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1.1 Introdução

O presente trabalho intitulado “Controle e avaliação como fase de comprovação dos objectivos
da aula” constatamos que o controlo e avalicacao corresponde uma etapa que permite ao
professor estruturar a aula de forma a garantir que os alunos saibam o que vão aprender, fiquem
conscientes sobre o que já sabem em relação ao tema, tenham a oportunidade de explorar novos
conceitos, construindo novos conhecimentos é o conjunto de informações que o indivíduo
adquire por meio da sua experiência, aprendizagem, crenças, valores são o conjunto de
características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como estas
se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente.
Esta etapa permite o acompanhamento de todo o processo de ensino aprendizagem e forma ao
mesmo tempo a conclusão das unidades do ensino.

1.2 Objectivos Gerais


Conhecer controlo e avaliação como fase de comprovação dos objectivos da aula.

1.3 Objectivos Específicos


Identificar até que ponto o controlo é um comprovativo das finalidades da aula;
Descrever as finalidades de controlo e avaliação numa determinada aula;
Caracterizar as etapas de controlo e avaliação;
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1.4 Controle e avaliação como fase de comprovação dos objectivos da aula


A preparação sistemática de aulas assegura a dosagem da matéria a tempo, o esclarecimento de
objectivos a atingir e das actividades que serão realizadas, bem como a preparação dos meios de
ensino adequados.
As funções didácticas descrevem as etapas de uma aula, em termos das finalidades pedagógicas.
Cada etapa do processo de ensino aprendizagem tem uma função pedagógica e elas estão
estreitamente interligadas.
As funções didácticas são elementos ou partes que constituem a actividade. É a qualidade de
exercer uma acção, do que é activo. Também pode ser entendida como o conjunto de actos para a
realização de uma finalidade ou mesmo como a faculdade e/ou o poder de agir principal do
processo de ensino aprendizagem, o qual se manifesta na coordenação, subordinação,
combinação e relação destas, de modo a garantir que o PEA se realize de forma eficaz, isto é,
que as várias partes do ensino e aprendizagem processam possam constituir uma unidade de
conhecimentos.
A organização das funções didácticas é uma sequência a acção de dar seguimento, de seguir, de
continuar com algo que já foi iniciado previamente. A sequência apresenta a continuação de algo
que foi mostrado anteriormente, mas também pode significar algo que tem movimento de
continuidade. Alguns dos principais sinónimos de sequência são: continuação; seguimento;
continuidade; prosseguimento; desenrolamento; curso; subsequência; prossecução; sucessão;
série.

O controlo e avaliação como sendo uma das etapas das funções didácticas, permite ao professor
estruturar a aula de forma a garantir que os alunos saibam o que vão aprender, fiquem
conscientes sobre o que já sabem em relação ao tema, tenham a oportunidade de explorar novos
conceitos, construindo novos conhecimentos é o conjunto de informações que o indivíduo
adquire por meio da sua experiência, aprendizagem, crenças, valores são o conjunto de
características de uma determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como estas
se comportam e interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente.
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1.5 Controle e avaliação

Esta etapa permite o acompanhamento de todo o processo de ensino aprendizagem e forma ao


mesmo tempo a conclusão das unidades do ensino. O professor pode dirigir efectivamente o
processo de ensino aprendizagem e conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos
alunos na compreensão da matéria. Este controle vai consistir, também, em acompanhar o
processo de ensino e aprendizagem avaliando as actividades do professor e do aluno.

Através do controlo e avaliação, o professor pode providenciar e, se necessário, rectificar,


suplementar ou mesmo reorganizar a aprendizagem.

Pela avaliação é possível saber-se se a aprendizagem está a efectuar-se conforme o previsto ou


não e, ao mesmo tempo, permite ao professor certificar-se sobre o que o aluno é um conceito
significa definição, concepção ou caracterização.

LIBÂNEO (1994; 2001) afirma que controlo e avaliação deve ser vista como um instrumento do
professor que ao se utilizar dela terá condições de atinar o que está acontecendo na turma, se seus
métodos estão sendo adequados ou não, se a turma está tendo rendimento ou se houve algum
regresso.
O controlo e avaliação possibilita o conhecimento de cada um, da sua posição em relação à
classe, estabelecendo uma base para as actividades de ensino e aprendizagem”.Por isso a
avaliação deve ser encarada como algo benéfico.

1.6 O processo de controlo e avaliação na actualidade


O controlo e avaliação exige uma observação sistemática dos alunos para saber se eles estão
aprendendo como estão aprendendo e em que condições ou actividades eles encontram maior ou
menor dificuldade. Essa avaliação não se refere apenas ao domínio de conteúdos específicos,
mas também ao desenvolvimento das capacidades.

Portanto, importa avaliar o aluno como um todo, nas diversas situações que envolvem
aprendizagem: no relacionamento com os colegas, no empenho para solucionar problemas
propostos, nos trabalhos escolares, nas brincadeiras.
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O controlo e avaliação inicial e fundamental é porque ela que dará ao professor elementos para
fazer seu panejamento, determinando os conteúdos e respectivo grau de aprofundamento, notas,
conceitos, etc., não estão descartados. A escola precisa desses instrumentos para seus registos. O
importante é que o aluno entenda como está sendo avaliado e que o resultado seja explicado e
discutido com ele, e não apenas comunicado através de uma nota.

Podemos notar que o processo de ensino e aprendizagem não é algo simples, ele engloba
diversas medidas que devem ser tomadas ou evitadas para que o aprendizado do aluno realmente
aconteça. É necessário assim, que o professor realize um panejamento de suas aulas levando em
consideração as necessidades dos alunos, a melhor maneira de aplicar um conteúdo, o melhor
método e técnica a ser usada em determinados momentos.

Perceber o contexto social dos alunos também é importante para que seu conteúdo e exemplos
sejam presentes na realidade dos alunos.
Cabe ao educador um bom senso na hora de sua avaliação e atribuição de notas e principalmente
uma fuga da mecanização do ensino.

Outro aspecto fundamental é que nas actividades específicas de controlo e avaliação, uma prova,
o aluno o que se pretende avaliar e sejam usadas situações semelhantes às de aprendizagem.
A avaliação pode se tornar também um instrumento de aprendizagem, estimular o aluno a fazer a
auto-avaliação é uma forma dele aprender a analisar seus trabalhos, desenvolvendo seu senso
crítico e sua autonomia.

LUCKESI (2006) a avaliação praticada nas escolas é a avaliação da culpa e as notas praticadas
são utilizadas para classificar os alunos, onde são comparados desempenhos e não os objectivos
que se pretende atingir.
Esta prática de avaliação se explícita por uma relação autoritária e conservadora que permite ao
professor manter a disciplina e atenção dos alunos, desta forma a avaliação da aprendizagem
torna-se um instrumento de controlo que tudo pode, de forma que coercitiva o aluno, não dando-
lhe alternativas que desenvolva meios para que alcance o aprendizado.
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HOFFMANN (1993: 32) afirma que o controlo e avaliação é a reflexão transformada em acção,
não podendo ser estática nem ter carácter sensitivo e classificatório, e valor envolve pessoa.
Avaliação é, fundamentalmente, acompanhamento do desenvolvimento do aluno no processo de
construção do conhecimento. O professor precisa caminhar junto com o educando, passo a passo,
durante todo o caminho da aprendizagem.

LIBANEO (1993:13) propõe para a realização do controlo e avaliação, na perspectiva de


construção, duas premissas fundamentais:
Confiança na possibilidade do aluno construir as suas próprias verdades;
Valorização de suas manifestações e interesses.

Ela propõe o diálogo entre professor e aluno como indicador de aprendizagem, necessário, à
reformulação de alternativas de solução para que a construção do saber aconteça. A reflexão do
professor sobre seus próprios posicionamentos metodológicos, na elaboração de questões e na
análise de respostas dos alunos deve ter sempre um carácter dinâmico.

A prática do controlo e avaliação na sala de aula pode manifestar-se como tal, deve apontar para
a busca do melhor de todos os educandos, por isso é diagnóstica, e não voltada para a selecção de
uns poucos, como se comportam.
Por si, a avaliação, como dissemos, é inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por
ela, onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção. Não há
submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim espontaneidade e busca. Não há chegada
definitiva, mas sim travessia permanente, em busca do melhor.

A avaliação como um ato de investigar e intervir não significa aumento de trabalho no


quotidiano docente, e isso não gera uma barreira no profissional da educação, pois a avaliação
precisa ser vista como uma intervenção no aprendizado dos alunos, desse modo, será alcançado o
seu objectivo e não apenas medir ou classificar.
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A todo momento somos avaliados, não importa que seja no âmbito profissional ou pessoal, o que
importa o que será feito com os resultados obtidos.

LUCKESI (2005), o ato de avaliar é mais exigente que o ato de examinar tanto para o professor
como para o estudante. O ato de examinar, do ponto de vista do professor, exige somente a
elaboração, aplicação, correcção de provas, atribuição de notas e registo dos dados; já do ponto
de vista do estudante exige responder as provas e aguardar os resultados.

Por outro lado, exige do professor: elaborar instrumentos adequados ou seja, de qualidade
satisfatória do ponto de vista da investigação do desempenho do estudante; correcção,
reorientação dos estudantes se necessária, reavaliação. E, do lado do aluno, exige estudo,
dedicação, investimento, aprofundamento, busca dos melhores resultados.

Portanto, o ato de avaliar é muito mais exigente que o ato de examinar, pois que o primeiro exige
qualidade de aprendizagem para o maior número de estudantes senão de todos, o que implica em
maior exigência tanto para o professor como para o estudante. Não basta o "qualquer resultado
está bem", mas sim importa o melhor resultado possível, o que implica em buscar qualidade na
prática educativa, o que, por sua vez, significa investimento na busca de resultados satisfatórios.

1.7Controlo e avaliação enquanto espaço de aprendizagem na sala de aula


As mudanças essenciais em controlo e avaliação dizem respeito, em primeiro plano, não à
mudança de procedimentos avaliativos, mas sim à finalidade desses procedimentos. Assim, a
avaliação deve ser pensada no âmbito de uma didáctica.
Nessa perspectiva, cabe ao professor integrar a avaliação à sua pratica didáctica através de uma
nova proposta que implique necessariamente na modificação dessas práticas, ou seja, o professor
deverá compreender que o progresso do estudante só poderá ser percebido quando comparado
com ele mesmo.

As funções didácticas, estão organizadas de acordo com as seguintes regras comuns verificando
do rendimento escolar nos seguintes critérios:
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Avaliação e controlo contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência


dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;
Possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado;
Aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período lectivo,
para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de
ensino em seus regimentos.

Nesse sentido, o professor deverá assumir uma atitude criteriosa, tirando conclusões apenas
quando observar os alunos e estudantes em situações diversificadas, de modo a conseguir avaliar
de maneira fundamentada e não apenas uma opinião superficial sobre o aluno. A observação
pode ser um instrumento importante de avaliação, desde que o professor tenha cuidados ao
utilizá-lo, tais como:

Oportunizar as condições para que possa gerir o seu tempo em interacção avaliativa com os
estudantes e não somente colocando simples perguntas;
Anotar os incidentes, ou seja, acontecimentos interessantes e significativos assim que ocorram.
Planejar o que será observado, por exemplo, um determinado aluno, um determinado momento,
um trabalho na sala de aula.
Definir objectivos possíveis de ser alcançados e realísticos para a observação, atendendo, por
exemplo, a quantidade de observados, as características, o momento da observação e o período
de duração da mesma.

Avaliação é uma forma de aferir ou medir alguma coisa em relação a um objectivo a ser
alcançado. No caso da educação, são os objectivos educacionais. Avaliações estão associadas aos
processos educacionais e são necessárias para que ocorra a melhoria da educação.
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CIPRIANO LUCKESI (2011), o processo de controlo e avaliação passa, basicamente, por três
passos indicados no quadro a seguir:
Conhecer o nível de desempenho do aluno em forma de constatação da realidade,
Comparar, a constatação da realidade, com aquilo que é considerado importante no
processo educativo,
Tomar as decisões que possibilitem atingir os resultados esperados.

VASCONCELLOS, (2005:57) afirma que a principal finalidade do controlo e avaliação no


processo escolar é ajudar a garantir a formação integral do sujeito pela mediação da efectiva
construção do conhecimento, a aprendizagem por parte de todos os alunos.

O principal objectivo do processo ensino aprendizagem é o desenvolvimento do educando. Para


que isso se efective é fundamental que o educador tenha definido seus objectivos, suas
intencionalidades.
Os conteúdos historicamente elaborados e definidos para o ensinar e o aprender actuais podem e
devem ser repensados ao elaborar seu Plano de Trabalho.
É no Plano de Trabalho docente que os conteúdos, os objectivos e a abordagem metodológica;
devem estar descritos e a avaliação deverá servir de parâmetro para qualificar a acção docente e
discente.

Esse Plano de Trabalho Docente precisa ser revisto permanentemente para acompanhar e, se
necessário, adaptar suas intencionalidades para cada turma/série/ano; buscando a melhor forma
de ensinar e, analisar se há eficácia dos instrumentos utilizados; permitindo ao docente rever suas
práticas e replanejar.
O controlo e avaliação visa verificar as capacidades de abstracção, o desenvolvimento, o
pensamento sistémico, ao contrário da compreensão parcial e fragmentada dos fenómenos, a
criatividade, a curiosidade, a capacidade de pensar múltiplas alternativas para a solução de um
problema, ou seja, o desenvolvimento do pensamento divergente, a capacidade de trabalhar em
equipa, a disposição para procurar e aceitar críticas, a disposição para o risco, o desenvolvimento
do pensamento crítico, do saber comunicar-se, da capacidade de buscar conhecimento.
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Essas são qualificações que devem estar presentes na esfera social, cultural, nas actividades
políticas e sociais como um todo e que são condições para o exercício da cidadania num contexto
democrático.
O controlo e avaliação como etapas da aula/funções didácticas, permite ao professor estruturar a
aula de forma a garantir que os alunos saibam o que vão aprender, fiquem conscientes sobre o
que já sabem em relação ao tema, tenham a oportunidade de explorar novos conceitos,
construindo novos conhecimentos o conjunto de informações que o indivíduo adquire por meio
da sua experiência, aprendizagem, crenças, valores são o conjunto de características de uma
determinada pessoa ou organização, que determinam a forma como estas se comportam e
interagem com outros indivíduos e com o meio ambiente.
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1.8 Conclusão

Com este trabalho concluímos que o controlo e avaliação é uma etapa permite o
acompanhamento de todo o processo de ensino aprendizagem e forma ao mesmo tempo a
conclusão das unidades do ensino. O professor pode dirigir efectivamente o processo de ensino
aprendizagem e conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão
da matéria. Este controle vai consistir, também, em acompanhar o processo de ensino e
aprendizagem avaliando as actividades do professor e do aluno.

Através do controlo e avaliação, o professor pode providenciar e, se necessário, rectificar,


suplementar ou mesmo reorganizar a aprendizagem.
Pela avaliação é possível saber-se se a aprendizagem está a efectuar-se conforme o previsto ou
não e, ao mesmo tempo, permite ao professor certificar-se sobre o que o aluno é um conceito
significa definição, concepção ou caracterização.
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1.9 Referencias Bibliográficas


LIBÂNEO (1994; 2001) Didáctica geral. 23ª. Ed. São Paulo: Editora Ática, 2001.

LUCKESI (2006) Didáctica da reforma: um método activo para a escola de hoje. 2ª Ed.

HOFFMANN (1993: 32) Curso de Didáctica Geral. 8ª Ed. São Paulo: Ática, 2006.

LUCKESI (2005), Didáctica do Ensino Superior. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2007

VASCONCELLOS, (2005:57) Estratégia de ensino aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1991

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