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SISTEMA LÍMBICO

 Alegria, tristeza, medo e raiva são exemplos do


fenômeno da emoção. Distinguindo um componente
central, subjetivo, e um componente periférico –
também chamado de comportamento emocional – é
possível diferenciar os diversos padrões de
comportamento influenciados pela emoção em
diferentes espécies. Por exemplo, a manifestação da
alegria, no homem, se dá pelo riso, enquanto no
cachorro se expressa pelo abanar de sua cauda.
Localização do estímulo da
emoção
 Por muito tempo, acreditou-se que os
fenômenos emocionais aconteciam em todo o
cérebro. No entanto, foi demonstrado por
Hess, prêmio Nobel de medicina há cerca de 50
anos, que esses fenômenos ocorrem em áreas
específicas do cérebro.
 Hoje, sabe-se que as áreas relacionadas com
os processos emocionais ocupam grandes
territórios do encéfalo, destacando-se entre
elas o hipotálamo, a área pré-frontal e o
sistema límbico.
DESCOBERTA DO SISTEMA
LÍMBICO

 A sua descoberta começou através


do anatomista James Papez, que
tentava localizar no sistema nervoso
as bases ligadas a emoção. Papez
percebeu que as regiões eram
conectadas, formando um circuito,
conhecido hoje, como “Circuito de
Papez”.
O QUE É O SISTEMA LÍMBICO

 O sistema límbico responde pelos comportamentos


instintivos, pelas emoções profundamente arraigadas
e pelos impulsos básicos como sexo, ira, prazer e
sobrevivência. Forma um elo entre os centros de
consciência superiores na córtex cerebral e o tronco
encefálico, que regula os sistemas corporais.
COPONENTES DO SISTEMA
LÍMBICO
HIPOTÁLAMO

 O hipotálamo, por suas inúmeras e variadas funções, é


uma das áreas mais importantes do sistema nervoso.
 Quase todas as suas funções são relacionadas com a
homeostase. Para isto, o hipotálamo tem um papel
regulador sobre o sistema nervoso autônomo e o sistema
endócrino, além de controlar vários processos
motivacionais importantes para a sobrevivência do
indivíduo, como a fome, a sede e o sexo.
HIPOCAMPO

 O hipocampo é uma das áreas mais ancestrais do


encéfalo humano e por isso é a principal estrutura ligada
ao hipotálamo na regulação dos processos básicos da
nossa sobrevivência.
 Além disso, o hipocampo é uma área essencial para o
bom funcionamento da nossa memória e, ademais, é o
principal encarregado da memória emocional. Isso quer
dizer que cada acontecimento que vivemos, sentimos e
experimentamos é filtrado pelo hipocampo, nos
permitindo lembrar não somente das experiências, mas
também daquilo que sentimos em relação a elas.
AMÍGDALA

 Dentro do sistema límbico, a amígdala é


considerada a capitã das nossas emoções.
 Sua principal função é a de integrar as emoções aos
padrões de resposta correspondentes em nível
fisiológico e comportamental.
 Associada com o hipotálamo, enche os nossos
processos básicos de cor emocional, associando a
ansiedade ou as emoções negativas à alimentação, ao
sono ou ao comportamento sexual.
AMÍGDALA & HIPOCAMPO

 Para discernir o papel da amígdala e do hipocampo,


basta lembrar desse exemplo: O hipocampo é crucial
no reconhecimento do rosto de uma colega de classe,
mas é a amígdala que te informa se você gosta ou não
dela.
CÓRTEX PRÉ-FRONTAL

 É a parte racional do nosso cérebro, aquela que nos


distingue dos animais.
 Seu funcionamento relacionado ao sistema límbico
é silenciar ou parar os impulsos emocionais
provenientes do mesmo. Basicamente, nos avisa
quando já podemos parar de chorar ou rir.
AUTODOMÍNIO

 A área neural essencial para a autorregulação é o córtex pré-


frontal, que é, num sentido, o “bom patrão” do cérebro, nos
orientando no melhor de nós. É o lugar do controle cognitivo,
regulando a atenção, a tomada de decisões, a ação voluntária, o
raciocínio e a flexibilidade na resposta.
 A amígdala, por sua vez, é um ponto de disparo da angústia,
da raiva, do impulso, do medo e assim por diante. Quando esse
circuito assume o comando, passa a atuar como o “mau patrão”,
nos levando a empreender ações de que podemos nos
arrepender depois.
 A interação entre estas duas áreas neurais cria uma rodovia
neuronal que, quando em equilíbrio, é a base para o
autodomínio.
AS EMOÇÕES SÃO
FISIOLÓGICAS

 A partir do estudo de algumas das funções das


estruturas do sistema límbico é possível observar que as
emoções não são apenas respostas dos estímulos
externos, mas possuem interferência na função metabólica
do nosso organismo.
 Diversas interações entre os sistemas nervoso,
endócrino e imunológico permitem que muitos distúrbios
emocionais graves resultem em afecções viscerais, sendo
um exemplo clássico o caso das úlceras gástricas e
duodenais.
ESTRESSE, UMA AMEAÇA
TÓXICA

 Quando o nosso cérebro identifica uma ameaça, ele


aumenta a produção de cortisol e adrenalina, o que resulta
em uma aceleração dos batimentos cardíacos e da
respiração, elevando a pressão arterial. Normalmente,
esses sintomas costumam desaparecer rapidamente
depois de um momento de tensão, o que não acontece
com pessoas que sofrem com o estresse.
 Os efeitos tóxicos dos hormônios cortisol, adrenalina e
noradrenalina, liberados numa situação de estresse agudo
são extremamente prejudiciais para a saúde,
desencadeando patologias altamente mortais.
ESTRESSE, UMA AMEAÇA
TÓXICA

 Outros efeitos do excesso de tensão no organismo


são a queda do desempenho cognitivo, as disfunções
da tireoide, problemas de pele, disfunção erétil e
menor função reprodutiva, rigidez muscular,
problemas gastrointestinais e ossos enfraquecidos.
CORTICÓIDES E OS
PROCESSOS COGNITIVOS

 Os corticóides são bastante utilizados como anti-inflamatórios


e, recentemente, foram frequentemente indicados para
amenizar as inflamações nas articulações causadas pela
Chikungunya e a Zica.
 Entretanto, descobriu-se que o cortisol pode ter influência
direta sobre a fisiologia da transmissão de impulsos nervosos.
Estes eventos causam alterações nos padrões de
desenvolvimento cognitivo ou até mesmo no comportamento.
 Além disso, o cortisol também tem ação no hipocampo,
gerando uma depressão generalizada dos circuitos de formação
de memórias de longo prazo. E, ainda, agindo no córtex pré-
frontal, pode gerar distúrbios de atenção, assimilação de
informações, além de alterações de humor.
REFERÊNCIAS

 Machado A. Neuroanatomia funcional. Livraria


Atheneu. Rio de Janeiro, São Paulo. 2ª Ed. 227-231.
 Goleman, Daniel. O cérebro e a inteligência
emocional: novas perspectivas; tradução Carlos Leite
da Silva. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

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