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NORDESTE LTDA
Curso: TEORIAS e PRATICAS EM PEDAGOGIA
Disciplina: AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Professor:ANAGLAUCIA BRITO DE OLIVEIRA VAZ
Turma: PEDAGOGIA III - PACUJÁ n° 1288 Módulo: 5754 (2019.1) Mês:
DEZEMBRO -2019
Profª Mestranda Otília Maria dos Santos Costa Faculdade Vale do Cricaré -
São Mateus - ES/Brasil mestraotiliamaria@hotmail.com
Profª Drª Sônia Maria da Costa Barreto
RESUMO
O artigo trata da pesquisa de mestrado, de cunho qualitativo, que objetiva
analisar no ambiente escolar a significação da avaliação. Estruturamos o texto de
forma que estejam explicitados tanto o processo histórico quanto o conceito de
avaliação; posteriormente abordamos o processo atual de avaliação do ensino
analisando os princípios prescritos na legislação e nos PCN’s e, na última parte,
apresentamos as conclusões parciais considerando as práticas avaliativas de caráter
processual e contínuo, sendo o professor agente principal desse processo que,
independente das prescrições legais, é a sua concepção, o tipo de planejamento e a
forma de laborar que tornará a avaliação um importante instrumento no processo de
ensino e aprendizagem.
INTRODUÇÃO
A pesquisa adota a perspectiva qualitativa, e tem como objetivo analisar as
concepções de avaliação existentes no âmbito escolar. Para isso, utilizamos como
técnica de pesquisa a análise documental (avaliações, planejamentos, atas, etc), e
questionário semiestruturado. O campo de pesquisa foi delimitado conforme instrução
do próprio programa de Pós-Graduação, que objetiva contribuir com as políticas
desenvolvidas na região em que o programa está sendo desenvolvido, e por isso,
delimitamos a análise de uma instituição de ensino da rede municipal de São Mateus,
que fica localizado no estado do Espírito Santo.
A todo momento somos avaliados e avaliamos algo, até mesmo na execução
das ações mais simples do cotidiano, a avaliação aparece de forma quase que
espontânea ou natural, como meio para acertar o percurso do caminho para garantir
que seja concluído conforme nosso desejo.
Porém, na prática educacional, percebe-se a concepção de avaliação como um
processo de (des)construção do conhecimento do aluno, tornando-o incapaz de
alcançar os objetivos proposto de uma avaliação eficiente e eficaz. Essa constatação
foi possível ao analisarmos preliminarmente os dados da pesquisa, em que os
objetivos propostos na avaliação não condiziam com uma proposta de inclusão.
A avaliação do desempenho dos alunos deve ser entendida sempre como
instrumento a serviço da aprendizagem, da melhoria do ensino do professor, do
aprimoramento da escola. Avaliamos para aumentar a compreensão do sistema de
ensino, das práticas educativas, dos conhecimentos dos alunos.
A avaliação diagnóstica, é um instrumento que aponta os pontos fortes e fracos
dos conteúdos que merecem mais atenção e onde devem ser reforçados. Avaliação,
nessa perspectiva, permite a tomada de consciência e de decisão a respeito de
melhorar o desempenho de alunos e professores. É um instrumento importante para
qualificar a aprendizagem, identificar problemas, encontrar soluções, corrigir rumos e
acertar os passos nesse processo. Como tal, a avaliação não deve ser pontual,
eventual e realizada somente ao final de cada trimestre, ela precisa ser realizada
constantemente, no cotidiano da prática pedagógica.
O interesse pelo tema surgiu da constatação (atuando em sala de aula) da
prática a qual os professores são induzidos. Isso porque o próprio sistema de ensino
(no caso municipal) contribui para a percepção da avaliação como mero processo
classificatório, ao classificar escolas, e turmas na própria escola (ao demonstrar os
resultados), sem com isso apresentar uma proposta de mudança a partir dos dados
apresentados. Neste sentido precisamos trabalhar a base da educação, que são os
anos iniciais do ensino fundamental e pra que isso ocorra, se faz necessário muita
reflexão e estudo acerca da avaliação de aprendizagem dos educandos.
Assim, considerando a realidade constatada sobre a avaliação nas escolas,
conduzimos a pesquisa a partir o seguinte problema: Qual é o verdadeiro significado
da avaliação de aprendizagem na escola investigada? E em que medida, a
prática do professor contempla a abordagem diagnóstica ou classificatória?
O objetivo deste texto é trazer alguns elementos teóricos para instigar uma
reflexão político-pedagógica sobre a avaliação educacional do ensino-aprendizagem.
Reflexão esta que possibilite adentrar nas contradições e assimetrias do cotidiano da
escola e da sala de aula na intenção de ressignificar as concepções e as práticas
avaliativas. Para tanto, no primeiro momento procuramos abordar o processo histórico
e o conceito de avaliação, no segundo momento, abordamos o processo atual de
avaliação do ensino, tanto a LDB quanto os PCN’s e, por fim, as considerações finais,
a qual concluímos que as práticas avaliativas devem assumir um caráter diagnóstico
processual e contínuo, e o professor é o agente principal desse processo, pois
independente das prescrições legais é a partir da concepção adotada pelo professor, o
tipo de planejamento feito, a forma como esse instrumento é aplicado e utilizado na
sua prática diária que fará da avaliação um instrumento de ensino e aprendizagem.
Segundo Luckesi ( 2002, p. 34, grifo do autor ), “[...] a atual prática da avaliação
escolar estipulou como função do ato de avaliar a classificação e não o diagnóstico,
como deveria ser constitutivamente”. Luckesi, traz a avaliação como uma apreciação
qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia
o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.
Neste sentido, a avaliação escolar tem o significado de julgar a aceitabilidade
do que foi aprendido, ou seja, coloca o aluno e o professor em condições de saber o
que precisa ser melhorado, para que seja proposto as mudanças necessárias.
Portanto, o ato de avaliar é amplo e não se restringe ao único objetivo, vai além da
medida, posicionando-se favorável ou desfavorável à ação avaliada, propiciando uma
tomada de decisão.
Porém o exame, faz o docente avaliar se o aluno foi capaz de responder
adequadamente a suas perguntas. Porém o erro ou acerto de cada uma das questões
não indica quais foram os saberes usados para respondê-la, nem os processos de
aprendizagem desenvolvidos para adquirir o conhecimento demonstrado, tampouco o
raciocínio que conduziu à resposta dada. Para a construção do processo ensino
aprendizagem, estas são as questões efetivamente significativas, e não o erro ou
acerto como ressalta a lógica do exame. A pretensão de fazer da pedagogia uma
prática mais científica afastou a avaliação dos alunos concretos e da complexidade do
processo educacional, impossível de ser caracterizado em objetivos muito delimitados.
Luckesi ainda completa que a avaliação da aprendizagem não é a tirana da prática
educativa. A avaliação da aprendizagem, por ser avaliação, é amorosa, inclusiva,
dinâmica, construtiva. A avaliação inclui, traz pra dentro; os exames selecionam,
excluem, marginalizam.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS