Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A avaliação foi entendida por muito tempo como meio para medir ou testar o nível de
aprendizagem, classificação e promoção do aluno, de uma série para outra ou de um
grau para outro. Fazendo-nos reflectir a predominância da pedagogia tradicional
existente, uma vez que esta visava a transmissão e acumulação de conhecimentos. Por
conseguinte, no contexto do escolanovismo, nos anos 1930 esse cenário se modificou,
na perspectiva que este movimento recomendava solucionar os problemas educacionais
em uma perspectiva interna da escola, percebendo o educando “como ser dotado de
poderes individuais, cuja liberdade, iniciativa, autonomia e interesses devem ser
respeitados” avaliação que antes desempenhava as funções de seleccionar, classificar e
promover o aluno adquiriu novas dimensões e novas funções, uma vez que, essa se
propôs a diagnosticar e verificar o quanto os objectivos propostos pela aprendizagem
foram atingidos.
Objectivo geral
Objectivos específicos
Metodologia
Para a realização do trabalho foi preciso o uso do método de pesquisa bibliográfico que
consiste em consulta em obras bibliográficas que abordam sobre a temática em
destaque.
Avaliação no processo de ensino e aprendizagem
Para que se possa haver aprendizagem é necessário que haja todo um processo de
assimilação onde o aluno com a orientação do professor passa a compreender, reflectir e
aplicar os conhecimentos que foram obtidos, assim à aprendizagem é observada com a
colocação em prática por parte do aluno dos conhecimentos que foram transmitidos
durante uma aula ou actividade.
Libâneo, (1994, p. 88) Para que a aprendizagem seja efectivada é preciso que o
professor organize o conteúdo de uma maneira a atender as necessidades do aluno para
que o aluno descubra suas possibilidades. Aprender de forma alguma pode ser
comparado ou relacionado com a decoração de conteúdos que em nada acrescenta nos
pensamentos e habilidades do estudante.
O processo de ensino
Ensinar é a actividade que tem por finalidade que o outro obtenha o conhecimento. Para
que se tenha um ensino de forma que realmente agregue valor é preciso que o professor
como sendo um transmissor de conhecimentos se utilize de métodos e técnicas
adequadas que tenham base não apenas no contexto geral como o local, assim a
necessidade básica do aluno será encarada como uma ponte para o ensino e não como
um obstáculo.
Segundo Libâneo (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica,
não é uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que aprende.”
Ele mesmo concluiu que é algo bem diferente disso “é uma relação recíproca na qual se
destacam o papel dirigente do professor e a actividade dos alunos.” Dessa forma
podemos perceber que “O ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o
processo de aprendizagem dos alunos.” Ensinar envolve toda uma estrutura que tem por
finalidade alcançar a aprendizagem do aluno através de conteúdo.
A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base a memorização, por outro
lado os alunos também não devem ser deixados de lado sozinhos procurando uma forma
de aprender o assunto, o professor nesse caso sendo apenas um facilitador (Libâneo,
1994).
Segundo Libâneo (1994, p. 91) “O processo de ensino, ao contrário, deve estabelecer
exigências e expectativas que os alunos possam cumprir e, com isso, mobilizem suas
energias. Tem, pois o papel de impulsionar a aprendizagem e, muitas vezes, a precede.”
Para que os alunos possuam um ponto de vista que fuja do empírico e do senso comum
é preciso conteúdos com carácter científico e sistemático, dentre os diversos pontos que
o autor cita, vale destacar que o aluno precisa ter assimilado o conteúdo anterior antes
que um novo seja transmitido. E o professor anos após anos necessita de um
aprimoramento e actualização da matéria que lecciona (Libâneo, 1994).
A forma de avaliar
Segundo Libâneo, (1994, p. 196) avaliação acontece através da verificação onde são
colectados dados que irá ajudar a descobrir como está o aproveitamento dos alunos,
através de provas, exercícios e tarefas ou até mesmo entrevistas. Outra forma é a
qualificação onde os resultados são comprovados e logo em seguida ocorre à atribuição
de notas ou conceitos.
A apreciação qualitativa é a avaliação propriamente dita dos resultados, referindo-os a
padrões de desempenho esperados. As avaliações escolares cumprem pelo menos três
funções, a pedagógico-didáctica, de diagnóstico e de controlo. Cada uma dessas funções
possui um papel importante no ambiente escolar. Assim;
A avaliação não pode ser vista como se funcionasse apenas de uma maneira, pois a
diversas formas de avaliação que irão se adequar a realidade de cada ambiente escolar.
Os equívocos avaliativos devem ser evitados, pois eles não ajudam na compreensão da
aprendizagem do aluno, é claro que todo equívoco possui sua razão de existir, porém, o
ato de avaliar deve ser encarado como parte do processo de ensino e não como a recta
final. A avaliação deve ser vista como um instrumento do professor que ao se utilizar
dela terá condições de atinar o que está acontecendo na turma, se seus métodos estão
sendo adequados ou não, se a turma está tendo rendimento ou se houve algum regresso.
Para Libâneo (1994, p. 201) “A avaliação possibilita o conhecimento de cada um, da
sua posição em relação à classe, estabelecendo uma base para as actividades de ensino e
aprendizagem”. Por isso a avaliação deve ser encarada como algo benéfico e não uma
mera atribuição de notas após uma prova ou actividade de sala, ela deve ser vista como
um instrumento de auxílio do professor para que através de seus resultados algumas
atitudes sejam tomadas ou deixadas de lado.
A avaliação não é um fim, mas um meio. Ela é um meio que permite verificar até que
ponto os objectivos estão sendo alcançados, identificando os alunos que necessitam de
atenção individual e reformulando o trabalho com a adoção de procedimentos que
possibilitem sanar as deficiências identificadas. (Piletti 1985, p. 190).
O acto avaliativo não se constitui como fim, mas como meio pelo qual se colhe
informações relativas ao processo ensino-aprendizagem. É através da sua prática que o
professor desenvolve um olhar mais diligente em relação ao desenvolvimento e ao
aprendizado dos alunos, detectando as dificuldades enfrentadas por cada um e
desenvolvendo procedimentos de modo a sanar as deficiências constatadas.
Haydt, (2011, p. 216) A avaliação assume um carácter duplo, pois, não somente
fornece ao professor, informações referentes à aprendizagem dos alunos, como também
relacionadas ao seu trabalho. E ao avaliar o nível de aprendizagem do aluno, o docente
deve atribuir juízo de valor às suas práticas pedagógicas, pois o conhecimento sobre os
avanços e as dificuldades dos alunos torna-se uma ferramenta que redirecciona e
reorienta o professor.
Tipos de Avaliação
Nesse sentido Haydt (2011): Quando a avaliação é utilizada com o propósito de atribuir
ao aluno uma nota ou conceito final para fins de promoção, ela é denominada avaliação
somativa. Este tipo de avaliação tem função classificatória, pois consiste em classificar
os resultados obtidos pelos alunos ao final de um semestre, ano ou curso, tendo por base
os níveis de aproveitamento preestabelecidos.
Haydt, (2011, p. 221) diz que podemos compreender que essa modalidade de avaliação
tem a função de calcular em um determinado período, a aprendizagem do aluno de
acordo com os conteúdos que já foram pré-estabelecido, reduzindo o conhecimento do
aluno e as alternativas de avaliação do professor, apenas a um número.
Podemos inferir que a avaliação somativa é executada muito mais como um instrumento
de mensuração, do que como um aparato de construção do conhecimento. Construindo
um processo segregativo dentro do espaço escolar e gerando assim uma exclusão, pois
aqueles alunos que não conseguem atingir os objectivos propostos são excluídos e ficam
à margem do processo de ensino-aprendizagem.
Avaliação Diagnóstica
Conforme Luckesi (2005, p.81), para ser diagnóstica, “a avaliação deverá ser assumida
como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra
o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar
no seu processo de aprendizagem”.
A avaliação formativa
Haydt, (2011, p. 220) Ainda conforme Sant’Anna (1995, p.34), ela é chamada de
formativa “no sentido que indica como os alunos estão se modificando em direcção aos
objectivos”. Por isso esse tipo de avaliação fornece informações tanto ao aluno quanto
ao professor, em relação aos resultados alcançados durante o desenvolvimento das
actividades.
Assim sendo, para Haydt (2011) "a auto-avaliação conduz educador e educando à
consciência dos próprios avanços, limites e necessidades, os conduzindo ao
aperfeiçoamento". Portanto a avaliação não deve ser um recurso para marginalizar o
professor ou o aluno. Ao contrário, esta ferramenta deve auxiliar o educador na escolha
de suas dinâmicas de trabalho, contribuindo na sua reflexão e na construção do
conhecimento do aluno.
Haydt, R. C.C. (2011), Curso De Didáctica Geral. Ed. - São Paulo: Ática.