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Introdução

O erro no processo ensino e aprendizagem” visa evidenciar a importância de uma postura crítica
dos educadores frente ao erro no processo avaliativo, observando sua relação com o fracasso
escolar. Aborda a temática do erro no processo de ensinar e aprender. Primeiramente, esclarece e
define o erro na visão de vários segmentos institucionais.
Objectivos

Geral:

 Descrever o papel da Didáctica na construção do professor

Específicos:

 Descrever o contributo tem a didáctica na formação do professor


 Explicar Como a didáctica auxilia na formação da identidade docente
 Capacidade de identificar qual deve ser o papel do professor na actualidade

Metodologias

O trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, fundamenta-se com base em material que já
fora construído, o que incluí artigos científicos publicados em periódicos académicos. Para o
levantamento das informações foi realizado uma busca por artigos que abrangessem o assunto
colocado em questão. Pode-se perceber que tal pesquisa é bastante utilizada actualmente e dessa
forma, na elaboração deste estudo, os conhecimentos obtidos foram estruturados para que ocorra
uma construção reflexiva a respeito do assunto estudado (GIL, 2008; WILL, 2012).

Segundo Vergara (2000), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado,


constituído, principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o levantamento de
informações básicas sobre os aspectos directa e indirectamente ligados à temática.
O PAPEL DA DIDÁCTICA NA CONSTRUÇÃO DO PROFESSOR

Avalia como e o quê

O principal objectivo de avaliação e fornecesse informações acerca das assoes da aprendizagem e


por esse motivo, não pode realizar apenas no final do processo, dessa forma o objectivo principal,
que e aprendizagem do aluno, acaba se perdendo.

Avaliar significa atribuir valor a algo, valor este que pode ser qualitativo e/ou quantitativo devendo
sua analise conduzir a uma tomada de decisão.

A avaliação da aprendizagem tem como objectivo analisar o nível de desenvolvimento dos alunos,
dos conhecimentos adquiridos através do ensino. Tendo o intuito de com os dados adquiridos pela
avaliação proporcionar um melhor acompanhamento desses alunos para que continuem avançando
no processo de aprendizagem. Portanto Avalia-se para construir conhecimento sobre a própria
realidade da Instituição, identificando pontos fracos, pontos fortes e potencialidades, além de
compreender os significados do conjunto de suas actividades para melhorar a qualidade educativa
e alcançar maior relevância social.

O termo avaliar, também de origem do latim, avalere, que significa determinar ou atribuir o valor
de, reconhecer a grandeza, a força ou a intensidade, apreciar-se, calcular e julgar, avaliar é um
processo de constatação e ação após o resultado (DICIONÁRIO ONLINE DA LINGUA
PORTUGUESA, 2018).

Sobre essa perspectiva, Luckesi (2011) considera que os significados da verificação e a avaliação
são bem diferentes, pois a segunda requer uma continuidade no processo, não podendo ser dado
o resultado como algo acabado ou concluído. Contudo, percebe-se que as escolas, têm mantido a
utilização do ato de verificar o rendimento escolar do educando (LUCKESI, 2011).

De acordo com Hoffmann (2005), deve-se lembrar que questionar e refletir, são ações que
precisam se perpetuar na postura do professor, refletindo a realidade dele e a do educando, na
construção significativa do conhecimento. Isso por que, avaliar vai além do ato de aprender, está
associado ao ato de ensinar, pois o professor não leva em consideração as próprias práticas e
habilidades enquanto aprende e ensina
Segundo LIBÂNEO (2004), o processo de avaliação assume cinco etapas sucessivas que consistem
em:

 Determinar a decisão a tomar, com referência a um objectivo preciso e no quadro de um


processo educativo.
 Enunciar claramente os critérios de avaliação pois é importante definir bem os objectivos,
as situações e as variáveis tidas em conta, porque são pertinentes e para a decisão a tomar.
 Recolha de informações pertinentes que é feita tendo em conta a decisão a tomar e os
critérios escolhidos (primeira e segunda etapas).
 Confrontar os critérios escolhidos e as informações recolhidas. Se as etapas precedentes
tiverem sido conduzidas corretamente, esta etapa não apresentará dificuldades peculiares.
Ainda nesta etapa é aconselhável evitar o mais possível as generalizações abusivas muito
perigosas das conclusões.
 Formulação das conclusões definitivas a fim de facilitar a decisão que marca a conclusão
do processo. Note que o decisor não é necessariamente aquele que conduziu a avaliação até
à formulação das conclusões.

O erro no PEA

Esteban (2001, p.16), diz que na aprendizagem escolar, pode ocorrer erro quando um aluno, em
uma prova ou prática, manifesta não ter adquirido determinado conhecimento ou habilidade
através de uma conduta que não condiz com o padrão existente. Neste caso, ocorre um erro em
relação ao padrão escolar. A instituição escolar associa o erro a um tipo de avaliação em que o
professor analisa os trabalhos dos alunos e os classifica como certo/ errado, segundo padrões pré-
definidos.

Sendo assim, é considerada errada a resposta que não satisfaça os padrões culturais que tenham
sido ensinados aos alunos. Diante do erro escolar, o educador pode adotar a punição, a
complacência ou construir a possibilidade de aprender.

Reconhecemos, na postura que educador adotar, as três teorias psicológicas existentes na


educação; se o erro passa a ser entendido como um fato inaceitável e necessário de ser punido,
temos o empirismo-associacionismo; se o educador aceitar que o erro é fruto de um acontecimento
natural, que será corrigido pelo passar do tempo, temos o romantismo; se o educador tiver uma
concepção problematizada do erro, temos o Construtivismo, onde o erro não é tratado como uma
questão reduzida ao resultado da operação (se acertou ou errou), mas sim de invenção e de
descoberta.

Para Fante (2003), a aprendizagem é o conhecimento adquirido e internalizado, fruto da interação


do sujeito com o meio onde vive e acontece de acordo com uma ação espontânea ou
estimulada. Desenvolvimento é o processo em que o indivíduo constrói seu conhecimento e
desenvolve suas estruturas internas dentro de suas capacidades e limites.

Classificação dos erros

Segundo os autores, DAVIS e ESPOSITO (1974) classificam os erros em:

 Erro construtivo quando a criança não possui estrutura de pensamento suficiente para resolver o
problema, modificando sua forma de pensar e agir;

 Erro sistemático quando a criança não possui estrutura de pensamento necessária para resolver o
problema, não o compreendendo;

 Erro no uso de conhecimento quando a criança utiliza procedimentos inadequados mesmo tendo
estruturas mentais necessárias, não sendo erro de construção de conhecimento.

Elementos que podem causar erros na aprendizagem

SOUZA Pinto (1997) debruça a cerca dos elementos que pode causar o erros:

 A afectividade, as distorções provenientes da tensão permanente entre processos da inteligência


e emotividade, é uma fonte de erro, onde as emoções básicas (medo e a cólera) consomem muita
energia do corpo, reduzindo a percepção do exterior, consequentemente induzindo ao erro.

 O erro cometido por um aluno pode está ligado ao seu estado emotivo, provavelmente abalado;
 O erro é a forma como ele é corrigido, chamando a atenção dos professores para a importância
do diálogo entre professor e aluno, na verdade deve haver uma verdadeira relação de cooperação,
para que o erro seja trabalhado de forma positiva no processo ensino-aprendizagem, não
desprezando as manifestações do saber.

As modalidades de avaliação
No processo ensino aprendizagem podemos encontrar Três modalidades de avaliação:
diagnóstica, formativa e somática. Avaliação diagnostica

Para Kraemer (2006) afirma que a avaliação diagnóstica é baseada em averiguar a aprendizagem
dos conteúdos propostos e os conteúdos anteriores que servem como base para criar um
diagnóstico das dificuldades futuras, permitindo então resolver situações presentes.

Percebeu-se que o papel da avaliação diagnóstica, objectiva investigar os conhecimentos


anteriormente adquiridos pelo educando, propiciando assim, assimilar conteúdos presentes que são
partilhados no processo ensino aprendizagem.

Avaliação formativa

Segundo MADAUS (1975) afirma que a avaliação formativa visa mostrar ao professor e ao aluno
o seu desempenho na aprendizagem bem como no decorrer das actividades escolares, oportunismo
localizar as dificuldades encontradas no processo de assimilação e produção do conhecimento,
possibilitando ao professor correcção e recuperação MADAUS (1975)

Na visão de Blaya (BLAYA, 2007). a avaliação formativa é: A forma de avaliação em que a


preocupação central reside em colectar dados para reorientação do processo de ensino
aprendizagem. Trata-se de uma "bússola orientadora" do processo de ensino-aprendizagem. A
avaliação formativa não deve assim exprimir-se através de uma nota, mas sim por meio de
comentários.

Avaliação somática

Para Kraemer (2006) destaca que a avaliação somática manifesta-se nas propostas de abordagem
tradicional, em que a condução do ensino está centrada no professor, baseia-se na verificação do
desempenho dos alunos perante os objectivos de ensino estabelecidos no panejamento. Para
examinar os resultados obtidos, são utilizados teste e provas, verificando quais objectivos foram
atingidos considerando-se o padrão de aprendizagem desejável e, principalmente, fazendo o registo
quantitativo do percentual deles Para Kraemer (2006)

As autoras afirmam com propriedade que a avaliação somática atrela-se directamente a função
classificatória, tendo como propósito verificar se os objectivos elencados no panejamento foram
alcançados. Neste sentido, percebe-se que o propósito fundamental da avaliação somática na
visão do autor, é classificar ou entregar um certificado.
Conclusão

Concluiu-se que o conceito em relação a avaliação da aprendizagem, é algo indefinido, já que os


sujeitos apresentaram interpretações que divergem, em sua maioria, da real função da avaliação no
processo de ensino-aprendizagem. A partir desse estudo, percebeu-se que muitos professores,
alunos, coordenadores pedagógicos e outros profissionais de educação, ainda não compreendem o
real significado da avaliação.

A avaliação como verificação é limitada por apenas colectar informações sobre o que o aluno
conseguiu resolver na prova, sem rever as possibilidades para a aprendizagem de conteúdos não
assimilados, portanto, não considera alguns aspectos que podem interferir nos resultados dessa
verificação, tornando-se somente uma medida para a classificação e que ainda continua sendo o
método mais praticado. Percebe-se a importância da avaliação como um instrumento de reflexão
que poderá gerar mudanças na prática pedagógica, objectivando um fim, mas sim um meio. Neste
sentido, este trabalho trouxe contribuições significativas, possibilitando as pesquisadoras observar,
produzir, pesquisar e aprender que o ato avaliativo se dá na acção de saber fazer, integrado ao
trabalho socializado em sala de aula, tanto individualmente como colectivamente.
Referências Bibliográficas

BLAYA, Carolina. (2007). Processo de Avaliação. Disponível em, acesso em: 24 de Setembro.

BLOOM, B. et al. (1983). Manual de Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar,


trad. Lilian Rochlitz Quintão; Maria Cristina Fioratti Florez; Maria Eugênia Vanzolini. São Paulo:
Livraria Pioneira Editora.

HAYDT. R. C. (2008). Avaliação do processo de Ensino-Aprendizagem. 6ª Ed. São Paulo: ática.

KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. (2006). Avaliação da aprendizagem como construção do


saber. LIBÂNEO, José Carlos. (1994). Didáctica. São Paulo: Cortez,. 2ª Edição.

LIBÂNEO, JC. (2004). Organização e gestão da escola: teoria e prática/José Carlos Libaneo. 5.
ed. revista ampliada – Goiânia: Editora Alternativa.

LUCKESI, Cipriano Carlos. (1997). Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 6ª


Edição, São Paulo, SP: Editora Cortez.

LUDKE, 2005. O Paradigma emergente e a prática pedagógica. 4ª Edição, Curitiba, PR:


Editora Universitária Champagnat.

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