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AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA: CONCEPÇÕES,

PRÁTICAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO E APRENDIZAGEM


DA MATEMÁTICA

1
Autor: WAGNER ALEXANDRE DO AMARAL
2
Orientador: EHRICK EDUARDO MARTINS MELZER

RESUMO
O presente trabalho é resultante de uma intervenção realizada sobre a avaliação da aprendizagem no
ensino da matemática, com 22 professores atuantes nas escolas da rede estadual de ensino. Os
referenciais que subsidiaram essa proposta no que se refere à avaliação da aprendizagem foram
Libâneo (2013), Luckesi (2005), já em relação ao ensino da matemática e a avaliação os referenciais
são Fiorentini (1995), Paraná (2008), Sameshima (2008). A intervenção foi organizada em quatro
unidades que trataram das concepções históricas, conceito e função, instrumentos e procedimentos e
avaliação em educação matemática. O grupo de participantes se consituiu de duas formas: a partir do
ambiente virtual Modlle para a realização das atividades do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) e,
também presencialmente um grupo de estudos realizado numa escola localizada na Cidade Industrial
de Curitiba (CIC). As atividades envolveram questionários, leituras e discussão do projeto de
intervenção, fóruns, diários, sistematização a partir dos referenciais, discussões em grupo e
aprensentação das sínteses. O desenvolvimento desta intervenção possibilitou identificar,
inicialmente, que os professores concebem a avaliação da matemática restrita à aplicação de provas
para averigação do domínio de conteúdos. A partir da intervenção e de forma coletiva, os professores
entenderam que a avaliação da aprendizagem em matemática deve orientar o trabalho do professor e
ao mesmo tempo ser adequada ao contexto onde se realiza, ou seja, considera-se a necessidade de
tomar com referência a aprendizagem do aluno e suas necessidades.

Palavras-chave: Avaliação; Educação Matemática; Ensino e aprendizagem; Concepções.

Introdução

A avaliação da aprendizagem é um tema que se discute em vários âmbitos,


seja, na escola no coletivo dos professores, nos sistemas oficiais de ensino
responsáveis por elaborar e distribuir as orientações curriculares acerca das
disciplinas nos diferentes níveis escolares, no meio acadêmico por meio das
pesquisas realizadas sobre a avaliação da aprendizagem, no âmbito externo como
no caso das avaliações externas em larga escala, e de tudo nos permite inferir que
no nível teórico a avaliação é concebida, atualmente, da forma mais adequada
possível.
_______________

1
Bacharel e Licenciado em Matemática, Professor de Matemática da rede estadual de Educação do
Paraná.
2
Professor orientador da Universidade Federal do Paraná.
Entende-se a avaliação para além das provas e notas que são atribuídas aos
alunos, concebe-se como importante instrumento que possa subsidiar a prática
pedagógica do professor. Há a compreensão que ela deve fazer parte de todo o
processo educacional, assumindo o importante papel de orientar o planejamento do
professor e também de reorganizá-lo quando for necessário.
Nesse sentido, nosso objeto de estudo é a avaliação da aprendizagem na
disciplina de matemática. Como professor da educação básica depreendo que o
ensino da matemática apresenta vários questionamentos sobre sua eficácia, seu
encaminhamento e principalmente sobre os resultados e influência sobre a
aprendizagem. Assim, uma das dimensões que levanta discussões e
questionamentos é avaliação da aprendizagem matemática na educação básica.
Diante desse cenário, acredito que se torna imperativo compreender a
avaliação para além do plano teórico e que possa materializar-se na prática dos
professores. Dessa forma, a avaliação deve ir além das práticas existentes, na
maioria das escolas, ou seja, superando a mensuração vislumbrando a possibilidade
de o professor refletir sobre sua ação docente. Nesse sentido há a necessidade dos
professores que ensinam matemática conceberem uma prática avaliativa que
permeie todas nossas atividades escolares, indo além da mera transmissão do
conhecimento e com isso contribuindo com significativas mudanças na educação e,
principalmente, no ensino da matemática.
Neste estudo, a importância e sua realização, residem no fato de que se
intenciona compreender a avaliação da aprendizagem matemática e os instrumentos
mais adequados na sua realização. Compreendo que o trabalho além de contribuir
com nossa prática, redimensionando o papel da avaliação, com instrumentos
adequados e em diferentes momentos com intenções específicas, possa ser
norteador para outros professores que buscam dar sentido ao processo de avaliação
com vistas subsidiar a intervenção do professor agindo de forma mais adequada
frente às dificuldades apresentadas por seus alunos diante da aprendizagem em
matemática.
Um conceito de avaliação frente aos desafios atuais do processo de ensino e
aprendizagem

Libâneo (2013), Moura e Palma (2008) e Luckesi (2005), iniciam sua


discussão com a apresentação da palavra latina “valere” que significa ato de
averiguar ou verificar determinado objeto para lhe conferir determinado valor.
Arrisca-se afirmar que atualmente o ensino está pautado nos resultados de
provas e exames, isto é, todo o processo educativo fica reduzido ao valor da nota
que concede ao aluno sua promoção ou reprovação. Percebe-se que os sistemas de
ensino e a sociedade se contentam com resultados traduzidos em notas e conceitos,
a aprendizagem fica restrita aos dados expressos em tabelas e gráficos (LUCKESI,
2005).
Dentro desse quadro, a avaliação é um retrato do autoritarismo que permeia
todo o processo educativo controlando a sua promoção no sistema educacional. A
avaliação como é concebida torna-se instrumento que atribui juízos de valor ao
sujeito. Dessa forma, configura-se a avaliação classificatória que impede o processo
de crescimento do aluno, impedindo seu avanço na constituição da autonomia e de
competências.
Segundo Libâneo, o processo de avaliação é inerente ao trabalho do
professor, ou seja, é elemento necessário e permanente de toda a atividade
pedagógica realizada. Para tanto, é um processo de que deve seguir todas as ações
que serão desenvolvidas ao longo do processo educacional que se deseja realizar,
pois, os resultados que serão obtidos tornam-se orientadores de todo o processo, ou
seja, são os resultados que indicarão a necessidade de rever e de tomar decisões
diante da aprendizagem dos alunos.
Outra concepção atual sobre avaliação é a de que, além de averiguar a
aprendizagem do aluno ela deve indicar o alcance dos objetivos propostos pelo
professor para que possa constatar o progresso, as dificuldades e a reorganização
do trabalho executado. Essa visão aponta para o entendimento de que a avaliação
reflete o nível de qualidade do trabalho escolar, tanto do aluno como do professor
(LIBÂNEO, 2013). Conforme o autor, a avaliação não se resume numa simples
aferição do que o aluno aprendeu ou deixou de aprender mediante a aplicação de
uma prova, para Libâneo (2013, p. 216) “a avaliação é uma tarefa complexa que não
se resume à realização de provas e atribuição de notas”.
Tratar do conceito de avaliação e no que ele deve expressar atualmente é
reforçar a ideia de que o processo avaliação subsidie todo o ato educativo, ou seja,
“a avaliação escolar é uma parte integrante do processo de ensino e aprendizagem
e não uma etapa isolada” (LIBÂNEO, 2013, p. 222).
Não deve ser entendida como elemento que ocorra somente no final de uma
unidade de ensino ou de um período letivo, mas, como elemento presente desde o
planejamento do professor:

[...] ela só faz sentido na medida em que serve para diagnóstico da


execução e dos resultados que estão sendo buscados e obtidos. A
avaliação é um instrumento auxiliar da melhoria dos resultados [...]
(LUCKESI, 2005, p. 150).

O autor enfatiza que a avaliação não deverá ser usada somente como
instrumento de aprovação ou reprovação, mas como instrumento que possa aferir o
estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, sendo o ato de avaliar amplo
e não restritivo a um único objetivo. É ferramenta importante no processo educativo
e existe para auxiliar o professor quanto sua didática e prática pedagógica que
garanta a qualidade da aprendizagem do aluno.
Nessa compreensão, a avaliação amplia seu significado e resulta em
processos interligados entre si. Decorrente disto tem-se a avaliação entendida como
diagnóstica, formativa e somativa. Segundo Rabelo (1998, p. 72), a avaliação
diagnóstica é realizada no início do processo educativo com o objetivo de apontar o
domínio de:

Capacidades de um determinado aluno em relação a um novo conteúdo a


ser abordado. Trata-se de identificar algumas características de um aluno,
objetivando escolher algumas seqüências de trabalho mais bem adaptadas
a tais características.

Sendo assim, a avaliação diagnóstica é uma tarefa complexa que não se


resume a realização de provas e atribuição de notas, mas um ato de construções de
melhores resultados possíveis que devem ser submetidos a uma apreciação
qualitativa, sendo comprometida, com uma proposta pedagógica que se preocupe
com as perspectivas de que o educando terá habilidades e conhecimentos
necessários à sua realização como sujeito crítico dentro de uma sociedade
(LUCKESI, 2005).
A avaliação formativa tem como intuito fornecer dados e informações quanto
ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, ou seja, é um elemento
que dará subsídios para realimentar e reorganizar o processo de ensino quando for
necessário. Ao realiza-la o professor poderá observar os sucessos e os fracassos
dos alunos e com isso terá condições de corrigir suas ações e dessa forma
tranquilizar o aluno quanto à sua aprendizagem, parte do princípio de que o diálogo
seja o elemento mediador desse processo.
Já a avaliação somativa se caracteriza por ser pontual, dessa forma, é
realizada num determinado momento do processo educativo e objetiva verificar o
grau de domínio dos alunos em relação aos objetivos estabelecidos. Deve ser
cumulativa, proporcionado a reunião de diversos instrumentos realizados ao longo
do processo educativo, ou seja, “faz um inventário com o objetivo social de pôr à
prova, de verificar. Portanto, além de informar, situa e classifica. Sua função
principal é dar certificado, titular” (RABELO, 1998, p. 72).

A avaliação no contexto do planejamento do trabalho docente

Ao longo do trabalho pedagógico realizado pelo professor, a avaliação deve


subsidiar o processo de tomada de decisões acerca de reformulações e adequações
diante do processo de aprendizagem do aluno. Diante disso, fica evidente observar
se os objetivos de ensino que foram propostos pelo professor e expressos no seu
planejamento estão sendo alcançados, caso contrário, é preciso verificar o que está
ocorrendo e identificar os elementos que dificultam a aprendizagem dos alunos e,
consequentemente o alcance dos objetivos pelo professor, e reorganizar a prática a
partir dos dados apurados.
Nesse sentido, a avaliação deixa de focar somente sobre o aluno e o que ele
aprendeu ou não aprendeu, mas, passa a orientar o trabalho do professor indicando
o que deve ser retomado e reorganizado para que os objetivos sejam atingidos,
como também refletir se os mesmos não devem ser redefinidos para que o trabalho
do professor tenha sucesso e o aluno possa aprender. Ou seja, assume a função de
apontar a necessidade de replanejar ou reestruturar a ação pedagógica em curso
distanciando-se assim do mero caráter de classificar.
A avaliação assume o papel de orientadora da ação docente, pois de início a
avaliação pode mostrar conhecimentos, costumes, cultura e saberes que o aluno
possui. Mostra ao professor o ponto de partida para sua ação pedagógica. Pode
indicar que necessidades os alunos possuem em relação à sua aprendizagem e aos
conteúdos a serem aprendidos e como serão aprendidos, subsidia a forma como o
professor vai mediar, tratar e abordar os conteúdos em sala de aula. Ao estar atento
ao processo de avaliação ao longo de todo o processo pedagógico o professor terá
condições de observar os métodos mais adequados à aprendizagem dos seus
alunos e da mesma forma substituir aqueles que não propiciaram a aprendizagem
significativa.
Percebe-se então que a avaliação tem um redimensionamento que supera
visões tradicionais e seu uso para simplesmente quantificar, classificar e selecionar
os que aprenderam dos que não aprenderam. Passando para o elemento essencial
e constante de todo o trabalho de planejamento do processo de ensino e presente
desde o início até a conclusão de toda ação pedagógica.

Técnicas e instrumentos de avaliação

Considerando que a avaliação é um processo contínuo, não podemos


conceber que ele seja subsidiado por um único instrumento e num único momento.
Segundo Libâneo (2013) a avaliação escolar é contínua e deve ocorrer nos
diferentes momentos do trabalho docente. Para o autor a verificação da
aprendizagem deve sempre diagnosticar e superar possíveis dificuldades dos alunos
diante da aprendizagem. A superação das falhas significa que o professor deve
tomar para si e para sua prática os resultados e analisá-los qualitativamente
indicando o progresso do trabalho pedagógico em relação aos objetivos propostos.
Para Haidt (2003) o processo de avaliação se caracteriza como a coleta e
análise de dados referentes ao ensino e à aprendizagem, esse processo pode se
desenvolvido pela execução de três técnicas: observação, autoavaliação e aplicação
de provas.
Na observação o intuito é analisar o nível de desenvolvimento cognitivo do
aluno em relação aos conteúdos detidos pelos alunos. Os instrumentos utilizados
podem valer-se de registros elaborados pelo professor, fichas e também pela análise
dos cadernos. Percebe-se que neste caso, cabe ao professor realizar o processo.
Segundo Libâneo (2013), essa etapa visa identificar informalmente, as
características cognitivas, individuais e também coletivas, que possam influenciar a
aprendizagem.
Já na autoavaliação, a intenção é muito semelhante à observação, ou seja,
identificar o domínio de conteúdos, mas, na percepção do próprio aluno, em que o
mesmo terá a função de indicar o que aprendeu e também o que não conseguiu
apropriar-se. Tanto o aluno como o professor pode valer-se de roteiros e também de
anotações realizadas por ambos nos momentos de ensino e de aprendizagem dos
conteúdos.
Ao longo do processo de ensino o professor também deve verificar o que foi
aprendido pelos alunos em relação aos conteúdos ensinados, dessa forma, o
mesmo poderá verificar o aproveitamento cognitivo dos alunos em decorrência do
ensino. Para isso, o professor poderá utilizar-se de provas escritas, sendo objetivas
ou dissertativas com o intuito de observar a capacidade do aluno em argumentar,
dissertar e também verificar as atitudes do mesmo diante de um momento de
testagem.
Libâneo amplia o espectro dos tipos de provas, segundo o autor os principais
instrumentos e procedimentos para a verificação do rendimento escolar poderão
incluir: as provas dissertativas e objetivas com questões de certo-errado, de lacunas
para completar, de múltipla escolha, de interpretação de texto, de ordenação, de
identificação e também de relacionar conceitos com significados. Avaliação além de
subsidiar o processo de ensino e orientar o trabalho do professor, poderá também
proporcionar ao aluno descobrir e conhecer seu nível cognitivo além do que, poderá
identificar os limites, os níveis e os avanços de sua aprendizagem (LUCKESI, 2005).

Avaliação no ensino de matemática: tendências da educação matemática

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática - DCE’s é


necessário que o processo de ensino e aprendizagem em matemática contribua
para que o aluno, a partir do conhecimento matemático, tenha possibilidade para
entender e refletir criticamente sobre questões sociais, políticas, econômicas e
históricas presentes na sociedade (PARANÁ, 2008).
No ensino de matemática, de acordo com a DCE’s, o professor deve fazer
uso de práticas metodológicas que incluam situações problemas que ao serem
desenvolvidas poderão fortalecer o trabalho em equipe tornando a aula mais
dinâmica, respeitando os diferentes modos de pensar matematicamente, uma vez
que não há um único método, para se chegar à solução exata das situações
propostas (PARANÁ, 2008).
A avaliação deverá acontecer durante todo o processo de ensino
aprendizagem, envolvendo temáticas reais e presentes no cotidiano do aluno, ou
seja, as situações propostas poderão ir além do conteúdo da disciplina e assim
relacionando-os com o ensino da matemática, trabalhando com dados informativos,
a interpretação e análise de situações cotidianas. O professor proporcionará
oportunidades diversificadas em sala de aula, para que haja uma melhor
compreensão por parte do aluno, pois só assim, o aluno irá aprender com mais
facilidade a matemática, à medida que ele começa a compreender a sua lógica. Mas
para isso, a avaliação deve ocorrer em todos os momentos possibilitando ao
professor a refletir sobre seu trabalho e, por outro lado compreender a lógica do
aluno (PARANÁ, 2008).
A avaliação da aprendizagem escolar em matemática, segundo Sameshima
(2008), deve configurar-se com a prática que demonstramos para os alunos o
progresso de sua aprendizagem a partir das atividades e resultados de
aprendizagem. Para isso, é preciso que o professor utilize métodos alternativos e
adequados que possam expressar o desenvolvimento do aluno e assim, reconhecer
o valor de todas as experiências de aprendizagem, além dos momentos destinados
às provas e testes.
O ensino da matemática, ao longo da sua presença no cenário educacional
brasileiro, sofreu influências das diversas tendências pedagógicas que se
sucederam. Para uma breve descrição dessas tendências e, mais especificamente
em relação ao processo de avaliação da aprendizagem o texto que se segue foi
desenvolvido a partir da pesquisa realizada por Fiorentini (1995). O autor realizou
uma análise da relação existente entre o professor, o aluno e o saber matemático a
partir de outras pesquisas desenvolvidas sobre o ensino da matemática nos
programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) que tinham aproximação com
o ensino da matemática ou com a educação matemática.
A partir desse estudo o autor estabeleceu uma descrição de seis tendências
que influenciaram o modo de conceber e entender o ensino da matemática. Essas
tendências são: formalista clássica, empírico-ativista, formalista moderna, tecnicista,
construtivista e sócioetnocultural. A análise se deu sobre o conceito e a função
atribuído à ciência matemática e sua função, ao papel do professor de matemática e
do aluno, os meios instituídos para o ensino dessa disciplina, a aprendizagem e as
ações e projetos desenvolvidos com vistas à melhoria do ensino e, no que tange a
este trabalho o processo de avaliação.
Segundo Fiorentini (1995) na tendência formalista clássica a avaliação do
aluno se pautava na sua capacidade de reproduzir nas provas o conhecimento da
mesma forma que recebeu, ou seja, valorizava-se a memorização, a obediência aos
passos estabelecidos com ênfase na reprodução do conhecimento. Já a tendência
empírico-ativista concebia a aprendizagem do aluno a partir de situações que
surgiam a partir do seu interesse, da mesma forma, a avaliação se dava pela
observância do aluno resolver problemas práticos do seu cotidiano, nesse sentido,
na escola as atividades de avaliação eram permeadas por uma variedade de
materiais manipulativos que pudessem representar situações vividas pelos alunos. A
avaliação na perspectiva no movimento de renovação do ensino da matemática que
foi divulgado pela tendência formalista moderna, ocorria partir da verificação do uso
correto da linguagem matemática que, segundo essa concepção, refletiria o domínio
do raciocínio lógico estrutural e das estruturas científicas da ciência matemática nas
escolas, ou seja, a preocupação seria formar especialistas matemáticos. Ainda
numa perspectiva tradicional, a tendência tecnicista tomava como referencial a
verificação do domínio de algoritmos, de técnicas e regras pelo aluno como forma de
evidenciar o “desenvolvimento de habilidades e atitudes e na fixação de conceitos e
princípios” (FIORENTINI, 1995, p. 17).
Numa vertente que se distanciava da reprodução do conhecimento a
tendência construtivista a avaliação objetivava observa a capacidade de o aluno
estabelecer relações e reflexões sobre um determinado objeto. Dessa forma a
aprendizagem era verificada a partir da verificação das relações que o sujeito
realizava sobre o objeto, o objeto e o outro em processo de interação e o papel
desse objeto no contexto social, ou seja, sua função e utilidade numa determinada
sociedade.
A tendência sócioetnocultural, parte do princípio de que não há uma única
ciência matemática, mas, diversas expressões matemáticas oriundas dos mais
variados grupos sociais. Nesse sentido, a matemática é algo presente no cotidiano
das pessoas e, dessa forma, na escola, a avaliação se dá pela observância da
aplicação de conhecimentos matemáticos próprios, nas mais diversas situações
existentes no contexto do aluno e na conseqüente sistematização desses
conhecimentos na escola.

Aspectos metodológicos da intervenção sobre a avaliação com professores da


rede pública estadual do Paraná

Para a concretização desta proposta de estudo sobre a avaliação da


aprendizagem da matemática, dentro da abordagem qualitativa na pesquisa em
Educação, destaca-se a opção pela pesquisa-ação como orientação metodológica
para a operacionalização dos meios e instrumentos escolhidos para realizar este
estudo.
Segundo André (1995), o termo pesquisa-ação teve origem na psicologia
social elaborada por Kurt Lewin, na década de 40, com o objetivo de coletar o maior
número de impressões da realidade investigada. A autora destaca o papel desta
abordagem na identificação de problemas e conflitos presentes no cotidiano da
escola e dos participantes do processo educacional, nesse sentido, esta abordagem
permite indicar medidas ou ações que possam mudar ou transformar a realidade
investigada.
A pesquisa-ação destina-se então a resolver conflitos com o propósito de
reduzir ou até mesmo eliminar as diferenças sociais existentes no contexto, e nesse
caso, o ambiente escolar. Outra perspectiva se refere à contribuição que esta
metodologia tem em relação ao desenvolvimento profissional do professor com
apoio na reflexão sobre a prática que este desenvolve e sua mudança.
Neste trabalho esta abordagem se aplica no sentido de proporcionar aos
professores de matemática uma análise do processo de avaliação em matemática
realizado por eles. Essa escolha se ampara nas contribuições supracitadas neste
texto anteriormente, mas é preciso destacar que esta opção vem ao encontro da
possibilidade de socializar o conhecimento sobre o processo de avaliação no ensino
da matemática.
Como se caracteriza numa proposta colaborativa, a pesquisa-ação neste
estudo pretende motivar os professores a interpretar a realidade num processo no
qual os professores serão colaboradores do professor PDE, e que juntos irão
constituir ao longo da pesquisa as ações que resultem na construção e produção do
conhecimento (BARBIER, 2002).
A justificativa por essa opção metodológica se deve ao fato de possibilitar o
amplo desenvolvimento dos professores contribuindo com o desenvolvimento da
pesquisa e ao mesmo tempo identificando os problemas que influenciam sua prática
pedagógica, no que se refere a avaliação da aprendizagem de matemática,
buscando alternativas metodológicas que possam melhorar sua ação docente.
A pesquisa-ação se configura num processo de formação docente, devido à
capacidade do professor em articular a teoria e a prática, ou seja, segundo Esteban
e Zaccur (2002, p.20) “organizar sua ação a partir da articulação prática-teoria-
prática”, capacitando o professor, a partir desta teoria, a perceber a realidade de
diferentes formas a partir da prática educativa. Possibilita ao professor, enquanto
pesquisador, aprofundar teoricamente nas questões observadas, superando
dificuldades conceituais encontradas por ele, alimentando a necessidade de saber
mais, compreendendo e redimensionando melhor o seu cotidiano.
Segundo Porto (2000), a pesquisa-ação caracteriza-se num processo de
formação docente que intenciona romper com o conformismo, superando a rotina de
sala de aula, fazendo com que o professor esteja sempre alerta às situações sociais
complexas que possam ocorrer no cotidiano escolar, produzindo e comprovando
conhecimentos, elaborando práticas inovadoras geradas pelo processo de reflexão e
ação do professor.
Desta forma, os professores desempenham papéis importantes na
reformulação educacional, pois, a prática de pesquisa-ação faz com que os
professores percebam como os seus problemas estão relacionados ao processo de
ensino e aprendizagem e não mais, com a educação.
Aspectos metodológicos das unidades didáticas sobre a avaliação do ensino e
da aprendizagem da matemática

O material que foi apresentado trouxe uma organização didática relacionada


com o tema Avaliação no Ensino da Matemática. As atividades e orientações
metodológicas forão destinadas aos professores de matemática.
O material didático foi constituído por quatro unidades. Sendo que, a Unidade
1teve como tema concepções sobre a avaliação da aprendizagem no ensino da
matemática e apresenta atividades para iniciar o processo de reflexão dos
professores participantes; A Unidade 2 abordou o tema práticas avaliativas no
ensino da matemática e os instrumentos de avaliação. Já a Unidade 3: focou o
estudo nas reflexões sobre a avaliação da aprendizagem em matemática e propôs a
relação entre a teoria e prática; E por fim, a Unidade 4 propôs a necessária
socialização dos conhecimentos sobre avaliação da aprendizagem em matemática,
com ações voltadas a divulgação dos resultados obtidos a partir das experiências
vivenciadas pelos professores.
A intenção deste material foi tratar metodologicamente o tema Avaliação no
Ensino de Matemática de forma diversificada e colaborativa, ou seja, com
estratégias didáticas diferenciadas promovendo a unidade entre os conhecimentos
científicos e a realidade do professor. Outro aspecto foi o fato de promover situações
que possibilitem a integração dos pares com a produção textual e leitura de textos
científicos dentro de uma proposta de reflexão da prática docente, própria da
pesquisa-ação.
Contou inicialmente com a participação de vinte professores que participaram
do Grupo de Trabalho em Rede (GTR) realizado no 1º semestre do ano letivo de
2017, e seis professores de matemática da rede pública estadual que participaram
presencialmente da aplicação e desenvolvimento da proposta de intervenção
realizada em uma escola da rede publica estadual localizada no bairro da Cidade
Industrial de Curitiba (CIC). Para salvaguardar o anonimato dos participantes do
estudo serão aqui identificados com numerais, considerando que quatro professores
do GTR não finalizaram as atividades.
As concepções, práticas e reflexões sobre a avaliação no ensino e
aprendizagem da matemática

O presente trabalho teve como objeto de estudo a avaliação da aprendizagem


na disciplina de matemática. Inicialmente como forma de partir das realidades
vivenciadas pelo professor diante dos desfios apresentados e impostos ao processo
de ensino e da aprendizagem matemática propôs-se partir das concepções detidas
pelos participantes sobre a avaliação, sua função no processo de ensino, os
instrumentos utilizados bem como os desfios encontrados no processo de avaliação.
Segundo os professores as avaliações estão presentes no cotidiano das
atividades pedagógicas, a avaliação é parte integrante do processo ensino
aprendizagem, os procedimentos de avaliação não podem resumir-se
exclusivamente em provas, o professor necessita ter um olhar diferenciado, pois
todos os momentos os alunos demonstram que estão aprendendo.
A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, requer
preparo técnico e capacidade de observação, e a escolha dos instrumentos de
avaliação podem influenciar e facilitar o trabalho dos professores. Nas palavras da
professora 3: “A avaliação é importante para avaliarmos os conhecimentos e
interações dos alunos.Porém é necessário olhos clínicos para percebermos se os
alunos estão realmente acompanhando os raciocínios ou somente efetuando
cálculos mecânicos ”. Nesse sentido a avaliação da aprendizagem necessita, para
cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a construção da
aprendizagem bem sucedida.
Já os instrumentos utilizados na avaliação, em sua maioria os proferssores
fazem uso de provas individuais, exercícios avaliativos, trabalhos, resolução de
problemas. Outros professores como o Professor 5 relata sobre trabalhos em que os
alunos participam ativamente como construir conceitos por meio de jogos, uso de
materiais concretos, e novas tecnologias da informação.
Quanto às dificuldades encontradas no processo de avaliação, os
professores afirmam que encontram alguns desafios pelo caminho como os
diferentes niveis de conhecimento e aprendizagem dos alunos, falta de tempo hábil
para trabalhar os conteúdos para a avaliação e a falta de comprometimento dos
alunos, no entanto há professores que buscam uma forma de avaliação formativa ou
continua, ou seja, avaliar produções de trabalho em grupo ou individual (Professor
9), ou professores que tem uma percepção de quais instrumentos devem compor a
avaliação da aprendizagem, ampliando o seu significado quando afirmam “que a
avaliação seja continua, pois o aluno não pode ser avaliado apenas por uma prova
ou um outro mecanismo único, pois ele pode não ter entendido tal assunto ou
conteúdo. A avaliação deve acontecer durante todo o período de atividades, pois
cada aluno tem suas dificuldades, seu trabalho e seus afezeres, sendo necessário
uma avaliação diferenciada( Professor 17)”.
Pode-se perceber quem o entendimento acerca dos instrumentos de
avaliação empregado pelos professores congrega concepções e um entendimento
sobre o processo de aprendizagem como algo complexo e que da mesma forma a
avaliação precisa adequar-se à dinâmica desse processo e contemplar toda a
diversidade que nele existe.
Portanto, a função da avaliação, na percepção dos professores, vai desde a
simples atribuição de nota pelas atividades desenvolvidas pelos alunos
expressando, assim, uma visão reducionista e quantitativa da avaliação reforçando
os erros cometidos pelos alunos e sua correção, mas, ao mesmo tempo, alguns
professores concebem a avaliação “como uma coleta de informações para refletir e
elaborar novas ações que visem a melhoria dos conhecimentos dos alunos
(Professor 6)”.
Essa percepção sobre o processo avaliativo originou-se a partir das
discussões realizadas durante as atividades de fundamentação e discussão sobre a
avaliação e seus instrumentos no processo de ensino e aprendizagem da
matemática. Na visão dos participantes é necessário que, a visão e o entendimento
dos professores, seja ampliada para além de notas, aprovação ou reprovação, ou
seja, é preciso ressaltar os aspectos qualitativos sobre os aspectos quantitativos.
Sendo assim, a avaliação é um processo de reflexão e análise das capacidades dos
alunos frente aos desafios de aprendizagem, de forma colaborativa e conjunta
baseada na troca de ideias que possam levar ao êxito no processo de ensino da
matemática.
Constitui-esse também numa compreensão complexa do processo avaliativo
quando o professor afirmar que é preciso “efetuar paradas para estudar caso a caso,
discutindo as possíveis formas de enfrentamento a fim de minimizar os problemas
enfrentados dia a dia, problemas esses que se refletem na escola, mas são
resquícios de uma sociedade que exclui que não trata dos seus entes na hora certa
(Professor 18)”. Percebe-se uma ampliação do conceito de avaliação por parte dos
professores participantes, uma vez que o processo avaliativo é entendido como
“contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza a uma atitude crítica e reflexiva
(Professor 18)”.
Ainda, a avaliação na visão dos participantes, não pode se restringir ao final e
sim, ocorrer durante todo o período de ensino e apontar avanços e também
dificuldades dos alunos, nesse sentido a avaliação é um elemento que está a serviço
do desenvolvimento cognitivo do aluno e ao mesmo tempo ser um instrumento que
ressalte e enfatize a necessidade de assumir o compromisso diante de sua
aprendizagem. Corroborando com essa perspectiva “a avaliação é um isntrumento
de acompanhamento do ensinar-aprender e oferece elementos para uma revisão da
postura de todos os componentes desse processo, principalmente aluno, professor,
metodologia e instrumentos de avaliação (Professor 17)”.
Ainda, a avaliação passa a “relacionar-se aos afazeres pedagógicos, ou seja,
converter-se em um instrumento para a melhoria da qualidade de ensino e para o
processo de aprendizagem dos alunos (Professor 11)”. Percebe-se que o foco ainda
está sobre o aluno e seu aproveitamento, na visão dos professores devem
considerar os fracassos apontados pela avaliação como um elemento que possa
indicar adaptações e alternativas considerando a realidade com vistas ao
aproveitamento satifatório do aluno.
No que se referem aos instrumentos, os professores apropriam-se de
possibilidade que até então não faziam parte do contexto que comumente a
avaliação se materializa na prática pedagógica, além das formas já citadas
anteriormente como provas, trabalhos e atividades os participantes passam a
considerar a entrevista e o portífólio, esto último, na visão dos professores “avalia as
competências básicas que os estudantes devem dominar na série em que se
encontram (Professor 11)”.
Mas, há de se preocupar quando os professores apresentam suas
percepções sobre a avaliação inserida no processo de ensino e de aprendizagem
em matemática, indicam a avaliação nas suas produções dando ênfase sobre a
capacacidade dos alunos formalizarem nos exercícios a sua compreensão a cerca
dos conteúdos.
Diferentemente disso, a maioria dos participantes, além do que foi descrito
acima, apontam a forma da avalição sendo formal e também processual. O
diagnóstico e a participação dos alunos durante a aula são apontados como
instrumentos de avaliação e para alguns professores as atividades seriam
desenvolvidas de forma individual e também coletiva. Nesse sentido e, em relação
ao ensino da matemática a inovação está no fato de se considerar a aprendizagem
em matemática de forma interativa, ou seja, já não se concebe a organização de
forma individual para a realização das atividades avaliativas em matemática.
Para além de provas, os professores indicaram, como instrumentos de
avaliação, a realização de exercícios e desafios durante a aula, a participação e
realização de tarefas de aula e também de casa, o desenvolvimento de atividades
utilizando a tecnologia como recursos, a observação do desempenho e do
envolvimento nas atividades propostas que exigem do aluno a exposição de seus
argumentos, de questões e de ideias.

Considerações Finais

O trabalho que aqui foi descrito mostrou que o tema “Avaliação no ensino da
matemática” precisa ter como foco processos formativos dos professores dessa
disciplina que permita conhecer e aprofundar seu entendimento acerca do tema.
Nesse sentido, uma das possibilidades apontadas pelos participantes e que foi
desenvolvida no âmbito deste Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
resultante do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE 2016, seria a
realização de estudos e debates acerca dos resultados da avaliação da
aprendizagem no âmbito de cada escola considerando suas particularidades e
necessidades contextuais.
Durante todo o desenvolvimento desta proposta de intervenção, os conceitos,
as referências e os fundamentos teóricos estavam coerentes com a perspectiva
atual e legal sobre o tema avaliação da aprendizagem. Nesse sentido, possibilitou
aos participantes o contato com o que há de mais atual sobre a problemática do
processo de avaliação no ensino da matemática.
Inicialmente, os professores participantes apresentavam uma concepção
sobre avaliação que se aproximava de uma abordagem tradicional e tecnicista
quando apontam instrumentos como provas e listas de exercícios o que indica uma
relação muito estreita com o domínio de conteúdo, sem considerar a diversidade dos
alunos e também das formas diferentes de aprendizagem.
A perspectiva que orientou a implementação desse projeto teve ênfase no
entendimento que a avaliação deve ter carater formativo em relação ao aluno
enquanto ser humano em todas as suas dimensões e, ao mesmo tempo, sendo
orientadora da prática docente dos professores que atuam na disciplina de
matemática, ou seja, contemplando ao mesmo tempo a aprendizagem e também o
ensino.
Para tanto os fundamentos teóricos sobre a avaliação indicados e utilizados
neste projeto de intervenção concebe a avaliação como elemento que está presente
em todos os momentos do processo pedagógico, ou seja, é a partir da avaliação que
o professor toma para si elementos que irão nortear sua prática, e ao mesmo tempo,
subsidiar momentos de reflexão e tomada de decisão acerca de adequações e
alterações que seriam necessárias à aprendizagem dos alunos.
Nesse sentido a avaliação passa a ser considerada como instrumento que
permite realizar o diagnóstico, identificando as lacunas em relação ao conhecimento
e assim, desenvovler ações que possam superá-las ou no mínimo reduzi-las. Para
além do conteúdo a avaliação, para tanto, se destina a contemplar não só do
domínio do conhecimento e sim, os diversos elementos que influenciam sobre a
aprendizagem do aluno em relação à matemática e assim, exige-se então a
constituição de saberes necessários aos professores no que se refere ao
planejamento e sua execução amparado pelo processo de avaliação que assim, não
está restrito ao final do processo e sim, presente em todos os momentos da ação e
prática docente.
Mesmo diante de evidências de uma ampliação na compreensão do processo
avaliação por parte dos professores participantes, o estudo indica que há a
necessidade de realiziar aprofundamentos teóricos definidos a partir do contexto
escolar que permitam ao professor conceber a avaliação da aprendizagem para
além do uso de provas, listas de exercícios e domínio de procedimentos aritméticos
ou algébricos mecânicos.

Referências

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