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DIAGNÓSTICA
RESUMO
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
Avaliar não significa apenas aprovar, reprovar, dar notas e amedrontar os alunos,
embora essa seja a visão mais frequente e considerada pelos estudantes, Luckesi, em sua
obra intitulada Avaliação da aprendizagem escolar: Estudos e proposições, afirma que:
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Sulear, pois dentro da perspectiva decolonial (vista e praticada pela autora do
presente trabalho), os caminhos levam ao Sul e não ao Norte.
Então, a avaliação deve fazer parte desse processo como um recurso para o
aprendizado, como um suporte na orientação para que o aprender seja efetivo, visto
assim, não apenas por parte dos educadores, mas também por parte dos estudantes e
toda a comunidade escolar.
Avaliar é, também e principalmente, analisar o progresso feito pelo aluno, afim
de orientá-lo na construção do conhecimento, portanto, a avaliação deve ser constante,
fazendo parte do caminho, deve se fazer presente durante todo o processo de ensino-
aprendizagem, pois, como disse Hoffmann (1993), "a avaliação é uma reflexão
permanente sobre a realidade, e acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua
trajetória de construção de conhecimento".
Sabendo do papel da avaliação faz-se necessário reforçar sobre as funções
avaliativas e como se comporta cada uma delas durante o desenvolvimento do
aprendizado, pois a avaliação não deve fazer parte apenas do processo final, como
informado por Caldeira (2000):
Ou seja, a avaliação deve estar presente desde o início, fazendo parte também do
meio, do durante o sistema de interações entre professores e alunos, que é o processo de
ensino-aprendizagem.
Dentro desse processo, existem as funções avaliativas, que são três e estão
divididas em determinados períodos dentro do decorrer da aquisição do conhecimento.
Quando a avaliação se faz antes desse processo, recebe o nome de avaliação
diagnóstica e é realizada no início do ano letivo, do semestre, curso, ou até mesmo antes
do assunto a ser trabalhado e tem como objetivo verificar os conhecimentos prévios do
estudante.
Após a realização da avaliação diagnóstica é possível a identificação do quanto
os estudantes dominam aquele conteúdo e o quanto precisa ser reforçado, o que dá ao
professor a possibilidade de estabelecer estratégias apropriadas para o desenvolvimento
do trabalho pedagógico dentro de cada turma, ou com cada aluno, no caso de aulas
particulares.
Aqui, é informado também sobre o seu papel de grande importância em outras
áreas, pois a avaliação diagnóstica dialoga com o dar início a processos, quer eles sejam
educativos, médicos, profissionais, esportivos, entre outros, aplicando-se dentro de cada
área de uma maneira única e específica com o melhor que possa ser desenvolvido de si.
Mas, como esclarece Hoffmann:
Aparece então, a função formativa que faz parte do decorrer desse processo, ou
seja, é aplicada de forma processual, apresenta como o estudante está se desenvolvendo,
para além de um entendimento imediato, como o estudante está no caminho da
aprendizagem, se faz interações entre os conteúdos, se dialoga com outras áreas e
principalmente, através da avaliação processual, é possível que o professor e o estudante
compreendam qual a melhor forma de aprendizado para aquele determinado aluno,
sabendo que cada ser de maneira individual tem a sua forma de aprender, de se
desenvolver diante do mundo, tento em vista as suas experiências e vivências dentre a
sociedade.
A última função avaliativa é a função somativa, que é vista por muitos como o
método para aprovar e reprovar os estudantes, é, ainda, a função mais conhecida e
desenvolvida no meio educacional. Trata-se da avaliação feita ao final do processo
letivo e que tem como objetivo, não apenas a aprovação, mas o conhecer o que o
estudante realmente aprendeu, qual conteúdo ele obteve domínio e o que deverá ser
reforçado durante o próximo período letivo, ou antes do próximo conteúdo a ser
abordado.
Para Esteban (2004, p. 85), a avaliação classificatória não é somente um
elemento justificador da inclusão/exclusão, ela está constituída pela lógica excludente
dominante em nossa sociedade. Sendo assim, os métodos avaliativos devem buscar
recursos para não apoiarem o sistema que visa apenas excluir e classificar a sociedade,
afim de não repetir os seus erros amedrontando e afugentando os estudantes.
E, ainda que existam três funções, sendo uma para cada período, elas não devem
ser vistas como únicas, pois a aplicação de apenas uma delas é insuficiente para o
processo avaliativo, visto que apenas a avaliação diagnóstica não assegura o
desenvolvimento do estudante durante o trabalho com determinado conteúdo, apenas a
avaliação formativa não garante saber se o estudante realmente está aprendendo ou está
apenas relembrando o que já sabia, assim como, o uso apenas da função somativa não é
válido para saber se o estudante realmente aprendeu, visto que os mesmos estudam e se
dedicam para memorizar determinado conteúdo apenas para uma avaliação, seja teste,
prova, apresentação de trabalho, ou qualquer outra atividade sugerida pelo professor. A
memorização não significa aprendizado, principalmente quando levado em conta que ao
final desse processo avaliativo os estudantes não mais lembrarão do que foi
memorizado.
Então, tendo em vista o uso das três funções avaliativas de maneira a
colaborarem uma com a outra "a sala de aula é o lugar onde, em termos de avaliação,
deveria predominar o diagnóstico como recurso de acompanhamento e reorientação da
aprendizagem, em vez de predominarem os exames como recursos classificatórios"
(LUCKESI, 2003, p. 47).
A avaliação diagnóstica como um processo para antes de mais nada, acompanhar
o desenvolvimento do estudante, pois se é sabido de onde o mesmo partiu, é mais fácil
identificar onde o indivíduo chegou, quais caminhos percorreu e quais processos foram
enfrentados para se chegar até ali, além de que, a avaliação diagnóstica pode ser feita,
não apenas ao iniciar o ano letivo, mas ao início de cada assunto a ser tratado, o que faz
com que a mesma possa ser refeita em diversos períodos durante o processo de ensino-
aprendizagem, ampliando também o olhar do professor para os meios de aprendizado
abordados para com a turma.
Mas, sabendo de tudo que foi dito até agora, como se deve fazer uma avaliação
diagnóstica afim de que a mesma obtenha resultados?
RIBEIRO (1999, p. 79) citada por FERREIRA (2005)
CONCLUSÃO