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Diretrizes técnico-

normativas para a
sistematização
do processo
avaliativo

NA REDE MUNICIPAL
DE SÃO JOSÉ - SC

Dezembro 2022
Prefeito
ORVINO COELHO DE ÁVILA

Secretária de Educação
ANA CRISTINA OLIVEIRA DA SILVA HOFFMANN

Secretária Adjunta de Educação


CLÁUDIA REGINA MACÁRIO

Diretor de Ensino
ALEXANDRE GANDOLFI NETO

Coordenadora do Ensino Fundamental


CLÁUDIA MÁRCIA MUNIZ

Coordenadorado Setor de Educação Especial


ISOLETE JULITA VENÂNCIO

Assessores Pedagógicos SME


Alessandra Fabiana Deschamps Mendes
Ana Carolina Farias de Souza
Ana Paula Dores Ramos
Ana Paula Silva e Costa
Carla Cristofolini
Eliane Fátima Rover
Elton Francisco
Fabiana de Fátima Aparecida de Oliveira
Giselle Corrêa Costa
Jucineide Terezinha Martendal Schmitz
Kerle Cristine Machado
Lenice Lúcia Cauduro da Silva
Rose Mara da Silva Garcia

Organização
Lenice Lúcia Cauduro da Silva

Diagramação
Luciana Schmitz

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÕES
1 Concepção e Princípios da Avaliação Formativa

2 Critérios da Avaliação Formativa

3 Avaliar por competências e habilidades


4 Acompanhamento do processo e dos resultados
5 Registro administrativo do processo de avaliação

6 Estudos de recuperação
Atividades avaliativas e de recuperação das aprendizagens

7 Relatórios e Atas
8 Conselho de Classe
Orientações quanto à realização e organização dos Conselhos de Classe

9 Avaliação dos(as) estudantes público-alvo da Educação Especial


10 Avaliação dos(as) estudantes com dislexia, transtorno do déficit de atenção com

hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem

11 Ações para favorecer o alcance dos objetivos da Avaliação Formativa


REFERÊNCIAS

ANEXOS

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APRESENTAÇÃO
"Conceber a avaliação como um projeto de futuro. Garantir a todas as crianças
e jovens uma aprendizagem para toda a vida. Para tanto, é preciso acreditar
que não existe o “não-aprender”, mas jeitos e tempos diferentes de aprender a
aprender e de aprender sobre a vida, é preciso, sobretudo, respeitar a
diversidade dos educandos se pretendemos formar para a cidadania,
reconhecendo a todos como dignos de educação, atenção e respeito."
(HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001.)

A Secretaria Municipal de Educação de São José - SME, reafirmando a importância da


Avaliação como um processo que viabiliza a melhoria do ensino e da aprendizagem,
apresenta neste documento algumas diretrizes visando a uniformidade de procedimentos
relacionados à avaliação da aprendizagem nas Instituições de Ensino da Rede Municipal de
São José.

As diretrizes aqui apresentadas estabelecem orientações e princípios pedagógicos e


operacionais, complementares à Resolução nº 63/22/COMESJ/SC que normatiza a efetivação
do processo de avaliação da aprendizagem na Rede Municipal.

A concepção de Avaliação Formativa destacada na Resolução e neste documento está


alinhada à LDB 9694/96, à Base Nacional Comum Curricular e ao Currículo Base da Educação
Josefense, na perspectiva do redirecionamento das práticas de ensino para um processo de
qualificação e favorecimento das aprendizagens de todos(as) estudantes, bem como o
alcance das metas de aprendizagem estabelecidas para cada etapa. Trata-se da construção
de uma “cultura de avaliação”, ou seja, a avaliação como objeto permanente de discussão e
formação.

Defende-se nesta perspectiva a avaliação como prática pedagógica (Smole, 2021) que apoia
o ensino e a aprendizagem, como elemento formativo e de perfil includente, na qual há uma
estreita relação com o planejamento e uma coerência pedagógica entre o currículo
programado, o currículo ensinado e o currículo avaliado. O planejamento na perspectiva do
desenvolvimento das habilidades descritas na BNCC trabalha com a ideia de planejamento
reverso, ou seja, primeiro estabelece-se as aprendizagens esperadas e depois escolhe-se as
experiências a serem ofertadas aos(as) estudantes.

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APRESENTAÇÃO

Em síntese, a avaliação se coloca


a serviço das aprendizagens.

Nesta perspectiva, ao longo deste documento encontram-se algumas orientações e diretrizes


de como efetivar a avaliação formativa na prática cotidiana.

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1. Concepção e princípios da Avaliação Formativa
A lógica formativa da avaliação pressupõe um novo olhar sobre todo o processo avaliativo,
na perspectiva da ampliação para além do medir e classificar, em direção ao qualificar,
considerando que

(...) preocupa-se com o processo de apropriação dos saberes pelo aluno, os


diferentes caminhos que percorre, mediados pela interação ativa do(a)
professor(a), a fim de promover a regulação das aprendizagens, revertendo a
eventual rota do fracasso e reinserindo o aluno no processo educativo. (CHUEIRI,
2008, pp 57 e 58)

A avaliação formativa tem como pressuposto o acompanhamento de todo o processo de


ensino e aprendizagem, possibilitando que o educador possa estabelecer um comparativo
entre os diferentes resultados obtidos pelo mesmo estudante, bem como avaliar sua própria
prática, criando condições de melhoria do ensino.

Nessa perspectiva, a avaliação se coloca à serviço das aprendizagens: avaliamos para


qualificar as práticas e favorecer as aprendizagens. Nesse sentido, um aspecto muito
importante a destacar é o entendimento de que na perspectiva da avaliação formativa é “a
definição e compreensão da finalidade da avaliação da aprendizagem que norteia a
metodologia e não o contrário”. Ou seja, a partir dos dados elencados nas avaliações são
definidos que metodologias, estratégias, e conteúdos necessitam ser abordados para
favorecer as aprendizagens. Esse tipo de avaliação utiliza diferentes instrumentos e formas
para verificar o alcance dos objetivos de aprendizagem, para além dos instrumentos
regulares de avaliação (atividades, provas, seminários…), tais como avaliação participativa,
autoavaliação, avaliação interpares… buscando promover o envolvimento do estudante com
sua avaliação, para que ele se sinta desafiado e motivado para ela.

Segundo Luckesi (1996), o que costumamos chamar de avaliação (testes, provas etc.) são o
instrumentos de coleta de dados que vão subsidiar a avaliação. Na perspectiva da Avaliação
Formativa, as técnicas são os procedimentos utilizados para obter as informações sobre o
processo de ensino e aprendizagem e os instrumentos de avaliação são os recursos
específicos utilizados para a coleta de dados a partir de uma técnica ou atividade de
avaliação. (vide Anexo 2 – Técnicas de avaliação).

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1. Concepção e princípios da Avaliação Formativa
Por sua concepção de “avaliação integral”, que analisa todas as dimensões do
comportamento, considerando o(a) estudante como um todo, a avaliação formativa:

é um processo contínuo e sistemático que orienta estudantes e professores a


redirecionar, sempre que necessário, seus itinerários formativos;

investiga e considera os conhecimentos prévios dos(as) estudantes para


(re)planejamento do trabalho;

possibilita ao(a) professor(a) a compreensão de como o(a) estudante elabora e


constrói seu próprio conhecimento;

recorre a diversos instrumentos de acordo com a metodologia utilizada, visando


prioritariamente o desenvolvimento do(a) estudante, mais do que conceitos ou
notas;

considera os resultados como evidências da progressão da aprendizagem do(a)


estudante e não como o fim do processo;

não utiliza registros exclusivamente quantitativos (notas, conceitos) mas vale-se


de relatórios e anotações que serão socializados entre os pares nos momentos de
reuniões e Conselhos de Classe e poderão ser utilizados posteriormente, no
momento de avaliar o progresso do(a) estudante;

considera os ritmos e processos de aprendizagem diferenciados entre os(as)


estudantes e, por isso, o planejamento é feito a partir das necessidades e
possibilidades de cada estudante, para que cada um(a) possa aprender o que for
necessário para seu próprio desenvolvimento;

permite diferentes formas de agrupamento dos(as) estudantes para atender, de


forma diferenciada, às suas necessidades;

inclui os(as) estudantes com deficiência respeitando suas peculiaridades;

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1. Concepção e princípios da Avaliação Formativa
favorece que o(a) estudante conheça e compreenda os critérios, os indicadores, as
técnicas e os instrumentos de avaliação;

orienta o processo de aprendizagem para que os(as) estudantes atinjam os


objetivos previstos;

promove a participação, incluindo na rotina escolar atividades de autoavaliação e


coavaliação, ouvindo a opinião dos(as) estudantes sobre o processo de avaliação
e compartilhando decisões com a equipe pedagógica.

A avaliação formativa perpassa todo o processo de ensino e aprendizagem e não ocorre


apenas em um momento específico. Ela permite a reorientação para qualificar as práticas e
melhorar a aprendizagem, contemplando:

a) avaliação diagnóstica inicial: aplicada no início de uma unidade, período ou ano


letivo. Sua finalidade é diagnosticar o perfil do estudante, identificando e analisando
seus saberes prévios: conceitos, conteúdos, aprendizagens diversas, já efetivados em
sua trajetória anterior, e assim orientar o planejamento. Os resultados dessa forma de
avaliação devem ser registrados pelo(a) professor(a) para servirem de referência na
definição das habilidades essenciais a serem desenvolvidas no processo educativo, bem
como, contribuir na avaliação de aprendizagens futuras.

Quanto ao diagnóstico, é necessário cuidado para “não confundir


conhecimento prévio com pré-requisito. Os conhecimentos prévios são
conhecimentos já construídos pelos(as) estudantes, enquanto os pré-
requisitos são listas arbitrárias de conteúdos ou de habilidades
utilizadas para definir uma sequência de conteúdos necessária ao
aprendizado daqueles mais complexos.”
(BNCC - Cadernos de Práticas).

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1. Concepção e princípios da Avaliação Formativa
b) avaliação processual: acontece no decorrer do processo de ensino e aprendizagem
para acompanhamento das facilidades e dificuldades dos(as) estudantes diante dos
conteúdos e habilidades trabalhadas. Deve ser elaborada e aplicada com critérios
previamente estabelecidos de acordo com o planejamento de unidade e de aula. Seus
resultados possibilitam o redirecionamento do processo de ensino e aprendizagem,
incluindo intervenções pedagógicas no sentido da correção de possíveis defasagens
individuais e/ou coletivas.

c) avaliação de resultado (somativa): realizada ao final de uma unidade ou período,


para verificação dos resultados das intervenções já realizadas, em busca da
efetivação das aprendizagens. Possibilita verificar o que ainda necessita ser
abordado, direcionando o planejamento de uma próxima etapa.

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2. Critérios da Avaliação Formativa
A Resolução nº 63/22/COMESJ/SC indica a necessidade de acompanhamento do processo
avaliativo, sendo o Regimento Escolar o instrumento que normatizará o processo de
avaliação nas Instituições de Ensino, em consonância com a referida Resolução e o presente
documento. Nesse sentido, a avaliação deve ser:

INTEGRATIVA
considera todas as dimensões dos(as) estudantes, envolvendo os aspectos
cognitivos, socioafetivos e psicomotores indicadores das competências
socioemocionais;
respeita a individualidade dos(as) estudantes, suas limitações e potencialidades;
(vide Anexo 4 - Estilos de aprendizagem)
garante a tomada de decisões para as ações de retomada e reforço das
aprendizagens não consolidadas.

CONTÍNUA
detecta as dificuldades à medida que ocorrem e descobre suas causas, durante
todo o processo de ensino e aprendizagem;
na medida do possível, orienta cada estudante de acordo com seu próprio ritmo de
aprendizagem e desenvolvimento.

MOTIVADORA
Incentiva os(as) estudantes a melhorarem seu desempenho;
Destaca aspectos positivos do aprendizado;
Estimula o(a) professor(a) a buscar diferentes estratégias metodológicas, a fim de
qualificar as práticas.

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2. Critérios da Avaliação Formativa
Ao assumir a avaliação como um processo que extrapola o trabalho isolado dos professores
na correção de instrumentos, a Resolução orienta que as escolas devem tomar nas mãos os
resultados das práticas avaliativas, prever cenários possíveis e estabelecer planos de ação
que possibilitem mudanças, as quais tenham como alvo a avaliação formativa. É importante
destacar que a avaliação formativa é sempre uma meta, é uma perspectiva a ser alcançada,
na qual nunca se chega definitivamente, mas nos serve de orientação para o aprimoramento
constante do processo.

Na Avaliação Formativa, os critérios não são indicados como fórmulas para cálculo de
médias, mas como princípios e procedimentos que devem permear o processo avaliativo.
(vide Anexo 5 - Sugestões de critérios de avaliação).

Neste contexto, entende-se que uma avaliação criteriosa e eficaz pressupõe:

a) Parametrização, ou seja, indicação prévia, clara e precisa dos critérios de correção


da avaliação. A parametrização indica o valor de cada questão.

b) Contextualização do conteúdo: são dados que permitem ao estudante responder a


questões (citações retiradas de leituras complementares ou do material didático,
procedimentos ou conceitos estudados nas aulas, manchetes de jornais, esquemas,
tabelas, gráficos, músicas...). A contextualização avalia a capacidade de leitura e
compreensão.

c) Enunciado claro e objetivo que ofereça um desafio ao(à) estudante, seguido da


habilidade operatória, ou seja, qual o recurso cognitivo que deve ser utilizado pelo(a)
estudante para responder à questão (elaborar, demonstrar, identificar, resolver,
utilizar etc.). O enunciado avalia a habilidade de operar com conceitos ou conteúdos
avaliados.

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2. Critérios da Avaliação Formativa

d) Instrumentos ou recursos avaliativos diversificados, tais como: estudo de texto,


portfólio, rubrica, mapa conceitual, estudo dirigido, listas de discussão por meios
digitais, solução de problemas, dramatização, seminário, estudo de caso, júri
simulado, simpósio, painel, fórum, oficinas, relatórios, pesquisas, provas, etc. (vide
Anexo 3 - Exemplos de instrumentos de avaliação). Quando as avaliações estiverem
configuradas em formato de provas devem oferecer possibilidades diversas de
expressão, a fim de não privilegiar apenas um tipo de compreensão – questões
dissertativas, de verdadeiro e falso, de assinalar, entre outros.

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3. Avaliar por competências e habilidades
Ao indicar a relação entre as práticas de avaliação e os princípios do PPP, a Resolução indica
a importância do rigor entre o que se defende como princípio e o que se faz na prática. Assim
sendo, é preciso ter em mente a formação de um sujeito para viver em sociedade, ou seja,
para que desenvolva princípios políticos, éticos, estéticos e possa exercer plenamente a sua
cidadania, tal como preconizado nas 10 competências gerais da BNCC:

Fonte: https://anifrux.blogspot.com/search/label/Como%20fazer%20um%20plano%20de%20aula%20de%20acordo%20com%20a%20BNCC

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3. Avaliar por competências e habilidades
Na perspectiva de preparar os(as) estudantes para enfrentar os desafios concretos da
sociedade e da vida, é importante entender os conceitos:

COMPETÊNCIA HABILIDADES
É a capacidade de mobilizar os São as aprendizagens essenciais, o
conhecimentos para a Resolução de domínio sobre a realização das
problemas e tomada de decisões. atividades, que favorecem a
construção das competências.

Neste sentido, ao avaliar, verifica-se as habilidades que permitam aos(as) estudantes


construírem as competências, que vão capacitá-los(las) a resolver os problemas que
enfrentarão na vida em sociedade. Esse processo é mais amplo do que avaliar um rol de
conteúdos e oportuniza a reflexão a respeito do que se ensina e sua adequação para que
ele(a) possa enfrentar os desafios impostos pelo cenário em que vive.

O que precisa ser garantido pelo(a) professor(a), independentemente do tipo de


atividade oferecida, é que os estudantes lidem com situações/problema diversas,
que os(as) provoquem a mobilizar seus conhecimentos para resolver uma tarefa.
(BNCC - Cadernos de Prática)

A avaliação por habilidades implica em um planejamento que preveja antecipadamente as


performances básicas que se espera alcançar com as atividades de aprendizagem. O aspecto
mais importante é manter a coerência entre o que foi planejado, o que é ensinado e o que
será avaliado. Ao avaliar nessa perspectiva, o(a) professor(a) quer saber o grau de
compreensão de um determinado conceito, bem como a capacidade de usá-lo
convenientemente.

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3. Avaliar por competências e habilidades

PROCESSOS NECESSÁRIOS PARA AVALIAÇÃO POR HABILIDADES

Observação sistemática do uso que


os(as) estudantes fazem dos
Proposição de atividades de resolução
conceitos em diversas situações: no
de situações de problemas simples ou
trabalho individual, no trabalho em
complexos com base nos conceitos;
equipe e debates, exposições e nos
diálogos com os pares;

A elaboração de exercícios que Realização de questões objetivas que


solicitem que o(a) aluno(a) explique o requeiram a relação e o uso dos
que entende sobre os elementos da conceitos em determinadas
definição do conceito; circunstâncias.

As habilidades elencadas na BNCC e no Currículo Base da Educação Josefense explicitam de


que forma será verificada a apropriação dos conceitos e habilidades essenciais para cada
ano, nas respectivas áreas do conhecimento. É fundamental que os(as) profissionais da
educação conheçam habilidades e competências de seus respectivos anos, áreas e
componentes curriculares. Eles serão elencados previamente no planejamento e servirão de
base para a definição de conteúdos e metodologias.

A fim de buscar uma unidade na diversidade, foram elencadas, dentre as habilidades da


BNCC e do Currículo Base da Educação Josefense, algumas consideradas fundamentais,
adaptadas e focadas para as peculiaridades do momento que vivenciamos pós pandemia e a
necessidade de reconstrução das aprendizagens. (vide Anexo 1 – Links para tabelas e mapas
focais).

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4. Acompanhamento do processo e dos resultados
Ao considerar a articulação entre as práticas de planejamento, registro e avaliação, a
Resolução orienta o trabalho:

DA EQUIPE PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES


...que têm a responsabilidade de
...que deverá prever situações de considerar o planejamento da
mediação com os(as) professores no avaliação, possibilitando que as
processo de planejamento. práticas superem a tradição dos
exames e ocorra o monitoramento
coletivo dos resultados da avaliação.

Como subsídio importante nesse movimento destacam-se as avaliações diagnósticas externas


e internas apontadas na Resolução nº 63/22/COMESJ/SC.

Tal acompanhamento dos resultados obtidos durante todo o processo, por parte da equipe
pedagógica e corpo docente será realizado nos momentos de assessoria, reuniões
pedagógicas e Conselhos de Classe, ou a qualquer momento em que se fizer necessário.

Esse monitoramento implica na constante reflexão, análise e discussão dos resultados,


para necessários ajustes. Destaca-se a importância do acompanhamento e da reflexão
em cada trimestre para que seja possível a readequação dos planejamentos durante o
itinerário formativo.

A previsão de mecanismos de monitoramento deve indicar possibilidades de avaliação


integrada, do(a) professor(a) em relação ao seu componente, da escola em relação ao PPP,
da SME em relação ao conjunto das escolas. O propósito deste documento é provocar
situações de sistematização dos dados coletados no processo de avaliação, buscando sempre
o seu aprimoramento.

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5. Registro administrativo do processo de avaliação:
Entende-se por registro administrativo as notas/conceitos ou pareceres descritivos que
constituem os documentos oficiais da escola (boletins, relatórios, etc.). Considerando que a
avaliação formativa é um processo contínuo, a partir da Resolução 63/22/COMESJ/SC define-
se o trimestre como o ponto de corte para o registro oficial das aprendizagens.

A avaliação é constituinte do ato pedagógico, portanto avalia-se em cada aula, em cada


atividade. Nesse sentido, o que se pretende é que o registro administrativo represente uma
síntese das práticas avaliativas.

Ao adotar como referência os aspectos qualitativos da aprendizagem, toma-se como desafio


o olhar investigativo do(a) professor(a) que busca compreender em que medida
aprendizagens anteriormente avaliadas podem ser reconsideradas em práticas presentes.
Por exemplo, em uma disciplina que tenha realizado três registros administrativos, em que o
primeiro esteja relacionado à apropriação de um conceito que pode ser considerado na
terceira prática avaliativa, não há sentido que seja mantida a notação que representa as
dificuldades iniciais.

O(A) professor(a) deve analisar se houve crescimento, independentemente de ter havido notas
baixas durante o trimestre e tem a possibilidade de atribuir a nota justa, de modo a não
prejudicar o resultado obtido, devido a um eventual mau resultado.

Para os Anos Iniciais, faz-se necessário também que, para além do registro da notação, o(a)
professor(a) tenha registros dos significados que representam cada uma delas
especificamente para cada estudante.

Nos Anos Finais, as notas registradas nos diários representam, por meio de um símbolo, a
qualidade da aprendizagem. Portanto, devem ser usados com cautela procedimentos que
produzem informações que deixam de representar a qualidade da aprendizagem, por
exemplo, as médias.

A correlação entre habilidades e notas é um importante fator, porque atrela o conceito


numérico ao alcance dos objetivos de aprendizagem. Favorece a reflexão sobre em que
medida as notas expressam o resultado da atividade intelectual do(a) estudante.

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5. Registro administrativo do processo de avaliação:
ORIENTAÇÕES QUANTO AOS REGISTROS:

No sistema de gestão escolar devem ser registradas as notas das avaliações, bem
como as notas obtidas no processo de recuperação.

Caso o resultado trimestral (ou anual) do estudante não corresponda aos avanços e
esforços observados pelos professores(as) durante o processo, poderá ser
incorporado à média trimestral (ou anual) um acréscimo, contabilizado de 0,0 a 10,0.
O estudante recebe o acréscimo necessário para integrar a média que o(a)
professor(a) deseja atribuir (por exemplo: a média obtida foi 5,0 e após análise do
progresso do(a) estudante, o(a) professor(a) decide atribuir média 7,0 então, neste
caso, o(a) estudante receberá um acréscimo de 2,0 pontos). Este acréscimo será
realizado no sistema de gestão escolar, em campo específico - NP (Nota de
Percurso) e não substituirá qualquer nota dada anteriormente para fins de registro.
Esta nota será atribuída após os estudos de recuperação, na semana final do
trimestre.

No 5º ano, a orientação é de correlacionar as habilidades com notas, nas áreas do


conhecimento, considerando sempre o registro numérico expresso com números
inteiros ou com fração de 0,5. Ou seja, a nota reflete o alcance dos objetivos
descritos no conjunto das habilidades trabalhadas.

Do 2º ao 4º ano, os conceitos ANA (Ainda não atingiu), AP (Atingiu parcialmente), A


(Atingiu) e AE (Atingiu com excelência) se relacionam às habilidades previstas no
planejamento e descritas nos pareceres avaliativos.

Em cada trimestre os conceitos são lançados no sistema de gestão escolar de


acordo com as habilidades trabalhadas, por componente e, ao final, deve ser
atribuído um conceito para o conjunto de habilidades, denominado “consolidado”,
que representa o desenvolvimento global do(a) estudante durante o trimestre.

Ao final do ano letivo deve ser atribuído, por componente, um conceito


“consolidado” que represente o desenvolvimento do(a) estudante ao longo dos
trimestres.

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6. Estudos de recuperação:
A execução da recuperação nos termos desta Resolução tem por desafio a superação da
predominância dos procedimentos de refazer as provas aplicadas, que causam o
esvaziamento do sentido das práticas avaliativas. É um processo contínuo, concomitante e
simultâneo ao processo educativo regular. Deve ser orientada:

pela reflexão do(a) professor(a) a respeito dos fatores que permearam os resultados;
pela identificação de procedimentos didáticos que possam ser mais adequados para o
desenvolvimento das habilidades trabalhadas, bem como a reorientação do planejamento
subsequente.

Neste aspecto, a recuperação deve considerar que


os(as) estudantes possuem tempos diferenciados
de aprendizagem, fato que necessita ser levado
em consideração para o reconhecimento de
saberes, de forma não restrita a um momento ou
instrumento avaliativo específico.

Os estudos de recuperação precisam ser desenvolvidos sempre que for diagnosticada a


defasagem do(a) estudante e devem contemplar a retomada de conceitos/habilidades e
conteúdos com a elaboração de novas estratégias metodológicas a fim de favorecer as
aprendizagens.

ATIVIDADES AVALIATIVAS E DE RECUPERAÇÃO DAS APRENDIZAGENS


A Resolução aponta o número mínimo de atividades avaliativas em cada componente
curricular, por trimestre:

1 ou 2 aulas semanais 3 avaliações

3 aulas semanais 4 avaliações

5 aulas semanais 6 avaliações

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6. Estudos de recuperação:
É muito importante destacar que essa quantidade de avaliações não se refere
somente à aplicação de provas. Devem ser oportunizados “momentos avaliativos”
com os instrumentos que o(a) professor(a) considerar adequados ao alcance dos
objetivos (vide anexo 3 – Exemplos de instrumentos de avaliação).

A observação do(a) estudante, de seus cadernos e/ou registros, de sua


participação, entre outros, também podem ser considerados momentos
avaliativos. Estes momentos são importantes para observar o desenvolvimento de
habilidades da vida cotidiana do(a) estudante, como a organização, o
autocuidado, a rotina de estudos, entre outros.

Tais “momentos avaliativos” devem ser registrados no sistema, no mínimo na


quantidade apontada pela Resolução, identificando o instrumento utilizado.

Quanto às atividades de Recuperação das Aprendizagens:

Devem ser oferecidas sempre que constatada a defasagem da turma e/ou do(a)
estudante.

Não precisam estar atreladas aos instrumentos, por exemplo: se forem realizados
6 momentos avaliativos não é necessária a realização de 6 instrumentos de
recuperação. A recuperação não é dos instrumentos e sim do processo. Se o
professor(a) entender que um instrumento ou estratégia for suficiente para
recuperar a não aprendizagem pode utilizar apenas estes.

Independente de quantos momentos ou instrumentos de recuperação forem


utilizados, estes devem ser registrados no sistema.

É imprescindível a retomada das habilidades não consolidadas, possibilitando


ao(à) estudante o alcance dos objetivos de aprendizagens, preferencialmente
diversificando o instrumento avaliativo utilizado anteriormente.

A nota ou conceito obtido após o processo de recuperação poderá ser lançada(o)


em campo próprio ou no campo NP (Nota de Percurso) ao final do trimestre ou
ano letivo.

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7.Relatórios e Atas
Os relatórios e atas previstos na Resolução têm por objetivo sistematizar as informações
acerca dos resultados do processo avaliativo ao longo de cada trimestre e se configuram
como instrumentos a serem analisados para a tomada de decisão e o estabelecimento do
plano de ação para qualificação das práticas avaliativas, superação das defasagens,
identificar demandas para a formação continuada etc.

De acordo com cada situação devem ser emitidos:

DOCUMENTOS RESPONSÁVEL

Relatórios trimestrais de aproveitamento por turma,


Equipe Pedagógica
conforme indicado na Resolução.

Atas de Conselho de Classe. Equipe Pedagógica

Professores(as) da turma,
Professor(a) do AEE e
Relatórios descritivos de estudantes com deficiência.
Auxiliar de Educação
Especial

Relatórios Finais dos(as) estudantes retidos(as),


Professores(as) /Equipe
descrevendo as estratégias de recuperação das
pedagógica
aprendizagens realizadas pela Instituição de Ensino.

Relatórios das habilidades trabalhadas e/ou faltantes,


para planejamento do ano subsequente (reorganização Professores(as) da turma
curricular).

Ata para efeito de progressão do(a) estudante. Equipe Pedagógica

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8. Conselhos de Classe
O Conselho de Classe (CC) constitui-se como espaço privilegiado para a análise das possíveis
variáveis que impactaram ou não na aprendizagem dos(as) estudantes, a construção de um
projeto coletivo de recuperação das defasagens, encaminhamento de novos procedimentos e
metodologias, bem como de socialização de práticas exitosas, superando a organização que
privilegia a análise individual de desempenho, baseada muitas vezes em aspectos
comportamentais.

Em busca de qualificar a prática do Conselho de Classe, elenca-se algumas preocupações que


devem estar presentes em sua organização e execução.

Segundo Dalben (2006) o Conselho de Classe é órgão deliberativo sobre:

objetivos de ensino a serem alcançados;

uso de metodologias e estratégias de ensino;

critérios de seleção de conteúdos curriculares;

projetos coletivos de ensino;

atividades diferenciadas;

formas, critérios e instrumentos de avaliação dos(as) estudantes e do processo


educativo;

formas de acompanhamento dos(as) estudantes em seu itinerário;

elaboração de fichas de registro do desempenho do(a)estudante para o


acompanhamento no decorrer do processo e para informação aos responsáveis;

formas de relacionamento com famílias;

propostas curriculares alternativas para os(as) estudantes com dificuldades


específicas;

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8. Conselhos de Classe

adaptações curriculares para estudantes com necessidades educativas especiais


e/ou com deficiência;

propostas de organização dos estudos complementares.

O Conselho de Classe também deve deliberar sobre a promoção ou retenção dos(as)


estudantes que não obtiveram média suficiente ao longo do ano letivo, bem como demais
decisões sobre as especificidades que ocorrerem ao longo do processo educativo.

ORIENTAÇÕES QUANTO À REALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS CONSELHOS DE CLASSE:

A fim de garantir a recuperação contínua das aprendizagens, para que ao final de cada
trimestre os(as) estudantes tenham apresentado, no mínimo, 60% de aproveitamento,
as Instituições de Ensino realizarão um Conselho de Classe no final do segundo mês de
cada trimestre. Seu objetivo é o levantamento dos resultados e a previsão de
estratégias de recuperação para os(as) estudantes que ainda não atingiram o mínimo
necessário, bem como oportunizar a todos(as) a melhoria de seu desempenho. Assim
sendo, restará ainda um mês para que os professores(as) promovam novas
oportunidades de aprendizagem e recuperação. Esse período será acompanhado pela
Equipe pedagógica diretamente com o(a) professor(a).

Na semana final do trimestre as Equipes pedagógicas realizarão assessorias com


os(as) professores(as) de cada componente, nas respectivas horas-atividade, a fim de
verificar a concretização dos estudos de recuperação, os novos resultados e o
fechamento da média ou conceito trimestral.

Ao final do terceiro trimestre haverá, ainda, um Conselho de Classe Final, onde será
analisada a situação dos(as) estudantes que não obtiveram a média mínima para
aprovação durante o ano letivo.

O(a) professor(a) deve registrar, no sistema de gestão escolar, as atividades


avaliativas e de recuperação à medida em que forem acontecendo. Este registro
favorece que a equipe pedagógica, no momento do Conselho de Classe, já tenha uma
análise do contexto, otimizando o tempo do conselho para a definição dos
encaminhamentos necessários.

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8. Conselhos de Classe
A equipe pedagógica deve realizar os pré-conselhos de Classe com as turmas, com o
objetivo de qualificar o CC e possibilitar a participação dos(as) estudantes. Na ausência
de equipe pedagógica, a direção da escola definirá as regras e os(a) responsáveis por
esta ação.

Deve ser realizado o pré-conselho com cada professor(a), momento no qual o(a)
professor(a) se autoavalia, a partir das estratégias utilizadas e dos resultados obtidos
em cada turma e se discute o processo de ensino efetivado. É importante que as
escolas criem instrumentos/dispositivos a serem preenchidos pelos(as) professores(as)
antes do Conselho de Classe, visando inclusive a otimização dos tempos e dos espaços
de discussão. (vide Anexos 6 - Sugestões de pré-conselho e Anexo 8 - Sugestões de
autoavaliação).

Conforme apontado na Resolução, as Instituições de Ensino devem prever em seus


PPPs os mecanismos para a participação de estudantes e pais no Conselho de Classe.

A Resolução sustenta a ideia de que o Conselho de Classe é sempre soberano e se


constitui como um espaço de avaliação coletiva, que considera o(a) estudante em sua
integralidade, em seu contexto particular de vida e em sua singularidade no processo
de aprendizagem. Neste aspecto, a avaliação daqueles que se encontram em situação
abaixo da média necessária para aprovação, pode ser considerada como uma nova
oportunidade aos(às) professores(as) e demais membros do CC para a tomada de
decisão, respaldados no debate pedagógico.

Em caso de ausência no momento do Conselho de Classe, o(a) professor(a) deve


encaminhar previamente a sua documentação para a equipe pedagógica e acatar as
decisões coletivas.

24
8. Conselhos de Classe

Para que o Conselho de Classe atinja seus objetivos, alguns cuidados devem ser tomados
durante sua realização, conforme sugere Sant'anna (1995)

Evitar rotular o(a) estudante, eliminando padrões preestabelecidos.

Fazer observações concretas relacionadas à aprendizagem, evitando a discussão dos


aspectos comportamentais.

Privilegiar a discussão dos aspectos coletivos da turma, fazendo os encaminhamentos


necessários ao aprimoramento do processo. (vide Anexo 7 - Sugestão de análise da
turma)

Discutir o aproveitamento individual apenas nos casos em que sejam necessários


encaminhamentos coletivos para auxiliar o(a) estudante a superar suas dificuldades.

Propor ações e estabelecer o tipo de assistência que será dispensado aos(às)


estudantes que não apresentarem rendimentos satisfatórios.

Aperfeiçoar o trabalho, tomando como referência os apontamentos emitidos pelos


participantes.

Indicar ações que visem a orientação aos(às) estudantes sobre como, o que estudar e
como se autoavaliar.

Refletir sobre o currículo da escola e apontar alterações necessárias.

Analisar a eficácia dos instrumentos de avaliação utilizados pelo(a) professor(a), no


decorrer do processo de ensino.

Apontar indícios que conduzam a família e o(a) estudante a uma visão clara de seu
desempenho.

Registrar reunião em ata.

25
9. Avaliação dos(as) estudantes público alvo da Educação Especial

Considerando a especificidade da avaliação para os(as) estudantes público da educação


especial, ou seja, os(as) estudantes com deficiência, transtornos do espectro autista e altas
habilidades superdotação, orienta-se que o(a) professor(a) utilize diferentes instrumentos
avaliativos para avaliar e registrar o processo de aprendizagem e desenvolvimento dos(as)
estudantes, observando suas respostas e analisando as tarefas que realiza. Conforme Luckesi
(2011), é importante atentar para as soluções uma vez que a “função central do ato de avaliar
é subsidiar soluções para os impasses diagnosticados, a fim de chegar de modo satisfatório
aos resultados desejados”.

Nesse sentido é imperativo que os(as) professores(as) identifiquem os apoios necessários,


analisando o que o(a) estudante produz individualmente, suas dificuldades e potencialidades,
para que os(as) mesmos(as) participem plenamente e em igualdade de condições do
processo de ensino aprendizagem.

Para tanto, o portfólio é um dos recursos que auxiliam o(a) professor(a) na avaliação,
contribuindo em relação ao registro e a tomada de decisão sobre outros recursos a serem
utilizados e sua eficácia no processo de aprendizagem dos(as) estudantes. Dessa forma,
algumas orientações são necessárias para a organização do acompanhamento e avaliação
dos(as) estudantes público da educação especial e devem ser contempladas no Projeto
Político Pedagógico de cada Unidade Escolar:

No início de cada ano letivo, deve ocorrer o repasse das informações, diagnóstico e
registros dos(as) estudantes pela equipe pedagógica e diretiva, bem como, pelo(a)
professor(a) do Atendimento Educacional Especializado, para que os(as) demais
professores tenham conhecimento das especificidades de cada um(a). Deve-se
manter junto à ficha de matrícula do(a) estudante as cópias das avaliações
bimestrais/trimestrais anteriores, bem como, os registros pedagógicos pertinentes.

26
9. Avaliação dos(as) estudantes público alvo da Educação Especial

Propor atividades flexibilizadas a cada estudante, conforme as peculiaridades de


cada caso, com avaliação apropriada, oral e/ou escrita, por meio, de diferentes
recursos, como: cartões de sinalização, imagens específicas, materiais concretos,
vídeos, áudio, tablet, notebook, Braille, Libras, entre outros.

Os relatórios trimestrais sobre o desenvolvimento/aprendizagem dos(as)


estudantes com deficiência, bem como o planejamento da aula, deverão ser
elaborados pelo(a) professor(a) de sala contemplando as especificidades dos(as)
estudantes com e sem deficiência, prevendo o processo inclusivo. Poderão participar
desse processo o(a) professor(a) do AEE e o(a) auxiliar de Educação Especial.

Realizar a mediação de atividades escolares dos(as) estudantes com deficiência


conforme o planejamento dos(as) professores(as), contribuindo para o processo de
inclusão.

A avaliação, instrumento de registro trimestral, deverá ser realizada nos moldes da


Resolução nº 63/22/COMESJ/SC e deverá contemplar o desenvolvimento do(a)
estudante de acordo com os objetivos de aprendizagem trabalhados durante o
trimestre. Os relatórios descritivos só serão permitidos quando os(as) estudantes
público da Educação Especial apresentarem baixa funcionalidade, não atingindo os
objetivos mínimos propostos no planejamento.

Para os(as) estudantes que acompanham o rendimento geral da turma, o registro


final do trimestre poderá ser o mesmo dos(as) demais estudantes. Esta iniciativa
deverá estar em comum acordo com a equipe pedagógica, professores(as)
regentes, auxiliares de Educação Especial e professores(as) do AEE.

Para os(as) estudantes com deficiência com baixa funcionalidade deve ser
assegurada a oportunidade de avanço para os anos subsequentes, evitando a
distorção e garantindo a terminalidade, que deve ocorrer mediante parecer
pedagógico do Conselho de Classe. Determina a LBD 9394/96 em seu art. 59, inciso
II, que independente dos objetivos atingidos e/ou ano cursado e esgotados todos os
recursos para o seu avanço, o(a) estudante deverá receber a certificação de
terminalidade específica. Para documentar essa conclusão deve ser emitido
certificado. (vide Anexo 9 – Modelo de Certificado de Terminalidade Específica para
Educação Especial).

27
10. Avaliação dos(as) estudantes com dislexia, transtorno do déficit de
atenção com hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem
Considerando que o acompanhamento integral de estudantes com dislexia, transtorno do
déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem envolve o
apoio educacional na rede de ensino e que as estes(as) estudantes, comumente, apresentam
alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita, ou instabilidade na atenção, que
repercutam diretamente na aprendizagem, a avaliação deve ser adaptada de forma que o(a)
estudante tenha assegurado seu direito ao acompanhamento específico direcionado à sua
dificuldade.

Estas adaptações visam auxiliar o(a) estudante a


minimizar o impacto de suas dificuldades e facilitar
seu caminho de aprendizagem, envolvendo todo o
processo de avaliação. Desta forma, embora seja
primordial considerar as diferenças individuais de
cada estudante e cada etapa do processo avaliativo,
para que se atinjam as estratégias mais produtivas
para cada estudante, alguns exemplos podem ser
destacados (ESTILL, 2017):

Enfatizar os conceitos gerais, não os detalhes;

Valorizar mais o conteúdo do que a forma;

Proporcionar tempo extra para realização das provas;

Utilizar estratégias e ferramentas que possibilitem a facilitação da leitura (explorar o


texto e as imagens, destacar informações visuais, formular perguntas, fracionar o
texto até chegar ao texto completo, destacar palavras, encontrar informações);

Utilizar imagens visuais, guias visuais e esquemas conceituais;

Adaptação da apresentação visual das avaliações: espaçar os parágrafos e aumentar


a fonte facilitam a leitura; usar somente a frente das folhas nas avaliações;

Não considerar falhas ortográficas como erros;

28
10. Avaliação dos(as) estudantes com dislexia, transtorno do déficit de
Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem

Realizar avaliações orais e/ou com atividades práticas;

Anotar e/ou transcrever as ideias principais das respostas dos estudantes;

Permitir o uso de instrumentos (régua para auxílio de leitura, marcador de foco,


caneta leitora);

Proporcionar o auxílio de um ledor.

29
11. Ações para favorecer o alcance dos objetivos da Avaliação Formativa:

Garantir momentos de estudos, reflexão, discussão e planejamento coletivos,


considerando as reuniões pedagógicas e as horas-atividades coletivas como
espaços privilegiados para este fim. É importante separar as reuniões
administrativas destes momentos a fim de otimizar o tempo com discussões
de pertinência pedagógica.

Monitoramento e acompanhamento dos resultados por parte da equipe


pedagógica com o intuito de definir as estratégias de recuperação para os
casos que não obtiveram o mínimo necessário.

Elaboração de um plano de ação para apoiar os(as) estudantes que


apresentem defasagem.

Realização de reuniões com os(as) responsáveis no decorrer de cada


trimestre, para que a família se aproxime do processo de ensino e
aprendizagem dos(as) estudantes.

Assessorias frequentes da equipe pedagógica com os(as) professores(as),


para verificação dos planejamentos, dos instrumentos e práticas de
avaliação, de recuperação e definição de estratégias para superação das
dificuldades apresentadas tanto pelos(as) estudantes quanto pelo(a)
professor(a) durante o processo.

Realização de uma reunião com todos os(as) professores(as) de cada turma


(uma espécie de Conselho de Classe) antes do recesso escolar de julho, como
forma de tomada de consciência sobre a situação de cada estudante, de
modo a realizar medidas que evitem a retenção, uma vez que este período
marca exatamente a metade do ano letivo, o que possibilita a reversão da
situação por meio de ações coletivas entre estudante, escola e família.

Solicitação da presença de pais ou responsáveis para conversa com


professores(a) em sua hora-atividade.

30
REFERÊNCIAS
ANASTASIOU, Léa das G. Camargos; ALVES, Leonir Pessate. (orgs.). Processos de ensinagem na universidade:
pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 9.ed. Joinville, SC: UNIVILLE, 2010.

______. Estratégias de Ensinagem. PDF. s/d. Disponível em:


https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/1390223/mod_resource/content/1/anastasiou.pdf
acesso em 15 mai 2022.

______. Avaliação, ensino e aprendizagem: anotações para um começo de conversa. (s.d). Disponível em
<http://www.uel.br/graduacao/odontologia/portal/pages/arquivos/nde/avalia%c3%87%c3%83o,%20ensino%20
e%20aprendizagem.pdf>. Acesso em: 06 jun. 2022.

BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência
(Estatuto da Pessoa com Deficiência).

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

CHUEIRI, Mary S. F. Concepções sobre a Avaliação Escolar. Estudos em avaliação Educacional, v.19. n.39, jan/abr
2008.

DALBEN, Ângela I. L. de F. Conselho de Classe e avaliação - perspectivas na gestão pedagógica da escola. 3.ed.
Campinas: Papirus, 2006. (Coleção magistério: formação e trabalho pedagógico).

EDUCABRASIL. Avaliação a serviço das Aprendizagens. Formação Continuada. Disponível em: www.educa-
brasil.com

HADJI, Charles. A Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2008.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1996


______, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem componente do ato pedagógico. São Paulo: Cortez, 2011.

BRASIL. BNCC. Cadernos de Práticas. Métodos de Diagnóstico Inicial e Processos de Avaliação Diversificados.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de- praticas/
aprofundamentos/194-metodos-de-diagnostico-inicial-e-processos-de-avaliacao-diversificados>; acesso em
março/2022.

MOREIRA, Marco A.; Buchweitz, Bernardo. Novas estratégias de ensino e aprendizagem: os mapas conceituais e o
Vê epistemológico. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 1993

PERRENOUD, Phillipe. Avaliação – da excelência à regulação das aprendizagens: entre duas lógicas. Porto Alegre:
Artmed, 1999.

31
REFERÊNCIAS
RAMPAZZO, Sandra R. dos R. Instrumentos de avaliação: reflexões e possibilidades de uso no processo de ensino
e aprendizagem. Produção Didático-Pedagógica apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional
(PDE). NRE – Londrina 2011.

SANT’ANNA, Ilza M. Porque Avaliar? como avaliar? critérios e instrumentos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.

SÃO JOSÉ. Prefeitura Municipal. Secretaria Municipal de Educação. Currículo Base da Educação Josefense. São
José, 2020

SMOLE, Kátia. A importância da avaliação como prática pedagógica. 2 de set. de 2021. disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=LCnkONugrKk

TREVELIN, Ana T. C.; NEIVA, Jaqueline S. F. da S. Estilos de Aprendizagem e Avaliação no Ensino Superior. IN: VI
Workshop de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro Paula Souza. Unidade de Ensino de Pós-Graduação, Extensão
e Pesquisa – 09 e 10 de novembro de 2011. Disponível em
http://www.pos.cps.sp.gov.br/files/artigo/file/715/60dfd7d28869f89c6d810caddc55a8ad.pdf

VASCONCELOS, Celso dos S. Avaliação da Aprendizagem: práticas de mudança. São Paulo: Libertad, 1998

ZABALA, Antoni. A prática educativa – como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.

32
ANEXO 01 - Links dos documentos base para organizar
planejamentos e avaliações

A) Tabelas de Aprendizagens Focais

Síntese elaborada pela SME à partir dos Mapas de Foco com as habilidades essenciais para
cada ano.

ANOS INICIAIS ANOS FINAIS

DOWNLOAD DOWNLOAD

B) Mapas de Foco

MAPAS DE FOCO DO LINK DO MAPAS DE FOCO DO


INSTITUTO REÚNA INSTITUTO REÚNA CURRÍCULO JOSEFENSE

DOWNLOAD DOWNLOAD DOWNLOAD

C) Tabelas das avaliações diagnósticas da SME (habilidades trabalhadas nas avaliações


diagnósticas)

ANOS INICIAIS ANOS FINAIS

DOWNLOAD DOWNLOAD

D) Marcos do desenvolvimento:

DOWNLOAD

33
ANEXO 02 - Tabela das técnicas de Avaliação.

TÉCNICAS INSTRUMENTOS OBJETIVOS BÁSICOS

Registro de observação- Acompanhar o desenvolvimento


OBSERVAÇÃO Fichas cognitivo, social e afetivo dos
Coleta de dados estudantes.

- Questionário- Inventário- Compreender as percepções, os


INQUIRIÇÃO (averiguação
Escala de atitudes.- sentimentos e a necessidade dos
minuciosa)
Entrevista.- Sociograma estudantes.

Promover a argumentação, a
-Textos- Relatórios- Leituras-
PESQUISA crítica, a análise e a autonomia
Exercícios- Registros
do aluno.

Desenvolver uma percepção


sobre si mesmo em relação ao
AUTOAVALIAÇÃO - Registro da autoavaliação
que é capaz de realizar no
contexto.

Possibilitar registros de
- Registros pessoais e das
PORTFÓLIO experiências significativas do
aulas
aluno

Coletar informações sobre as


- Prova oral- Prova escrita
TESTAGEM aprendizagens do aluno nos
(dissertativa ou objetiva)
aspectos analítico-descritivos.

Faça download do documento "Técnicas e Instrumentos


de Avaliação da Aprendzagem".

DOWNLOAD

34
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação
Adaptação da tabela “Os nove jeitos mais comuns de avaliar os(as) estudantes e os
benefícios de cada um” elaborada por Ilza Martins Sant’Ana e Heloísa Cerri Ramos.

PROVA OBJETIVA

Série de perguntas diretas, para respostas curtas, com apenas uma


DEFINIÇÃO
solução possível.

Avaliar o que o(a) aluno(a) apreendeu sobre dados singulares e específicos


FUNÇÃO
do conteúdo.

É familiar às crianças, simples de responder e pode abranger grande parte


VANTAGENS
do exposto em sala de aula.

Pode ser respondida ao acaso ou de memória e não constatar o quanto


ATENÇÃO
o(a) aluno(a) adquiriu de conhecimento.

Focar nas questões somente conteúdos já trabalhados em sala.


Selecionar os conteúdos para elaborar as questões e fazer as chaves
PLANEJAMENTO de correção
Elaborar as instruções sobre a maneira adequada de responder às
perguntas.

Definir o valor de cada questão e multiplicar pelo número de respostas


ANÁLISE
corretas.

Analisar as questões que todos os(as) estudantes acertaram e retomar


os conteúdos que a maioria errou.
COMO UTILIZAR AS Verificar como está cada aluno(a) em relação à média da classe
INFORMAÇÕES Analisar os itens que muitos erraram para verificar se a questão foi
formulada adequadamente ou há necessidade de retomada do
conteúdo.

35
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

PROVA DISSERTATIVA

Série de perguntas que exijam capacidade de estabelecer relações,


DEFINIÇÃO
resumir, analisar e explicar.

Verificar a capacidade de analisar o problema central, abstrair fatos,


FUNÇÃO
formular idéias e redigi-las.

O(A) aluno(a) tem liberdade para expor os pensamentos, mostrando


VANTAGENS
habilidades de organização, interpretação e expressão.

ATENÇÃO Cobre uma amostra pequena do conteúdo e não permite amostragem.

Definir o número de questões pensando no tempo que os(as) estudantes


PLANEJAMENTO terão para resolver cada uma delas e dar tempo suficiente para que os(as)
estudantes possam pensar e sistematizar suas respostas.

Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos à clareza das ideias, à


ANÁLISE
capacidade de argumentação e à conclusão.

Após a correção das provas, discuta coletivamente algumas questões


COMO UTILIZAR AS respondidas de diferentes modos pelos(as) estudantes.
INFORMAÇÕES Criar experiências e novos enfoques que permitam ao(à) aluno(a)
formar os conceitos mais importantes.

36
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

SEMINÁRIO

Exposição oral para um público leigo, utilizando a fala e materiais de apoio


DEFINIÇÃO
adequados ao assunto.

Possibilitar a transmissão verbal das informações pesquisadas de forma


FUNÇÃO
eficaz.

Contribui para a aprendizagem do(a) ouvinte e do(a) expositor(a), exige


VANTAGENS pesquisa, planejamento e organização das informações, desenvolve a
comunicação oral em público.

Conhecer as características individuais para apoiar os(as) estudantes em


ATENÇÃO
suas dificuldades.

Ajudar na delimitação do tema


Fornecer bibliografia e fontes de pesquisa
PLANEJAMENTO Esclarecer os procedimentos apropriados de apresentação
Definir a duração e a data da apresentação
Ensaiar com todos os(as) estudantes.

Atribuir pesos à abertura (clareza e coerência na apresentação), ao


desenvolvimento do tema (domínio do conteúdo apresentado), aos
ANÁLISE materiais utilizados (dinâmicas e/ou recursos) e à conclusão. Estimular a
classe a fazer perguntas e emitir opiniões (participação do grupo durante a
apresentação).

Caso a apresentação não tenha sido satisfatória, planejar atividades


COMO UTILIZAR AS
específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não
INFORMAÇÕES
atingidos.

37
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

TRABALHO EM GRUPO

Atividades de natureza diversa (escrita, oral, gráfica, corporal, etc)


DEFINIÇÃO
realizadas coletivamente.

Construir conhecimentos de forma colaborativa desenvolvendo o espírito


FUNÇÃO
colaborativo, as trocas e a socialização

A interação é um fator facilitador de aprendizagem. A heterogeneidade


VANTAGENS
favorece a construção do conhecimento.

Esse procedimento não tira do(a) professor(a) a necessidade de buscar


ATENÇÃO informações para orientar as equipes, nem deve substituir os momentos
individuais de aprendizagem.

Propor atividades relacionadas ao conteúdo a ser trabalhado


Fornecer fontes de pesquisa
PLANEJAMENTO Indicar os materiais básicos
Ensinar os procedimentos necessários para a elaboração e
apresentação dos trabalhos e o alcance dos objetivos.

Acompanhe os grupos, intervenha e dê mais atenção àqueles(as) que não


ANÁLISE
estão conseguindo produzir.

Observar se houve participação de todos(as) e colaboração entre


COMO UTILIZAR AS
os(as) colegas
INFORMAÇÕES
Atribuir valores às diversas etapas do processo e ao produto final.

38
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

DEBATE

Discussão em que os(as) estudantes expõem seus pontos de vista a


DEFINIÇÃO
respeito de assunto polêmico.

Aprender a defender uma opinião fundamentando-a em argumentos


FUNÇÃO
convincentes.

Desenvolve a habilidade de argumentação e a oralidade; faz com que o(a)


VANTAGENS
aluno(a) aprenda a escutar com um propósito.

Como mediador(a), o(a) professor(a) deve dar chance de participação a


ATENÇÃO todos(as) e não tentar apontar vencedores(as), pois em um debate deve-se
priorizar o fluxo de informações entre as pessoas.

Definir o tema;
Orientar a pesquisa prévia
Combinar com os(as) estudantes o tempo, as regras e os
PLANEJAMENTO procedimentos
Mostrar exemplos de bons debates
Ao final, solicitar relatórios que contenham os pontos discutidos - filmar
a discussão, se possível, para análise posterior.

Estabeleça pesos para a pertinência da intervenção, a adequação do uso


ANÁLISE
da palavra e a obediência às regras combinadas.

COMO UTILIZAR AS Crie outros debates em grupos menores; analise o vídeo e aponte as
INFORMAÇÕES deficiências e os momentos positivos.

39
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

RELATÓRIO INDIVIDUAL

Texto produzido pelo(a) aluno(a) depois de atividades práticas ou projetos


DEFINIÇÃO
temáticos.

FUNÇÃO Averiguar o que o(a) aluno(a) aprendeu.

É possível avaliar o real nível de apreensão de conteúdos depois de


VANTAGENS
atividades coletivas ou individuais.

É importante escrever uma devolutiva para o(a) aluno(a) com as devidas


ATENÇÃO
correções.

Definir o tema;
Orientar sobre a estrutura apropriada (introdução, desenvolvimento,
conclusão e outros itens necessários, dependendo da extensão do
PLANEJAMENTO
trabalho); o melhor modo de apresentação e o tamanho aproximado;
realizar atividades que familiarizem os(as) estudantes com as etapas do
relatório a fim de auxiliar na redação.

Estabelecer pesos para cada item que for avaliado (estrutura do texto,
ANÁLISE
conteúdo, apresentação).

O relatório é um excelente indicador do ponto em que o(a) aluno(a) se


COMO UTILIZAR AS encontra no processo. Para os(as) estudantes que apresentem dificuldade
INFORMAÇÕES em itens essenciais, devem ser criadas atividades específicas, indicados
bons livros e solicitados mais trabalhos escritos.

40
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

AUTOAVALIAÇÃO

Análise oral ou por escrito, em formato livre, que o aluno faz do próprio
DEFINIÇÃO
processo de aprendizagem.

Auxiliar o(a) aluno(a) a adquirir a capacidade de analisar seu itinerário de


FUNÇÃO aprendizagem, tomando consciência de seus avanços e de suas
necessidades.

O(A) aluno(a) torna-se sujeito do processo de aprendizagem, adquire


VANTAGENS responsabilidade sobre ele, aprende a enfrentar limitações e estabelecer
prioridades.

O(A) aluno(a) só se abrirá se sentir que há um clima de confiança entre


ATENÇÃO o(a) professor(a) e ele e que esse instrumento será usado para ajudá-lo(a)
a aprender.

Fornecer ao(à) aluno(a) um roteiro de autoavaliação, definindo as áreas


sobre as quais ele(a) deve discorrer - listar habilidades e conteúdos e pedir
PLANEJAMENTO
que o(a) aluno(a) indique aquelas em que se considera apto(a) e aquelas
em que precisa de reforço.

Usar esse documento ou depoimento como uma das principais fontes para
ANÁLISE
o planejamento das próximas intervenções.

COMO UTILIZAR AS Ao tomar conhecimento das necessidades do(a) aluno(a), sugerir


INFORMAÇÕES atividades individuais ou em grupo para ajudá-lo a superar as dificuldades.

41
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

OBSERVAÇÃO

Análise do desempenho do(a) aluno(a) em fatos do cotidiano escolar ou em


DEFINIÇÃO
situações planejadas.

Seguir o desenvolvimento do(a) aluno(a) e ter informações sobre as áreas


FUNÇÃO
afetiva, cognitiva e psicomotora.

Perceber como o(a) aluno(a) constrói o conhecimento, seguindo de perto


VANTAGENS
todos os passos desse processo.

Fazer anotações no momento em que ocorre o fato; evitar generalizações


ATENÇÃO e julgamentos subjetivos; considerar somente os dados fundamentais no
processo de aprendizagem.

Elaborar uma ficha organizada (check-list, escalas de classificação)


PLANEJAMENTO prevendo atitudes, habilidades e competências que serão observadas para
auxiliar na percepção global da turma e na interpretação dos dados.

Comparar as anotações do início do ano com os dados mais recentes para


ANÁLISE perceber o que o(a) aluno(a) já realiza com autonomia e o que ainda
precisa de acompanhamento.

Esse instrumento serve como uma lupa sobre o processo de


COMO UTILIZAR AS
desenvolvimento do(a) aluno(a) e permite a elaboração de intervenções
INFORMAÇÕES
específicas para cada caso.

42
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

CONSELHO DE CLASSE

DEFINIÇÃO Reunião sobre uma determinada turma, liderada pela equipe pedagógica.

Compartilhar informações sobre a classe e sobre cada aluno(a) para


FUNÇÃO
embasar a tomada de decisões.

Favorece a integração entre professores(a), a análise do currículo e a


VANTAGENS eficácia dos métodos utilizados; facilita a compreensão dos fatos com a
exposição de diversos pontos de vista.

Fazer sempre observações objetivas e não rotular o(a) aluno(a) - tomar


ATENÇÃO cuidado para que a reunião não se torne apenas uma confirmação de
aprovação ou de reprovação.

Conhecendo a pauta de discussão, listar os itens que se pretende comentar.


PLANEJAMENTO Todos os(as) participantes devem ter direito à palavra para enriquecer o
diagnóstico dos problemas, suas causas e soluções.

O resultado final deve levar a um consenso da equipe em relação às


ANÁLISE
intervenções necessárias no processo de ensino e aprendizagem.

O(a) professor(a) deve usar essas reuniões como ferramenta de auto-


COMO UTILIZAR AS análise. A equipe deve prever mudanças tanto na prática diária de cada
INFORMAÇÕES docente como também no currículo e na dinâmica escolar, sempre que
necessário.

43
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

MAPA CONCEITUAL*

Construção de um diagrama que indica a relação de conceitos em uma


perspectiva bidimensional, procurando mostrar as relações hierárquicas entre
DEFINIÇÃO os conceitos pertinentes a estrutura do conteúdo. (Anastasiou e Alves. sd, p. 23).
É uma técnica de análise que pode ser usada para ilustrar a estrutura
conceitual de uma fonte de conhecimentos”. (Moreira e Buchweitz, 1987)

verificar as concepções prévias dos(as) estudantes e acompanhar a evolução


FUNÇÃO
durante o processo de aprendizagem.

Contribui com o processo de ensino e aprendizagem. Como instrumento de


avaliação, possibilita perceber o tipo de estrutura que o(a) aluno(a) apresenta
VANTAGENS sobre um determinado conjunto de conceitos. Evidencia como o(a) aluno(a)
“organiza, relaciona, diferencia e integra conceitos de uma determinada
unidade de estudo” (Moreira e Buchweitz, 1987)

É preciso que o mapa conceitual faça parte da metodologia das aulas, para
ATENÇÃO não se incorrer no risco de induzir o(a) aluno(a) a equívocos, por
desconhecimento da sua construção.

Os mapas podem ser realizados a partir de um conteúdo trabalhado em sala


de aula e indicam conceitos e as relações existentes entre esses conceitos,
PLANEJAMENTO
desenvolvidos em uma disciplina ou em uma parte dela ou ainda, em qualquer
outra fonte de conhecimento.

Acompanhamento da construção do mapa conceitual a partir da definição


coletiva dos critérios de avaliação: conceitos claros, relação justificadas,
ANÁLISE
riqueza de idéias, criatividade na organização; representatividade do conteúdo
trabalhado (Anastasiou e Alves, sd)

Antes do início de um novo conteúdo, como avaliação diagnóstica, propicia


verificar o conhecimento prévio do(a) aluno(a) sobre conteúdo, o ponto de
partida do estudo, as decisões a serem tomadas e os encaminhamentos a
COMO UTILIZAR AS
serem realizados. Durante o processo, permite averiguar as mudanças
INFORMAÇÕES
ocorridas após a intervenção do(a) professor(a) sobre o conteúdo e a evolução
da aprendizagem do(a) aluno(a). Ao final de um trabalho com determinado
conteúdo, retrata a apropriação realizada pelo(a) aluno(a).

44
ANEXO 03 - Exemplos de Instrumentos de Avaliação

PORTFÓLIO*

Coletânea de registros (atividades, tarefas, trabalhos, relatórios...) que


DEFINIÇÃO refletem as aprendizagens em períodos diferentes e permitem uma visão
evolutiva do processo.

Contribuir para entender o processo de aprendizagem do(a) aluno(a) e


FUNÇÃO
indicar ao(a) professor(a) que caminho seguir.

Estimula o(a) aluno(a) a desenvolver habilidades necessárias para ser


um(a) estudante independente, obtendo uma visão compreensiva e
VANTAGENS
contextualizada do seu desempenho, possibilitando ao(a) professor(a) o
acompanhamento da sua aprendizagem.

O portfólio não é compilação aleatória ou uma exposição dos melhores


ATENÇÃO trabalhos do(a) aluno(a). Deve conter produções que evidenciem o
desenvolvimento da aprendizagem durante o curso.

Organizar atividades que proporcionem a percepção do desenvolvimento,


PLANEJAMENTO da aprendizagem do(a) aluno(a) e o progresso na construção do
conhecimento.

As discussões realizadas pelo(a) professor(a) com o(a) aluno(a), a partir do


ANÁLISE seu portfólio, necessitam conduzir o(a) aluno(a) a refletir sobre seu próprio
processo de aprendizagem.

Não basta só reunir o material, é preciso analisá-lo, discutir com o(a)


COMO UTILIZAR AS
aluno(a) sua caminhada e seus avanços, superando a subjetividade de
INFORMAÇÕES
ambos(as) os(as) envolvidos(as).

Fonte: Revista Nova Escola."A avaliação deve orientar a aprendizagem". Tabela elaborada por Ilza Martins Sant'Anna e
Heloisa Cerri Ramos. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/planejamento-e-
avaliacao/tabela_avaliacao_024.html>.

* Fonte: Rampazzo (2011) e Anastasiou e Alves (s.d)

45
ANEXO 04 - Estilos de Aprendizagem e aplicação em atividades de
ensino e avaliação

Exemplos de verbos
Sugestões de
de objetivos / habilidades
Estilo de aprendizagem Sugestões de atividades de avaliação da
a serem desenvolvidos
segundo Kolb (1984) aprendizagem Aprendizagem
baseados Taxionomia
(formativa ou somativa)
de Bloom – (1956)

Preferem atividades
individuais e feedback
Assimiladores: Preferem Conhecimento: enumerar, professor/aluno. Atividades
criar modelos teóricos e definir, descrever, de observação e pesquisa
com raciocínio indutivo, ou identificar, denominar, voltadas a conceitos
A avaliação pode ser
seja, integrar observações listar, nomear, combinar, abstratos e que tenham
escrita, teórica, objetiva e
distintas reunindo-as em realçar, apontar, como comprovar a
individual, ou seja, as que
explanações integradas. relembrar, recordar, Resolução. Exemplos:
usualmente são
Como o convergente, o relacionar, reproduzir, leitura e interpretação de
aplicadas favorecem este
integrador é menos solucionar, declarar, textos teóricos. Resenhas,
tipo de aluno.
interessado nas pessoas e distinguir, rotular, resumos, artigos. Projetos
mais voltado para ideias e memorizar, ordenar e que propiciem a
conceitos abstratos. reconhecer. organização e classificação
de coisas. Interpretação de
mapas e diagramas, etc.

Atividades individuais e
feedback professor/aluno
Análise: Analisar, reduzir, que favoreçam a solução
Convergentes: Sua maior
classificar, comparar, de problemas, tomada de
capacidade estána
contrastar, determinar, decisão e aplicação prática
solução de problemas, na
deduzir, diagramar, das ideias. Aprendem
tomada de decisão e na
distinguir, diferenciar, melhor com pesquisas que
aplicação prática de A avaliação pode ser
identificar, ilustrar, tenham relação com a
ideias. O conhecimento do resolução de um caso
apontar, inferir, prática. Exemplos: projetos
convergente é organizado prático, simulações,
relacionar, selecionar, práticos e de pesquisas que
de tal modo que, através estudos de caso.
separar, subdividir, tenham relação com a
do raciocínio hipotético-
calcular, discriminar, prática e resolução de
dedutivo, ele consegue
examinar,experimentar, problemas. Debates de
manter o foco em
testar,esquematizar e temas polêmicos.
problemas específicos.
questionar. Apresentação de
seminários. Estudos de
caso.

46
ANEXO 04 - Estilos de Aprendizagem e aplicação em atividades de
ensino e avaliação.

Exemplos de verbos
Sugestões de
de objetivos / habilidades
Estilo de aprendizagem Sugestões de atividades de avaliação da
a serem desenvolvidos
segundo Kolb (1984) aprendizagem Aprendizagem
baseados Taxionomia
(formativa ou somativa)
de Bloom – (1956)

Preferem atividades em
grupo. Aprendem mais com
Aplicação: Aplicar, alterar, as informações fornecidas
Acomodadores: Seu maior programar, demonstrar, por outras pessoas que na
potencial (força) é fazer desenvolver, descobrir, sua própria habilidade
coisas, realizar planos e dramatizar, empregar, analítica. Preferem Avaliação em equipe.
experiências, e envolver- ilustrar, interpretar, atividades práticas de Avaliação com consulta
se em novas experiências. manipular, modificar, vivência e que possam lidar sobre problema
Eles tendem a aceitar organizar, prever, com pessoas. Em sala de específico e aplicação da
mais os riscos das preparar, produzir, aula alternar momentos teoria em situações
decisões, que as pessoas relatar, resolver, teóricos e práticos. práticas. Relato escrito
dos outros três estilos, por transferir, usar, construir, Exemplo: Projetos em sobre casos práticos.
sua característica esboçar, escolher, grupo. Realização de
adaptativa. escrever, operar e debates e entrevistas. Aulas
praticar. práticas de montagem e
construções de objetos e
simulações, etc.

Síntese: Estão mais voltados aos


Divergentes: Possui categorizar,combinar, sentimentos. Preferem
habilidade imaginativa, compilar,compor, atividades que estejam
criativa e consciência dos conceber,construir, criar, voltadas ao sentir e Avaliação poderia ser
significados e dos valores. desenhar, elaborar, observar, que requeiram feita em equipe,
O divergente tem grande estabelecer, explicar, criatividade. Exemplos: utilizando a técnica de
habilidade para ver formular, generalizar, Trabalhos feitos em grupo brainstorming com casos
situações concretas de inventar, modificar, de maneira colaborativa. que exijam criatividade e
muitas perspectivas organizar, planejar, Criação de peças teatrais, imaginação e não
diferentes e de organizar propor, reorganizar, musicais. Sessões de somente a reprodução
muitas relações de um relacionar, revisar, brainstorming. Grupos de teórica de conceitos.
modo sistemicamente reescrever, resumir, discussão, debates de
significativo. sistematizar, montar e questões críticas. Estudos
projetar. de caso, etc.

Fonte: Trevelin e Neiva (2011, p.7).

47
ANEXO 05 - Sugestão de critérios de avaliação de algumas
atividades desenvolvidas com os estudantes

Sugestão de elementos a serem acompanhados, ou avaliados e portanto,


ESTRATÉGIAS
parte dos critérios de avaliação:

Participação dos(as) estudantes contribuindo na exposição, perguntando,


respondendo, questionando... assim, acompanha-se a compreensão e
análise dos conceitos apresentados e construídos; pode-se usar diferentes
AULA EXPOSITIVA formas de obtenção da síntese pretendida na aula: de forma escrita, oral,
DIALOGADA pela entrega de perguntas, construção de quadros, esquemas, portfólio,
sínteses variadas, complementação de dados no mapa conceitual e outras
atividades complementares a serem efetivadas em continuidade pelos(as)
estudantes.

Produção escrita ou oral, com comentário do(a) estudante, tendo em vista


ESTUDO DE TEXTO as habilidades de compreensão, análise, síntese, julgamento, inferências e
interpretação dos conteúdos fundamentais e as conclusões a que chegou.

[...] organização e cientificidade da ação do(a) professor(a) e do(a)


estudante, clareza de ideias na produção escrita; construção e
PORTFÓLIO
reconstrução da escrita; objetividade na apresentação dos conceitos
básicos; envolvimento e compromisso com a aprendizagem, entre outros.

Observação das habilidades dos(as) estudantes na apresentação das


ideias quanto à capacidade criativa, concisão, logicidade, aplicabilidade e
TEMPESTADE CEREBRAL
pertinência, bem como seu desempenho na descoberta de soluções
apropriadas ao problema apresentado.

Acompanhamento da construção do mapa conceitual a partir da


definição coletiva dos critérios de avaliação: conceitos claros, relações
justificadas, riqueza de idéias, criatividade na organização e
representatividade do conteúdo trabalhado.
Domínio da norma padrão da Língua Portuguesa;
MAPA CONCEITUAL
Objetividade na apresentação dos conceitos básicos;
Relação entre os conceitos coerente e justificada;
Criatividade na organização;
Sequência hierárquica dos conteúdos apresentados;
Representatividade do conteúdo trabalhado.

48
ANEXO 05 - Sugestão de critérios de avaliação de algumas
atividades desenvolvidas com os estudantes

Sugestão de elementos a serem acompanhados, ou avaliados e portanto,


ESTRATÉGIAS
parte dos critérios de avaliação:

O acompanhamento se dará pela produção que o(a) estudante vá construindo,


na execução das atividades propostas, nas questões que formula ao(a)
Estudo dirigido professor(a), nas revisões que este lhe solicita, a partir do que vai se inserindo
gradativamente nas atividades do grupo a que pertence. Trata-se de um
processo avaliativo eminentemente diagnóstico.

Essa é uma estratégia onde ocorre uma avaliação grupal, ao longo do


processo, cabendo a todos(as) este acompanhamento. No entanto, como o(a)
Lista de discussão por professor(a) é o(a) responsável pelo processo de ensinagem, o
meios informatizados acompanhamento das participações, da qualidade das inclusões, das
elaborações apresentadas, torna-se elemento fundamental para as retomadas
necessárias, na lista e, oportunamente, em classe.

Observação das habilidades dos(as) estudantes na apresentação das idéias


quanto a sua concisão, logicidade, aplicabilidade e pertinência, bem como seu
Solução deProblemas
desempenho na descoberta de soluções apropriadas ao problema
apresentado.

Toda atividade grupal deve ser processada em seu fechamento. Os avanços,


desafios e dificuldades enfrentadas variam conforme a maturidade e
autonomia dos(as) estudantes, e devem ser encaradas processualmente. A
Philips 66 avaliação será feita sempre em relação aos objetivos pretendidos, destacando-
se: o envolvimento dos membros do grupo; a participaçãoconforme os papéis
estabelecidos; pertinência das questões e ou síntese elaborada. É fundamental
a auto avaliação dos(as) participantes.

O grupo de verbalização será avaliado pelo(a) professor(a) e pelos(as) colegas


da observação, além da autoavaliação. Os critérios de avaliação são
Grupo deverbalizaçãoe
decorrentes dos objetivos, tais como: clareza e coerência na apresentação;
deobservação
domínio da problemática na apresentação; participação do grupo observador
durante a exposição; relação crítica da realidade .

O grupo será avaliado pelo(a) professor(a) e pelos(a) colegas, além da


autoavaliação. Sugestão de critérios de avaliação: clareza e coerência na
Dramatização apresentação; participação do grupo observador durante a apresentação;
utilização de recursos que possam tornar a dramatização mais real;
criatividade e espontaneidade.

49
ANEXO 05 - Sugestão de critérios de avaliação de algumas
atividades desenvolvidas com os(as) estudantes

Sugestão de elementos a serem acompanhados, ou avaliados e portanto,


ESTRATÉGIAS
parte dos critérios de avaliação:

Os grupos são avaliados e exercem também a função de avaliadores. Os


critérios de avaliação devem ser adequados aos objetivos da atividade em
termos de conhecimento, habilidades e competências. Sugestão de critérios de
Seminário
avaliação: clareza e coerência na apresentação; domínio do conteúdo
apresentado; participação do grupo durante a exposição; utilização de
dinâmicas e/ou recursos audiovisuais na apresentação.

O registro da avaliação pode ser realizado por meio de ficha com critérios a
serem considerados tais como: aplicação dos conhecimentos (a argumentação
explicita os conhecimentos produzidos a partir dos conteúdos?); coerência na
Estudo de caso
prescrição (os vários aspectos prescritos apresentam uma adequada relação
entre si?); riqueza na argumentação (profundidade e variedade de pontos de
vista); síntese.

Considerar a apresentação concisa, clara e lógica das idéias, a profundidade


Júri simulado
dos conhecimentos e a argumentação fundamentada dos diversos papéis.

Levar em conta a concisão das idéias apresentadas pelos comunicadores; a


pertinência das questões apresentadas pelo grande grupo; a logicidade dos
Simpósio
argumentos; o estabelecimento de relações entre os diversos pontos de vista; e
os conhecimentos relacionados ao tema e explicitados

Participação dos(as) estudantes painelistas e da plateia analisando: a


habilidade de atenção e concentração; síntese das ideias apresentadas;
Painel
argumentos consistentes na colocação das ideias como nas respostas aos(às)
participantes; consistência das perguntas elaboradas.

A avaliação, estabelecida previamente, levará em conta a participação dos(as)


estudantes como debatedores(as) e ou como público: habilidade de atenção e
Fórum
concentração; síntese das ideias apresentadas; argumentos consistentes e a
produção da síntese.

Participação dos(as) estudantes nas atividades e a demonstração das


Oficina(laboratório
habilidades visadas, expressas nos objetivos da oficina. Pode-se propor auto-
ouWorkshop)
avaliação, avaliação descritiva ou pelos produtos, no final do processo.

50
ANEXO 05 - Sugestão de critérios de avaliação de algumas
atividades desenvolvidas com os(as) estudantes

Sugestão de elementos a serem acompanhados, ou avaliados e portanto,


ESTRATÉGIAS
parte dos critérios de avaliação:

O planejamento e acompanhamento do processo deve ser contínuo.


Normalmente os objetivos estão em referência direta com os elementos
estabelecidos no roteiro de observação e coleta de dados, organizado no
Estudo domeio plano. As etapas de organização, análise e síntese devem ser acompanhadas,
com as correções e retomadas necessárias. O relatório final pode contemplar
as etapas da construção ou se referir a elementos de extrapolação,
dependendo dos objetivos traçados.

O acompanhamento do processo deve ser contínuo, com retroalimentação das


fases já vivenciadas, assim como com as devidas correções em tempo. As
hipóteses incompletas e/ou dados não significativos devem ser substituídas
Ensino com pesquisa pelos mais adequados. Um cronograma de fases e ações auxilia no
autocontrole, pelo(a) estudante, ou grupo. Os critérios de valorização devem
ser estabelecidos antecipadamente, e como são critérios construídos, podem
ser reformulados no processo.

Fonte: Anastasiou (s.d, p. 09-10) e quadro mais detalhado em Anastasiou e Alves (2010, p.86-105).

51
ANEXO 06 - Sugestões de perguntas para Pré Conselho de
Classe com as tumas

AVALIAÇÃO PARA O CONSELHO DE CLASSE - 1º TRIMESTRE

TURMA: PROF.

1. Como foi o desempenho da turma no primeiro bimestre


a) em relação à disciplina:

b) em relação à responsabilidade:

2. Em qual(is) componente(s) a turma demonstrou maior


interesse? Por quê?

3. Em qual(is) componente(s) a turma encontrou maior


dificuldade? Por quê?

4. O que precisa ser melhorado na escola para que a turma


também melhore?
a) aspectos administrativos: (funcionamento da escola)

b) aspectos pedagógicos: (questões de ensino-aprendizagem)

5. Em que aspectos a turma pode contribuir para melhorar o


rendimento no próximo trimestre? (compromissos da turma com
seu desempenho escolar)

52
ANEXO 06 - Sugestões de perguntas para Pré Conselho de
Classe com as tumas

AVALIAÇÃO PARA O CONSELHO DE CLASSE - 2º TRIMESTRE

TURMA: PROF.

1. Houve alguma mudança do 1° para o 2° trimestre? (no


comportamento da turma, na relação professor(a)-estudante, na
metodologia de ensino, etc...). Relate as mudanças que ocorreram
e analise se elas serviram para melhorar ou piorar o clima de sala
de aula.

2. Quais as dificuldades enfrentadas pela turma que persistiram


no 2° trimestre e porque isso ocorreu? (dificuldade de
compreensão de conteúdos, baixo rendimento, etc...).

3. Se os problemas persistiram, como podemos resolver estas


questões? Que medidas precisam ser tomadas para que os(as)
professores(as) consigam promover as aprendizagens?

4. Quais metodologias utilizadas pelos(as) professores(as) têm


melhor participação e interesse do grupo? (trabalho em dupla,
grupo, vídeos, aula expositiva, etc...).

53
ANEXO 07 - Sugestão de análise do perfil da turma para Conselho de
Classe, em relação a maioria dos(as) professores(as) presente

Assinale o item correspondente à opinião da maioria:

1- Turma interessada e participativa;


2- Pouco participativa, apática;
3- Responsável, organizada, assídua, pontual na entrega de trabalhos;
4- Tem dificuldades na organização e responsabilidade, demonstrando descaso com as solicitações
feitas pelo(a) professor(a);
5- Apresenta disciplina mínima necessária para a aprendizagem;
6- Apresenta indisciplina que interfere na aprendizagem;
7- Relacionamento entre professor(a)-aluno(a) e/ou aluno(a)-aluno(a), satisfatório;
8- Apresenta dificuldades de relacionamento entre colegas e/ou com os(a) professores(a) (falta de
respeito, agressividade...)
9- Demonstram ter desenvolvido hábitos de estudo (estudam em casa, pesquisam, preparam-se para
provas, mantém os cadernos organizados);
10- Não desenvolveram hábitos de estudo;
11- Tem posicionamento crítico, sabem argumentar, questionar com coerência;
12- Demonstram criatividade, curiosidade;
13- Dominam os pré-requisitos necessários à construção do conhecimento;
14- Apresentam defasagens quanto aos pré-requisitos necessários à construção do conhecimento;
15- Melhorou em relação aos trimestres anteriores;
16- Não apresentou mudanças significativas em relação aos trimestres anteriores.

PERFIL
ANOS /
TURMAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

54
ANEXO 08 - Sugestão de autoavaliação

A) Para Professores(as):

Assinale S (sim), N (não) ou AV (às vezes)

Organizo o planejamento considerando as necessidades da


turma.

Meu planejamento de aula está organizado e registrado em


instrumento adequado (agenda, caderno, planner, sistema ou
outro).

Realizo as atividades solicitadas pela Unidade (registros no


sistema, entrega de planejamentos, avaliações, etc).

Participo das assessorias com os materiais solicitados pelos(as)


especialistas.

Oportunizo atividades de recuperação para os(as) estudantes


que apresentam dificuldades.

Utilizo materiais e recursos diferenciados nas aulas.

Utilizo metodologias que oportunizam a fala/escuta e


autoconhecimento do grupo.

Tenho o hábito de registrar as observações de minhas aulas.

Tenho facilidade para desenvolver o trabalho em sala.

As propostas de atividade estão sendo adequadas às


necessidades de aprendizagem da turma.

Tenho bom relacionamento pessoal na escola.

55
ANEXO 08 - Sugestão de autoavaliação

B) Para Estudantes:

Assinale S (sim), N (não) ou AV (às vezes)

Estou acompanhando as aulas com facilidade.

Faço todas as tarefas de sala solicitadas.

Faço todas as tarefas de casa solicitadas.

Cumpro os prazos de entrega das atividades, tarefas e trabalhos.

Preparo-me adequadamente para as avaliações.

Gostaria que tivesse mais tarefa.

Trago os materiais solicitados (livros, cadernos, estojo etc.).

Meu caderno está organizado e em dia.

Sei ouvir e fico em silêncio quando o(a) professor(a) e colegas


estão falando.

Colaboro com os(as) colegas nos trabalhos em equipe.

Tenho bom relacionamento com os(as)colegas.

Respeito professores(as) e funcionários(as) da escola.

Entrego os comunicados da escola para a família.

Sou assíduo(a).

Sou pontual.

Sou cuidadoso(a) com meu material.

Cuido do material e do patrimônio de minha escola.

56
ANEXO 08 - Sugestão de autoavaliação

B) Para Estudantes:

Leio com fluência, respeitando a pontuação.

Gosto de ler.

Minha leitura é lenta.

Preciso ler mais de uma vez para entender o que está escrito.

Leio, mas não entendo o que está escrito.

Meus textos têm parágrafos e pontos.

Preciso melhorar meus textos , pois são muito pequenos.

Meus textos são bem criativos.

Não gosto de produzir textos pois tenho muita dificuldade.

Tenho facilidade para fazer as operações.

Não sei fazer operações de ______________________.

Não consigo saber qual operação fazer nos problemas.

Leio e resolvo problemas com facilidade.

57
ANEXO 09 - Certificado de Terminalidade Específica para Educação
Especial

O diretor(a) _____________________ de acordo com o inciso VII

do artigo 24, inciso II do artigo 59 da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional 9394/96, certifica que ____________________

RG ______________, nascido(a) em ___/___/____, concluiu o

_____ ano em regime de Terminalidade Específica no ano letivo de

_________.

São José,

Diretor (carimbo com RG)

Histórico Escolar - Este histórico só terá validade acompanhado da


avaliação pedagógica descritiva do(a) estudante. (Informação a ser
inserida no campo Observação do histórico escolar).

58
ANEXO 10 - Ata para Processo de Reclassificação.

ATA DE RECLASSIFICAÇÃO

Aos____ dias do mês de _____ do ano de ____ às ____horas, no


CEM ______________ do município de São José reuniram-se (citar
os(as) participantes), com a finalidade de proceder a avaliação das
aprendizagens do(a) estudante ___________________________
___________________________________, nascido(a) em
___/___/______, natural de _________________, filho(a) de
____________________________________________ e de
_____________________________________________ para
fins de reclassificação devido (______________ descrever o motivo
_________________________). Foram avaliadas as áreas do
conhecimento e seus respectivos componentes curriculares da Base
Nacional Comum Curricular. Após análise e conclusão das avaliações
apurou-se o seguinte resultado: Linguagens (Português, Arte, Inglês,
Educação Física) = ______, Matemática = _______, Ciências
Naturais = _____, Ciências Humanas ______, sendo considerado(a)
apto(a) a cursar o _____ano de escolaridade do Ensino Fundamental,
amparado pela Lei Federal nº 9394/96 art. 24, inciso 11, alínea “c” e
artigo 26, §1º da Resolução63/2022 do Conselho Municipal de Educação
de São José. As avaliações estão arquivadas na pasta individual do(a)
estudante. Nada havendo a constar eu
__________________________________________(citar
nome completo e cargo)_________________________ lavrei a
presente ata que vai assinada por mim e pelos(as) presentes.

59
ANEXO 11 - Observação sobre Reclassificação para o Histórico Escolar

O(a) estudante foi submetido(a) ao processo de reclassificação de


acordo com a lei federal nº 9394/96, art. 24 inciso 11 alínea “c” e artigo
26, §1º da Resolução 63/2022 do Conselho Municipal de Educação de
São José, e, tendo sido avaliado(a) nas áreas do conhecimento e seus
respectivos componentes curriculares da Base Nacional Comum
Curricular, foi considerado(a) apto(a) a cursar o _____ ano de
escolaridade do Ensino Fundamental.

60
ANEXO 12 - Ata para Processo de Classificação.

ATA DE CLASSIFICAÇÃO

Aos____ dias do mês de _________ do ano de ____ às ____horas,


no CEM ____________________________________ do
município de São José reuniram-se (citar os participantes), com a
finalidade de proceder a avaliação das aprendizagens do(a)
estudante _________________________________________
___________________, nascido(a) em ___/____/___, natural
de ______________________________________, filho(a) de
__________________________________________ e de
___________________________ para fins de classificação
devido a impossibilidade da comprovação da vida escolar anterior.
Foram avaliadas as áreas do conhecimento e seus respectivos
componentes curriculares da Base Nacional Comum Curricular. Após
análise e conclusão das avaliações apurou-se o seguinte resultado:
Linguagens (Português, Arte, Inglês, Educação Física) = ______,
Matemática = _______, Ciências Naturais = _____, Ciências
Humanas ______, sendo considerado apto a cursar o _____ano de
escolaridade do Ensino Fundamental, amparado pela lei federal nº
9394/96 art. 24, inciso 11, alínea “c” e artigo 26, §1º da Resolução
63/2022 do Conselho Municipal de Educação de São José. As
avaliações e a declaração do(a) responsável justificando a
impossibilidade de comprovar a vida escolar anterior, estão
arquivadas na pasta individual do(a) estudante. Nada havendo a
constar eu _________________________________________
_______(citar cargo)_________ lavrei a presente ata que vai
assinada por mim e pelos(as) presentes.

61
ANEXO 13 - Observação sobre Classificação para o Histórico Escolar

O(a) estudante foi submetido(a) ao Processo de Classificação de


acordo com a Lei Federal nº 9394/96, art. 24 inciso 11 alínea “c” e artigo
26, §1º da Resolução 63/2022 do Conselho Municipal de Educação de
São José, e, tendo sido avaliado(a) nas áreas do conhecimento e seus
respectivos componentes curriculares da Base Nacional Comum
Curricular, foi considerado(a) apto(a) a cursar o _____ano de
escolaridade do Ensino Fundamental.

62
ANEXO 14 - Declaração para processo de Classificação

Declaração para Processo de Classificação

Eu,_______________________________________________
nacionalidade _________________________ estado civil
___________________ profissão ______________________
RG _______________ CPF _________________, responsável
pelo(a) estudante ___________________________________,
declaro sob as penas previstas em lei não possuir comprovante de
escolaridade anterior, conforme opção abaixo:

( ) por inexistir escolaridade anterior


( ) por falta de documentação que comprove vida escolar anterior.

São José, ___________________

__________________________
Assinatura do(a) responsável

63
ANEXO 15 - Tabela de equivalência com países do Mercosul

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64
ANEXO 16 -Tabela de equivalência com CUBA

Estrutura do Sistema Nacional de Educação de Cuba.

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65

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