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ARTIGO
DOURADOS - MS
2016
VANESA DA SILVA PLENS – RA: 6791433958
ARTIGO
DOURADOS – MS
2016
SUMÁRIO
Resumo...................................................................................................................................................04
Introdução5
Um olhar Teórico..................................................................................................................................07
Considerações Finais............................................................................................................................11
Bibliografia............................................................................................................................................12
RESUMO
Este estudo tem por finalidade conhecer os métodos de avaliação utilizados nos anos
iniciais do Ensino de Jovens e Adultos, tendo como fonte de estudo pesquisas realizadas na
internet a cerca dessa temática.
Para a realização dessa pesquisa, foram feitas várias leituras de artigos científicos e
livros. De posse de informações a respeito dos métodos de avaliação utilizados no Ensino de
Jovens e Adultos pude concluir que esta modalidade de ensino respeita as limitações de seus
alunos e consegue ser bastante flexível quanto à aplicação de suas avaliações.
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INTRODUÇÃO
Estudos demonstram que, durante muito tempo, a avaliação foi vista por educadores e
educandos como forma de designar ao aluno uma nota e classificá-lo como bom ou ruim,
entendendo que sua função era medir os conhecimentos adquiridos. Os alunos ainda
consideram a avaliação como medida que quantifica a aprendizagem quando, na verdade,
deve qualificar, ou seja, além de preocupar-se com a nota, é primordial ao aluno interessar-se
por aquilo que precisa aprender. A educação de trabalhadores, até bem pouco tempo, não era
tida como necessária.
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O PARADIGMA DA PRÁTICA AVALIATIVA
NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: ANOS INICIAIS.
Fato este relatado em muitas leituras que fiz durante o período de pesquisa. Essa
pesquisa contém entre suas partes principais o funcionamento do EJA e suas formas de
avaliação. É preciso que se montem estratégias que possibilite a utilização do conhecimento
até então adquirido pelos alunos, permitindo que os mesmos superem os seus fracassos
anteriores.
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UM OLHAR TEÓRICO SOBRE O PARADIGMA DA PRÁTICA
AVALIATIVA.
Nos dias de hoje não se deseja somente que haja uma grande oferta de vagas nas
escolas, e sim que se melhore a qualidade de ensino e que as oportunidades sejam igualitárias,
assim como é o desejo de muitos educadores há tempos.
Por esse motivo é necessário que haja uma discussão acerca dos meios que são
propostos para a construção do conhecimento nos dias de hoje, entendendo a importância da
necessidade de se reorganizar estruturalmente as escolas para que paremos de utilizar e repetir
modelos de métodos avaliativos que se tornam muitas das vezes práticas explícitas de poder e
coerção, como nos coloca Perrenoud (1999):
Essa prática é vista a todo o momento dentro das escolas por meio de propostas
avaliativas que são padronizadas e consideradas ideais, mas que não levam em conta os
conhecimentos prévios dos seus alunos. Para que haja um bom planejamento e
consequentemente uma boa avaliação é necessário que se faça um estudo da realidade, uma
investigação de mundo do aluno e da comunidade escolar, pesquisa em sala de aula, na
escola, na comunidade, etc.
É necessário que haja também uma mobilização para o conhecimento. Estudo dos
temas de problematização, e tem que haver momentos para ouvir as falas significativas dos
alunos e atividades de socialização.
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A organização do conhecimento deve ter foco na temática a ser desenvolvida levando
em consideração a relação entre conceitos cotidianos e conceitos científicos.
É necessário que haja espaço para momentos de diálogo entre alunos e também entre
alunos e professores para discutirem as atividades e situações de experiências vividas e a
serem vividas.
Segundo Luckesi:
Acredito que seja dessa forma o melhor método de trabalho e forma de avaliação tanto
na EJA como em qualquer outra modalidade de ensino. A escolha da pesquisa deu-se em
função das características da investigação proposta. Sendo uma pesquisa no campo da
educação e de cunho social, a abordagem qualitativa é a que melhor se aplica pelo fato de
privilegiar análises de conceitos e opiniões e não de números.
A minha proposta, em síntese, visa tornar a escola um ambiente mais plural, mais
integrado às diferentes culturas de origem dos alunos e professores, que possibilite a criação
de uma interlocução entre crenças, conhecimentos e modos de estar em um mundo diferente.
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Diálogo entre os diferentes. Superação da hierarquização e das verdades únicas, da
segregação excludente. O objetivo da Educação de Jovens e Adultos, diferentemente de outras
políticas de alfabetização de adultos, não deve ser apenas a certificação ou o treinamento para
o mercado de trabalho; deve, sim, oferecer formação profissional continuada.
A escola de jovens e adultos precisa aperfeiçoar seu projeto pedagógico tendo em vista
as diretrizes comuns que pretende imprimir efetivamente com a avaliação da aprendizagem,
rompendo com a ideologia e práticas de exclusão. Entretanto, sabemos de todas as
dificuldades encontradas para que efetivamente essa proposta possa ter êxito.
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apresenta um caráter excludente na medida em que as escolas aplicam métodos tradicionais e
classificatórios, o que não auxilia o avanço e o crescimento dos educandos.
Uma das propostas de Paulo Freire (1983) é a temática orientada para a diversificação
e ampliação de saberes necessários à reflexão da prática educativa num nível crítico e
acessível à compreensão da autonomia libertária da educação, educação esta que deve ser
fundada na ética, no respeito à dignidade e na própria autonomia do educando; enfatizando,
neste sentido, que formar vai além da imposição de conhecimentos pré-concebidos; é,
sobretudo uma autoconstrução onde a temática prevalece entre o “saber-fazer” e o “saber-ser
pedagógico”.
Torna-se relevante afirmar que – a julgar pela fala de Paulo Freire, é possível ver o
quanto é importante, na alfabetização de jovens e adultos, favorecer a autonomia dos
educandos, estimulá-los a avaliar constantemente seus progressos e suas carências, ajudá-los a
tomar consciência de como a aprendizagem se realiza, independente de quais sejam suas
dificuldades.
Durante cinco séculos tivemos uma escola voltada para o interesse das classes
dominantes. Segundo Saviani (2007), o desenvolvimento das idéias pedagógicas conviveu,
durante aproximadamente quatro séculos, com atividades educativas extremamente restritas.
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Considerações Finais
Assim como cada aluno se desenvolve ao seu próprio ritmo, acredito que as formas de
avaliação devem ser pensadas de uma forma que abranja todas as especificidades dos alunos
daquela determinada turma. O professor alfabetizador precisa conhecer seus alunos, saber do
seu cotidiano, um pouco da sua história, sua cultura, descendência, seu conhecimento de
mundo, para então poder pensar seu fazer pedagógico de forma que valorize toda a bagagem
de conhecimento que o aluno traz consigo.
Conclui-se desta forma que a avaliação, na concepção dos alunos, é entendida como
algo importante para sua aprendizagem, porém, os educandos não conseguem perceber as
diversas maneiras de avaliar além da prova.
Dizer que as notas deixarão de existir para não classificar e excluir o aluno não é
possível, visto que o sistema de ensino é muito burocrático e exige uma média expressa por
meio de números, na qual a quantidade prepondera e não o que o educando de fato aprendeu.
Para que aconteça uma avaliação formativa que auxilie o professor e também o aluno,
respectivamente, em sua prática pedagógica e em sua aprendizagem, é necessário que,
primeiramente, todos saibam o significado da avaliação, entendam que ela acompanha as
aprendizagens, superando os obstáculos e, para isso, o erro passa a ser “objeto de estudo” e o
feedback, um exercício contínuo e fundamental.
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Bibliografia
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HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-escola à
universidade. 1993.
Rio de Janeiro, v.26, n. 1, jan./ abr., 2000. BRASIL. Ministério da Educação. Programa
Nacional de Alfabetização e Cidadania. Brasília: Secretaria Nacional de Educação
Básica, 1990.
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