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Centro Universitário Assunção - UNIFAI

Luiz Gustavo Alves de Siqueira


Rita Leão Stanischesk
Paola Alessandra Marques
Priscila Francisca Alves
Vitória de Sales Assunção

São Paulo
2023
Luiz Gustavo Alves de Siqueira
Rita Leão Stanischesk
Paola Alessandra Marques
Priscila Francisca Alves
Vitória de Sales Assunção

Trabalho apresentado ao curso de Pedagogia,


Disciplina: Avaliação Educacional,
para obtenção parcial de nota semestral.
PROFESSORA Ma.Sueli Terezinha Fernandes
Lopes

São Paulo
2023
1 - Explique o que é o Processo Avaliativo.

O processo avaliativo, para Luckesi, refere-se a um conjunto de atividades


planejadas e sistemáticas que têm como objetivo obter informações sobre seu
desempenho, progresso ou resultados alcançados. A avaliação é importante para
medir seu desenvolvimento, aprendizagem e habilidades. Envolve o planejamento,
coleta de dados, análise e interpretação dos resultados, fornecendo feedback e
orientação para o seu desenvolvimento contínuo. A avaliação deve ser justa, objetiva
e adaptada às suas necessidades.

2 - Explique: Avaliação Diagnóstica, Avaliação Formativa e Avaliação Somativa.

Avaliação Diagnóstica: Realizada no início do processo de ensino para identificar


lacunas de aprendizagem e necessidades dos alunos.
Avaliação Formativa: Realizada durante o processo de ensino para monitorar o
progresso dos alunos, fornecer feedback contínuo e ajustar estratégias de ensino.
Avaliação Somativa: Realizada ao final do processo de ensino para verificar o
desempenho alcançado pelos alunos e atribuir notas ou certificar o cumprimento de
requisitos.

3 - Explique a diferença entre "Avaliar" e " Verificar".

Avaliar: A avaliação educacional é um processo amplo e contínuo que coleta e


analisa informações sobre o desempenho dos alunos em várias áreas, como
conhecimento e habilidades. Tem o objetivo de compreender a aprendizagem e o
desenvolvimento dos alunos e orientar decisões para aprimorar o ensino e a
aprendizagem.
Verificar: A verificação na avaliação educacional refere-se a uma ação específica e
pontual para confirmar se determinados critérios, objetivos ou requisitos foram
atendidos. É uma ação mais imediata e direta, focada em aspectos concretos, como
checar respostas corretas em exercícios ou assegurar a conclusão de tarefas. A
verificação busca garantir a conformidade com critérios preestabelecidos, sem
abranger o processo de avaliação de forma abrangente.

4 - Explique uma situação de sala onde um professor pratica "Avaliar" e então


pratica "Exame".

Em uma sala de aula, o professor pode praticar a avaliação de diversas


maneiras. Uma situação em que o professor pratica a avaliação é ao realizar
atividades de verificação do aprendizado dos alunos durante uma aula. Por exemplo,
o professor pode propor questões de múltipla escolha, perguntas abertas ou
atividades práticas relacionadas ao conteúdo ensinado. Nesse contexto, o professor
observa e analisa as respostas dos alunos, identificando o nível de compreensão, as
habilidades desenvolvidas e as dificuldades encontradas. Ele pode utilizar critérios
pré-definidos para avaliar as respostas e atribuir uma nota ou feedback aos alunos.
Em uma sala de aula, uma situação em que o professor pratica o "exame" é
quando ele realiza uma atividade formal, que geralmente é realizada ao final de um
período de ensino ou de um determinado conteúdo. Nesse caso, o professor aplica
um teste, prova ou exame para classificar o conhecimento dos alunos de forma
pontual. Durante o exame, os alunos são solicitados a responder a perguntas ou
realizar tarefas que demonstrem sua compreensão do conteúdo, sua capacidade de
aplicar conceitos aprendidos, resolver problemas ou demonstrar habilidades
específicas relacionadas à matéria. O professor, então, corrige as respostas dos
alunos, atribui notas ou pontos com base em critérios de avaliação preestabelecidos

5 - No texto "Avaliação Mediadora": Uma relação diagnóstica na construção do


conhecimento; explique o que a autora Jussara Hoffman nos fala sobre "autonomia
do aluno".

A autonomia do aluno é destacada por Jussara Hoffmann na obra "Avaliação


Mediadora". Segundo a autora, a autonomia está relacionada à capacidade do aluno
de assumir responsabilidade pelo seu próprio aprendizado e ser protagonista no
processo educativo. A avaliação mediadora deve estimular essa autonomia,
envolvendo os alunos ativamente na construção do conhecimento. Ao refletir sobre
seu desempenho, identificar pontos fortes e áreas de melhoria, estabelecer metas
pessoais e buscar estratégias para alcançá-las, os alunos desenvolvem sua
autonomia. A avaliação mediadora, que promove a colaboração entre professor e
aluno, permite ao professor ser um mediador do processo de aprendizagem,
apoiando e orientando o aluno. A autonomia do aluno é fundamental para uma
avaliação mediadora eficaz, pois contribui para um aprendizado significativo e
duradouro.

6 - No mesmo texto a autora nos fala sobre "avaliação mediadora". Explique o que é
a avaliação mediadora.
A avaliação mediadora, conforme abordada por Jussara Hoffman, é um modelo de
avaliação que tem como objetivo principal promover a aprendizagem significativa
dos alunos. Nesse modelo, o professor atua como um mediador do processo de
ensino-aprendizagem, buscando compreender o nível de conhecimento e as
dificuldades dos alunos, para então propor estratégias e intervenções adequadas.
A avaliação mediadora vai além de apenas verificar o resultado final do aprendizado,
ela busca identificar as necessidades dos alunos, suas potencialidades e
dificuldades ao longo do processo. O professor utiliza diferentes instrumentos e
técnicas avaliativas para obter informações sobre o desempenho dos alunos, como
observação, diálogo, registros e trabalhos práticos.
Nesse modelo, a avaliação é vista como uma oportunidade de aprendizado, em que
o aluno é incentivado a refletir sobre seu próprio desempenho, identificar seus erros
e acertos, estabelecer metas e participar ativamente na construção do
conhecimento. O feedback do professor é essencial, fornecendo orientações e
sugestões para que o aluno possa progredir em seu aprendizado.
A avaliação mediadora visa, assim, contribuir para o desenvolvimento integral dos
alunos, estimulando sua autonomia, autoavaliação e autorregulação do processo de
aprendizagem. É um modelo que valoriza o processo, a reflexão e a construção
conjunta do conhecimento entre professor e aluno.

7 - Explique como se diferencia a avaliação do exame.


Avaliação Exame

Includente Excludente

Contínua Pontual

Dinâmica Classificatória
A partir da leitura do texto “Avaliação Mediadora: uma relação Diagnostica na
construção do conhecimento” de Jussara Hoffmann ,identificamos e destacamos os
seguintes tópicos a seguir como sendo de grande importância quando levamos em
consideração a avaliação mediadora.

Para uma Comunidade de Aprendizagem, a força está nos argumentos mais


do que na hierarquia de quem está falando. Para que o diálogo seja igualitário, todos
devem ter a mesma oportunidade de falar e de ser escutados – não importa a
função exercida, a classe social, a idade, etc. O diálogo é condição para a
construção de conhecimento, que convida a uma postura crítica e envolve uma
preocupação em conhecer o pensamento de cada ator que participa da situação
interativa. Em sua teoria da ação comunicativa, defende que todas as pessoas têm
capacidade de linguagem e ação para iniciar uma relação interpessoal. Enfatiza a
importância do diálogo entre professor e aluno, como base de confiança, como
melhoria na aprendizagem como um todo.

A educação não deve se restringir a uma acomodação à realidade social de


cada um. E, sim, atuar como agente transformador dessa realidade. Uma
Comunidade de Aprendizagem deve estimular interações que possibilitem
mudanças na vida das pessoas. Quando essas interações se baseiam em um
diálogo igualitário, tornam-se ferramentas de uma grande conquista social: a
superação das desigualdades. A chave da aprendizagem está nas interações entre
as pessoas e delas com o meio, e com a transformação das interações é possível
melhorar a aprendizagem e o desenvolvimento de todos os indivíduos que fazem
parte da comunidade educativa. Reforçamos essa ideia ao analisar as interações
interpessoais e perceber que incorporamos atitudes e condutas de outras pessoas
por vários motivos: para nos sentir aceitos no grupo, responder às expectativas de
pessoas importantes, etc.

Avaliação abrange um amplo conjunto de ações do cotidiano do fazer


pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a
relação entre todos os elementos da ação educativa. Basta pensar que avaliar é agir
com base na compreensão do outro, para se compreender ela nutre de forma
vigorosa todo o trabalho educativo. Sem essa reflexão séria e valores éticos se

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perdem os rumos do caminho, a energia, o vigor dos passos em termos da melhoria
do processo no caso dos professores e toda a equipe escolar.

A observação, a reflexão, os registros e a ação ocorrem em tempos não


relativos, que podem se dar de forma simultânea ou paralela, na dinamicidade que
caracteriza a própria aprendizagem. Para compreendermos melhor, vamos analisar
este exemplo de cena de em sala de aula:

A observação e as intervenções que a professora fazia em relação a cada


criança eram muito diferentes e era difícil para ela dar conta de tudo o que acontecia
em sala de aula, movimentando-se de trás para frente e para todos os lados. Uma
criança perguntava sobre o que estava escrito no quadro de giz, pedindo explicação
sobre o exercício, enquanto outras já pediam seu auxílio direto para realizar a tarefa
no caderno. Um menino aprendia a leitura das sílabas, outro já lia palavras.

Havia um que não sabia o que era para fazer depois de copiar do quadro.
Duas meninas conversavam alto enquanto apontavam o lápis no lixo, e a professora
pediu que se apressassem um pouco, ao mesmo tempo em que sentava ao lado
outro aluno para explicar uma questão de ortografia que havia percebido. Voltava ao
quadro e continuava a copiar novos exercícios e, tudo isso, sem deixar de
providenciar material para aqueles que não haviam trazido, resolver brigas,
conversar com crianças nas classes, juntar borrachas do chão.

No conjunto de suas ações, entretanto, pode-se perceber sua intenção de


ajudar cada criança em suas atividades diferentes, mediando sua compreensão,
mediando relações, e dando conta da dinâmica da sala de aula: circulando entre as
classes, falando, gesticulando, disponibilizando materiais, dando seu apoio a quem
precisa mais, sem deixar de mediar o trabalho de todo o grupo todo o tempo. É o
movimento percebido que faz a diferença: viver a espontaneidade de cada
momento, estabelecer o múltiplo diálogo com os aprendizes, com a flexibilidade
necessária para fazer o desafio diferente a diferentes alunos dentro de um mesmo
grupo. Diversificar sem discriminar, sem rotular, sem desrespeitar.

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Partindo de leitura e reflexões feitas acerca de algumas obras de Jussara
Hoffmann sobre avaliação. Considerando que a avaliação no sistema escolar
brasileiro vem sendo alvo de inúmeras críticas da sociedade, pois conforme
Hoffmann ,esta é vista pela sociedade como um resultado mensurável em educação.
A autora critica a forma de avaliação que resulta somente em uma nota, e propõem
que se vá além por meio da mediação. Ao considerarmos o aluno como sujeito
portador de uma história de vida, entendemos que este é único e singular. Hoffmann
. sugere que o professor precisa fazer o exercício de aprender a olhar aluno por
aluno, conhecendo seu espaço de vida, seus afetos e desafetos, dissonâncias, suas
iniciativas, seu fazer de novo, o inusitado. Desta forma o professor otimizaria tempos
e oportunidades de aprender.

Uma das propostas de Hoffmann seria a autoavaliação, em que o aluno


realiza um olhar sobre si mesmo. Dar oportunidade para esse pronunciar seus
sentimentos e dificuldades na escola, seria um meio de superar o anonimato dos
alunos. Assim não seria somente o professor que faria a reflexão de suas ações em
sala de aula, mas também os alunos. O sentido original do termo mediação é
intervenção, intercessão, intermediação. Seria um ato em que professor e aluno
buscam coordenar seus pontos de vistas, trocando ideias e reorganizando-as. A
avaliação vai além da verificação de respostas e se dá num sentido investigativo e
reflexivo do professor sobre as manifestações dos alunos. Pode-se, assim, observar
seriamente se o aluno está aprendendo ou não. O aluno não fica esperando o
professor dizer se ele acertou, na expectativa de receber uma medalha ou um
parabéns, ou se errou, para frustrar-se com um “vermelho ou avaliação negativa”. A
avaliação não pode ser encarada como felicitação ou punição. Em sua obra “O Jogo
Contrário em Avaliação” a autora propõe que realmente passemos a fazer o jogo do
contrário, pensando justamente o inverso da realidade que está posta hoje nas
escolas sobre avaliação; que possamos fazer a diferença nas escolas e ainda
valorizar as diferenças, buscando estratégias pedagógicas para cuidar da
aprendizagem de cada um dos alunos.

Nesta perspectiva de avaliação mediadora passamos a pensar diferente em


avaliação, ousando e inventando indo além das críticas sobre as dificuldades ao
fazer o jogo do contrário estaríamos fazendo diferente do que sempre se fez. Na
dimensão da avaliação mediadora reconstroem-se as práticas avaliativas por meio
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de ações reflexivas e compromissos inerentes à ação de educar. O professor
repensa sua prática constantemente e reconstrói o seu fazer pedagógico.

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