Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Aula 08
Planejamento e o Processo Avaliativo
Objetivos Específicos
• Estabelecer as relações entre o planejamento e o processo avaliativo.
Temas
Introdução
1 Planejamento e o processo avaliativo
2 A avaliação na prática
Considerações finais
Referências
Professoras
Claudia Valeria Nobre e Keite Melo
Planejamento Didático
Introdução
Nesta aula a relação entre avaliação e planejamento será o tema da nossa discussão.
Veremos o quão imbricados estão esse dois processos e como é importante que os docentes
tenham consciência disto. Para entender melhor o que estamos falando, nesta aula iremos
rever, inicialmente, o conceito de planejamento e em seguida as nuances existentes entre a
ação de planejar e o ato de avaliar.
A relação entre planejamento e avaliação é bastante estreita e não pode ser desconsiderada
no processo ensino-aprendizagem, pois, da mesma forma que se avalia o que foi ensinado ou
o que foi aprendido, também se avalia visando melhorias nesse processo. Com isso queremos
Senac São Paulo- Todos os Direitos Reservados 2
Planejamento Didático
dizer que sempre que ensinamos estamos avaliando e sempre que aprendemos também
estamos avaliando, ou seja, não existe uma dicotomia entre ensino e avaliação, são processos
que caminham juntos e a avaliação não se restringe ao final dele, como muitos pensam. “A
avaliação é um processo contínuo e sistemático. Faz parte de um sistema mais amplo que é o
processo ensino-aprendizagem” (HAIDT, 1999, p. 288).
• avaliação somativa: ocorre no final de um período, sendo vista como uma linha
de chegada temporária. Afinal, tem a finalidade de apreciar o resultado e fornecer
elementos para o planejamento das próximas ações educativas.
A partir do que foi visto anteriormente, podemos dizer que a concepção de avaliação,
na lógica defendida pelo Luckesi (1996), que reforça a relação de interdependência entre
avaliação e planejamento, é a diagnóstica, pois requer não somente uma constatação dos
problemas educacionais, mas, principalmente, demanda uma tomada de decisão sobre o que
se identificou no processo avaliativo e as ações que daí recorrerão para ajustar o percurso.
Entretanto, Luckesi (1996) sinaliza que há ainda um longo caminho a ser percorrido para
que essa concepção diagnóstica de avaliação seja implementada e para que se quebre o
paradigma de que se deve avaliar apenas no final do processo ensino-aprendizagem.
Podemos, então, corroborar com Luckesi (1995) quando afirma que avaliação diagnóstica é um:
Quanto a isso, Luckesi (1996) traz uma reflexão pertinente: “O ato de avaliar implica dois
processos articulados e indissociáveis: diagnosticar e decidir” (LUCKESI, 1996, p. 8). Ainda
buscando compreender a relação de interdependência entre planejamento e avaliação,
Vasconcellos (1999) fornece uma conceituação importante ao ato de planejar, ao destacar que:
“planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto;
é buscar fazer algo incrível, essencialmente humano: o real ser comandado pelo ideal” (p. 35).
• Para que ensinar? Para que avaliar? Essas questões dizem respeito aos objetivos
do ensino e as razões pelas quais avaliamos no processo educativo. Sobre isso, é
importante ter clareza de qual concepção de educação dará suporte às ações no
processo de ensino e no processo de avaliação.
• O que ensinar? O que avaliar? A relação aqui é entre conteúdos de ensino e avaliação.
Os conteúdos de ensino devem ser escolhidos tendo como referência os objetivos de
ensino. No processo avaliativo, devemos priorizar aquilo que consideramos relevante
e indispensável à formação de nossos alunos, não perdendo de vista os objetivos da
aprendizagem.
Destacamos, portanto, que a avaliação tem como foco oferecer informações sobre
a aprendizagem, não podendo ser realizada somente ao final do processo. Além disso, o
professor não deve avaliar apenas com o propósito de dar nota, pois ela é decorrência do
processo e não seu fim.
(...) a avaliação por si, é um ato amoroso e a sociedade na qual está sendo praticada
não é amorosa e, daí, vence a sociedade e não a avaliação... Para a avaliação não há
uma separação entre o certo; há o que existe e esta situação que existe é acolhida,
para ser modificada. Na avaliação, não há exclusão. (LUCKESI, 1996, p. 45)
2 A avaliação na prática
A discussão sobre avaliação perpassa todos os níveis e modalidades educacionais,
sendo sempre um tema bastante polêmico e controverso. No ensino superior ou no ensino
profissional não há de ser diferente, a avaliação da aprendizagem está sempre sendo debatida.
Nesse contexto, a leitura do texto complementar a seguir aponta questões instigantes sobre
a avaliação, por isso recomendamos fortemente a leitura visando aprofundar o que foi visto
na aula. Relembramos, também, que a avaliação da aprendizagem não existe dissociada do
processo de ensinar e do projeto educativo das instituições educacionais, sendo um ponto a
ser considerado exaustivamente.
Considerações finais
Nesta aula o foco foi compreender o potencial do trabalho a partir de projetos nas
instituições educacionais e para isso vimos, brevemente, a origem dessa metodologia e quais
pontos não podem ser esquecidos para utilizá-lo eficazmente.
Vimos também que é uma metodologia bastante utilizada nas instituições educacionais. Foram
vistos ainda os procedimentos que precisam ser seguidos para planejar o trabalho por projetos,
assegurando, assim, o protagonismo dos alunos tão próprio dessa metodologia de ensino.
Referências
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.
MENEGOLLA, M. SANT’ANNA, I. M. Por que planejar? Como planejar? 10ª Ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2001.