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SISTEMÁTICA

Coordenadoria de Ensino Fundamental


Célula de Avaliação da Aprendizagem
ORIENTAÇÕES

ORIENTAÇÕES SOBRE A
SISTEMÁTICA DE
AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM DA REDE
MUNICIPAL DE ENSINO DE
FORTALEZA

Secretaria Municipal da Educação


Fortaleza - 2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: DISCUSSÕES PRELIMINARES 5

3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS 6

3.1 Ensino Fundamental - 1º e 2º ano 6

3.2 Ensino Fundamental - 3º ao 9º ano 7

3.3 Educação de Jovens e Adultos (EJA) 8

3.3.1 Educação de Jovens e Adultos (EJA I) 8

3.3.2 Educação de Jovens e Adultos (EJA II, III e IV) 8

3.4 Avaliação para todos no contexto das diferenças 9

3.5 Resultados do desempenho dos estudantes: cálculo da média 9

3.6 Estudos de recuperação 10

3.6.1 Recuperação paralela 11

3.6.2 Recuperação final 11

AVALIAÇÃO EXTERNA: DIRETRIZES METODOLÓGICAS 14

4.1 Avaliações Estaduais, Nacionais e Internacionais 14

4.1.1 SPAECE 15

4.1.2 SAEB 15

4.1.3 PISA 17

4.1.4 ERCE 17

4.2 Avaliação Municipal - Avaliação Diagnóstica de Rede (ADR) 18

4.2.1 Quanto à estrutura de aplicação das provas 18

4.2.2 Quanto ao registro do desempenho de aprendizagem dos 18

estudantes

4.2.3 Quanto à avaliação e ao processo de intervenção pedagógica 19

REFERÊNCIAS 21
1. INTRODUÇÃO

A trajetória histórica da avaliação apresenta mudanças na definição e


na compreensão de tal conceito. Inicialmente, caracterizou-se como medida,
depois remeteu ao alcance dos objetivos e, na sequência, fora incorporada na
totalidade dos sistemas educacionais. Já na década de 1970, preponderou a
avaliação que contemplava a possibilidade de mudança na aprendizagem do estudante.
Nos anos 90, cenário educacional e político requereu uma legislação educacional que
designasse a avaliação numa perspectiva formativa, que integrasse o processo ensino-
aprendizagem.
Assim, apresenta-se neste documento uma avaliação que ultrapasse a orbe dos
resultados, incitando os professores à tomada de decisão para o desenvolvimento da
aprendizagem dos estudantes, estimulando a busca do conhecimento, ao passo que
caminha na direção do aperfeiçoamento das práticas docentes (SILVA NETA, 2013).
Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Sistema
Público Municipal de Ensino de Fortaleza (FORTALEZA, 2011), no Eixo Referencial,
indicam pontos fundamentais para compreensão do processo avaliativo na escola.
Destaca-se:
 O ato de avaliar tem um significado profundo, à medida que enseja a
todos os envolvidos no processo educativo momentos de reflexão sobre a
própria prática e as aprendizagens realizadas.
 A obtenção de informações da aprendizagem do estudante dar-se-á
pela adoção de diferentes formas e instrumentos de avaliação que
contemplem as especificidades das áreas.

Portanto, a avaliação como instrumento fundamental do processo ensino


e aprendizagem requer que o(a) professor(a) aporte-se em princípios que imprimam
à avaliação o caráter de processo, os quais são evidenciados no documento
Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Sistema Público Municipal
de Ensino de Fortaleza (FORTALEZA, 2011, p. 127-128), a saber:

Princípio da Investigação: a escola como lócus de pesquisa deve


estimular e garantir a busca e a compreensão dos processos
envolvidos nas relações de ensino e de aprendizagem;

Princípio da Provisoriedade: a dinâmica do desenvolvimento de


ensinar e de aprender implica que a escola deve estar aberta e
atenta à dinâmica do processo de ensino e de aprendizagem;

Princípio da Complementariedade: as sucessivas e gradativas


provocações ocorridas na dinâmica do processo de ensino e de
aprendizagem são condições básicas para o acompanhamento das
trajetórias de ação e de pensamento do estudante,
complementando, assim, as hipóteses de seu desenvolvimento.

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Este documento considera ainda, a avaliação uma etapa fundamental,
pois envolve a comunidade escolar em momentos de reflexão crítica sobre
práticas e aprendizagens desenvolvidas. Nesse sentido, o processo de avaliação integra
o caráter diagnóstico, formativo e somativo (FORTALEZA, 2011, p. 121-122).

O caráter diagnóstico da avaliação qualifica o contexto, as


características e o nível em que se encontra o estudante em qualquer
momento do seu percurso, a fim de subsidiar algumas sequências de
trabalho e estratégias de ação adaptadas às suas necessidades, pré-
requisitos e interesses. Os resultados obtidos nos momentos de
diagnóstico nortearão o desenvolvimento do ensino, nas diversas
áreas componentes da proposta pedagógica da escola.
O caráter formativo orienta e reorienta o processo de elaboração do
conhecimento, exigindo de professores e de estudantes uma relação
dialógica entre ensinar e aprender, sinalizando a ambos o nível de
aprendizagem e perspectivas de avanço, com foco na aprendizagem e na
construção da autonomia do estudante.
O caráter somativo fornece informações necessárias aos registros do
desempenho do estudante ao longo da vida escolar, expressando resultado
da aprendizagem em momentos específicos, que podem ser
compreendidos como: final de um ciclo, bimestre, semestre, etapa, ano
escolar etc.

Nessa perspectiva, considera-se relevante abordar, mesmo de forma


preliminar, as compreensões que envolvem a avaliação educacional em seus aspectos
conceituais.

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2. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL: DISCUSSÕES PRELIMINARES

A avaliação educacional é uma ação constante na prática docente e perpassa


todo o processo de ensino e aprendizagem. Considera-se que à medida que os
resultados das avaliações são analisados pelo professor, surge a possibilidade de
observar os avanços, as dificuldades e, a partir dessa análise reflexiva, reorganizar sua
atuação pedagógica.
O ato de aprender abrange conhecimentos e a interação entre este e os sujeitos,
constituindo a dinâmica entre ensino e aprendizagem. Tal dinâmica pode se dar com
base em diferentes compreensões, dependendo da postura do professor. Nessa
perspectiva, Maciel, Almeida e Ribeiro (2019) ressaltam que a avaliação não deve
ser concebida como um ato solitário, e sim vinculada às outras atividades que o
professor desenvolver em sua ação pedagógica.
Desse modo, o estudo dos resultados subsidia o professor na organização das
intervenções que favoreçam aos estudantes o alcance de novos patamares de
conhecimento, possibilitando a execução de novas ações pedagógicas e
acompanhamento ao trabalho docente. Conforme Klein e Fontanive (2009), a avaliação
educacional é um sistema de informações que tem como objetivo fornecer diagnósticos e
subsídios para a implementação de políticas educacionais.
Podemos identificar a avaliação educacional a partir de duas dimensões: interna
(avaliação da aprendizagem realizada pelo professor com o objetivo de subsidiar o
fazer pedagógico) e externa ou larga escala, que deve ser desenvolvida por agente
externo à escola. Urge referir que tanto a avaliação interna quanto a externa, devem ser
alvo de discussões nas escolas, para que efetivamente possam cumprir o seu papel – a
obtenção de resultados para a melhoria da aprendizagem dos estudantes.
Pondera-se que o diálogo no qual se pautam as dimensões avaliativas praticadas
por docentes das diversas unidades educacionais com as dimensões avaliativas mais
amplas, expressas pela avaliação externa ou em larga escala, concede unidade às ações
entre escola, Distritos Educacionais e Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza na
busca constante da excelência educacional que se traduz, dentre outros aspectos, pela
permanência com desempenho satisfatório dos discentes, condição precípua para o
exercício consciente da cidadania.
Nessa perspectiva, discorre-se no presente documento a
estrutura metodológica e operacional pela qual a rede municipal de ensino de Fortaleza
efetiva o processo de avaliação de seus estudantes.

¹ As avaliações internas são realizadas pelo professor ou pela própria instituição de ensino para propor mudanças no
âmbito da sala de aula (BRASIL/INEP, 2010).
² As avaliações em larga escala são elaboradas por um órgão externo às escolas com o objetivo de propor
alternativas em âmbito mais amplo que o da instituição de ensino (BRASIL/INEP, 2010).

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3. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

A partir das discussões realizadas anteriormente, propõe-se pontuar


as avaliações realizadas na perspectiva de verificar e de acompanhar o rendimento
dos estudantes no processo de ensino e aprendizagem. Os estudantes são avaliados
com diferentes instrumentos preparados pelos professores, tais como: provas abertas
ou objetivas; observação e registro; portfólio; autoavaliação, dentre outros. Os
resultados aferidos são analisados para determinar aqueles que têm condições de
avançar no processo e os que ainda necessitam maior atenção ou acompanhamento
diferenciado.

 Ensino Fundamental – 1º e 2º anos

O registro do desempenho de todos os estudantes será


expresso bimestralmente através do Instrumental de Avaliação da Aprendizagem e do
Relatório Descritivo Anual.
Com o intuito de promover o diálogo entre professores e pais/responsáveis,
a Secretaria Municipal da Educação - SME disponibilizará o Instrumental de
Avaliação da Aprendizagem - que consiste numa relação de habilidades baseadas
no Documento Curricular Referencial do Ceará (DCRC), construído à luz da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC) - com registro bimestral pelo professor.
O referido instrumental auxiliará na elaboração do Relatório Descritivo
Anualt (http://intranet.sme.fortaleza.ce.gov.br/index.php/ensino), considerando as
habilidades definidas para cada ano escolar em cada etapa, respeitando e
valorizando as especificidades das áreas de conhecimento. Contemplará toda a evolução
do estudante e será referência para o professor do ano seguinte, possibilitando-lhe
planejamento mais eficaz.
Para efeito de organização e de acompanhamento da vida escolar do estudante, a
secretaria da escola obriga-se a guardar cópia do Relatório Descritivo Anual de cada
estudante como documento que referencie sua trajetória escolar.
Em caso de transferência, em qualquer época do ano, uma cópia do
Relatório Descritivo devidamente digitado deverá acompanhar a documentação do
estudante, contendo: cabeçalho com as informações da escola; registro do seu
desenvolvimento até a efetivação da sua transferência; assinaturas do professor
responsável pela turma e do coordenador pedagógico.
Ressalta-se que o Relatório Descritivo Anual deve apresentar a trajetória
da aprendizagem de todos os estudantes, tendo em vista que a promoção dos estudantes
do 1º para o 2º ano e do 2º para o 3º ano será automática, conforme o Art. 30
da Resolução n” 07/2010, do Conselho Nacional da Educação (CNE):

³ As orientações para a escrita do Relatório Descritivo Anual constam no documento Orientações para elaboração do
Relatório, disponível em:http://intranet.sme.fortaleza.ce.gov.br/index.php/ensino/category/70-orientacoes-sme.

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Art. 30. Os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar:
I - a alfabetização e o letramento;
II - o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o
aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais artes,
a Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência,
da História e da Geografia;
III - a continuidade da aprendizagem, tendo em conta a complexidade do
processo de alfabetização e os prejuízos que a repetência pode causar no
Ensino Fundamental como um todo e, particularmente, na passagem do
primeiro para o segundo ano de escolaridade e deste para o terceiro.

 Ensino Fundamental – 3º ao 9º ano

A Secretaria da Educação do Município de Fortaleza definiu o 2º ano do


ensino fundamental como o ano de consolidação da alfabetização. Portanto, a partir do
3º ano a forma de organização e de registro do desempenho escolar do estudante é
diferente, conforme detalhamento a seguir:
a) o registro do desempenho do estudante será expresso bimestralmente
em notas, com variações em escala de 0 (zero) a 10 (dez), e através do
Instrumental de Avaliação da Aprendizagem (1º ao 5º ano), cujo o intuito é
promover o diálogo entre professores e pais/responsáveis;
b) o professor de cada disciplina deverá considerar as diversas situações
de aprendizagem e registrar, no mínimo, três situações avaliativas por etapa, considerando
a avaliação parcial do conhecimento (AV1), a avaliação das atividades e/ou trabalhos
(AV2) e a avaliação global do conhecimento (AV3);
c) durante cada etapa, ao se constatar dificuldades na aprendizagem, o
professor deverá oportunizar atividades de recuperação paralela, a fim de que o
estudante possa caminhar progressivamente nas etapas subsequentes;
d) o resultado do desempenho do estudante em cada etapa será obtido
pela média aritmética simples, sendo possível o registro em números fracionários até o
primeiro decimal;
e) o registro da avaliação dos estudantes com deficiência, transtorno global
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deverá ocorrer por meio de
notas bimestrais e/ou relatórios, seguindo a Resolução N” 10/2013, do Conselho
Municipal de Educação de Fortaleza;
f) a quarta etapa é obrigatória. Mesmo atingindo média suficiente para
promoção, os estudantes deverão obter, no mínimo, média 6,0 (seis); caso contrário,
deverão se submeter ao processo de recuperação final;
g) para efeito de promoção, o estudante deverá atingir, no mínimo, a nota
6,0 (seis) em cada disciplina, bem como frequência mínima de 75% (setenta e cinco por
cento) do total de 800 horas letivas;

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h) a justificativa médica, embora não retire as faltas, assegura ao estudante o
direito às avaliações que tiver perdido, inclusive com atendimento domiciliar, quando o
caso assim exigir;
i) o resultado final do desempenho escolar do estudante será a média aritmética
simples, obtida com o somatório das notas das quatro etapas;
j) caso necessário, a recuperação final será realizada ao término do ano escolar,
não podendo acontecer após o início do ano letivo subsequente;
k) para efeito de promoção, após a recuperação final, o estudante deverá atingir,
no mínimo, a nota 6,0 (seis). A média final deverá ser a média das notas atribuídas às
atividades, somada à nota da avaliação, dividida por 2 (dois);
l) o sistema de ensino e a escola devem garantir condições para efetivar o
processo de avaliação.

 Educação de Jovens e Adultos (EJA)

3.3.1 Educação de Jovens e Adultos (EJA I)

O professor fará registros semestralmente do desenvolvimento do estudante no


seu processo de aprendizagem por meio de relatórios individuais.
A promoção dos estudantes da EJA I para a EJA II não acontecerá
automaticamente, devendo ser sinalizadas no relatório as considerações sobre aprovação
ou retenção do estudante.

3.3.2 Educação de Jovens e Adultos (EJA II, III e IV)

A sistemática de avaliação do processo ensino/aprendizagem na EJA II, III e IV


será dividida em quatro etapas, sendo o registro expresso em pontos com variação em
escala de 0(zero) a 10(dez). O resultado final do desempenho escolar do estudante será a
média aritmética simples obtida com o somatório das médias das quatro etapas.
A quarta etapa é obrigatória. Mesmo atingindo média suficiente para promoção,
os estudantes deverão obter, no mínimo, média 6,0 (seis); caso contrário,
deverão se submeter ao processo de recuperação final.
Para efeito de promoção, o estudante deverá atingir, no mínimo, a nota 6,0
(seis) em cada disciplina, bem como frequência mínima de 75% (setenta e cinco por
cento) do total de 800 horas letivas.
O professor deverá considerar as diversas situações de aprendizagem e
registrar, no mínimo, três situações avaliativas por etapa, considerando-se a avaliação
parcial do conhecimento (AV1); a avaliação das atividades e/ou trabalhos (AV2) e a
avaliação global do conhecimento (AV3).

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3.4 Avaliação para todos no contexto das diferenças

Os procedimentos de avaliação para todos os estudantes devem produzir situações


apropriadas para a evolução da aprendizagem e elevação da autoestima do estudante,
colaborando, assim, para um histórico escolar satisfatório. A finalidade principal da
avaliação deve consistir na análise do professor com relação às potencialidades de
desenvolvimento e de aprendizagem do estudante, ponderando os recursos educacionais
necessários em benefício de sua aprendizagem.
Considerando o contexto das diferenças, os estudantes com deficiência apresentam
níveis de aprendizagem amplamente diversificados. Assim, a avaliação do desempenho
escolar evidencia a necessidade de variadas opções para diagnosticar os avanços alcançados,
considerando e estimulando suas capacidades, a fim de se efetivar a inclusão escolar.
Na perspectiva inclusiva, o registro da avaliação dos estudantes com deficiência
deverá seguir a mesma orientação dos demais estudantes matriculados nas turmas de 1º e 2º
ano, assim como os de 3º ao 9º ano.
Nesse sentido, são sugeridos os seguintes procedimentos e instrumentos de
avaliação:
i) observação e registros das atividades diárias do estudante, podendo ser de forma
individual e/ou coletiva, sistemática ou ocasional. Devem envolver outros espaços de
aprendizagem além da sala de aula;
ii) portfólios contendo atividades no caderno, folhas de exercícios, desenhos e
outros trabalhos realizados em sala de aula, sem perder de vista a necessidade de
contextualizá-los;
iii) entrevistas sob a forma de relações dialógicas entre avaliador e avaliado,
compartilhando informações para o mesmo objetivo;
iv) registros no diário de classe, nos relatórios, nas fichas ou similares contendo
indicadores nos quais os avaliadores registrem suas observações;
v) autoavaliação de maneira que o estudante considere-se valorizado, e que seu
desenvolvimento individual seja reconhecido, contribuindo sobremaneira para sua
autoestima.

3.5 Resultados do desempenho dos estudantes: cálculo da média

Para o registro do resultado do desempenho do estudante, o professor deverá


fazer o somatório de, no mínimo, três notas AV1, AV2 e AV3 e dividir por três. Caso o
estudante tenha sido submetido ao processo de Recuperação Paralela de conteúdos, o
professor deverá substituir a menor nota obtida dentre essas avaliações pela nota
da Avaliação da Recuperação Paralela (ARP), caso essa tenha sido superior, conforme o
exemplo:

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AV1 AV2 AV3 ARP MA

7,0 4,5 5,8 7,5 6,7

Nesse caso, o professor levará em consideração para cálculo da Média Aritmética


(MA) as seguintes notas:

AV 1 (7,0) + AV 3 (5,8) + ARP (7,5) = 20,3 : 3 = 6,7*


*Será admitido registro em números fracionados com uma casa decimal
(Não haverá arredondamento)

A Média Aritmética Final (MAF) deverá ser calculada com o somatório das
médias das quatro etapas. A nota deverá ser expressa em números inteiros com apenas uma
casa decimal, conforme exemplo:

1ª etapa (MA: 6,1) + 2ª etapa (MA: 6,0) + 3ª etapa (MA: 6,3) + 4ª etapa (MA: 7,0) = 25,4 : 4 = 6,3*
*A Média Aritmética Final (MAF) deverá ser registrada em números fracionados com uma casa decimal.
(Não haverá arredondamento)

3.6 Estudos de recuperação

O estudante em recuperação receberá assistência integral do professor


que considerará as suas diferenças individuais, o seu ritmo de aprendizagem, o
grau e a natureza das dificuldades apresentadas.
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96 e
a Resolução n° 01/2009 do Conselho Municipal de Educação (CME), os
estudos de recuperação dar-se-ão da seguinte forma:

Recuperação paralela – realizada no decorrer do ano letivo, de forma


contínua, atendendo às necessidades dos estudantes;
Recuperação final – realizada após o término do ano letivo vigente até
início do próximo, durante dez dias letivos e presenciais, através de
orientação de estudos dos conteúdos básicos de cada disciplina
curricular, de realização de atividades e de avaliação.

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3.6.1 Recuperação paralela

É uma estratégia de intervenção que se constitui nova oportunidade para que o


estudante alcance o desempenho esperado. Deve ocorrer concomitantemente ao processo
educativo para garantir a superação de dificuldades no percurso escolar do estudante,
a saber:

a) se constatar dificuldades na aprendizagem após cada atividade avaliativa, o


professor deverá trabalhar com atividades de Recuperação Paralela, a fim de que o estudante
possa caminhar progressivamente nas etapas subsequentes;

b) a Recuperação Paralela se caracteriza por uma nova oportunidade de


aprendizagem das disciplinas em que o estudante não obteve êxito, devendo o professor buscar
novas abordagens dos conteúdos básicos estudados, sendo a nota consequência da
aprendizagem do estudante;

c) para os estudantes que tenham sido submetidos ao processo de recuperação


paralela de conteúdos, os professores deverão substituir a menor nota pela nota da Avaliação
de Recuperação Paralela (ARP), caso essa seja superior;

d) o resultado deve ser obrigatoriamente registrado no Diário de Classe, nas


páginas destinadas ao registro do desempenho do estudante.

3.6.2 Recuperação final

Conforme o Art. 6º, parágrafo 1º, inciso V, alínea “a” da Resolução nº 001/2009
do Conselho Municipal, entende-se que:
§ 1º O processo de avaliação da aprendizagem deverá ser contínuo,
observando:
V - a obrigatoriedade de estudos de recuperação paralelos ao período letivo e
simultâneo ao processo de ensino e de aprendizagem. Nos casos em que a
recuperação paralela não for satisfatória, recomenda-se a prorrogação de
estudos (recuperação final) obedecendo aos seguintes procedimentos:
a) Primeira etapa: dez dias de aulas dos conteúdos básicos das disciplinas em
que o estudante não obteve êxito com realização de atividades de avaliação.
O educando com aprendizagem satisfatória será considerado promovido.
b) Segunda etapa: os estudantes que não apresentarem aprendizagem
satisfatória na primeira etapa terão, no mínimo, oito dias de estudo orientado,
em domicílio, e dois dias para ser avaliados na escola.
VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no
seu Regimento, sendo exigida a frequência mínima de 75% do total de
horas letivas para aprovação.

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A recuperação final é direito do estudante do ensino fundamental e deverá
ser realizada quando este não apresentar desempenho satisfatório, mesmo após o processo
de recuperação paralela ocorrida durante todas as etapas letivas.
Os estudos de recuperação final, em suas duas etapas distintas, serão realizados
por professores que assumirem os estudos de recuperação. Para o desenvolvimento
dessas etapas, a SME orienta que os professores regentes de cada disciplina e/ou turma
deverão elaborar e entregar ao coordenador pedagógico, até o último dia letivo do ano
corrente, os seguintes documentos:

• Roteiro de estudos de cada disciplina;


• Coletânea de atividades para cada disciplina a ser utilizada na segunda
etapa da recuperação final, de acordo com a orientação do roteiro de estudos;
• Duas avaliações por disciplina, uma a ser aplicada na primeira etapa e a
outra na segunda etapa da recuperação;
• Gabaritos, por disciplina, da coletânea de atividades e das duas avaliações.

Vale ressaltar que a recuperação se caracteriza por uma nova oportunidade


de aprendizagem dos conteúdos estudados, sendo a nota consequência da aprendizagem
do estudante, motivo pelo qual a recuperação final torna-se um direito do estudante
matriculado nas turmas de ensino fundamental.

Diante do exposto:

 A recuperação final será realizada ao término do ano escolar e antes do início


do ano escolar seguinte;
 A primeira etapa de recuperação acontecerá mediante estudos
presenciais desenvolvidos por professores que assumirem os estudos de
recuperação. A carga horária da recuperação da disciplina não necessariamente
seguirá a carga horária regular. Caso haja possibilidade, a carga horária da
disciplina poderá ser maior que a carga horária prevista para o período.
Ao final dessa etapa, o professor deverá realizar avaliação contemplando o roteiro
de estudos disponibilizado para os estudantes. Para que seja promovido para o
ano seguinte, o estudante deverá obter no mínimo nota 6,0 (seis) nessa etapa e a
frequência de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas dessa etapa
de recuperação;
 Caso o estudante não tenha conseguido a recuperação do seu aprendizado
mediante essas estratégias, iniciará a segunda etapa da recuperação. Nela, o professor
deverá disponibilizar a coletânea de atividades, por disciplina, para que os estudantes
a desenvolva em domicílio. Essa etapa de recuperação também será acompanhada

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pelo professor;
 Ao final dos estudos domiciliares, os estudantes retornarão às escolas para a
entrega da coletânea de atividades resolvidas e a realização de nova avaliação. O
resultado da segunda etapa de recuperação será a nota da coletânea das
atividades somada à nota da avaliação, dividida por 2 (dois). Para efeito de
promoção, para o ano letivo seguinte, o estudante deverá atingir, no mínimo, a
média 6,0 (seis) em cada disciplina/área de conhecimento.

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4. AVALIAÇÕES EXTERNAS: DIRETRIZES METODOLÓGICAS

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9394/96 atribui


à União a tarefa de assegurar a avaliação nacional do rendimento escolar, em colaboração com
estados e municípios, conforme artigo 9

assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino


fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino,
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade
do ensino (BRASIL, 1996).

A LDBEN, em seu Art. 24, inciso V, aponta cinco itens relacionados àavaliação.
Destaca-se o item “a”, que apresenta a avaliação como “[...] contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provasfinais” (BRASIL, 1996).
Assim, compreende-se que tal artigo aponta a necessidade de a avaliação
se desenvolver de modo contínuo e que os docentes precisam estar vigilantes
aos conhecimentos, às habilidades e às competências desenvolvidas por seus discentes,
bem como às atividades que serão realizadas em sala de aula, a fim de
promoverem a composição do processo avaliativo, lembrando que dentro desse processo,
os estudantes são sujeitos que trazem sua vivência diferenciada, aspecto que enriquece e
diversifica a prática pedagógica (MACIEL, 2018).
Nesse sentido, o Plano Municipal da Educação de Fortaleza, no que se refere
à avaliação da aprendizagem, dentro dos seus objetivos e metas/ações,
estabelece: assegurar a elevação progressiva de desempenho em todo o sistema de ensino
por meio de um programa de monitoramento e correção dos indicadores de desempenho do
SAEB, SPAECE e do sistema de avaliação municipal que venha a ser desenvolvido.

4.1 Avaliações Estaduais, Nacionais e Internacionais

No ensino fundamental, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica(IDEB)


é indicador de bom desempenho e aponta para melhorias e definições de políticas públicas
visando à superação de baixos índices apresentados pelas escolas.
Em conformidade com a Resolução n° 7/2010, do Conselho Nacional de
Educação (CNE/CEB), os indicativos contidos em seu âmbito prevalecem na compreensão do
processo avaliativo estabelecido pelo Sistema Público Municipal de Ensino de Fortaleza e
cabe a este estabelecer suas diretrizes e normas para a organização e o funcionamento da
avaliação da aprendizagem no âmbito da sua rede de escolas.

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4.1.1 Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - SPAECE

O Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará


(SPAECE), desenvolvido pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria
da Educação (SEDUC), vem sendo implementado desde 1992. Caracteriza-se como
avaliação externa em larga escala que avalia as competências e as habilidades dos
estudantes do ensino fundamental e do ensino médio, em Língua Portuguesa e em
Matemática. Realizada de forma censitária e universal, essa avaliação abrange as escolas
estaduais e municipais.
A partir de 2007, o SPAECE passa a ter três focos: a avaliação da
alfabetização (SPAECE-Alfa - 2º ano), a avaliação do ensino fundamental (5º e 9º anos) e
a Avaliação do ensino médio (1ª, 2ª e 3ª séries).
A idealização do SPAECE-Alfa prioriza a alfabetização das crianças logo nos
primeiros anos de escolaridade, expressa através do Programa Alfabetização na Idade
Certa (PAIC). Consiste numa avaliação anual, externa e censitária, para identificar e
analisar o nível de proficiência em leitura dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental
das escolas da rede pública (estaduais e municipais), possibilitando construir um indicador
de qualidade sobre a habilidade em leitura de cada estudante, o qual permite estabelecer
comparações com os resultados das avaliações realizadas pelos municípios e pelo Governo
Federal (SAEB).

4.1.2 Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica - SAEB

O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), desde a sua


primeira aplicação nos anos 1990, nasce sintonizado com a perspectiva
diagnóstica. Surge, inicialmente, destinado à produção de informações e de resultados
com “subsídios para a definição de ações voltadas para a correção das distorções
identificadas e o aperfeiçoando das práticas e dos resultados apresentados pelas escolas e
pelo sistema de ensino” (MEC/INEP-SAEB, 2005). A partir de 2005, passou a ser
composto por duas avaliações, desenvolvidas e conduzidas pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP): a Avaliação Nacional da
Educação Básica (ANEB) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESC),
conhecida comumente como Prova Brasil.

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Em 2013, foi publicada no Diário Oficial da União, a Portaria nº 482, de 07 de junho
de 2013, do Ministério da Educação, uma modificação no Sistema da Avaliação da
Educação Básica (SAEB). Além da ANEB e ANRESC, a Avaliação Nacional de
Alfabetização (ANA) passou a ser aplicada bianualmente, tendo caráter censitário e
avaliando a qualidade, a equidade e a eficiência do ciclo de alfabetização das redes
públicas. O planejamento e a operacionalização das três avaliações foram realizados
pelo INEP, que estabeleceu em portaria específica os parâmetros para a aplicação. A ANEB
e a ANRESC são realizadas a cada dois anos.

Desse modo, passou a compor o SAEB as avaliações:

 ANEB - A Avaliação Nacional da Educação Básica abrange de maneira


amostral os estudantes das redes públicas e privadas do país, matriculados
no 5º e 9º ano do ensino fundamental e também no 3º ano do ensino médio.
 ANRESC - A Avaliação Nacional do Rendimento Escolar é aplicada
censitariamente a estudantes de 5º e 9º ano do ensino fundamental, nas
redes públicas estaduais, municipais e federais. A prova recebe o nome de
Prova Brasil e oferece resultados por escola, por município, por Unidade
da Federação e país, que também são utilizados no cálculo do IDEB.
 ANA - A Avaliação Nacional de Alfabetização é aplicada bianual e
censitariamente a estudantes de 3º ano do ensino fundamental da rede pública.

No ano de 2019, o SAEB passa por uma nova reestruturação para se adequar à Base
Nacional Comum Curricular (BNCC). A BNCC torna-se a referência na formulação dos itens
do 2º ano (Língua Portuguesa e Matemática) e do 9º ano do ensino fundamental, no
caso dos testes de ciências da natureza e de ciências humanas, aplicados de forma amostral.

 As siglas ANA, ANEB e ANRESC deixam de existir e todas as avaliações


passam a ser identificadas pelo nome SAEB, acompanhado das etapas,
das áreas de conhecimento e dos tipos de instrumentos envolvidos.
 A avaliação da alfabetização passa a ser realizada no 2º ano do ensino
fundamental, primeiramente de forma amostral.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado em


2007 para medir a qualidade de cada escola e de cada rede de ensino. Ele é calculado a partir
dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de
desempenho nas avaliações do Inep, o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
O referido índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o país, a partir do alcance das
metas municipais e estaduais, tenha nota 6,0 em 2022 – o correspondente à
qualidade do ensino em países desenvolvidos.

16
O IDEB agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala
do INEP a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que
permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas.

4.1.3 Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - PISA é uma


avaliação internacional que mensura o nível educacional de jovens de 15 anos por intermédio de
provas de Leitura, de Matemática e de Ciências. O teste é realizado a cada três
anos pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade
formada por 30 países.

Também podem participar do PISA países não membros da OCDE, como é o caso do
Brasil. A finalidade precípua do PISA é a produção de indicadores que favoreçam a discussão
da qualidade da educação básica e que possam subsidiar políticas nacionais de melhoria da
educação.
O Brasil participa do Pisa através do INEP, responsável pela aplicação das provas em
todo o país. Essa participação tem o objetivo de posicionar o desempenho dos estudantes
brasileiros no contexto da educação internacional, além de propiciar o acompanhamento das
discussões sobre as áreas de conhecimento avaliadas em fóruns internacionais. A
participação nesse processo de avaliação internacional favorece, ainda, o apoderamento de
conhecimentos e de metodologias na área de avaliação educacional.

4.1.4 Estudo Regional Comparativo e Explicativo - ERCE

O ERCE é uma importante pesquisa internacional que a UNESCO aplica


regularmente a estudantes na região da América Latina e do Caribe desde 1997 com a
finalidade de apontar informações úteis para a formulação e a execução das políticas
educativas nos países da região (UNESCO, 2001).
O referido estudo conta com a aplicação de provas para estudantes de 4º ano
(Leitura, Escrita e Matemática) e de 7º ano (Leitura, Escrita, Matemática e Ciências) do ensino
fundamental, além de questionários para os estudantes, os professores, os diretores e a
família.
As aplicações das provas acontecem em parceria com o INEP, sendo de forma
amostral. Em 2019, 293 escolas amostradas em todo o país participaram, em dois dias
subsequentes, do Quarto Estudo Regional Comparativo e Explicativo (ERCE).

17
4.2 Avaliação Municipal - Avaliação Diagnóstica de Rede (ADR)

A Secretaria da Educação do Município de Fortaleza (SME) disponibilizará instrumental


de avaliação de leitura, de escrita e de matemática às escolas, visando “identificar as
características de aprendizagem do aluno com a finalidade de escolher o tipo de trabalho
mais adequado a tais características” (CAED, 2014). Considera-se que o diagnóstico do
desempenho dos estudantes ao longo do processo ensino e aprendizagem previna possíveis
dificuldades, ao tempo que auxilia a ação pedagógica de planejamento e de
acompanhamento.
Para efeito de esclarecimento, vejamos a seguir a proposta da ação avaliativa durante
todo o ano letivo, conforme as características do processo avaliativo.

4.2.1 Quanto à estrutura de aplicação das provas, divide-se em:

a) Bimestral/Mensal – Os estudantes de 1° e de 2° ano do ensino fundamental serão


avaliados em leitura e em escrita individualmente. No instrumental de leitura, o professor
avalia a fluência e a compreensão do texto. Já nos instrumentais de escrita, as turmas do 1°
ano farão a avaliação da escrita do nome próprio, da palavra e da frase, enquanto os
estudantes do 2° ano farão prova de escrita do nome, da palavra, da frase e do texto4. Vale
salientar que a avaliação de leitura e de escrita dos estudantes de 1° e 2° ano ocorrerão no
primeiro semestre, bimestralmente e, no segundo, mensalmente.
b) Periódica - Os estudantes de 1º e 2º ano do ensino fundamental também serão
avaliados por meio de provas objetivas de múltipla escolha nas disciplinas de Língua
Portuguesa e Matemática, uma vez em cada semestre, estando previstas as aplicações das
provas para os meses de março e agosto. Os estudantes do 3° ao 5º ano e EJA (II, III e IV)
serão avaliados por meio de provas objetivas de múltipla escolha nas disciplinas de Língua
Portuguesa e de Matemática, além de uma produção textual, exceto a EJA I, que realiza o
teste das quatro palavras e uma frase. Os estudantes do 6º ao 9º ano realizarão apenas as
provas de múltipla escolha, sem produção textual. A aplicação das provas do 3º ao 9º ano e EJA
ocorrerá em três períodos distintos (fevereiro, junho, outubro).

4.2.2 Quanto ao registro do desempenho de aprendizagem dos estudantes

Os dados das avaliações mensais e periódicas serão inseridos no Sistema de


Avaliação do Ensino Fundamental (SAEF) conforme cronograma pré-estabelecido e
divulgado junto às escolas. O registro dos dados no sistema será de responsabilidade da escola e

4A chave de correção para a análise da escrita será disponibilizada pela SME.

18
o acompanhamento dessa ação será feita, prioritariamente, pelo coordenador pedagógico. O
cumprimento dos prazos da digitação é fundamental para a consolidação dos dados da rede
municipal de ensino de Fortaleza.

4.2.3 Quanto à avaliação e ao processo de intervenção pedagógica

A inserção dos instrumentais de avaliação (mensal e periódica) na rotina da escola possui


o intuito de diagnosticar a aprendizagem do estudante, por meio de uma análise entre o
planejamento pedagógico e os resultados da avaliação, adequando, assim, a intervenção
pedagógica de acordo com as necessidades do estudante.
Diante disso, a SME sugere algumas ações norteadoras que a gestão pedagógica e os
professores podem desenvolver com esses estudantes, a fim de promover a melhoria da
aprendizagem.
a) Após a coleta dos resultados das avaliações, a gestão escolar e os
professores devem analisar os dados e traçar ações de fortalecimento da aprendizagem, de
acordo com a realidade de cada unidade escolar;
b) Esclarecer aos estudantes e seus pais sobre os resultados das avaliações e
firmar parceria com as famílias para que estas acompanhem as atividades domiciliares do
estudante e assegurem sua frequência diária às aulas e às atividades diferenciadas;
c) Traçar orientações de estudo junto com os estudantes;
d) Estimular a criação de grupos de estudos entre os estudantes;
e) Proporcionar experiências escolares que oportunizem aos estudantes observar,
comparar, classificar, resumir, interpretar, organizar dados, levantar hipóteses, ou seja, aulas que
estimulem o protagonismo estudantil.

A seguir, apresenta-se o quadro resumo das avaliações aplicadas nas turmas de 1º ao 9º


ano do ensino fundamental e EJA.

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Quadro 1 – Síntese das avaliações aplicadas do 1°ao 9° ano do
Ensino Fundamental e EJA

TIPO DE SISTEMA DE INSTITUIÇÃO


AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO PERIODICIDADE ANO/SÉRIE INSTRUMENTAL RESPONSÁVEL

Provas (abertas e/ou objetivas);


INTERNA Mensal/ Bimestral observação e registro; portfólio; Escola/ professor
autoavaliação, dentre outros.

Avaliação Diagnóstica de Rede


1º ano Provas abertas
Mensal/ Leitura: Secretaria Municipal
Bimestral Palavras, frases e texto. Escrita: da Educação (SME)
Nome, palavra e frase.

Avaliação Diagnóstica de Rede


2º ano Provas abertas Leitura: Palavras, Secretaria da Educação
Mensal/ frases e texto. Escrita: (SEDUC) e Secretaria
SISTEMA DE Bimestral Nome, palavra e frase e Municipal da Educação
AVALIAÇÃO DO produção de um texto. (SME)
ENSINO
FUNDAMENTAL (SAEF)
1º e 2º ano
Mar./Ago. Instrumentais de avaliação: Secretaria da Educação
Mensal/ Bimestral
Protocolo PAIC e SME (SEDUC) e Secretaria
Periódica 3º ao 9º ano
Fev./Jun./Out. (Língua Portuguesa e Municipal da Educação
Periódica Matemática) (SME)

EXTERNA EJA Instrumentais de avaliação:


Secretaria Municipal
Fev./Jun./Out. Protocolo SME (Língua
Periódica da Educação (SME)
Portuguesa e Matemática)

O SISTEMA Anual 2º ano Secretaria da


SPAECE- Alfa
PERMANENTE DE Educação (SEDUC)
AVALIAÇÃO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA
DO CEARÁ SPAECE (Língua Portuguesa Secretaria da
Anual 5º e 9º anos e Matemática)
(SPAECE) Educação (SEDUC)

Anual (Conforme Portaria SAEB 2º ANO


n”10, de 08 de janeiro de Leitura, escrita e matemática Ministério da
SISTEMA DE 2021). 2º ano (amostral, conforme última Educação (MEC)
AVALIAÇÃO DA edição 2019)
EDUCAÇÃO BÁSICA
(SAEB) Anual (Conforme Portaria SAEB 5º E 9º ANO
n”10, de 08 de janeiro de Língua Portuguesa e Matemática
2021). 5º e 9º anos (censitária) Ciências Humanas e Ministério da
Ciências da Natureza (amostral, Educação (MEC)
conforme última edição 2019)

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Avaliação nacional em larga escala. Diretoria de Avaliação da Educação Básica


(DAEB), Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. INEP/
Ministério da Educação. Minas Gerais: Juiz de Fora. 2008.

BRASIL. Lei 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação - INEP. Índice de Desenvolvimento da Educação


Básica (Ideb). Disponível em: http://portal.mec.gov.br/
index.php?
option=com_content&view=article&id=273&Itemid=345. Acesso em: 15 fev. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação/ INEP. Avaliação Nacional de Alfabetização


(Ana). Disponível em: http://portal.inep.gov.br/visualizar/-/asset_publisher/6AhJ/content/ saeb-
tera-avaliacao-nacional-de-alfabetizacao. Acesso em: 04 fev. 2021.

BRASIL. Ministério da Educação/ INEP. Programa Internacional de Avaliação de Alunos


(PISA). Disponível em: http://inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/ o-
que-e-o-pisa/21206. Acesso em: 04 fev. 2021.

CEARÁ. Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Estado do Ceará (SPAECE).


Disponível em: http://www.spaece.caedufjf.net/o-programa/. Acesso em: 09 fev. 2021.

FORTALEZA. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental do Sistema Público Municipal


de Ensino de Fortaleza. Flávia Regina de Gois Teixeira, Ana Maria Iório Dias (Org.).
Fortaleza: Secretaria Municipal de Educação, 2011.

FORTALEZA. Plano Municipal da Educação de Fortaleza (2015 - 2025). Fortaleza: Secretaria


Municipal da Educação (SME), 2015.

KLEIN, R.; FONTANIVE, N.S. Alguns indicadores educacionais de qualidade no Brasil de hoje.
São Paulo em Perspectiva, São Paulo, Fundação Seade, v. 23, n. 1, p. 19-28, jan./jun.
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MACIEL, A. O., ALMEIDA, G. S., RIBEIRO, R. R. R. P. C. Avaliação: prática constituinte do


processo de ensino e aprendizagem. In: VI CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2019,
Fortaleza. Anais. Fortaleza: Editora Realize, 2019.

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Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual do Ceará, 2018.

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técnico. Santiago, Chile: Laboratório Latinoamericano de Avaliação da Qualidade da Educação,
2001, 268p.

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