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Intervenção Neuropsicopedagógica: um Ensaio Sobre a

Inclusão Escolar de Alunos com Dificuldades de


Aprendizagem
 Escrito por: Maria Lúcia Moreira Gomes

GOMES, Maria Lúcia Moreira. Intervenção Neuropsicopedagógica: um Ensaio Sobre


a Inclusão Escolar de Alunos com Dificuldades de
Aprendizagem. Psicologado, [S.l.]. (2020). Disponível
em https://psicologado.com.br/neuropsicologia/intervencao-neuropsicopedagogica-um-
ensaio-sobre-a-inclusao-escolar-de-alunos-com-dificuldades-de-aprendizagem . Acesso
em 13 Mai 2020.

Resumo: No presente ensaio, discute-se a temática da


atuação do Psicopedagogo Clínico no processo de inclusão
escolar, circunscrita por tensões entre o respeito às
diferenças e as práticas excludentes que emergem no
contexto educacional. À luz das legislações que legitimam o
processo de inclusão escolar e dos princípios que efetivam
esse processo, pretende-se, entre tantas, mais uma reflexão
sobre temas tão emergentes na educação nacional.
Evidencia-se a intervenção do profissional
Neuropsicopedagogo no âmbito escolar, para além da
prática clínica, visando o desenvolvimento na escola de
ações que legitimam a inclusão e que fazem parte de um
processo de Adaptação Curricular.

Palavras-chave: Intervenção Neuropsicopedagógica,
Necessidades Educativas Específicas, Adaptação Curricular,
Terminalidade  Específica.

1. Introdução

O indivíduo que chega ao consultório é, de forma


relevante, a preocupação do profissional clínico, aqui
evidenciado o Neuropsicopedagogo Clínico. É então que
uma rede de ações se conecta para auxiliar o indivíduo em
suas dificuldades. A relação paciente/profissional se
aprofunda a cada encontro e paira sobre o último a grande
responsabilidade de retirar o primeiro daquele lugar de
sofrimento no qual ele está inserido.

No contexto clínico de atendimento, é necessário, a


princípio, o conhecimento aprofundado do status familiar,
de forma a traçar o cenário onde este indivíduo está
inserido. Neste momento, o olhar sobre os pais, não só
através das respostas que compreendem a entrevista inicial,
a Anamnese, mas por meio da observação da conduta desses
pais, constitui-se um passo crucial para o levantamento de
questões emocionais que podem, eventualmente, estar
comandando ou implicando um processo de sofrimento para
o indivíduo que não aprende na escola, como alude Bossa
(2002) a respeito da escuta:

A escuta nos leva a pensar que, como sintoma, esse não aprender
resistente pode estar traduzindo conflitos intrapsíquicos construídos nas
relações intersubjetivas, particularmente dentro da dinâmica familiar
contemporânea.

Após esse primeiro contato, e baseada na queixa


apresentada, uma avaliação diagnóstica com aplicação de
testes que abrangem a avaliação de competências
desenvolvidas pelas diversas áreas cerebrais irá levantar a
hipótese de um problema que pode estar sendo o grande
impedimento para uma aprendizagem plena.

Não é raro ter um prognóstico, baseado nos relatórios


escolares e histórico familiar e, durante a investigação
avaliativa, inferir que é preciso amparar as ações sob outro
paradigma. Isso diz respeito principalmente à criança, que
traz em si a característica de não saber camuflar suas
verdades, tornando transparentes seus medos e suas
dificuldades.

As dificuldades de aprendizagem, objeto de trabalho


do neuropsicopedagogo clínico, têm como perfil de seus
pacientes, aqueles em processo de aprendizagem escolar,
independente da idade. No momento da avaliação são
evidenciadas as dificuldades, mesmo que essas estejam
ainda camufladas pela idade precoce.

Em geral, as queixas se reportam às dificuldades


relativas à habilidade da criança em funções consideradas
relevantes para a aprendizagem da leitura, da escrita e da
aritmética. Após a avaliação, o profissional apresenta uma
hipótese de algum comprometimento no
neurodesenvolvimento desta criança, ou então, um
impedimento de ordem pedagógica, tal como método de
alfabetização inadequado, atividades que vão além da
capacidade cognitiva para a idade cronológica da criança ou
ainda uma ansiedade exacerbada dos pais que delegam a
essa criança uma responsabilidade precoce para seu tempo
de amadurecimento neurológico, comparando-a com seus
pares ou outros familiares e conhecidos.

Diante desse panorama, são traçadas estratégias de


ação necessárias para o sucesso dessa criança no ambiente
escolar. Orientações aos pais e à escola fazem parte do
relatório neuropsicopedagógico e indicam a conduta de
família e escola na devolutiva da avaliação diagnóstica.
Uma das ações pertinentes ao profissional clínico é a
observação do aluno no ambiente escolar de forma a avaliar
seu comportamento em condição de aprendizagem e na
interação com o ambiente físico, com os colegas e com a
professora. Este momento é considerado relevante para
conduzir a escola ao encontro do aluno, tornando o
ambiente escolar propício e satisfatório para a aprendizagem
específica desse aprendente sem que as ações resultem em
segregações de qualquer espécie.

Nesta ocasião, é comum encontrarmos na escola certa


resistência para acolher a presença e as orientações do
profissional clínico. Faz parte do trabalho terapêutico
propiciar à escola uma ocasião de refletir acerca de seus
projetos educacionais e de suas concepções de ensino-
aprendizagem, a partir de uma necessidade educativa
específica apresentada pela criança. O grande desafio da
instituição escolar é trabalhar com seus alunos a construção
dos conhecimentos compartilhados socialmente, sem
desprezar a singularidade desse processo.

O presente trabalho é mais do que um passeio pela


legislação que sustenta o processo obrigatório da inclusão
escolar. Apresenta-se como um desvelamento da imagem
distorcida que se faz do dessemelhante no âmbito das
escolas e uma reflexão crítica de um profissional que
partilha e compartilha as dores, dificuldades e expectativas
de pais e professores que anseiam por um panorama
favorável de atenção, respeito e cumprimento efetivo do que
postula a lei.
2. Fundamentos da Reflexão

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 1996)


postula em seu artigo 59, que “os sistemas de ensino
assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação” entre outros, “professores com especialização
adequada em nível médio ou superior, para atendimento
especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes
comuns” (inciso III, Art. 59, LDB, 1996).

De acordo com as Estatísticas do Censo Escolar, de


2004 para 2014 as matrículas de alunos com deficiência ou
NEE aumentaram em aproximadamente 604% no ensino
regular, passando de 99.178 em 2004 para 698.768 em
2014. Ao mesmo tempo, as matrículas desses alunos em
espaços segregados (classe especial ou escola especial)
diminuiu aproximadamente 49% no mesmo período.

No entanto, o que se confirma no âmbito escolar é a


inexistência de profissionais preparados para ações
inclusivas, ficando estas, de forma incompleta ou errônea,
delegadas a Pedagogos que não possuem conhecimento
complementar ou formação adequada na área de Educação
Especial e professores sem capacitação ou formação
continuada que os preparem para uma atuação adequada,
como postula a Lei Brasileira de Inclusão em seu art. 28,
inciso X (2015), “adoção de práticas pedagógicas inclusivas
pelos programas de formação inicial e continuada de
professores e oferta de formação continuada para o
atendimento educacional especializada.”
Vaillant (2006), em investigação à formação docente
na América Latina, apontou que, a despeito das
singularidades e diferenças regionais nos países estudados,
pontos semelhantes se evidenciam, como por exemplo a
deficiência na formação inicial dos professores, requerendo
ações emergentes no que diz respeito à formação
continuada. Segundo a autora “a profissionalização dos
docentes se constrói a partir da presença de três elementos:
existência de condições de trabalho adequadas, formação de
qualidade, e gestão e avaliação que favoreçam o trabalho
docente.”

Pesquisas recentes mostram que a metodologia que


envolve a inclusão tem como desafio a formação dos
profissionais que atuam nos contextos escolares
(MENDONÇA; SILVA, 2015; MIETO, 2010). O professor
é a peça fundamental na organização de atividades
significativas e na estruturação de novas formas de trabalho
pedagógico.

O desconhecimento das principais deficiências,


transtornos e dificuldades é, a princípio, o maior dos
problemas que rondam o processo de atuação docente,
originado, principalmente, pela formação dos cursos de
licenciaturas que colocam no contexto educacional e nas
salas de aulas professores despreparados para lidar com as
demandas e imposições das leis de inclusão, como expressa
Magalhaes Junior e Cavaignac (2018):

As instituições de ensino superior (IES) têm buscado organizar


processos de formação permanente e de desenvolvimento profissional de
seus docentes por meio de palestras, seminários, semanas pedagógicas,
entre outras iniciativas. Contudo, estas não devem ocorrer de forma
isolada, mas sim articuladas a um processo de construção coletiva de
estratégias sistematicamente organizadas que permitam a constante
reflexão crítica sobre o papel da universidade, os projetos pedagógicos
e os saberes docentes inerentes ao processo de ensino-aprendizagem.

Observa-se nos currículos dos cursos de formação de


professores em nível superior, um grande hiato na
preparação desses docentes e, quando percebemos algo
neste sentido, acontece nos cursos de Pedagogia, que não
formam essencialmente para atuação efetiva com alunos em
sala de aula, mas para o contexto pedagógico de uma escola.

As necessidades educativas vão desde cegueira,


surdez, paralisia cerebral até aquelas mais difíceis de serem
reconhecidas, tais como transtornos ou síndromes que
obstaculizam o processo de aprendizagem, a exemplo de
Dislexia, Transtorno de Déficit de Atenção  e
Hiperatividade (TDAH), Transtorno Opositor Desafiador
(TOD) e outras mais graves como o Transtorno do Espectro
Autista (TEA), que não podem ser excluídos do contexto de
uma escola regular como postula a Constituição Federal
(1988) e as leis específicas de Educação Especial.

Existe uma discussão interminável que debate a


questão da legitimidade da inclusão em salas de aula
regulares no âmbito da educação. A inclusão ocorre
realmente? Ou não passa de uma teoria sem prática e sem
fiscalização suficiente para seu efetivo cumprimento?

Quando damos voz aos pais, mais especificamente às


mães, vemos que, na realidade, a exclusão está presente até
mesmo em escolas que se dizem inclusivas. O mesmo fato
de se dizerem inclusivas é um pleonasmo quando sabemos
que, salvo raras exceções, não se pode negar a matrícula de
alunos com qualquer tipo de deficiência, sob a alegação de
que não possuem recursos físicos e/ou humanos para
atender às necessidades educativas específicas. Toda e
qualquer escola deve se fazer inclusiva, pelo menos é assim
que determina a Lei Maior e isso já data de 1988.

Resiste em nossas escolas o desconhecimento de ações


previstas no bojo do processo de inclusão e sem as quais não
haverá uma efetiva inclusão: a adaptação curricular e a
terminalidade específica para alunos com
dificuldades/deficiências na aprendizagem.

Na Lei Brasileira de Inclusão, Art. 28, inciso III


(2015), está registrado que:

Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar,


incentivar, acompanhar e avaliar: projeto pedagógico que
institucionalize o atendimento educacional especializado, assim como os
demais serviços e adaptações razoáveis, para atender às características
dos estudantes com deficiência e garantir o seu pleno acesso ao
currículo em condições de igualdade, promovendo a conquista e o
exercício de sua autonomia.

2.1 Adaptação curricular e Terminalidade


Específica à Luz da Legislação

Muitos desconhecem que o Projeto Político


Pedagógico de uma Escola deve contemplar
pormenorizadamente as ações que determinam a inclusão de
alunos com deficiência, aqui incluídos todos aqueles que
possuem necessidades educacionais específicas como
impetra a Declaração de Salamanca (1994):

“...o termo "necessidades educacionais especiais" refere-se a todas aquelas crianças


ou jovens cujas necessidades educacionais especiais se originam em função de
deficiências ou dificuldades de aprendizagem. Muitas crianças experimentam
dificuldades de aprendizagem e portanto possuem necessidades educacionais especiais
em algum ponto durante a sua escolarização” (Declaração de Salamanca, 1994).

A legislação brasileira define e defende, também, para


os usos dentro da escola nos planos de trabalho, o termo
necessidades educacionais especiais, Resolução CNE/ CEB
N° 02/01, Brasil (2001b), referindo-se a todas aquelas
crianças ou jovens, cujas necessidades se originam em
função de deficiências, ou dificuldades de aprendizagem:
“as escolas têm de encontrar a maneira de educar com êxito
todas as crianças, inclusive as que têm deficiências graves”
(BRASIL, 1994, p. 17-18).

Para fertilizar este assunto ressaltamos aqui o que


define o artigo 5º da Resolução CNE/CEB N° 02/01
(BRASIL, 1994):

Artigo 5° - Consideram-se educandos com


necessidades educacionais especiais os que, durante o
processo educacional apresentarem:

I – dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de


desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares,
compreendidas em dois grupos:
a - aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b - aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;
II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos
demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis.

A mesma Resolução estabelece o que as escolas da


rede regular de ensino devem fazer para proporcionar a
inclusão:

Artigo 8 - As escolas da rede regular de ensino devem prever e prover na organização


de suas classes comuns:
I – professores das classes comuns e da educação especial capacitados e
especializados, respectivamente, para o atendimento às necessidades educacionais dos
alunos;
II – distribuição dos alunos com necessidades educacionais especiais pelas várias
classes do ano escolar em que forem classificados, de modo que essas classes se
beneficiem das diferenças e ampliem positivamente as experiências de todos os alunos,
dentro do princípio de educar para a diversidade.
III – flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o significado prático e
instrumental dos conteúdos básicos, metodologias e ensino e recursos didáticos
diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto
pedagógico da escola, respeitada a frequência obrigatória; (grifo nosso)

A adaptação curricular, tão necessária no âmbito da


inclusão, está ainda distante de acontecer efetivamente em
nossas escolas, sejam elas públicas ou privadas. O que se vê
nas escolas ditas inclusivas são adaptações esporádicas de
avaliações ou atividades, sem que haja um plano
individualizado preparado e respaldado para tal fim e que
contemple as necessidades integrais dos alunos. 

A verdadeira adaptação demanda uma rotina de


planejamento diferenciado e constante, acompanhando o
progresso de cada aluno. Estas ações devem fugir dos
planejamentos homogêneos que ignoram as diferenças.
Incluir é um PROJETO, e como tal, contínuo e com
resultados e atualizações e que necessita ser integrado ao
currículo escolar para que a escola não seja tomada de
assalto a cada aluno “diferente” e “necessitado” que é
matriculado anualmente.

Adaptar um currículo para atendimento a uma


necessidade específica de aprendizagem é mais do que listar
objetivos e estratégias diferenciadas em planos de curso. É
preciso antes o conhecimento e reconhecimento do aluno
em sua individualidade, é necessário a sondagem de suas
habilidades e competências para saber como aquele aluno
aprende e posteriormente criar ou ajustar os objetivos e
estratégias de ensino na sala de aula regular, visando a
aprendizagem desse aluno. Para adaptar faz-se mister
reconhecer-se para conhecer e reconhecer o outro.

O que os professores ainda desconhecem, porque não


foram capacitados para isso, é que o objetivo previsto para
sua disciplina, em determinado período, pode e deve ser
desenvolvido para toda a turma, tendo em vista uma
aprendizagem mais significativa e efetiva. Mudando os
recursos didáticos, a estratégia para ensino e a avaliação,
muda-se o foco da aprendizagem para os que apresentam
dificuldades e perpetra a aprendizagem para todos.

As adaptações curriculares podem ser divididas em


adaptação de grande porte e adaptação de pequeno porte.
São estas últimas que estão ao alcance da escola e dos
professores, tais como: modificação de objetivos e
estratégias; modificação de recursos didáticos; alteração no
tempo de oferta dos materiais; alteração nos formatos de
avaliação.

Como todo e qualquer objetivo a ser alcançado é


imperativo que o processo de inclusão, reconheça-se como
parte de um todo e que passe pelas etapas obrigatórias de
qualquer concepção: Planejar, Organizar e Executar (POE).
Infelizmente, é justamente esta a engrenagem que falha.
Muitos querem ouvir uma palestra sobre educação inclusiva,
adaptação curricular ou uso de novas metodologias em sala
de aula, no entanto, comprovadamente, poucos utilizam o
conhecimento para transformá-lo em prática didático-
pedagógica, alegando falta de tempo, dificuldades. Tem-se a
acomodação ao igual e a repulsa ao diferente, resultando
num fim de período letivo em intermináveis discussões em
conselhos de classes, cujo produto final é mais uma vez a
reprovação ou, o que mais desastroso, a aprovação baseadas
em paradigmas imutáveis: reprova-se porque não houve
aprendizagem; aprova-se porque a piedade diante dos
transtornos e o temor à lei falam mais alto.

2.2 A Construção do Plano de Educação


Individualizado (PEI)

No bojo desse processo de adaptação curricular, tem-


se o Plano Educacional Individualizado (PEI) que é o plano
de aula construído sobre uma avaliação diagnóstica
direcionada ao aluno em situação de inclusão, realizada por
um profissional capacitado na escola, ou na falta deste, pela
pedagoga da escola orientada para tal.

Nesta avaliação deverão estar estabelecidos a respeito


do aluno: nível de desenvolvimento e competência
curricular; fatores que facilitam sua aprendizagem; contexto
e resposta educativa da turma e da escola e contexto sócio-
familiar. Estes itens irão ajudar na condução do processo de
planejamento individual para este aluno porque se saberá,
principalmente, o modo como ele aprende e quais
estratégias e recursos deverão ser utilizadas para alcançar os
objetivos propostos.

O PEI não é um documento que se faz uma vez ao ano.


Ele é contínuo e necessita ser revisto a cada mês ou, no
máximo, a cada 2 (dois) meses. Verificado o alcance ou não
dos objetivos previstos e feita a adaptação de avaliações,
será analisado se o processo de aprendizagem está
acontecendo com os procedimentos previstos ou se eles
precisarão de mudanças. O mais importante é que se faça
constantemente esta análise, de forma que o PEI não se
restrinja a um documento sem resultados positivos.

Há casos de alunos que possuem graves


comprometimentos que impedem a efetivação da
aprendizagem apesar das adaptações. São impedimentos de
caráter neurobiológico de grandes proporções, genéticos ou
não, cujas lesões em determinadas áreas cerebrais vão evitar
que o processo do aprender aconteça parcial ou totalmente.

Nessa perspectiva, o planejamento deve ser repensado


periodicamente e os objetivos estabelecidos visando aos
estímulos de áreas cerebrais que preparem o aluno para a
vida, no sentido de torná-lo independente e autônomo. É
preciso levar em consideração que todo indivíduo pode
evoluir e aprender, mesmo com graves limitações,
fundamentado no princípio da neuroplasticidade que
configura-se como processo contínuo de mudança cerebral,
de “reorganização” dos circuitos neurais, e da recepção de
novas atitudes ou pensamentos

Os procedimentos para adaptação curricular devem


estar respaldados em relatórios e portifólios com vistas a
registrar as flexibilizações feitas durante todo o período
escolar bem como o progresso ou não do aluno. Neste
processo está ainda previsto o princípio da temporalidade,
ou seja, em qualquer situação de dificuldades de alcançar os
objetivos propostos e, sendo capaz de fazê-lo em maior
tempo, o aluno poderá se valer deste princípio. Isto significa
que ele tem capacidade de progredir, mas necessitará de um
tempo maior para isso. Este princípio pode culminar em
formação deste aluno num tempo mais dilatado do que o
previsto.

3. Considerações Finais
Seja o profissional clínico ou os que atuam no âmbito
escolar, todos estão em sério comprometimento com alunos
em fase de aprendizagem. As ações não se podem excluir
grande erro cometido incessantemente no processo de
inclusão do indivíduo ao ambiente escolar.

O neuropsicopedagogo, em sua atuação, não pode


prescindir da sua interferência na escola para que esta se
sinta comprometida com o aluno que pretende incluir. As
orientações à escola e o acompanhamento do aluno em seu
processo contínuo de aprendizagem não pode se restringir a
um consultório. Sem escola e família participantes, a
inclusão efetivamente não acontece.

Nos atendimentos clínicos, os profissionais são


capazes de ver o aluno na sua individualidade, o que muitas
vezes difere do olhar que a escola tem sobre ele. De outro
lado, a escola tem o olhar da comunicação e da interação
social desse indivíduo e do desenvolvimento de suas
habilidades para o progresso acadêmico.

O médico envolvido neste programa interdisciplinar,


será capaz de auxiliar com a medicação necessária para que
problemas comportamentais sejam atenuados. Todos eles
podem e devem auxiliar o professor em suas ações, visando
ao melhor desempenho deste aluno.

Não existem profissionais mais ou menos importantes


no processo de inclusão. Todos são peças de uma
engrenagem que exige comprometimento e empatia. 
Adaptar um indivíduo ao contexto do aprender requer um
feedback contínuo e uma participação efetiva de todos,
inclusive e de forma muito relevante, da família, que pode
dizer muito desse aluno que queremos incluir.

Ainda precisamos repartir aqui a angústia do


profissional a cada vez que a escola se nega a acolher suas
indicações e observações. Nega-se a atuação sugerida para a
escola e sala de aula sob alegação de que já existe um
processo de inclusão, feito na contramão do que determina a
Lei, e que este é adequado e legal. Burla-se o verdadeiro
processo de inclusão, ceifando da criança, do adolescente ou
do adulto o direito ao que determina a legislação vigente.

Por outro lado, as políticas para educação inclusiva


deixam a desejar quando não formam o professor para o
olhar da inclusão e da aceitação das diferenças, quando não
faz uma efetiva observação sobre as ações educacionais,
restringindo-se a ditar leis que pairam sobre o
desconhecimento do professor sem capacitação, quando não
dão recursos suficientes e adequados para que a instituição
escolar realize a contento seu papel.

Muitos são os impedimentos para que a educação de


alunos com necessidades específicas se concretize. Falta
vontade de fazer, faltam verbas que efetivem ações, falta, no
mínimo, respeito ao outro para realização de seus sonhos de
cidadão.

Não temos um cenário otimista, o que temos é a


esperança de que em muito pouco tempo a inclusão deixe de
ser um desejo de muitos e passe a ser uma verdade de todos.
A Neuropsicopedagogia no Contexto
Escolar
TERUEL, José Roberto. A Neuropsicopedagogia no Contexto
Escolar. Psicologado, [S.l.]. (2017). Disponível
em https://psicologado.com.br/abordagens/psicologia-cognitiva/a-neuropsicopedagogia-no-
contexto-escolar . Acesso em 13 Mai 2020.

Resumo: A Neuropsicopedagogia se constitui como


novo campo do conhecimento voltado a pensar e a agir
sobre as dificuldades de aprendizagem. Este artigo está
fundamentado em publicações da literatura bibliográfica de
autores renomados que convergem para o ensino da leitura e
da escrita com crianças em idade de aprendizagem escolar,
sendo a escola o espaço institucional propício para ser
desenvolvida uma prática Neuropsicopedagógica. Este
artigo aborda a importância do Neuropsicopedagogo na
instituição escolar como auxiliar na superação dos
problemas de aprendizagem. O referencial teórico adotado
para argumentação e confrontação dos dados obtidos é
respaldado nas ideias de vários autores onde se enfatiza as
contribuições e as limitações ainda existentes na práxis
Neuropsicopedagógica. Não existe aprendizagem que não
passe pelo cérebro, compreendendo a ciência a neurociência
e a neuroaprendizagem; conhecer o funcionamento do
Cérebro e do Sistema Nervoso é fundamental para entender
o processo da aprendizagem. A plasticidade neural é maior
nas regiões cerebrais encarregadas da aprendizagem e as
áreas do córtex cerebral são simultaneamente ativadas
durante esse processo; fatores importantes que devem ser
conhecidos pelos profissionais da educação. Os professores
terão mais sucesso na arte de ensinar estudando como o
cérebro aprende.
Palavras-chave: Neuroaprendizagem, Dificuldades de
Aprendizagem, Aprendizagem significativa, Córtex
Cerebral.

1. Introdução

A Neuropsicopedagogia é um campo do conhecimento


que interage de modo coerente com outros conhecimentos e
princípios de diferentes partes das Ciências Humanas:
Psicológicas, Pedagógicas, Sociológicas, Antropológicas,
entre outras, desconstruindo o fracasso escolar, entendendo
o erro apresentado pelo indivíduo no processo de construção
do seu conhecimento, da aprendizagem significativa e suas
interações como fator importante no desenvolvimento das
habilidades cognitivas.

Desta forma, o profissional da Neuropsicopedagogia


assume papel de importância na abordagem e solução do
problema da dificuldade de aprendizagem na fase de
alfabetização. Como aprender a ler é para a criança
enfrentar novos desafios em relação ao conhecimento
linguístico, esta tarefa se torna complexa exigindo um
trabalho de equipe multidisciplinar cujo objetivo é
identificar quais as causa das dificuldades de aprendizagem
onde a etiologia da problemática pode ser fundamentada
nos vários tipos de transtornos biopsico e sociofamiliar.
As dificuldades existentes neste processo são
esperadas, pois a relação do sucesso na aprendizagem da
leitura e das habilidades intelectuais deve ser considerada.
Crianças que apresentam grandes habilidades intelectuais,
com certeza terão maiores facilidades para aprender a ler e
escrever, ao compararmos com as que têm menores
habilidades.

Outro fator a ser considerado é a aprendizagem


significativa onde os novos conhecimentos que se adquirem
relacionam-se com o conhecimento prévio que o aluno
possui, cabe ressaltar que este é um processo dinâmico em
que o novo conceito formado passa a ser um novo
conhecimento que pode servir de futuro ancoradouro para
novas aprendizagens (AUSUBEL et al., 1980; MOREIRA,
1999a, 1999b).

O conhecimento pré-existente na estrutura cognitiva


do aluno, Ausubel denominou subsunçor, ou seja, subsunçor
é todo o conhecimento prévio do aprendiz que pode servir
de ancoragem para uma nova informação relevante para o
mesmo; desse modo, existindo uma relação substantiva
entre os dois temos a aprendizagem significativa, sem
dúvida alguma, um procedimento pedagógico eficaz a ser
utilizado em educação. Alguns educadores defendem que os
alunos devem aprender significativamente.

O conhecimento de linguagem oral que a criança já trás


consigo é extremamente importante para seu aprendizado.
Pesquisas bibliográficas mostram que este conhecimento
deve ser aproveitado pelo educador como forma de
interação verbal. O aprendizado deve acontecer nos três
espaços da criança: Escola, família e sociedade.
Muitas vezes, se supõe, que os problemas
socioeconômicos da atualidade e a desestrutura familiar
(separação/divórcio) impede a presença ativa dos pais na
escola aumentando assim o índice de indisciplina,
dificuldades educacionais e, consequentemente a isso, a
evasão escolar, problemas que poderiam ser amenizados se
a família interagisse mais na vida escolar dos filhos.

Comete-se um erro grave quando se pensa que a


aprendizagem começa na idade escolar; a verdade é que
antes de entrar na escola a criança já desenvolve hipóteses e
tem certo conhecimento sobre o mundo, apresentando assim
um conteúdo significativo no contexto da aprendizagem.

Sabe-se que a influência familiar é fator determinante


e decisivo na aprendizagem dos alunos. Pais ausentes, que
nunca se interessam pelo dia-a-dia dos filhos, tanto no
âmbito escolar como sociofamiliar, expõe estas crianças a
conviverem com sentimentos de desvalorização e carência
afetiva, gerando desconfiança, insegurança, improdutividade
e desinteresse, e consequentemente deixando marcas
profundas nestes alunos, que futuramente encontrarão mais
dificuldades no processo pedagógico da aprendizagem
escolar.

A responsabilidade que a sociedade coloca na escola


vem desencadeando a inversão de valores. Muitos pais
acham que a educação familiar não tem relação com a
educação escolar, quando na verdade é justamente o
contrário, ou seja, a educação escolar que é um
complemento da educação adquirida na família.

2.  Alfabetização Com Auxílio da NeuroPsicoPedagogia

O processo da alfabetização engloba o


desenvolvimento de um conjunto de competências que farão
fluir o ler e escrever, obedecendo a uma sequência pré-
estabelecida por um currículo de alfabetização, que
direcionará o aprender a aprender (metacognição).

Segundo Vygotsky, (1988), na etapa inicial da


escolarização o aluno está aprendendo a ler; a prioridade, a
atenção e o esforço se concentram em quebrar, decifrar o
código alfabético, entender o que significam os sinais
gráficos, e que palavras querem representar, esta é a etapa
do aprender a ler. Na segunda etapa o aluno já decodifica as
palavras sem esforço e é capaz de lê-las com fluência, ele
vai ler para aprender: aprender o significado das palavras, os
conceitos transmitidos num determinado texto, descobrindo
novos horizontes. O professor possui papel ativo, sendo
capaz de desafiar o aluno para que este se sinta cada vez
mais hábil ao realizar uma tarefa considerada difícil.

Os educadores detêm o conhecimento, sendo preciso


usar diferentes estratégias (metodologias) para alcançar os
objetivos propostos, pois os educandos ao serem
alfabetizados se diferenciam no que se refere ao tempo e
espaço.

2.1 O quê Fazer com Alunos que Parecem


não Aprender?

Autores renomados ensinam que vários aspectos


merecem ser considerados, mas um deles é fundamental:
essas crianças precisam de acompanhamento diferenciado e
próximo. Mesmo que contem com a ajuda dos colegas nas
propostas em duplas, é indispensável a intervenção direta e
constante do professor. O apoio será importante, em certos
momentos, para incentivá-los a continuar manifestando suas
ideias. A relação que se estabelece com a criança e com o
que ela produz é fundamental para que ela se sinta capaz de
aprender. Em outros momentos, porém, cabem intervenções
mais explícitas para que fiquem atentas às características do
sistema de escrita.

A escola como modo de socialização específico e como lugar onde se


estabelecem as formas específicas de relações sociais; ao mesmo tempo que
transmite os saberes, os conhecimentos, está fundamentalmente ligada as
formas de exercício do poder. Isto não é somente verdade da escola: todo
modo de socialização, toda forma de relação social implica ao mesmo
tempo na apropriação de saberes (constituídos ou não como tais como
saberes objectivados, explícitos, sistematizados, codificados) e a
aprendizagem de relações de poder. (Vincent, 1994, p.14)
Ainda segundo Gimeno Sacristán (2000, p.211), (...) um método se
caracteriza pelas tarefas dominantes que propõe a professores e alunos. Um
modelo de ensino, quando se realiza dentro de um sistema educativo se
concretiza numa gama particular de tarefas que tem um significado
determinado. Uma jornada escolar ou qualquer período de horário diário é
uma concatenação singular de tarefas dos alunos e do professor.

Por essa óptica, afirma o autor, o número, a variedade


e a sequência de tarefas, bem como as peculiaridades na sua
aplicação e no sentido que elas assumem para professores e
alunos, junto com sua coerência dentro da filosofia
educativa adaptada, definem a singularidade metodológica
que se pratica em classe.

2.2 Jogos Educativos

Por que utilizar jogos educativos no processo ensino


aprendizagem?  Piaget e Vygotsky são unânimes em suas
teorias sobre a importância da utilização dos jogos no
processo de ensino aprendizagem.
Para Piaget ( 1978, p. 370 ) os jogos tem dupla função:

 Consolidam as estruturas já formadas (aprendizagens significativa)


 Dão prazer e/ou equilíbrio emocional à criança. Ele classifica os jogos em várias
fases de acordo com as estruturas mentais. As crianças do Ensino Fundamental I
(6 a 10 anos) se encontram nas fases pré-operatório e operatório concreto,
tornando-se imprescindível o contato com o objeto de aprendizagem o que é
favorecido através da utilização de jogos.

Vygotsky (2001, p. 59-83 e p. 119-142), realça a


influencia do lúdico no desenvolvimento infantil, por meio
deles as crianças aprendem a agir, tem a curiosidade
estimulada e adquirem iniciativa e autoconfiança,
proporcionando o desenvolvimento da linguagem, do
pensamento e da concentração.

O processo de compreensão da natureza alfabética do


sistema de escrita desenvolve nas crianças mecanismos de
leitura e de escrita de palavras. Apesar de muitas delas
aprenderem esses mecanismos com relativa facilidade, o
desenvolvimento das habilidades relacionadas à leitura e à
escrita de palavras leva tempo e requer treino por parte das
crianças. Para isso, um conjunto de atividades de leitura e
escrita de palavras e frases deve fazer parte do planejamento
pedagógico das professoras desde o primeiro ano do Ensino
Fundamental.

3. A Contribuição dos Pais na


Aprendizagem de Alunos que
Apresentaram Baixo Rendimento
Escolar
Sabendo que as dificuldades de aprendizagem e de
comportamento vêm crescendo assustadoramente nas
escolas, muitos pesquisadores têm direcionado as suas
pesquisas para este tema, enfocando a importância da
família na aprendizagem escolar. Os resultados obtidos
deixam claro que a família tem uma influência muito grande
no desempenho escolar dos filhos, podendo intervir no
sentido de motivar os alunos para frequentarem a escola,
bem como auxiliá-los no desenvolvimento de suas
competências e habilidades, através de um relacionamento
amigável com os colegas e professores.

Segundo vários autores, os pais precisam estar


envolvidos com os filhos e com a escola, tendo
conhecimento das dificuldades de aprendizagem enfrentadas
pelas crianças para poder ajudá-las visando um
desenvolvimento global, onde esteja incluída e educação
escolar, a social e a formação intelectual do aluno.
FUNAYAMA (2005, p. 27-28) nos diz que existem pais que
infantilizam a criança e o problema, não se preocupando
com as dificuldades dos filhos.

SMITH; STRICK (2001, p. 17) nos dizem ser


extremamente importante que o pai de crianças com
dificuldades de aprendizagem se alie a escola, para que
possam trabalhar um plano de desenvolvimento apropriado,
voltado para estes alunos, no intuito de garantir as
necessidades educacionais de seus filhos. Acreditando que
com o passar dos anos o problema se resolverá
automaticamente, esses pais só procuram ajuda
especializada quando a situação se agrava e o nível de
conhecimento e aprendizagem se apresentam muito abaixo
do esperado, podendo ser obrigados a repetir o ano letivo.
Os pais precisam se conscientizar, que se a criança tem
dificuldades para realizar suas tarefas, precisando da ajuda
ou da confirmação de outras pessoas, e se junto a isso
apresentar algum problema de relacionamento com os
colegas, é necessário que procurem ajuda, para que sejam
analisados os motivos que levam a este comportamento e
assim evitar futuros problemas educacionais dos filhos.

Os filhos só seguirão as regras se entenderem o motivo


delas. Do mesmo modo, só respeitarão os limites que
conhecerem. Caso contrário, farão tudo a seu modo. Por
meio de regras claras e bem estabelecidas em casa, o filho
saberá exatamente qual é a forma correta de falar, de pensar,
de raciocinar e de agir em cada caso, isso dará a ele
segurança e tranquilidade. Ter limites bem definidos fará
com que ele saiba até que ponto pode ir, e isso lhe trará
responsabilidade e caráter.

As autoras SMITH; STRICK (2001, p. 36) ainda nos


dizem que as crianças com dificuldades de aprendizagem,
podem ser brilhantes, criativas e talentosas em outras áreas,
mas em nossa sociedade, onde se valoriza muito o
desempenho escolar, estas crianças sentem-se fracassadas,
principalmente se comparando com as crianças que
apresentam um melhor desenvolvimento cognitivo, criando
assim um bloqueio cada vez mais acentuado no seu processo
de aprendizagem. Paralelo à sociedade, que busca cada vez
mais o êxito profissional e a competência a qualquer custo, a
escola também segue esta concepção. Aqueles que não
conseguem responder às exigências da instituição podem
sofrer com um problema de aprendizagem. A busca
incansável e imediata pela perfeição leva à rotulação
daqueles que não se encaixam nos parâmetros impostos.

Para evitar que o aprendizado escolar se torne um


paradoxo, os pais têm a responsabilidade e o dever de traçar
as regras e os limites, em casa, no intuito de que seus filhos
aprendam o respeito e cresçam conhecendo valores éticos e
morais. Assim, é preciso entender: há uma grande diferença
entre criança “ativa” e criança “mal-educada”. Crianças
precisam ter vivacidade, devem brincar, perguntar e até
mesmo fazer bagunça. O problema surge quando essas
atitudes passam dos limites, quando o filho não respeita
aquilo que os pais consideram o mais correto para ele. Os
pais têm o dever de educar os filhos. Isso significa,
inicialmente, impor as regras essenciais ao seu bom
convívio em casa e, em seguida, na sociedade como um
todo. Estabelecer horários e agir de modo que deixe claro
para as crianças a existência de autoridade e de limites
dentro de casa, ajuda a desenvolver elementos fundamentais
na formação do caráter.

TIBA, (2002, p.183) nos diz que se houver uma


parceria entre família e escola, se as duas partes falarem a
mesma linguagem e apresentarem valores semelhantes a
criança aprenderá sem grandes conflitos. È importante
ressaltar que o papel que a família representa na educação
da criança é fator primordial na formação da autoestima, e
consequentemente na aprendizagem do educando,
oportunizando-lhes o crescimento como sujeitos capazes de
auxiliar na construção de uma sociedade livre e
democrática. Quando a família não demonstra interesse nos
filhos e na sua vida escolar, a criança não consegue
progredir nos estudos, portanto, as crianças aprendem a
comportar-se em sociedade ao conviver com outras pessoas,
principalmente com os próprios pais. A maioria dos
comportamentos infantis é aprendida por meio de imitação,
da experimentação e da invenção.

A criança precisa receber regras claras e objetivas, que


premiam a boa conduta e disciplinam a má, sem gritos nem
agressões, apenas fazendo com que as regras sejam
respeitadas. Existe uma diferença entre castigo e disciplina.
Castigo é punição, agressão, enquanto disciplina é ensino.
Educar é transmitir vida. Fazer ameaças às crianças também
não resolve, pois nem sempre os pais as cumprem, o que
acaba ocasionando perda de autoridade. Assumir a
autoridade não tem nada a ver com gritos ou uso de
violência. Não é esse o caminho para educar. É preciso ser
firme no momento de mostrar os limites às crianças, mas
também ser amoroso na hora certa para que elas saibam que
as regras lhe estão sendo impostas porque você as ama.

4. Neurociência: Compreendendo o Funcionamento do Sistema


Nervoso

A Neurociência busca compreender o funcionamento


do sistema nervoso, integrando suas diversas funções
(movimento, sensação, emoção, pensamento, entre outras).
Sabe-se que o sistema nervoso é plástico, ou seja, é capaz de
se modificar sob a ação de estímulos ambientais. Esse
processo, denominado de plasticidade do sistema nervoso,
ocorre graças à formação de novos circuitos neurais, à
reconfiguração da árvore dendrítica e à alteração na
atividade sináptica de um determinado circuito ou grupo de
neurônios. É essa característica de constante transformação
do sistema nervoso que nos permite adquirir novas
habilidades psicomotriciais, cognitivas e emocionais, e
aperfeiçoar as já existentes.

O Sistema Nervoso Central é constituído pelo encéfalo


e pela medula espinhal, tem um papel fundamental no
controle dos sistemas do corpo. As principais partes do
encéfalo são: cérebro, tálamo, hipotálamo, mesencéfalo,
ponte, cerebelo e a medula oblonga. O cérebro é o centro de
controle do sistema nervoso, é a parte mais desenvolvida e a
mais volumosa do encéfalo, ele recebe aproximadamente
20% de todo o sangue que é bombeado pelo coração.
Apresenta duas substâncias diferentes: uma branca que
ocupa o centro e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral.
O córtex cerebral está dividido em mais de 40 áreas
funcionalmente distintas, sendo que cada uma delas controla
uma atividade específica. O cérebro se divide em duas
metades, o hemisfério esquerdo e o hemisfério direito. O
lobo frontal é o responsável pela cognição, o aprendizado.

Segundo a Psicopedagoga Maria Irene Maluf em


entrevista a Direcional Educador: "O estudo das
neurociências deveria ser aplicado nos cursos de
especialização de professores". Defende que "não existe
aprendizagem que não passe pelo cérebro, a ciência a
neurociência e a neuroaprendizagem, através de
neuroimagens, são elementos importantes para evitar o
fracasso escolar". Afirma que conhecer o funcionamento do
cérebro e do Sistema Nervoso é fundamental para entender
o processo da aprendizagem.

Maluf, (2005), destaca a necessidade de ajustes às


características etárias especificas dos alunos para atingir o
sucesso escolar. A plasticidade neural é maior nas regiões
cerebrais encarregadas da aprendizagem e as áreas do córtex
cerebral são simultaneamente ativadas durante a
aprendizagem, fatores importantes que devem ser conhecido
pelos profissionais da educação. Os professores terão mais
sucesso na arte de ensinar estudando como o cérebro
aprende e utilizando estes conhecimentos na educação
(grifos da autora).
Maluf, (2005), defende que o sucesso escolar depende
do apoio familiar como sustentáculo biológico, social e
emocional da criança. O apoio aos professores e à escola é
indispensável para ajudar no desenvolvimento da
capacidade de aprender e alcançar a condição de autonomia,
objetivo maior da educação.

Conhecer o funcionamento cerebral é fundamental para compreender como


se dá a aprendizagem de todas as pessoas, em todas as idades e situações,
especialmente na escola, frente à educação formal. Mas é importante
ressaltar  que como a Neurociência cognitiva objetiva estudar e estabelecer
relações entre cérebro e cognição principalmente em áreas relevantes para
a educação, o diagnóstico precoce de transtornos de aprendizagem está
entre as prioridades da Neuroaprendizagem, o que revelará também
melhores métodos pedagógicos de desenvolver a aquisição de informações
e conhecimentos em crianças com transtornos e dificuldades do aprender,
assim como a identificação de seus estilos individuais de aprendizagem no
contexto escolar. Isso tudo deve-se primordialmente às descobertas
neurocientíficas em torno  de como se desenvolvem a  atenção, a memória,
a linguagem, a emoção e cognição, o que traz valiosas contribuições para se
alcançar a educação. (MALUF, 2005).

Diante desse complexo sistema neural é que a estrutura


pedagógica escolar deve  apresentar seu conteúdo
programático, sua dinâmica de grupo com a classe e sua
dinâmica individual com alunos que apresentam diversidade
cognitiva à maioria dos alunos. A didática deve ser
direcionada e seletiva procurando compreender se a
dificuldade de aprendizagem tem alguma ligação com o
ambiente sociofamiliar ou trata-se de um fator de distúrbio
neurológico.

5. Considerações Finais

Considerando a teoria e a dinâmica pedagógica


apresentada pelas obras literárias dos autores consultados,
cresce a necessidade de reconhecer a importância e
incorporar o conhecimento do funcionamento do sistema
nervoso e seu desenvolvimento, na prática pedagógica do
educador. Analisar a utilização dos recursos
Neurocientíficos da Neuropsicopedagogia como fator de
identificação das dificuldades na aprendizagem escolar,
verificando junto aos professores e coordenadores a
estruturação pedagógica, material e metodológica,
respeitando o desenvolvimento e as diferenças cognitivas
dos alunos.

Nessa perspectiva, as experiências, saberes e


conhecimentos construídos na educação infantil, supõe-se,
sobretudo, servir de parâmetro para as práticas e as
intervenções pedagógicas que se pretende construir no novo
Ensino Fundamental. Uma questão a ser considerada refere-
se ao respeito a essa criança e a seu tempo de vida. Segundo
os autores consultados, a escolarização obrigatória não pode
dar excessiva centralidade aos conteúdos pedagógicos em
detrimento do sujeito e de suas formas de socialização. Essa
proposição ganha especial destaque, principalmente se
considerarmos as características das sociedades
contemporâneas onde a aprendizagem significativa
(subsunçores) propicia maior desenvolvimento cognitivo.

Por outro lado, não podemos perder de vista o direito


desse segmento da população ao conhecimento, em
particular, o direito de acesso à linguagem escrita. A criança
é um sujeito que interage com outros grupos sociais e com
suas produções simbólicas, e a linguagem escrita é uma
dessas produções com as quais as crianças têm, desde muito
pequenas, uma familiaridade e uma curiosidade para
conhecer e dela se apropriar.
Entretanto, as famílias e os profissionais da educação
sabem que assegurar o aprendizado da leitura e da escrita
tem sido um dos maiores desafios para a escola,
principalmente considerando que a educação integral deve
acontecer nos três espaços da criança: escola, família e
sociedade.

As contribuições da Neuropsicopedagogia

Institucional para a inclusão escolar do

transtorno do espectro autista (TEA)

 CategoriasNEUROPSICOPEDAGOGIA
Data22 DE ABRIL DE 2020

Atualmente o cenário mundial traz dados


relevantes e expressivos quanto ao número de
pessoas diagnosticadas com Transtorno do
Espectro Autista (TEA). No Brasil estima-se que haja
cerca de dois milhões de pessoas com diagnóstico,
mas somente a partir do senso do IBGE de 2020
teremos os dados oficiais, pois será incluído itens
específicos sobre esse transtorno.

Diferentes espaços sociais recebem pessoas dentro


do espectro, inclusive, as escolas. Desde que a LDB
9394/96 entrou em vigor a inclusão ganhou força
nas instituições de ensino a ponto de ser criado o
Atendimento Educacional Especializado – AEE.
Impreterivelmente, é dele a responsabilidade de
conduzir os processos de inclusão de pessoas com
deficiências e transtornos nos espaços escolares,
conforme descreve o art. 58: “a Educação Especial é
a modalidade de educação voltada aos educandos
com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação”.

Diante disso, é importante detalhar a concepção de


pessoa com deficiência segundo a Política Nacional
de Educação da Perspectiva da Educação Especial
Inclusiva, sendo:

aquela que tem impedimentos de


longo prazo, de natureza física,
mental ou sensorial que, em
interação com diversas barreiras,
podem ter restringida sua
participação plena e efetiva na escola
e na sociedade. Os estudantes com
transtornos globais do
desenvolvimento são aqueles que
apresentam alterações qualitativas
das interações sociais recíprocas e na
comunicação, um repertório de
interesses e atividades restrito,
estereotipado e repetitivo. Incluem-se
nesse grupo estudantes com
autismo, síndromes do espectro do
autismo e psicose infantil. Estudantes
com altas habilidades/superdotação
demonstram potencial elevado em
qualquer uma das seguintes áreas,
isoladas ou combinadas: intelectual,
acadêmica, liderança,
psicomotricidade e artes, além de
apresentar grande criatividade,
envolvimento na aprendizagem e
realização de tarefas em áreas de seu
interesse.

Como parte da equipe técnica escolar, o


Neuropsicopedagogo Institucional contribui com
processos de inclusão, identificando aspectos da
aprendizagem humana envolvidas no desempenho
acadêmico que necessitam de atenção específica.
Contudo, ele não  possui em sua formação
aprofundamento em conhecimentos e práticas
exclusivas para lidar com o Transtorno de Espectro
Autista. Isso, é possível constatar tanta na descrição
desta função no Código Brasileiro de Ocupações do
Ministério da Economia, bem como nos atos
regulatórios da Educação Especial de nosso país.

A legislação nacional que regulamenta o


Atendimento Educacional Especializado não prevê a
Neuropsicopedagogia Institucional como formação
aderente para atender alunos com deficiências ou
transtorno:

Conforme a Resolução CNE/CEB


n.4/2009, art. 12, para atuar no
atendimento educacional
especializado, o professor deve ter
formação inicial que o habilite para
exercício da docência e formação
específica na educação especial. O
professor do AEE tem como função
realizar esse atendimento de forma
complementar ou suplementar à
escolarização, considerando as
habilidades e as necessidades
específicas dos alunos público alvo da
educação especial. ” (2010, p.8)

Por mais que os Estados e Municípios tenham


autonomia para definir em seus sistemas de ensino
sobre a inclusão das pessoas com deficiência ou
transtornos, não é possível ferir a regulamentação
maior previstas nas leis e políticas nacionais.

Assim, em se tratando da Neuropsicopedagogia


Institucional, esta deverá obedecer
impreterivelmente os preceitos da atuação
profissional preconizada no Código de Ética
Técnico-Profissional da Sociedade Brasileira de
Neuropsicopedagogia – SBNPp. Caso seja previsto
em sistemas de ensino para atuar em ações
voltadas ao TEA, haverá a necessidade eminente de
uma especialização específica sobre ele. Salvo esta
situação, sua atuação é de cunho colaborativo,
quando necessário, com toda a Equipe Técnica
Escolar, não sendo ele o principal responsável pela
inclusão do TEA na instituição.
O neuropsicopedagogo institucional, na sua
especialidade, poderá contribuir com a equipe
técnica-pedagógica na elaboração do Plano de
Desenvolvimento Individual da pessoa com TEA,
respeitando os parâmetros da equipe
multiprofissional que atua no atendimento clínico
do sujeito. Desse plano resultarão ações de
intervenção visando à melhoria do processo de
ensino/aprendizagem e do convívio com seus
pares.

As ações neuropsicopedagógicas em âmbito


institucional, preconizam primordialmente, as
questões resultantes de desempenho acadêmico
inadequado para a faixa etária na qual encontra-se
o sujeito. E este, por sua vez, não será enquadrado
no público da Educação Especial, porém possuirá
dificuldades que caso não sejam trabalhadas no
tempo devido, poderão se estender durante todo
percurso escolar e além dele.

Ana Paula Diatchuk de Oliveira

https://www.censupeg.com.br/inclusao-escolar-
tea/28/29/12/22/04/2020/neuropsicopedagogia/censupeg/
O que é Neuropsicopedagogia?

https://ipecs.com.br/o-que-neuropsicopedagogia/

O entendimento sobre os processos cerebrais é cada


vez mais preciso e acertado. Há mais de cem anos
que os pesquisadores buscam aprimorar seus
estudos sobre o cérebro humano, e, atualmente, já se
pode afirmar que temos excelentes conhecimentos
nessa área.

E é claro que a Educação se beneficia dessas


descobertas, pois é um campo que lida
inevitavelmente com as particularidades do cérebro
humano, principalmente no que se refere aos
estímulos da aprendizagem. São das funções
cerebrais que vem as respostas para muitas
indagações da Pedagogia. Por isso, as Neurociências
têm muito a acrescentar a diversas áreas do
conhecimento, e é dessa fusão que surgiu a
Neuropsicopedagogia. E então o que é
neuropsicopedagogia?

De modo geral, diz-se que neuropsicopedagogia é


uma ciência que estuda o sistema nervoso e sua
atuação no comportamento humano, tendo como
enfoque a aprendizagem. Para isso, a
Neuropsicopedagogia busca relações entre os
estudos das neurociências com os conhecimentos da
psicologia cognitiva e da pedagogia. Sendo assim,
essa é uma ciência transdisciplinar que estuda a
relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a
aprendizagem humana.

Como atua o Neuropsicopedagogo?


Podemos dizer que neuropsicopedagogo é o
profissional que vai integrar o conhecimento
adequado do funcionamento do cérebro, para melhor
entender a forma como esse cérebro recebe,
seleciona, transforma, memoriza, arquiva, processa e
elabora todas as sensações captadas pelos diversos
elementos sensoriais para, a partir desse
entendimento, poder adaptar às metodologias e
técnicas educacionais a todas as pessoas e,
principalmente, aquelas com características
cognitivas e emocionais diferenciadas.

Esse profissional tem que estar em busca constante


dos necessários conhecimentos sobre os transtornos
neurológicos, psiquiátricos e distúrbios existentes,
para desenvolver um trabalho de acompanhamento
pedagógico, cognitivo e emocional das pessoas que
apresentem essas sintomatologias. O profissional de
neuropsicopedagogia, portanto, é um dos elementos
mais importantes para desenvolver e estimular novas
“sinapses”, para um verdadeiro processo de ensino
aprendizagem.
A Neuropsicopedagogia Clínica aos poucos vem
conquistando espaço no território brasileiro surgindo
como uma nova área do conhecimento e pesquisa na
atuação interdisciplinar, abarcando conhecimentos
neurocientíficos e tendo seu foco nos processos de
ensino aprendizagem. O trabalho é com atividades
que avaliam e intervêm nos processos de
aprendizagem procurando obter informações de todas
as ciências.

O curso de Neuropsicopedagogia Clínica tem como


objetivo proporcionar aos profissionais da área da
Educação e Saúde, com prioridade aqueles que estão
no exercício clínico e que atuam em instituições
pública e particulares, a apropriação do conhecimento
geral e específico sobre o desenvolvimento e o
processo de aprendizagem das crianças com
problemas de desenvolvimento e aprendizagem.

 
Referência
http://posfg.com.br/neuropsicopedagogia-clinica-
institucional-hospitalar/
http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2013/02/1
9/o-que-e-neuropsicopedagogia-
Autora:

Profa Dra Karina Kelly Borges – CRP – 06/56796-4

Lattes: http://lattes.cnpq.br/8104709171429351
O QUE É A NEUROPSICOPEDAGOGIA?

É uma área que estuda o sistema nervoso e sua


atuação no comportamento humano, tendo como
enfoque a aprendizagem. Por isso, a
neuropsicopedagogia procura fazer inter-relações
entre os estudos das neurociências com os
conhecimentos da psicologia cognitiva e da
pedagogia. Como um novo campo de
conhecimento, ela vem abrindo bastante espaço
para atuação, mas também exige muito estudo,
pesquisa e conhecimento das funções cerebrais.

           Sendo assim, essa é uma ciência


transdisciplinar que estuda a relação entre o
funcionamento do sistema nervoso e a
aprendizagem humana.

        Seu objetivo é promover a reintegração


pessoal, social e educacional a partir da
identificação, do diagnóstico, da reabilitação e da
prevenção de dificuldades e distúrbios da
aprendizagem.

       O entendimento sobre os processos


cerebrais é cada vez mais preciso e acertado. Há
mais de cem anos que os pesquisadores buscam
aprimorar seus estudos sobre o cérebro humano,
e, atualmente, já se pode afirmar que temos
excelentes conhecimentos nessa área.

        E é claro que a Educação se beneficia


dessas descobertas, pois é um campo que lida
inevitavelmente com as particularidades do
cérebro humano, principalmente no que se refere
aos estímulos da aprendizagem. São das funções
cerebrais que vem as respostas para muitas
indagações da Pedagogia.  Por isso, as
Neurociências têm muito a acrescentar a diversas
áreas do conhecimento, e é dessa fusão que
surgiu a Neuropsicopedagogia.

              A Neuropsicopedagogia proporciona a
integração na formação psicopedagógica
permitindo o conhecimento adequado do
funcionamento do cérebro, para melhor entender
a forma como esse cérebro recebe, seleciona,
transforma, memoriza, arquiva, processa e
elabora todas as sensações captadas pelos
diversos elementos sensores para, a partir desse
entendimento, poder adaptar às metodologias e
técnicas educacionais a todas as pessoas e,
principalmente, aquelas com características
cognitivas e emocionais diferenciadas.
A  Neuropsicopedagogia, que agrega
conhecimentos da neurociência, psicologia e
pedagogia realiza um trabalho de prevenção, pois
avalia e auxilia nos processos didático-
metodológicos e na dinâmica institucional para
que ocorra um melhor processo de ensino
aprendizagem.

Quando procurar um Neuropsicopedagogo?

         Normalmente quando o individuo apresentar


dificuldades ou transtornos na aprendizagem,
questões de comprometimentos com a memória
ou problemas que evidenciam suas respostas
cognitivas diante de algumas ações , realizadas.
Quando as famílias ou escolas, percebem uma
descaracterização do comportamento e das
ações aprendentes, relacionais e afetivas.  A
percepção de sinais diferenciados de
comportamento, fala ,  escrita, comportamento
deverá ser investigada  e essa investigação se dá
multidisciplinarmente, através do neurologista ou
psiquiatra, neuropsicopedagogas ou
psicopedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos,
dependendo da situação apresentada. Sentindo a
necessidade o Neuropsicopedagogo poderá ser
procurado para estabelecer uma avaliação e
solicitar a intervenção de mais profissionais se
houver a necessidade.
Pais, responsáveis e professores : Ao observarem
o indivíduo com um comportamento distanciado
em relação a aprendizagem, bem como algum
tipo de comportamento de repulsa, ou
resistência , quando a criança é convocado para
aprender, ou ir a escola. Quando perceber que 
por algumas vezes ele repete incessantemente
que não consegue ou não lembra. Verificar se sua
escrita está precária e não respondendo a  escrita
de crianças de sua idade. Em algumas vezes a
criança ou adolescente poderá escrever com
letras trocadas  e perceber que ao ler  o seu filho
troca muito as palavras. Esses são alguns sinais
que precisam ser vistos .

Empresas: Quando sentirem a necessidade de


avaliarem o potencial cognitivo de seus
colaboradores, através de avaliações,
treinamentos e palestras, que possam promover a
melhoria em seus comportamentos cognitivos
dentro da empresa, bem como dar suporte aos
colaboradores de descobrirem seu perfil
cognitivo , afetivo e relacional para uma melhor
produtividade em todos os ângulos.

Escolas: Diante de suas necessidades


já existentes com o individuo aprendente, para
que de forma específica possa estabelecer a
existência de possíveis transtornos e intervenção,
obtendo orientações de tratamento junto aos
responsáveis. Promovendo auxilio ao corpo
docente, na criação de planos de trabalhos
direcionados, visando a facilitação do
aprendizado. e solicitando a intervenção do
psicopedagogo para buscar reduzir a evasão
escolar diante de alguns aspectos relacionados a
dificuldades de aprendizagem e transtornos.

Também com o intuito de ministrar palestras,


treinamentos para seus colaboradores, para que
possam ter um capacitação maior dando
condições  de perceberem essa multiplicidade no
desenvolvimento infantil e humano.

         Normalmente quando o individuo apresentar


dificuldades ou transtornos na aprendizagem,
questões de comprometimentos com a memória
ou problemas que evidenciam suas respostas
cognitivas diante de algumas ações , realizadas.
Quando as famílias ou escolas, percebem uma
descaracterização do comportamento e das
ações aprendentes, relacionais e afetivas.  A
percepção de sinais diferenciados de
comportamento, fala ,  escrita, comportamento
deverá ser investigada  e essa investigação se dá
multidisciplinarmente, através do neurologista ou
psiquiatra, neuropsicopedagogas ou
psicopedagogos, psicólogos e fonoaudiólogos,
dependendo da situação apresentada. Sentindo a
necessidade o Neuropsicopedagogo poderá ser
procurado para estabelecer uma avaliação e
solicitar a intervenção de mais profissionais se
houver a necessidade.

Pais, responsáveis e professores : Ao observarem


o indivíduo com um comportamento distanciado
em relação a aprendizagem, bem como algum
tipo de comportamento de repulsa, ou
resistência , quando a criança é convocado para
aprender, ou ir a escola. Quando perceber que 
por algumas vezes ele repete incessantemente
que não consegue ou não lembra. Verificar se sua
escrita está precária e não respondendo a  escrita
de crianças de sua idade. Em algumas vezes a
criança ou adolescente poderá escrever com
letras trocadas  e perceber que ao ler  o seu filho
troca muito as palavras. Esses são alguns sinais
que precisam ser vistos .

Empresas: Quando sentirem a necessidade de


avaliarem o potencial cognitivo de seus
colaboradores, através de avaliações,
treinamentos e palestras, que possam promover a
melhoria em seus comportamentos cognitivos
dentro da empresa, bem como dar suporte aos
colaboradores de descobrirem seu perfil
cognitivo , afetivo e relacional para uma melhor
produtividade em todos os ângulos.

Escolas: Diante de suas necessidades


já existentes com o individuo aprendente, para
que de forma específica possa estabelecer a
existência de possíveis transtornos e intervenção,
obtendo orientações de tratamento junto aos
responsáveis. Promovendo auxilio ao corpo
docente, na criação de planos de trabalhos
direcionados, visando a facilitação do
aprendizado. e solicitando a intervenção do
psicopedagogo para buscar reduzir a evasão
escolar diante de alguns aspectos relacionados a
dificuldades de aprendizagem e transtornos.

Também com o intuito de ministrar palestras,


treinamentos para seus colaboradores, para que
possam ter um capacitação maior dando
condições  de perceberem essa multiplicidade no
desenvolvimento infantil e humano.

Quais são os pontos principais da


Neuropsicopedagogia?
             O primeiro é a Educação, cujo intuito é o
de promover a instrução, o treinamento e a
Educação dos cidadãos; o segundo, a Psicologia,
com foco nos aspectos psicológicos do indivíduo;
e o terceiro é a própria Neuropsicopedagogia, que
estuda a teoria do cérebro trino, que oportuniza a
teoria das múltiplas inteligências, propostas pelo
psicólogo cognitivo norte-americano Howard
Gardner.

           É a teoria que discute o fato de que nós,


humanos e primatas, temos o cérebro dividido em
três unidades funcionais diferentes e que cada
uma dessas unidades representa um extrato
evolutivo do sistema nervoso dos vertebrados. Ela
foi elaborada pelo neurocientista Paul MacLean
na década de 1970, mas só foi apresentada ao
público em geral em 1990, ano em que ele lançou
o livro The Triune Brain in Evolution: Role in
Paleocerebral Functions.

Quais as contribuições que a


Neuropsicopedagogia pode trazer?

Ela contribui para a Educação, pois abre


possibilidades para o educador perceber o
indivíduo em sua totalidade, a partir de
conhecimentos neurocientíficos, pedagógicos e
psicológicos.
https://saberpsic.com.br/2019/08/15/o-que-e-a-
neuropsicopedagogia/ em 15/5/2020

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