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I. IDENTIFICAÇÃO DO GRUPO
Curso: LETRAS-PORTUGUÊS
Disciplina: Prática Pedagógica: Desafios Contemporâneos
Nome do acadêmico: JOÃO RICARDO MACHADO TRINDADE Matrícula: 6198801
O momento da produção de texto é descrito por muitos alunos da educação básica como um
momento de angústia, já que eles ficam completamente expostos a possíveis fragilidades: domínio
lexical, segurança sintática e semântica, conhecimento de mundo e controle sobre a tipologia
textual. Essa angústia se adensa ainda mais quando se trata de alunos que estão dentro do
espectro autista ou diagnosticados com TPAC (Transtorno do Processamento Auditivo Central), por
exemplo, uma vez que a sua condição individual não permite a mesma percepção e expressão de
ideias como ocorre com aluno que estão fora dessa realidade que exige processos inclusivos
específicos para cada caso. Entretanto, os processos avaliativos nasceram com a premissa da
massificação: todos os alunos devem estar aptos a responderem às mesmas provas, supondo que
todos eles tiveram a mesma oportunidade de aprendizagem e a mesma capacidade de
decodificação dos conceitos. Hoje o avanço dos estudos psicológicos e psiquiátricos demonstra que
cada indivíduo tem sua velocidade de compreensão e apreensão dos conteúdos e que a escola
(junto com a família) deve desenvolver e aplicar métodos que ofereçam aos alunos e suas
especificidades naturais a condição de igualdade de aproveitamento.
O objetivo principal desta observação foi compreender como o ensino tem oferecido tal
possibilidade inclusiva aos alunos que necessitam desses instrumentos.
Essa prova, como já dissemos, tem a intenção de orientar o aluno passo a passo,
deixando sempre muito claras as intenções das questões. Parte delas podem ser
apresentadas a partir de um texto a ser cuidadosamente lido. O texto tem como meta
apresentar o contexto, tornando a análise obrigatoriamente mais profunda e
abrangente. As questões não são mais isoladas, fragmenta das ou subtraídas da
conjuntura existencial.
Os autores chamam a atenção, ainda, que, no caso de alunos dentro do perfil da educação
inclusiva, o sistema de avaliação pode ser acrescido com o papel de um mediador, ou transcritor
ou ledor, conforme a necessidade do aluno. É esse empenho da equipe técnico-pedagógica que
pode transformar o processo de recepção dos alunos com algum nível de déficit na
aprendizagem, levando-os a um outro nível de relação com o ensino e possibilitando que outros
benefícios surjam como consequência.
Dessa forma, é razoável pensar que os esforços que o Estado e a iniciativa privada
promovam em favor de uma efetivação da inclusão educacional serão revertidos naquilo que é
denominado como cidadania integral. A educação é um direito, mas para ser significativo como
tal, a segregação tem de ser rejeitada a e integração tem de ser ressignificada para que todos se
beneficiem dos efeitos que ela é capaz de produzir. Há histórias tristes de exclusão, mas há
experiências, como a promovida pelo colégio Ideal em Aracaju, com os atendimentos
individualizados para os alunos do Ensino Médio, ou como a crescente “cultura maker”, que
demonstram que, sim, é possível as escolas corresponderem às expectativas e exigências dos
novos tempos. Entretanto, ainda são ações tímidas frente à demanda que a questão apresenta. É
necessário que esse momento de contato individual entre aluno e professor seja ampliado para
todas as séries do Ensino Fundamental Maior e Ensino Médio e que sejam oferecidas
capacitações aos professores a fim de que a percepção desses profissionais seja um instrumento
a mais na efetivação de uma educação que atenda significativamente a todos.
REFERÊNCIAS CITADAS:
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal.
Rio de Janeiro: Record. 2000.
RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide Amaral. A Prova Operatória: Contribuições da
Psicologia do Desenvolvimento. São Paulo: Questão Demais. 2018.
ANEXO 1:
1. Texto Síntese das Observações do Acadêmico 1
2. Declaração de Comparecimento e Frequência do Acadêmico 1
ANEXO 1 – Registros do Acadêmico 1