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ESTRATÉGIAS DE CONTATO EM
EDUCAÇÃO
INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
1 FUNÇÕES, FINALIDADES E CARACTERÍSTICAS DA AVALIAÇÃO NA
EDUCAÇÃO
Uma vez que os alunos são responsáveis por seus próprios resultados,
eles devem trabalhar para mudar suas circunstâncias. Se não, já se sabe quais
serão as consequências. O professor não se responsabiliza por qualquer tipo de
ação relacionada aos resultados. Deve aplicar os instrumentos de avaliação,
registar e comunicar os resultados, utilizando-os como instrumentos de controlo
do aluno. Como apontou Zabala (1998), a avaliação, nessa visão, é uma das
engrenagens da função didática e mais especificamente da seleção e orientação
escolar, visando controlar o trabalho dos alunos, ao mesmo tempo, em que
gerencia o fluxo.
De acordo com Bello (2001, p. 2), "A educação indígena foi interrompida
com a chegada dos jesuítas". O autor afirma que os primeiros sacerdotes
desembarcaram em março de 1549, liderados pelo Padre Manoel de Nóbrega,
e logo estabeleceram a primeira escola elementar brasileira, seguindo os moldes
europeus.
De acordo com Ghiraldelli Jr. (1990, p. 83), "a criação dessas instituições
e a implementação da Reforma Capanema delinearam um sistema educacional
para o país, que até então não existia".
Uma nova Lei de Diretrizes e Bases, intitulada Lei 9394/96 ou LDB/96, foi
projetada em 1988 e sancionada em 1996 como continuidade das políticas
educacionais. Seu objetivo era reestruturar o sistema educacional brasileiro,
estabelecendo regulamentações abrangentes nas áreas de formação de
professores, gestão escolar e currículo. Essa lei foi o resultado de debates
realizados ao longo de oito anos, envolvendo duas propostas distintas. Por um
lado, havia discussões abertas com a sociedade, que defendiam uma maior
participação da sociedade civil nos mecanismos de controle do sistema de
ensino. Por outro lado, havia articulações entre o Senado e o Ministério da
Educação (MEC), sem a participação popular, que defendiam um poder mais
centralizado sobre a educação. No final, a proposta que prevaleceu foi a que
defendia um controle mais centralizado, mesmo sem a participação popular, na
"disputa" de ideias.
Apesar dos avanços alcançados ao longo dos anos, ainda existem muitos
obstáculos a serem superados, especialmente em um país marcado por
profundas desigualdades no que se refere à formação, acesso à cultura,
educação e uso de novas tecnologias. Isso ressalta a necessidade cada vez
maior de realizar uma avaliação consistente com os desafios curriculares da
educação contemporânea e desenvolver metodologias de ensino que
efetivamente abordem a possibilidade de uma mudança qualitativa.
Hoffmann (2011) propõe a avaliação mediadora, que busca acompanhar o aluno para promover
seu desenvolvimento. Nessa abordagem, o professor orienta o aluno nas tarefas, oferece novas
leituras ou explicações, sugere investigações e proporciona vivências enriquecedoras que
contribuem para a ampliação do conhecimento. Por outro lado, Hoffmann (1996) destaca que
muitos professores entendem e praticam a educação e a avaliação como momentos separados
e não interligados.
Ao não reconhecer a importância da avaliação no processo de aprendizagem, os professores,
mesmo ao tentarem inovar, simplesmente entregam o conteúdo, aplicam uma prova escrita e
atribuem uma nota, encerrando o ato da avaliação. Ao considerar a nota como o único objetivo,
o professor revela que não compreende que a avaliação é apenas um dos vários momentos de
coleta de dados que devem ocorrer ao longo do processo de ensino-aprendizagem. Esses
momentos fornecem informações valiosas para realizar uma avaliação justa e embasar a tomada
de decisões em relação ao trabalho pedagógico e ao progresso do aluno. Infelizmente, o aluno
acaba sendo rotulado como "fraco" ou "competente", sem considerar seu potencial de
desenvolvimento.
Também é mencionado pelo autor o ENEM, que, a partir do final dos anos
1990, passou a avaliar o perfil dos estudantes ao final do ensino médio. O ENEM
se tornou uma opção para os estudantes participarem desse nivelamento.
Conforme Andrade,
Além disso, a análise estatística realizada por Travitzki (2013) revela que,
no máximo, 21% das diferenças entre as médias das escolas no ranking podem
ser atribuídas às próprias escolas, enquanto o restante dos resultados é
explicado por diferentes condições de contexto das instituições, como o nível
socioeconômico das famílias, a etnia dos alunos, a dependência administrativa
e o estado em que estão localizadas, entre outros fatores. Isso ressalta a
importância de considerar uma ampla gama de elementos ao avaliar a qualidade
educacional de uma escola, em vez de se basear exclusivamente em rankings.
Apesar das diferentes opiniões sobre o ENEM, Marçal (2014) destaca que
avaliações como essa estão se consolidando no cenário educacional brasileiro,
sendo adotadas pelos governos em diferentes níveis da federação. Isso indica a
crescente importância e presença dessas avaliações no sistema educacional do
país.