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AVALIAÇÃO NO ENSINO DA MATEMÁTICA – UMA ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES E

PRÁTICAS DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA.

EVALUATION IN THE TEACHING OF MATHEMATICS – AN ANALYSIS OF


THE CONCEPTIONS AND PRACTICES OF MATHEMATICS TEACHERS.

Sanito Joaquim Marques Alfredo1

Resumo

O presente trabalho apresenta uma pesquisa realizada em uma escola Secundária pública com dois
professores de classes diferentes da disciplina de Matemática do distrito de Nacala, com o objectivo de
analisar as concepções e práticas dos professores nas avaliações da disciplina de Matemática, para
alcançar esse objectivo, foi realizada uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. As actividades
envolveram questionários, observação, leituras e discussão. O desenvolvimento desta intervenção
possibilitou identificar, inicialmente, que os professores concebem a avaliação da matemática restrita à
aplicação de provas para averiguação do domínio de conteúdo. A partir da intervenção e de forma
colectiva, os professores entenderam que a avaliação da aprendizagem em matemática deve orientar o
trabalho do professor e ao mesmo tempo ser adequada ao contexto onde se realiza, ou seja, considera-se a
necessidade de tomar com referência à aprendizagem do aluno e suas necessidades.

Palavras chaves: Avaliação, Ensino de matemática, Práticas, Concepções.

1
Mestrando em Educação Matemática. Docente de Matemática e Estatística na Universidade Rovuma, no
Instituto Superior de Transportes, Turismo e Comunicação de Nacala. E-mail: sanialef@gmail.com
Abstract

The present work presents a research carried out in a public secondary school with two teachers from
different classes of Mathematics in the district of Nacala, with the aim of analyzing the conceptions and
practices of teachers in the assessment of Mathematics, in order to achieve this objective, a descriptive
research with a qualitative approach was carried out. The activities involved questionnaires, observation,
readings and discussion. The development of this intervention made it possible to identify, initially, that
teachers conceive the assessment of mathematics restricted to the application of tests to verify the mastery
of content. From the intervention and collectively, the teachers understood that the assessment of learning
in mathematics must guide the teacher's work and at the same time be appropriate to the context in which
it is carried out, that is, it is considered the need to take with reference to the student learning and needs.

Keywords: Evaluation, Mathematics Teaching, Practices, Conceptions.

Introdução

Para Luckesi (2006) o acto de avaliar a aprendizagem na escola é um meio de tornar os actos de
ensinar e aprender produtivos e satisfatórios. Assim, não se pode desvincular a avaliação do
aluno do processo de ensino do professor. Isso não quer dizer que se o aluno não aprendeu, o
professor não ensinou adequadamente. Os processos de ensino e de aprendizagem é muito mais
complexo que isso.
Para o mesmo autor “a avaliação como instrumento a serviço da aprendizagem do aluno deve
contribuir para a análise e para a decisão de quais acções pedagógicas deverão ser tomadas
durante o processo de ensino”.
A avaliação da aprendizagem é um tema que se discute em vários âmbitos, seja, na escola no
colectivo dos professores, nos sistemas oficiais de ensino responsáveis por elaborar e distribuir
as orientações curriculares acerca das disciplinas nos diferentes níveis escolares, no meio
acadêmico por meio das pesquisas realizadas sobre a avaliação da aprendizagem, no âmbito
externo como no caso das avaliações externas em larga escala, e de tudo nos permite inferir que
no nível teórico a avaliação é concebida, atualmente, da forma mais adequada possível.
Apesar de ainda presente em muitas quase todas as escolas, a avaliação no fim do processo e
apenas como constatação não contribui para o avanço da aprendizagem do aluno. Tal constatação
é o princípio, é o ponto em que atribuímos uma qualidade positiva ou negativa ao que está sendo
avaliado. A partir daí entra a análise e a tomada de decisão sobre o que fazer, por isso a avaliação
deve ser contínua e não apenas no fim do processo.
Luckesi (2020, p.6) nos diz que:
[…] para qualificar a aprendizagem de nossos educandos, importa, de um lado,
ter clara a teoria que utilizamos como suporte de nossa prática pedagógica, e, de
outro, o planejamento de ensino, que estabelecemos como guia para nossa
prática de ensinar no decorrer das unidades de ensino do ano lectivo.

Entende-se a avaliação para além das provas e notas que são atribuídas aos alunos, concebe-se
como importante instrumento que possa subsidiar a prática pedagógica do professor. Há a
compreensão que ela deve fazer parte de todo o processo educacional, assumindo o importante
papel de orientar o planejamento do professor e também de reorganizá-lo quando for necessário.
Assim, uma das dimensões que levanta discussões e questionamentos é avaliação da
aprendizagem matemática no ensino secundário. Diante desse cenário, acredita-se que se torna
imperativo compreender a avaliação para além do plano teórico e que possa materializar-se na
prática dos Professores.
Dessa forma, a avaliação deve ir além das práticas existentes, na maioria das escolas, ou seja,
superando a mensuração vislumbrando a possibilidade de o professor reflectir sobre sua acção
docente.
Nesse sentido há a necessidade dos professores que ensinam matemática conceberem uma
prática avaliativa que permeie todas as actividades escolares, indo além da mera transmissão do
conhecimento e com isso contribuindo com significativas mudanças na educação e,
principalmente, no ensino da matemática.
Este estudo, tem como objectivo de analisar as concepções e práticas dos professores nas
avaliações da disciplina de Matemática.
Este objectivo foi definido a partir do seguinte problema: Quais são os instrumentos mais
adequados da avaliação na disciplina de Matemática no ensino secundário?
Contudo a importância e sua realização, residem no facto de que se intenciona compreender a
avaliação da aprendizagem matemática e os instrumentos mais adequados na sua realização.
Compreende-se que o trabalho além de contribuir com a prática, redimensionando o papel da
avaliação, com instrumentos adequados e em diferentes momentos com intenções específicas,
possa ser norteador para outros professores que buscam dar sentido ao processo de avaliação
com vistas subsidiar a intervenção do professor agindo de forma mais adequada frente às
dificuldades apresentadas por seus alunos diante da aprendizagem em matemática.
Procedimentos metodológicos

Para este artigo foi realizada uma pesquisa descritiva, portanto, nas suas análises foi utilizada a
abordagem qualitativa pois tem carácter de interrupções subjectivas. Para obtenção dos dados,
durante as observações, contou com a participação de dois professores de Matemática da 9ª e 11ª
classes que participaram do Grupo de Trabalho realizado no 3º semestre do ano lectivo de 2022
numa escola secundária da cidade de Nacala.
No entanto, para salvaguardar o anonimato dos participantes do estudo serão aqui identificados
com numerais. As actividades também envolveram questionários, observação de cadernetas,
leituras e discussão de provas escritas.
As actividades e orientações metodológicas destinados aos professores de matemática, tiveram
dois momentos:
 Sendo que, primeiro teve como tema concepções sobre a avaliação da aprendizagem no
ensino da matemática e apresenta actividades para iniciar o processo de reflexão dos professores
participantes;
 O segundo abordou o tema práticas avaliativas no ensino da matemática e os
instrumentos de avaliação e estudo nas reflexões sobre a avaliação da aprendizagem em
matemática e propôs a relação entre a teoria e prática.
Portanto, este trabalho teve como objecto de estudo a avaliação da aprendizagem na disciplina de
matemática. Inicialmente como forma de partir das realidades vivenciadas pelo professor diante
dos desafios apresentados e impostos ao processo de ensino e da aprendizagem matemática
propôs-se partir das concepções detidas pelos participantes sobre a avaliação, sua função no
processo de ensino, os instrumentos utilizados bem como os desafios encontrados no processo de
avaliação.

1. Avaliação nos processos de ensino e de aprendizagem

A prática da avaliação escolar não pode ser feita simplesmente de forma medida, calculada,
impressa por um valor numérico. Ela precisa estar buscando por um projecto maior de sociedade
que atenda os interesses de valores construídos pelo homem e de toda população.
De acordo com Hoffman (2002, p.68) onde esclarece que:
“Processo avaliativo não deve estar centrado no entendimento imediato pelo
aluno das noções em estudo, ou no entendimento de todos em tempos
equivalentes. Essencialmente, porque não há paradas ou retrocessos nos
caminhos da aprendizagem. Todos os aprendizes estarão sempre evoluindo, mas
em diferentes ritmos e por caminhos singulares e únicos. O olhar do professor
precisará abranger a diversidade de traçados, provocando-os a prosseguir
sempre. ”

Sendo assim, é necessário diferenciar o ensino possibilitando que cada aprendiz vivencie
frequentemente sempre que possíveis situações que proporcionem um avanço na sua
aprendizagem, assim cita Perrenoud (1999).
A partir daí, está em direção aos caminhos que deverão ser percorridos pelas avaliações,
ferramentas que compõem os processos ensino e de aprendizagem, com a finalidade de uma
aprendizagem maior, que aponte caminhos na solução de problemas e reinvente maneiras de
democratizar o conhecimento. Desta forma, o docente pode estar colaborando para o
desenvolvimento das habilidades dos educandos, priorizando suas actividades, entendendo-os
como sujeitos do seu próprio desenvolvimento.
Nesse sentido, a avaliação deixa de focar somente sobre o aluno e o que ele aprendeu ou não
aprendeu, mas, passa a orientar o trabalho do professor indicando o que deve ser retomado e
reorganizado para que os objectivos sejam atingidos, como também reflectir se os mesmos não
devem ser redefinidos para que o trabalho do professor tenha sucesso e o aluno possa aprender.
Ou seja, assume a função de apontar a necessidade de replanificar ou reestruturar a acção
pedagógica em curso distanciando-se assim do mero carácter de classificar.
A avaliação assume o papel de orientadora da acção docente, pois de início a avaliação pode
mostrar conhecimentos, costumes, cultura e saberes que o aluno possui. Mostra ao professor o
ponto de partida para sua ação pedagógica. Pode indicar que necessidades os alunos possuem em
relação à sua aprendizagem e aos conteúdos a serem aprendidos e como serão aprendidos,
subsidia a forma como o professor vai mediar, tratar e abordar os conteúdos em sala de aula.
Ao estar atento ao processo de avaliação ao longo de todo o processo pedagógico o professor
terá condições de observar os métodos mais adequados à aprendizagem dos seus alunos e da
mesma forma substituir aqueles que não propiciaram a aprendizagem significativa.
2. Técnicas e instrumentos da avaliação

Considerando que a avaliação é um processo contínuo, não podemos conceber que ele seja
subsidiado por um único instrumento e num único momento. Segundo Libâneo (2013) a
avaliação escolar é contínua e deve ocorrer nos diferentes momentos do trabalho docente.
A superação das falhas significa que o professor deve tomar para si e para sua prática os
resultados e analisá-los qualitativamente indicando o progresso do trabalho pedagógico em
relação aos objectivos propostos.
Para Haidt (2003) o processo de avaliação se caracteriza como a coleta e análise de dados
referentes ao ensino e à aprendizagem, esse processo pode se desenvolvido pela execução de três
técnicas: observação, auto avaliação e aplicação de provas.
Na observação o intuito é analisar o nível de desenvolvimento cognitivo do aluno em relação aos
conteúdos detidos pelos alunos. Os instrumentos utilizados podem valer-se de registros
elaborados pelo professor, fichas e também pela análise dos cadernos.
De acordo com Libâneo (2013), essa etapa visa identificar informalmente, as características
cognitivas, individuais e também colectivas, que possam influenciar a aprendizagem.
Já no auto avaliação, a intenção é muito semelhante à observação, ou seja, identificar o domínio
de conteúdos, mas, na percepção do próprio aluno, em que o mesmo terá a função de indicar o
que aprendeu e também o que não conseguiu apropriar-se. Tanto o aluno como o professor pode
valer-se de roteiros e também de anotações realizadas por ambos nos momentos de ensino e de
aprendizagem dos conteúdos.
O professor poderá utilizar-se de provas escritas, sendo objectivas ou dissertativas com o intuito
de observar a capacidade do aluno em argumentar, dissertar e também verificar as atitudes do
mesmo diante de um momento de testagem.
Segundo Libâneo (2013)
Os principais instrumentos e procedimentos para a verificação do rendimento
escolar poderão incluir: as provas dissertativas e objetivas com questões de
certo-errado, de lacunas para completar, de múltipla escolha, de interpretação de
texto, de ordenação, de identificação e também de relacionar conceitos com
significados.

3. Avaliação no ensino da Matemática e suas tendências

É necessário que o processo de ensino e aprendizagem em matemática contribua para que o


aluno, a partir do conhecimento matemático, tenha possibilidade para entender e reflectir
criticamente sobre questões sociais, políticas, econômicas e históricas presentes na sociedade
(Paraná, 2008).
A avaliação deverá acontecer durante todo o processo de ensino aprendizagem, envolvendo
temáticas reais e presentes no quotidiano do aluno, ou seja, as situações propostas poderão ir
além do conteúdo da disciplina e assim relacionando-os com o ensino da matemática,
trabalhando com dados informativos, a interpretação e análise de situações quotidianas.
O professor proporcionará oportunidades diversificadas em sala de aula, para que haja uma
melhor compreensão por parte do aluno, pois só assim, o aluno irá aprender com mais facilidade
a matemática, à medida que ele começa a compreender a sua lógica.
O ensino da matemática, ao longo da sua presença no cenário educacional moçambicano, sofreu
influências das diversas tendências pedagógicas mais especificamente em relação ao processo de
avaliação da aprendizagem que se sucederam. Essas tendências são: formalista clássica,
tecnicista, construtivista e sócioetnocultural.
Segundo Fiorentini (1995) na tendência formalista clássica a avaliação do aluno se pautava na
sua capacidade de reproduzir nas provas o conhecimento da mesma forma que recebeu, ou seja,
valorizava-se a memorização, a obediência aos passos estabelecidos com ênfase na reprodução
do conhecimento.
Na perspectiva tradicional, a tendência tecnicista tomava como referencial a verificação do
domínio de algoritmos, de técnicas e regras pelo aluno como forma de evidenciar o
“desenvolvimento de habilidades e atitudes e na fixação de conceitos e princípios” (Fiorentini,
1995, p. 17).
A tendência construtivista a avaliação objetivava observar a capacidade de o aluno estabelecer
relações e reflexões sobre um determinado objecto.
A tendência sócioetnocultural, a matemática é algo presente no cotidiano das pessoas e, dessa
forma, na escola, a avaliação se dá pela observância da aplicação de conhecimentos matemáticos
próprios, nas mais diversas situações existentes no contexto do aluno e na consequente
sistematização desses conhecimentos na escola.

4. As concepções e práticas sobre a avaliação no ensino e aprendizagem da matemática

Como forma de partir das realidades vivenciadas pelo professor diante dos desafios apresentados
e impostos ao processo de ensino e da aprendizagem matemática propôs-se partir das concepções
detidas pelos professores sobre a avaliação, sua função no processo de ensino, os instrumentos
utilizados bem como os desafios encontrados no processo de avaliação.
Inicialmente, os professores participantes apresentavam uma concepção sobre avaliação que se
aproximava de uma abordagem tradicional e tecnicista quando apontam cadernetas de
lançamento de notas como provas e listas de exercícios o que indica uma relação muito estreita
com o domínio de conteúdo, sem considerar a diversidade dos alunos e também das formas
diferentes de aprendizagem.
Das discussões criou-se o entendimento que as avaliações estão presentes no quotidiano das
actividades pedagógicas, a avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem, os
procedimentos de avaliação não podem resumir-se exclusivamente em provas, o professor
necessita ter um olhar diferenciado, pois todos os momentos os alunos demonstram que estão
aprendendo.
Nas palavras do professor 1: “A avaliação é importante para avaliarmos os conhecimentos e
interações dos alunos. Porém é necessário olho clínico para percebermos se os alunos estão
realmente acompanhando os raciocínios ou somente efeituando cálculos mecânicos ”.
O professor 2 afirma que: “encontramos alguns desafios pelo caminho como os diferentes níveis
de conhecimento e aprendizagem dos alunos, falta de tempo hábil para trabalhar os conteúdos
para a avaliação e a falta de comprometimento dos alunos, no entanto há professores que
buscam uma forma de avaliação formativa ou continua, ou seja, avaliar produções de trabalho
em grupo ou individual”
Pode-se perceber que o entendimento acerca dos instrumentos de avaliação empregado pelos
professores congrega concepções e um entendimento sobre o processo de aprendizagem como
algo complexo e que da mesma forma a avaliação precisa adequar-se à dinâmica desse processo
e contemplar toda a diversidade que nele existe.
Os professores concebem a avaliação “como uma colecta de informações para reflectir e
elaborar novas acções que visem a melhoria dos conhecimentos dos alunos (Professor 2).”
Ainda, a avaliação passa a “relacionar-se aos afazeres pedagógicos, ou seja, converter-se em um
instrumento para a melhoria da qualidade de ensino e para o processo de aprendizagem dos
alunos (Professor 1)”. Percebe-se que o foco ainda está sobre o aluno e seu aproveitamento, na
visão deste professor.
Para além de provas, os professores indicaram, como instrumentos de avaliação, a realização de
exercícios e desafios durante a aula, a participação e realização de tarefas de aula e também de
casa, o desenvolvimento de actividades utilizando a tecnologia como recursos, a observação do
desempenho e do envolvimento nas actividades propostas que exigem do aluno a exposição de
seus argumentos, de questões e de ideias.

Considerações finais

O professor, ao lidar com a avaliação da aprendizagem, deve ter em mente a necessidade de


colocar em sua prática diária novas propostas que visem a uma melhoria do ensino, pois a
avaliação é parte de um processo de ensino e não um fim em si e deve ser utilizada como um
instrumento, também para melhoria da aprendizagem dos alunos.
A partir dos pressupostos anunciados neste trabalho mostraram que o tema: “Avaliação no
ensino da matemática” precisa ter como foco processos formativos dos professores dessa
disciplina que permita conhecer e aprofundar seu entendimento acerca do tema.
A perspectiva que orientou a implementação dessa pesquisa teve ênfase no entendimento que a
avaliação deve ter carácter formativo em relação ao aluno enquanto ser humano em todas as suas
dimensões e, ao mesmo tempo, sendo orientadora da prática docente dos professores que actuam
na disciplina de matemática, ou seja, contemplando ao mesmo tempo a aprendizagem e também
o ensino.
Nesse sentido a avaliação passa a ser considerada como instrumento que permite realizar o
diagnóstico, identificando as lacunas em relação ao conhecimento e assim, desenvolver ações
que possam superá-las ou no mínimo reduzi-las.
Para além do conteúdo a avaliação, para tanto, se destina a contemplar não só do domínio do
conhecimento e sim, os diversos elementos que influenciam sobre a aprendizagem do aluno em
relação à matemática e assim, exige-se então a constituição de saberes necessários aos
professores no que se refere à planificação e sua execução amparado pelo processo de avaliação
que assim, não está restrito ao final do processo e sim, presente em todos os momentos da acção
e prática docente.
Mesmo diante de evidências de uma ampliação na compreensão do processo avaliação por parte
dos professores participantes, o estudo indica que há a necessidade de realizar aprofundamentos
teóricos definidos a partir do contexto escolar que permitam ao professor conceber a avaliação
da aprendizagem para além do uso de provas, listas de exercícios e domínio de procedimentos
aritméticos ou algébricos mecânicos.
É válido ressaltar que a pesquisa foi realizada apenas com uma pequena amostra e em larga
escala os resultados poderiam ser diferentes, torcendo para que fossem positivos, pois a
disciplina de Matemática depende de educadores que transforme o olhar dos alunos para ela.

Referências
FIORENTINI, D. (1995). Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática. Revista
Zetetiké. Ano 3, nº 4, abril, p. 1-38.

HAIDT, R. C. C. (2003). Curso De Didática Geral. 7 Ed. São Paulo: Ática.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. (2002). Avaliar para promover - as setas do caminho. –
Porto Alegre: Mediação.

LIBÂNEO, J. C. Didática. 2 Ed. São Paulo: Cortez, 2013.

LUCKESI, Cipriano Carlos. (2006). Avaliação da aprendizagem escolar - estudos e


proposições. – 18. ed. – São Paulo: Cortez.

PARANÁ. (2008). Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Matemática. Curitiba: Seed.

PERRENOUD, Philippe. (1999). Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens -


entre duas lógicas. – Porto Alegre: Artmed.

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