicas como Matemática e Física nas humanas e eram o foco das escolas
de primeiras letras criadas no Império, Com a reforma paulista o ensino
passou a ser organizado em séries e os estudantes foram divididos por faixa
etária.

Mediante a corrente anarquista que conquistou espaço passando a


influenciar a educação foram fundadas escolas operárias tendo como base a
Pedagogia libertária, as instituições fugiam do dogmatismo e fundamentavam
o currículo na ciência, como descreve Angela Maria Souza Martins, da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), no artigo A
Educação Libertaria na primeira República. De outro lado, os escolanovista
cresciam e se preparavam para a publicação do Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova ( Anísio Teixeira) em 1932 no governo de Getúlio Vargas.

As Leis Orgânicas do Ensino foram promulgadas a partir de 1942. O


ginásio, equivalente ao segundo ciclo de Ensino Fundamental de hoje,
passou ater quatro anos e o colegial- o atual Ensino Médio três anos. Foi
criado o curso supletivo de dois anos para a população adulta. E a rede
pública foi organizada em escolas como uma, duas a quatro e cinco ou mais
classes, além da escola supletiva.

Em Resumo a Educação de Jovens e adultos nasceu com a


“Colonização do Brasil” com a chegada dos Jesuitas que tinham o objetivo de
catequisar, difundindo o evangelho, tais educadores transmitiam normas de
comportamento e ensinavam os ofícios necessários ao funcionamento da
economia colonial, inicialmente aos indígenas e, posteriormente, aos
escravos negros. Mais tarde, se encarregaram das escolas de humanidades
para os colonizadores e seus filhos.

Moura (2004) comenta que,

A educação de adultos teve início com a chegada dos


jesuítas em 1549. Essa educação esteve, durante séculos,
em poder dos jesuítas que fundaram colégios nos quais era
desenvolvida uma educação cujo objetivo inicial era formar
uma elite religiosa (p.26).

Os métodos tradicionais de evangelização permaneceram os mesmos


até o período pombalino. Com achegada da família real os interesses foram
mudados, pois Marques de Pombal organizou a educação de acordo com o
interesse do Estado.

Refletindo a EJA no período colonial, Moura (2003) esclarece que:


“com a expulsão dos jesuítas de Portugal e das colônias em
1759, pelo marquês de pombal toda a estrutura
organizacional da educação passou por transformações. A
uniformidade da ação pedagógica, a perfeita transição de um
nível escolar para outro e a graduação foram substituídas
pela diversidade das disciplinas isoladas. Assim podemos
dizer que a escola pública no Brasil teve início com pombal
os adultos das classes menos abastadas que tinha intenção
de estudar não encontravam espaço na reforma Pombaliana,
mesmo porque a educação elementar era privilégio de
poucos e essa reforma objetivou atender prioritariamente ao
ensino superior”. (p.27)

Já no Brasil império a preocupação com a alfabetização dos adultos


passam a se intensificar, pois a Lei SARAIVA proibia os analfabetos a ter
direito a voto.

O século XX fora marcado por ser constatado que oitenta por cento da
população brasileira não era alfabetizada segundo o censo de 1890, logo o
Brasil não estava sendo bem-visto internacionalmente, tendo então que
viabilizar estratégias para que as resoluções do censo fossem mudadas.

Com efeito, as transformações mais decisivas do nosso país


nos planos econômicos, político, social, cultural e
educacional parece se situar nas duas décadas finais do
século definido cronologicamente pelo numero XIX e não na
virada cronológica para o século XX ou na primeira guerra
mundial.
DEMERVAL SAVIANE (A ESCOLA PUBLICA
BRASILEIRA NO LONGO SÉCULO XX 1890-2001)

No decorrer da Proclamação da Independência do Brasil fora


outorgada a primeira constituição brasileira onde o artigo 179 constava que a
“instrução primaria era gratuita para todos os cidadãos”, isso na teoria, pois,
na pratica era quase que inacessível para a classe trabalhadora.

Em 1934 um novo regimento governamental surgia, onde o governo


abria mão de seus deveres educacionais, pois a ideia era de que a massa
fosse apenas mão de obra trabalhadora, tendo como pressuposto que quanto
menos o individuo sabe melhor será manipulado.

Em 1979 fora criado o projeto MOBRAL (Movimento Brasileiro de


Alfabetização), que tinha como proposta apenas a ensinar a ler e calcular,
sem ter como meio toda a socialização, contrapondo a ideia de Paulo freire,
isso porque os militares centralizavam o poder educacional.

Em 1942, nasce PEI (Projeto de Educação Integral) que tinha como


base a Educação de Jovens e Adultos das quatro séries iniciais, já no ano de
1970 surge o projeto MINERVA que tem como objetivo dar continuidade ao
ensino do projeto anterior.

O projeto tinha como instrumentos tecnológicos o rádio, e televisão, os


conteúdos eram transmitidos pelas rádios, e as fitas eram enviadas pela
Fundação Roberto Marinho, onde os profissionais da Educação reproduziam
para os alunos e faziam avaliações bimestrais.

O Telecurso passou a ser adotado como política pública em


parceria com o Ministério da Educação, governos estaduais e
municipais, em escolas publicas de todo o país. Desde 1995,
1,6 milhão de estudantes de escolas públicas, que estavam
fora da escola ou em defasagem idade-série, foram formados
pelo Telecurso em 12 estados do Brasil. Também continuou
a ser implementado em ONGs, empresas, associações
comunitárias, sindicatos e igrejas de todo o pais.

(Fundação Roberto Marinho zhttp://frm.org.br/a-fundação/)

A Educação online é um conjunto de ações de ensino-aprendizagem


desenvolvido por meio de meios telemáticos, como a internet, vídeo
conferencia e a teleconferência.

Hoje convivemos com varias transformações na área da educação,


vivemos no mundo tecnológico onde é de suma importância o aprendizado
tanto dos alunos como dos docentes através de uma formação continuada
para que os mesmos possam desenvolver os métodos ali propostos para
adquirir um bom ensino-aprendizado junto com seu discentes.
Devido também a carga horária de trabalho aos jovens e adultos que
buscam trabalhar para o sustento de sua família, surge essa oportunidade
que vem a ser a EAD (Educação a Distância) que é uma modalidade de
educação que se utiliza da tecnologia para atrair os alunos, possibilitando que
os mesmos não precise estar em um ambiente físico e que junto com o
professor possa a ter acesso aos conteúdos educacionais via internet.

As vantagens da Educação online é: Tempo, Localização, valor e


interação.

O professor detém um papel importante como mediador, é preciso


estar inserido no universo dos jovens e adultos, estar próximo, mais sensível,
aprender a ouvir, perceber potencialidades e estabelecer ligações afetivas
visando ao desenvolvimento educacional pleno dos estudantes.

Apesar de todos os benefícios possibilitados pelo uso das tecnologias,


vistos até agora, Moran (2013) ressalva que a mídia educa de forma muito
sedutora, e muitas vezes nem os telespectadores percebem.

Os meios de comunicação operam imediatamente com o


sensível, o concreto, principalmente a imagem em
movimento. Combinam a dimensão espacial com a
cinestésica, onde o ritmo torna-se cada vez mais alucinante
(como nos vídeosclipes). Ao mesmo tempo utilizam a
linguagem conceitual, falada e escrita, mais formalizada e
racional. Imagem, palavra e música integram-se dentro de
um contexto comunicacional afetivo, de forte impacto
emocional, que facilita e predispõe a aceitar mais facilmente
as mensagens. (MORAN, 2013, p.50).
.

REFERÊNCIAS
https://escoladainteligencia.com.br/o-que-e-o-metodo-de-ensino-
construtivista
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/socio-
interacionismo-de-vigotsky/
http://re.granbery.edu.br/artigos/NDY2.pdf

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