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AVALIAÇÃO FORMATIVA
REFLEXÕES TEÓRICAS E CAMINHOS PRÁTICOS PARA OS
PROCESSOS AVALIATIVOS DO COMPONENTE PROJETO DE
VIDA DO ENSINO FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO
A partir dessas considerações, aplica-se ao professor(a) para esse contexto, gerir aulas
atraentes, criativas, de escuta empática para com os educandos, promover métodos
diferenciados e de colaboração entre pares, múltiplas estratégias, para que de forma
interativa, num processo de inclusão, o docente mediador instile o educando a vontade de
aprender, a curiosidade, e dar um significado para tal. Assim, proporcione um ambiente de
aprendizagem acolhedor, na qual o discente participa do processo de avaliação,
autoavaliação e avanços por meio do feedback (devolutivas mútuas entre professor e
estudante) e se vê participante do processo e compreende e ajuda nas tomadas de decisões.
Com efeito, esclarece-se que a avaliação orienta a práxis educativa, pois é por meio
dessa prática que o professor conduz o processo de ensino e aprendizagem do estudante,
bem como, promove indicativos ao professor(a) para o replanejamento, reflexões e ações
interventivas.
AVALIAÇÃO FORMATIVA
imagine que alguém fará uma viagem, com o destino para a cidade de São Paulo e o
tempo estimado para chegar é de 12 horas. Espera-se que o “condutor/motorista” não
aguarde passar às 12 horas de viagem estimadas, para, assim, verificar se de fato chegou ao
destino como pretendia. No caso, tal condutor terá indícios e percepções durante a viagem,
se está percorrendo o trajeto corretamente ou não, conforme o mapa e plano estabelecido.
Caso, havendo necessidade, ao perceber uma rota incorreta, imediatamente o “condutor” irá
refletir e (re)planejar sua rota para chegar ao destino desejado com exatidão.
Pois bem, da mesma forma, o professor (a), planeja suas aulas para conduzir os seus
alunos ao destino da aprendizagem, deixando claro seus objetivos e resultados esperados.
Contudo, é necessário ao docente, estar atento e observar o caminho de forma contínua,
para que juntamente com os estudantes, reflitam sobre o processo de ensino e
aprendizagem pré-estabelecidos para aquela aula, ação e/ou projeto.
Nesse caminho, sugere-se refletir por algumas perguntas norteadoras, servindo como
“bússola nessa viagem educacional”: O que eu quero avaliar? Estamos entendendo e
desenvolvendo as habilidades e competências propostas? Quais dúvidas pontuais meus
estudantes estão tendo sobre as intervenções necessárias para se chegar aos objetivos antes
propostos? Quais instrumentos avaliativos e/ou situações pedagógicas posso utilizar para
melhor avaliá-los de forma processual e democrática, promovendo possibilidades de
autoavaliação e aprendizagem.
Assim como a Lei Educação Nacional - LDB, apresenta a avaliação com o objetivo de
diagnosticar o desempenho e de promover novos conhecimentos, embasada no ato de
ensinar, integrada na ação de formação, o Currículo de Referência de MS destaca “A
avaliação objetiva a melhoria permanente da aprendizagem, portanto deve ser coerente com
os mais diversos modos de aprender” (CR/MS - pág 53).
AVALIAÇÃO E REGISTROS
a. Diário de bordo
Queridos (as) professores (as), que alegria partilhar com vocês o diário de bordo,
essa ferramenta crucial e relevante para acompanhar e auxiliar seus estudantes durante a
construção e desenvolvimento do saber no Componente Projeto de Vida. O diário de bordo
torna-se um instrumento avaliativo essencial e possível na realidade desses componentes. Ou
seja, os educandos podem confeccionar e construir seu diário de bordo do seu "jeitinho'',
com sua “cara”, sendo orientados por você, professor (a).
Com apoio desse instrumento pedagógico, eles podem registrar os principais fatos,
pesquisas, sentimentos, atividades, conceitos, descobertas, indagações, resultados, suas
respectivas análises, autoavaliações e reflexões. Tudo isso por meio da escrita, desenhos,
pinturas, poesias, colagens, fotos etc. Tal hábito de registros coopera para o
desenvolvimento da criatividade, reduz o estresse, melhora a capacidade de comunicação,
organização, foco e potencializa a melhoria do processo de aprendizagem das competências
socioemocionais.
ATENÇÃO!!!
Professor (a), sugere-se que você tenha o seu PRÓPRIO DIÁRIO DE BORDO. Nele você
poderá registrar sua trajetória, observações pessoais, suas conquistas em sala de aula,
frustrações, desafios, situações marcantes, planejamentos exitosos ou não etc. Essa prática
pedagógica além de servir como exemplo/referência ao seu aluno, te auxiliará como um
instrumento de autoconhecimento e autoavaliação no seu processo de ensino e
aprendizagem.
O diário de bordo busca assumir justamente o que o nome propõe: um diário para o
estudante. Diante disso, ele deve utilizar o diário sempre que necessário, para registrar os
pontos importantes de uma atividade, ainda mais, o seu aprendizado a partir da livre
expressividade, por meio de desenhos, poemas, músicas, imagens ou textos. É importante
esclarecer que o diário de bordo não se refere a um simples caderno de atividades do
componente, mas um registro pessoal, da identidade e da significação do desenvolvimento
das atividades de Projeto de Vida. À vista disso, orienta-se que o estudante tenha um
caderno específico para tal ação ou um espaço em seu caderno especificamente para o
Diário de Bordo. Como dito acima, ele é um instrumento fundamental na avaliação
formativa, tanto para o professor, quanto para o estudante.
A rubrica pode ser construída da forma que mais se adequar ao componente e a seus
objetivos. No componente supracitado, podem ser aplicadas, por exemplo, no início do
desenvolvimento de uma habilidade, temática, conteúdo, pesquisa, ação e/ou projeto, durante
e ao término, dessa forma, servindo como um “diagnóstico” para a avaliação processual.
CATEGORIA
COMPETÊNCIAS
E VALORES
FOCO
RESILIÊNCIA
EMPATIA
SOLIDARIEDADE
GRATIDÃO
Ao término de um ciclo, ou seja, após o desenvolvimento e a conclusão de um projeto,
ação ou atividade, sugere-se também ao professor, produzir uma culminância com os
estudantes, para que sejam apresentadas, por meio de vídeos, imagens, portfólios, teatros
etc., as competências e habilidades que desenvolveram referente ao componente em
questão. Esse fechamento deve evidenciar a produção dos estudantes, ao passo que favorece
a ele a reflexão sobre o seu protagonismo e autoria.
Para além das observações, registros e rubricas trabalhados nas aulas, o professor (a)
pode incentivar na equipe o sentimento de compromisso com a formação integral dos
estudantes e a valorização dos avanços percebidos, ainda que em processo inicial ou de
forma tímida.
c. Registros
ESCOLA: MUNICÍPIO:
ESTUDANTE: TURMA:
PROFESSORA (A):
BIMESTRES
PROJETO DE VIDA
1º 2º 3º 4º
Por fim, é necessário salientar que o Componente Projeto de Vida deve apoiar o
desenvolvimento de competências, habilidades, alfabetização emocional e valores essenciais
a serem mobilizados na trajetória de vida dos estudantes. Assim sendo, temas, atividades e
técnicas devem ser trabalhadas como recurso para a sua formação integral.
À vista disso, essa variedade de sugestão deve estar pautada nos critérios devidamente
pré-estabelecidos e intencionalmente objetivados. Assim sendo, um processo coerente de
práticas que intercala objetivos, habilidades a serem desenvolvidas, métodos, recurso,
avaliação, ou seja, ação pedagógica de forma articulada com o objetivo de superar rituais
desvinculados e permitir o avanço da aprendizagem e provocar reflexões acerca das escolhas
adequadas dos instrumentos, sua aplicação e devolução dos resultados.
Assim, cabe ao professor gestar essas questões e se couber agir com ações interventivas
para incluir e acompanhar o estudante.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESTEBAN, M. T. (Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio deJaneiro: DP&A, 2003.
OLIVEIRA & PACHECO, D. C. (2003): Avaliação e Currículo no cotidiano escolar. InESTEBAN, M. T. Escola,
currículo e avaliação. São Paulo: Cortez.