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Núcleo Comum| Avaliação da Aprendizagem Escolar
AVALIAÇÃO - PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES
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A avaliação supõe uma coleta de dados e informações, por meio de
diferentes instrumentos de verificação, para saber se os objetivos
previstos estão sendo atingidos. Os juízos de valor ou valoração
referem-se a uma apreciação valorativa sobre o evento, atividade
ou pessoa como conclusão do processo avaliativo. A quantidade,
ou menção qualitativa, refere-se à utilização de alguma forma de
medida a partir de critérios explicitados previamente.
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períodos, as abordagens pedagógicas, ao definir os processos
avaliativos, desvinculavam o ato de ensinar do ato de aprender,
criando assim uma ruptura entre a ação docente e discente, ou seja,
esse distanciamento depositava no aluno toda a responsabilidade
pelo sucesso ou fracasso escolar.
Em contrapartida, o professor, como detentor do saber, tinha
entre suas funções, “cobrar” dos alunos, os conteúdos apreendidos,
por meio de instrumentos suficientemente exigentes, que permitissem
aferir resultados aos dados recolhidos nas testagens e exames.
Segundo Hoffmann, há uma dicotomia entre educação e avaliação,
sendo que os educadores percebem a ação de educar e avaliar como
dois momentos distintos e não relacionados.
A obra “A alegria na escola” de Snyders (1988), apresenta os
desafios de pensar a Escola de hoje como “um terreno de satisfação
presente e não retardada indefinidamente”, despreza a alegria
ingênua e o otimismo vazio, assim como as frágeis e insólitas receitas
de autoajuda tão rotineiras nos manuais atuais. O autor defende a
busca da alegria na escola do que ela oferece de particular, de
insubstituível: uma escola que tivesse realmente a audácia de apostar
tudo na satisfação da cultura elaborada de uma extrema ambição
cultural.
O presente estudo sobre Avaliação de Aprendizagem convida a
refletir sobre essas possibilidades, e pensar os elementos que
compõem a avaliação, em sua construção conceitual, legal, histórica e
pedagógica.
A pergunta que norteia as análises do referido autor em suas
pesquisas sobre a Escola, nos abre o convite para a reflexão:
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Por que existe um tal abismo entre o que a escola
poderia ser, o que os alunos poderiam viver – e o que
eles vivem na realidade?
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A concepção de avaliação e as diferentes práticas afins não são
descoladas das condições materiais, sociais e filosóficas onde estão
inseridas, ou seja, ainda referenciando Mizukami (1986), o
conhecimento humano, dependendo dos diferentes referenciais, é
explicado diversamente em sua gênese e desenvolvimento, o que,
consequentemente, condiciona conceitos diferentes de homem,
mundo, cultura, sociedade, educação, entre outros.
Cotidianamente, nos deparamos com situações que exigem
julgamentos, comparação de desempenho e resultados. Mas será
que essas ações contém implicitamente o conceito de avaliação?
Como diferenciar a aplicação de exames do processo de avaliação
numa perspectiva mais ampla e processual, com horizonte formativo?
Aos educadores cabe discutir o assunto avaliação e retomar
alguns aspectos fundamentais já pesquisados nessa área, sem
minimizar a concepção de avaliação à medida, médias e ao binômio
fracasso-sucesso.
Da medição à avaliação de aprendizagem, as diferentes linhas
teóricas buscam primeiramente discutir definições de avaliação e
como o próprio Ristoff (2003) salienta a definição de avaliação é, na
verdade, algo mais complexo do que normalmente se imagina.
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Entre os autores que orientam esse estudo, pode-se destacar;
Hoffmann (2011), Luckesi, (2011) Esteban (2005), Vasconcellos
(1994), Sobrinho (2000), Sobrinho e Ristoff (2003).
Alguns aspectos são consenso nas análises desses autores,
assim como há algumas singularidades em suas pesquisas. Porém,
todos são unânimes em defender a ideia de que o tema em destaque,
não pode se restringir há um estudo reduzido a uma “etapa” do
planejamento escolar, mas é constituinte do processo educacional,
em suas múltiplas implicações e relações (MIZUKAMI, 1986).
Além da compreensão de suas práticas e experiências, é
imprescindível clareza conceitual e teórica da parte dos docentes e
profissionais relacionados à Educação no que tange ao domínio
teórico-metodológico sobre o ato avaliativo.
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conhecemos no presente é a escola da modernidade e, junto
com ela foram sistematizados os exames escolares, da
forma como genericamente eles ainda ocorrem hoje.
(LUCKESI, 2011, p. 27).
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individual ou coletivo, a escola, na sua dimensão inclusiva,
democrática e participativa precisa ter clareza da sua função social.
Para que esses princípios não permaneçam apenas nas
estatísticas e na mídia, torna-se urgente que se realizem estudos
aprofundados sobre avaliação, relacionados a políticas efetivas que
visem superar a evasão, o analfabetismo nas diferentes áreas do
conhecimento, assim como as injustiças sociais.
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FILME:
Nacionalidade: EUA
Questão 2
Ao resgatarmos aspectos da educação que caracterizam a
relação professor-aluno-conhecimento, observamos uma dicotomia
entre educação e avaliação. Nesse contexto, qual a função do
professor? Assinale a alternativa que responde corretamente à
pergunta.
A) Incentivar os alunos a realizarem as avaliações.
B) Motivar os alunos a se socializarem.
C) Cobrar dos alunos os conteúdos apreendidos.
D) Estabelecer laços de amizade com os alunos.
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Comentário: O professor, como “detentor do saber”, tinha entre
suas funções “cobrar” dos alunos os conteúdos apreendidos por
meio de instrumentos suficientemente exigentes, que permitiam
aferir resultados aos dados recolhidos nas testagens e exames.
Referências:
CASTANHEIRA, Ana Maria Porto. Texto: “Formação Docente e a
nova visão de avaliação educacional”. Revista: Estudos em
Avaliação Educacional, v. 19, n. 39, jan./abr. 2008(consulta ao site em
01 de março de 2012, 19h)
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HOFFMANN, Jussara. Pontos & Contra Pontos: do pensar ao agir
em avaliação. 9. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.
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