Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ALUNO
SÃO DOMINGOS
2023
CLEONICE GONÇALVES FRITH
Nota __ __________________
(data de aprovação)
_______________________________________
_______________________________________
(Coordenador do curso de graduação, nome e assinatura)
Inclusão de alunos com deficiência intelectual em escolas
regulares
ALUNOS
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo principal compreender os principais aspectos da
inclusão de alunos com deficiência intelectual em escolas regulares sob os
diferentes enfoques retratados na literatura. Os objetivos específicos são analisar a
relação entre o desenvolvimento e as estratégias de ação, verificar o papel da
mediação e as práticas diferenciadas, teorizar sobre a interação e o ensino
colaborativo, avaliar os limites e possibilidades da educação inclusiva e estudar o
conceito de terminalidade. A metodologia é a revisão de literatura. Conclui-se que a
escola, em seu formato, possui uma lógica excludente indica o quanto é difícil
garantir a permanência e, sobretudo, processos de ensino e aprendizagem para o
aluno com deficiência intelectual e outros que fogem ao perfil capaz de lidar com a
estrutura e currículo escolar que existe no país.
ABSTRACT
The main objective of this work is to understand the main aspects of the inclusion of
students with intellectual disabilities in regular schools under the different approaches
portrayed in the literature. The specific objectives are to analyze the relationship
between development and action strategies, verify the role of mediation and
differentiated practices, theorize about interaction and collaborative teaching,
evaluate the limits and possibilities of inclusive education and study the concept of
terminality. The methodology is the literature review. It is concluded that the school,
in its format, has an excluding logic that indicates how difficult it is to guarantee the
permanence and, above all, teaching and learning processes for students with
intellectual disabilities and others who are beyond the profile capable of dealing with
the structure and school curriculum that exists in the country.
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A condição para o aluno indicar o que sabe e compreende, ou não, deve ser
observada na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental, quando a
criança começa a se apropriar de estratégias mais formais diante da organização de
informações novas, nas situações em sala de aula, Ferreira et al. Cita que (2002, p.
123):
Ela chama a professora, diz que não entendeu, pede auxílio à professora ou
colega, olha o trabalho do colega, busca “pistas” sobre como resolver o
impasse na atividade. Essas são ações comuns no cotidiano escolar para
muitos alunos, mas nem sempre naturais para o aluno com deficiência
intelectual que pode precisar aprender, também, essas ações comuns.
Ferreira et al. (2002) ressaltam que é importante que o professor, a partir das
mediações favorecidas, possa perceber que iniciativas e apoios o aluno pode
acessar para aprender, desenvolvendo sua autonomia para ações que lhe permitam
usar as informações, os espaços, os recursos. Identificar os caminhos pelos quais
as possibilidades podem ser implementadas e as dificuldades minimizadas é o
primeiro passo para esse aluno elaborar autonomia diante dos processos de ensino
e aprendizagem.
porque e o quê. Tarefa complexa e que exige do professor e dos demais envolvidos
nas práticas pedagógicas a elaboração de instrumentos pertinentes às necessidades
do aluno. Cabe, então, refletir sobre o que tem sido feito para o redimensionamento
das práticas e intervenções educativas para atender as demandas do aluno com
deficiência intelectual.
A figura do professor como um mediador nesse processo aparece com
destaque, uma vez que a ele é delegada a ação direta, no cotidiano de sala de aula.
Nesse contexto, pesquisas têm sido realizadas com a finalidade de pensar as
estruturas, os espaços e ações educativas para alunos com deficiência intelectual.
Como ponto de partida, Padilha (2001) afirma que o espaço educativo, numa
perspectiva inclusiva, é aquele que está disponível a se deslocar da regra da
impossibilidade, ou como diria a autora, “ultrapassar a visão estreita da certeza”
sobre como os processos de ensino e aprendizagem acontecem.
Padilha (2001) ressalta a importância do conceito de compensação
explicitado na abordagem histórico-cultural e sua relação entre a aprendizagem e
deficiência intelectual. O processo de aprendizagem, nessa perspectiva, permite que
pensemos na cooperação entre as diversas áreas do cérebro, como um sistema
altamente adaptável e capaz de mudanças, portanto, nada imutável, ainda que
diante da deficiência intelectual.
Silva (2003, p. 255) apresenta reflexões sobre as práticas de ensino e
avaliação tendo a sala de recurso e a sala de aula como espaço-tempo de suas
análises. Em seus estudos constata fatores como a classificação que determina
áreas do conhecimento curricular como “mais” relevantes do que outras, e a
homogeneização do processo de ensino que “prescreve a inexistência de um aluno
singular, de processos próprios de aprendizagens”. Segundo a autora Silva (2003, p.
256):
Nesse sentido, Oliveira (2007, p. 71) elenca aspectos que precisam ser
esclarecidos ou (re)significados de forma a abolir práticas de ensino e aprendizagem
constrangedoras, que suprimem as possibilidades de desenvolvimento desses
alunos. Tratar “o adolescente com deficiência, no interior da escola, como alguém
incompleto e, portanto, sem condições plenas de aprendizagem, é negar-lhe a
possibilidade de se apropriar das formas culturais e simbólicas disponíveis no meio
social”. Nessa perspectiva, completa a autora (2007, p. 72), “a proposta curricular
deveria proporcionar àquele com deficiência intelectual acesso às novas formas de
aprendizagem e conhecimento” e afastar-se de práticas infantilizadas e limitadas,
que não o desafiam a elaborar funções psicológicas superiores como memória,
atenção, abstração.
Interpretações equivocadas sobre o desenvolvimento do aluno com
deficiência intelectual interferem na sua aprendizagem, mas há outros fatores que o
comprometem, e que, talvez, reforcem tais interpretações. As análises realizadas
por Oliveira (2009, p.79) revelam que há poucas ações no que se refere a recursos,
suporte e capacitação docente; há ausência de reestruturação dos sistemas de
ensino para atender a diversidade; há urgência de providência de ações pontuais e
assessoria especializada no delineamento de procedimentos e cotidiano na
dinâmica escolar para o atendimento às necessidades educacionais desse aluno,
especificamente. Esse cenário tem dificultado a organização de estratégias e de
atividades necessárias ao ensino e à aprendizagem do aluno com deficiência
intelectual.
Quando há a possibilidade da estrutura e das ações escolares serem
redimensionadas para atender à diversidade das formas de aprender, à necessidade
do aluno quanto ao tempo para a aprendizagem e às propostas de ensino e recursos
diferenciados, os limites postos pela deficiência são minimizados.
Essa tarefa é complexa, pois exige a reorganização de ações, atitudes e
percepções sobre a escola, sua proposta pedagógica, o formato do currículo e do
sistema de avaliação. No entanto, não é uma tarefa impossível, demanda uma rede
de ações e envolve todos os responsáveis pelo processo escolar.
Uma proposta para a reorganização da escola é apresentada por Martins
(2009, p.71) a partir da ideia de ensino em multiníveis. Segundo a autora, o ensino
em multiníveis é uma prática diferenciada e pertinente ao trabalho pedagógico
inclusivo, porque implica que a equipe de professores identifique, em conjunto, os
15
Nessa linha, esse tipo de ideia normativa leva a pensar que “a ressignificação
da escola para se garantir a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno” não é
prioridade, pois “não há preocupações com sua permanência e sucesso na escola,
apesar de serem esses aspectos, tão promulgados em outros documentos” (LIMA;
MENDES, 2011, p. 206).
18
Assim, é exatamente a partir do espaço educacional que deve ser feita uma
reflexão sobre a escola e o processo de ensino e aprendizagem do aluno com
deficiência intelectual, a fim de traçar os caminhos e estratégias na relação desse
aluno com a escola comum.
3 MATERIAL E MÉTODOS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
20
Diante das colocações feitas neste artigo, pode-se observar que a inclusão
escolar é importante e é essencial que se pense no seu exercício principalmente
quando se refere às pessoas com deficiência intelectual, já que com estas
normalmente seu desenvolvimento psicomotor necessita de mais estimulação.
Sob esta ótica, notou-se com a pesquisa que respeitar as diferenças é algo
indispensável independente de qual seja sempre haverá um potencial a ser
explorado e desenvolvido. Desse modo, percebeu-se um olhar sobre esta
necessidade e a importância da educação inclusiva no processo educativo.
Portanto, tendo em vista o contexto da inclusão frente às escolas de ensino
regular, constata-se importante benefício à aprendizagem. No caso das crianças
com deficiência intelectual, notou-se um significativo despertar tanto intelectual como
nas questões relacionadas à autonomia e socialização resultando o
desenvolvimento pleno, natural e afetivo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANACHE, A. A.; MARTINEZ, A. M. O sujeito com deficiência mental: processos de
aprendizagem na perspectiva histórico-cultural. In.: JESUS, D. M. et al. Inclusão,
práticas pedagógicas e trajetórias de pesquisa. Porto Alegre: Mediação, 2007, p.
43-53.
FERREIRA, I.; CRUZ, M. M. Caminho das letras: alfabetização na era digital. Rio
de Janeiro: Izabel Ferreira/Mara Cruz, 2005.
FERREIRA, M.; ASSAR, E.; OMAR, A.; URIBE, H.; TERRONES, A.; SILVA, J.;
SOUZA, M.; CISNE, M. Atribuição de causalidade ao sucesso e fracasso escolar: um
estudo transcultural Brasil-Argentina-México. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 15,
n. 3, p. 515-527, 2002.
MOUSINHO, R.; SCHMID, E.; MESQUITA, F.; PEREIRA, J.; MENDES, L.; SHOLL,
R.; NÓBREGA, V. Mediação escolar e inclusão: revisão, dicas e reflexões. Revista
de Psicopedagogia, n. 27, v. 82, p. 92-108, 2010.