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Avaliação na Educação

Camila Teixeira

(Imagens por Fernanda - Pedagogia Tira Dúvida)

CAP.1
AVALIAÇÃO NA APRENDIZAGEM

A avaliação é um ato inerente á vida de todo ser humano. Estamos o tempo todo
avaliando. Da ação mais simples é uma complexa, vemos que sempre necessitamos de
alguma informação, procedimento, técnica ou instrumento que nos ajude a tomar uma
decisão para realizar uma ação posterior.
 A avaliação no contexto escolar realiza-se segundo objetivos implícitos ou
explícitos, que, por sua vez, refletem valores e normas sociais.
 As práticas avaliativas podem servir á manutenção ou á transformação social,
 A avaliação escolar não acontece em momentos isolados do trabalho
pedagógico – ela o inicia, permeia todo o processo e a conclui.

Modelo Objetivista
O resultado da aprendizagem é centrado no aluno, desprovido da realizade na qual
está imerso e desconectado do processo de ensino e aprendizagem. A avaliação vai
sendo associada coma idéia de medida, o que resultou no desenvolvimento de testes
padronizados para medir habilidades e aptidões dos alunos. Centrada em TESTES

Modelo Subjetivista
O ensino deve se adaptar ao educando. A avaliação volta-se para a apreensão das
habilidades já adquiridas que estão em desenvolvimento. Ganha relevância a
necessidade de respeitar os ritmos individuais de aprendizagem , valorizam-se a
autoavaliação e a interferência dos aspectos afetivos e emocionais nos processos de
aprendizagem. Os instrumentos de avaliação passam a valorizar a elaboração de
questões abertas, em que o sujeito elabora sua própria resposta. Aqui o foco é na
pessoa e em avanços. Centrado em questões ABERTAS

Modelo Construtivista
Considera o vínculo entre o indivíduo e a sociedade. Torna-se essencial conhecer a
realidade, a dinâmica das relações e o conflito de interesses para identificar as brechas
que possibilitam mudanças e rupturas, o que ressalta o potencial transformador da
educação e da escola. A avaliação integrada ao ensino, utiliza instrumentos variados e
seu objetivo é formativo.

CONCEITO
O conceito de avaliação da aprendizagem caminhou de uma concepção tecnicista, em
que avaliar significa medir, atribuir nota, predizer, para uma concepção sociopolítica,
em que a avaliação é vista em contexto mais amplo, sociocultural, historicamente
situada, autoconstruída, transformadora e emancipadora.
A avaliação escolar é:
 Condução indispensável da aprendizagem
 Componente do processo de ensino-aprendizagem
 Um processo contínuo

AVALIAÇÃO POR OBJETIVOS

Para Tyler, a avaliação é concebida como procedimento que permite verificar se os


objetivos educacionais estão sendo atingidos pelo programa e que, desse modo , a sua
finalidade é fornecer informações quanto ao desempenho dos alunos em fase dos
objetivos esperados, possibilitando que se verifique o quanto as experiências de
aprendizagem, tal como previstas e executadas, favorecem o alcance dos resultados
desejados.

DOMÍNIO COGNITIVO

Relaciona-se com o dominio de um conhecimento, com a aprendizagem de algo novo,


com o desenvolvimento intelectual, de atitudes e habilidades.
Este é o domínio mais conhecido no campo educacional.
Categorias: conhecimento, compreensão, aplicação, análise, sintese, avaliação.

DOMÍNIO AFETIVO

Relaciona-se aos sentimentos e posturas e está vinculado ao desenvolvimento


emocional e afetivo.
Categoria: receptividade, resposta, valorização, organização, caracterização.
DOMÍNIO PSICOMOTOR
Relaciona-se a habilidades físicas específicas. Esse é um domínio que não foi
desenvolvido por Bloom e sua equipe, como indicado por Ferraz e Belhot (2010), mas
por outros autores.
Categorias: imitação, manipulação, articulação, naturalização.

A AVALIAÇÃO PARA BLOOM


Está relacionada ao ensino-aprendizagem e, portanto, se vincula tanto ao aluno como
ao professor.
Ao entender o ensino-aprendizagem como processo, Bloom enfatiza a importancia de
a avaliação ser realizada não somente no final, mas tambpem durante seu
desenvolvimento, permitindo identificar se os objetivos educacionais estão sendo
alcançados e, quando não promover ações que possibilitem atingi-los.
FUNÇÕES DA AVALIAÇÃO, SEGUNDO A TAXINOMIA DE BLOOM
 Diagnosticar: A avaliação serviria para determinar a presença ou a ausência de
habilidades ou pré-requisitos no inicio de uma unidade, semestre ou ano letivo
e determinar as causas de repetidas dificuldades durante o ensino.
 Retroinformar: Determina se os alunos estão se desenvolvendo dos modos
desejados. Verifica se os procedimentos alternativos são ou não igualmente
efetivos para atingir um conjunto de fins educacionais. Fornece informações e
evidências adequadas para ajudar o professor e os alunos a alcançarem os
objetivos, para a tomada de decisão com relação aos planos a serem
desenvolvidos com os alunos individualmente ou em grupos e para melhorar o
ensino e a aprendizagem.
APARELHOS REPRESSIVOS DO ESTADO
Instituições com o Exército, a polícia, agências de investigação e inteligência, que
exerceriam uma dominação ou controle pela força, pela repressão.

APARELHOS IDEOLÓGICOS DO ESTADO


Instituições que exercem uma dominação ou controle, não pela repressão, mas pela
persuasão , por isso ideológicos.

PEDAGOGIA RACIONAL
Para quebrar o ciclo das desigualdades sociais é necessário uma Pedagogia Racional
que:
 Aprimore os processos de ensino
 Forneça as condições para o acesso á cultura
 Traga para dentro da escola o capital cultural obtido fora dela
 Olhe a criança como um todo, e não a julgue apenas com avaliações.

SABER E PODER
A instituição escolar seria um instrumento de disciplinarização. A organização de
tempos e espaços rígidos, os horários , os sinais que determinam o início e o término
das aulas e o controle exercido pelos professores serviriam para incutir condutas,
formas de comportamento por adestrar, ajustar.
Cap.2
CAP 3.
PROGRESSÃO CONTINUADA
Progressão continuada é uma das formas básicas de ensino nas escolas fundamentais
que pressupõe que o estudante deve obter as competências e habilidades em um
ciclo, que é mais longo que um ano ou uma série. Nesse sistema de ciclos, não está
previsto a reprovação, mas a recuperação, por aulas de reforço.
O objetivo é regularizar o fluxo de alunos ao longo dos anos de escola, para superar o
fracasso das altas taxas de reprovação. A idéia é que com isso, os alunos tenham
acesso ao estudo, sem repetências ou interrupções, que criariam desânimo e/ou
prejudiquem o aprendizado.
AS AVALIAÇÕES EXTERNAS NA SALA DE AULA
Interferências positivas
 Avalia-se o aluno e o trabalho pedagógico
 Relatórios pedagógicos: leitura e compreensão dos resultados
 Formação continuada e oficinas pedagógicas
 Contempla-se novas metodologias, conteúdos e o olhar para o desempenho do
aluno.

AS AVALIAÇÕES EXTERNAS NA SALA DE AULA


Interferências negativas
 Culpabilização aos professores
 Bonificação aos professores (escolas com melhores desempenhos)
 Priorização dos conteúdos cobrados nas avaliações externas – Simulados para
treinos aos alunos
 Exclusão dos alunos com baixo desempenho
CAP 4.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Avaliar a aprendizagem é uma atividade intencional e deve ser, como todo o processo
de ensino, planejada pelo professor. Ela não ocorre espontaneamente, ou seja, deve
ser estruturada, e essa estruturação se dá a partir da definição de critérios utilizados
para a avaliação.

PROPÓSITOS DIAGNÓSTICOS
Se a avaliação for diagnóstica a falta de critérios fará com que falte clareza do que os
alunos já dominam, fazendo com que o diagnóstico pouco claro induza a erros no
planejamento das atividades do professor.

PROPÓSITOS FORMATIVOS
Se a avaliação tem propósitos formativos, a falta de critérios não indicará com clareza
aos professores e aos alunos quais são as dificuldades enfrentadas e aquilo que os
estudantes realmente já se apropriaram.

PROPÓSITOS SOMATIVOS
Se a avaliação é somativa e seus resultados serão utilizados para tomar decisões sobre
a promoção ou não dos alunos, uma avaliação com critérios pouco claros e confusos
poderá gerar conflitos e também injustiças.

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