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TIPOS DE
AVALIAÇÕES
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO
INSTRUMENTOS E TIPOS DE AVALIAÇÕES
Sumário
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
2 AVALIAÇÃO – CONCEITOS BÁSICOS....................................................................5
2.1 Avaliação da aprendizagem.....................................................................................6
2.2 Avaliação Institucional............................................................................................8
2.3 Origem e fundamentos da avaliação institucional no Brasil.................................12
3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL NO ENSINO FUNDAMENTAL.........................16
3.1 Fundamentação da avaliação institucional no Ensino Fundamental.....................17
3.2 Princípios da avaliação institucional no ensino fundamental................................18
3.3 Objetivos da avaliação institucional no ensino fundamental.................................18
3.4 Etapas do Processo de Avaliação Institucional.....................................................20
4 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E GESTÃO DEMOCRÁTICA............................23
REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS....................................................30
1 INTRODUÇÃO
Gadotti (2005) nos conta que durante o período do Regime Militar (1964- 1985),
estudantes, professores, funcionários e muitas instituições de ensino superior e de
educação básica empenharam-se na tarefa da redemocratização do País. O fim da
ditadura estava na agenda comum da escola e da universidade. Hoje, a educação básica
e a universidade já incorporaram o tema da democratização no seu cotidiano e uma nova
agenda está sendo assumida, a da avaliação. A avaliação institucional tornou-se
preocupação essencial para a melhoria dos serviços das escolas e universidades e para a
conquista de maior autonomia.
Mas não se pode afirmar que essa seja uma preocupação apenas recente. Ela já
vem de longe. “Desde os anos 1930 educadores e administradores educacionais vem se
dedicando ao debate desta questão, especialmente quanto aos aspectos relacionados com
a expansão do atendimento, a articulação entre a educação e o processo de
desenvolvimento do país, a qualidade do ensino e mais recentemente, os impactos dos
custos da educação sobre os orçamentos públicos” (LAPA; NEIVA, 1996, p. 214).
Ao longo desta apostila nosso objetivo é lançar algumas ideias para que reflitam,
critiquem e se posicionem em busca da qualidade do ensino e de igualdade para todos,
no tocante à questão que envolve a avaliação.
Avaliar significa emitir juízo de valor sobre a realidade que se questiona, seja a
propósito das exigências de uma ação que se projetou realizar sob ela, seja a propósito
das suas consequências (BRASIL, 1996, p. 86).
Avaliação, por sua vez seria o ato ou efeito de avaliar; procedimento de cálculo
do valor de um bem; procedimento de análise do estado ou condição de alguma coisa
em termos de normalidade, qualidade, validade e utilidade.
Avaliação da aprendizagem.
Avaliação institucional.
Avaliação da aprendizagem
À escola interessa para definir prioridades e localizar quais aspectos das ações
educacionais que demandam maior apoio.
Para Comenius, a avaliação é vista como um meio auxiliar ao docente para uma
prática educativa mais adequada ao aluno.
Verificação dos conhecimentos que os alunos têm dentro dos padrões aceitáveis
para enquadramento.
- A auto-avaliação;
- Processos avaliáveis:
. O aluno que aprende e o que professor que ensina devem ser avaliados.
1. Sensibilização.
2. Auto-avaliação.
3. Avaliação externa.
4. Reavaliação e instrumentos.
Por definição pode dizer que a avaliação institucional é o processo que busca
identificar os rumos e apontar as necessidades de melhoria do conjunto de atividades da
instituição.
Seu foco seria a instituição como um todo, nos seus segmentos, conjunto de
atividades e dimensões.
Realizado anualmente.
É realizada a cada dois anos – Bienal. Foi aplicado pela primeira vez em
1990.
1995: A lei n° 9.131/95 (24/11/1995), propôs pela primeira vez como atribuições
do MEC “formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do
ensino” e implanta o Exame Nacional de Cursos – ENC, conhecido como provão, o
questionário sobre condições socioeconômicas do aluno e suas opiniões sobre as
condições de ensino do curso frequentado; a Análise das Condições de Ensino (ACE); a
Avaliação das Condições de Oferta (ACO); e a avaliação Institucional dos centros
universitários. No ENC a ênfase recai sobre os resultados, a produtividade, a eficiência
com o controle do desempenho frente a um padrão estabelecido e com a prestação de
contas. Tem como foco o curso, em sua dimensão de ensino, e tem função
classificatória para uma possível fiscalização, regulação e controle por parte do Estado.
A lógica é de que a qualidade de um curso é igual à qualidade de seus alunos.
Vale lembrar:
Cabe explicitar o Diagrama proposto por José Carlos Libâneo (2001) com as
áreas de organização e gestão da escola.
1) prestar contas à sociedade que, afinal, é quem paga a educação que recebe; e,
1- Sensibilizar
2- Diagnosticar
3- Avaliação Interna
b) Avaliação da Disciplina:
Desempenho didático-pedagógico;
Aspectos éticos.
d) Avaliação do aluno
4- Avaliação externa
Para encerrar este texto inicial sobre avaliação institucional, deixamos duas
observações para reflexão:
Precisamos ter uma escola ágil, que preze a si mesma e seja capaz de se
questionar, uma escola com ambições, que projete um futuro para si, que aspire a
excelência e esteja disposta a reconhecer e aprender com seus erros; uma escola capaz
de conviver com mudanças e de suspeitar de longas calmarias, porque aprendeu que a
mudança é a regra e a estabilidade, a exceção. O que se espera é que todos - professores,
alunos, funcionários, membros da comunidade externa - se identifiquem com o trabalho
que realizam. Quando esta identificação existe, a escola deixa de girar no mesmo lugar,
repetindo as mesmas rotinas ano após ano, porque energias positivas são liberadas e a
escola ganha vitalidade, sinergia e rumo (CEAE, 2010).
O caso de Minas Gerais pode ilustrar o que acabamos de afirmar. Neste Estado o
“Programa de Avaliação da Escola Pública” foi implantado em 1992, como “exigência
constitucional” (Constituição do Estado de Minas Gerais, Art.
No Estado de São Paulo a avaliação institucional está prevista, desde 1997, nas
“Normas regimentais básicas para as escolas estaduais”, conforme explícito nos artigos
abaixo:
Como se vê, tanto no Estado de Minas Gerais como no Estado de São Paulo, o
processo da avaliação institucional está centrado na escola, ou melhor, no conselho de
escola. Para que ele seja eficaz, contudo, é necessário que sejam previstas também as
condições de funcionamento desses conselhos. Estas condições são tanto de ordem
estrutural (condições materiais e salariais) quanto de um bom referencial teórico e de
adequada formação dos avaliadores.
que produzem a instituição para poder melhorar a qualidade de seus serviços e produtos
(GADOTTI, 2005).
Contudo, apesar dela ser mais aceita hoje do que na década passada, a avaliação
ainda provoca ansiedades em muitos avaliadores e, principalmente, nos avaliados.
Como esse tema sempre foi associado à punição, ela ainda é vista, em muitos
ambientes, como um processo ameaçador, como as “provas” de desempenho. A
avaliação ainda não é considerada como um elemento fundamental de qualquer
processo, como o planejamento, o referencial teórico e a metodologia, sobre os quais se
pode falar sem meter medo em ninguém. Contudo, as reações negativas e as resistências
à avaliação desaparecem quando se procura envolver a todos os interessados
(GADOTTI, 2005).
Estabelecer uma filosofia que sirva de base para orientar o processo de avaliação
é fundamental para o seu êxito. Se não se define essa orientação o
SOUSA, Sandra M. Zákia Lian. "Para que avaliar". In: Folha de São Paulo, 8 de
abril de 1995.