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Avaliação: Teoria e Prática

Ana Lídia Barbosa De Lima


Matrícula: 01487445
Curso: Pedagogia

Quando pensamos em avaliação no ambiente educacional, temos que refletir


em ações que sejam voltadas para melhorar a qualidade do ensino - aprendizagem
dos educandos. Luckesi salienta que a avaliação é algo que deve acompanhar a
evolução do estudante e a mesma deve ser realizada diariamente de maneira
eficiente capaz de estimular o progresso do discente. Partindo do princípio de que
cada indivíduo é único, podemos afirmar que cada aluno aprende e se desenvolve
de uma maneira distinta. Sendo assim, a través da avaliação é possível verificar o
que o aluno aprendeu e o que ele ainda precisa aprender para progredir em direção
ao seu aperfeiçoamento. A avaliação da aprendizagem quando a plicada da forma
correta tem o poder de incluir e a colher o aluno independentemente de seu grau de
entendimento.
Analisando o estudo de caso proposto é possível verificar que a professor a
Tereza segue o conselho de Luckesi e atua amorosamente com seus alunos, pois,
acolhe a todos, levando em consideração as particularidades de cada um. Ela faz
isso quando reflete cotidianamente sobre a realidade dos alunos que tem sobre sua
responsabilidade e acompanha-os atentamente em sua edificação de
conhecimento, dessa forma consegue criar meios para sobrepujar as limitações e
aumentar as chances de sucesso, tendo por meta a aprendizagem. Mesmo atuando
em uma instituição que continua por utilizar alguns métodos tradicionais de
avaliação, a educadora lança mão de práticas avaliativas que usam diferentes
meios para mensurar de modo significativo e pessoal o desenvolvimento gradativo
de ensino-aprendizagem dos aprendizes, ou seja, a avaliação formativa.
Diferentemente da postura adotada por Tereza, seus colegas de trabalho,
fazem o uso apenas de provas para avaliar a aprendizagem de seus alunos, que
servem a penas para aprovar/reprovar, julgar e classificar, uma postura de prática
pedagógica que diverge totalmente da LDB em seu Art. 24: A verificação do
rendimento escolar observará critérios (...): a) avaliação contínua e cumulativa do
desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
finais.
Como dito por Esteban (1996, p. 15): A avaliação escolar, nessa perspectiva
excludente, seleciona as pessoas, suas culturas e seus processos de
conhecimento, desvalorizando saberes; fortalece a hierarquia que está posta
contribuindo para que diversos saberes sejam apagados, percam sua existência e
se confirmem com ausência de conhecimento. Sendo assim, o método de avaliação
característico da educação tradicional, tecnicista e histórico-crítica (seguido pelos
educadores, exceto Tereza), ao invés de auxiliá-los a notar como seus alunos
progridem na estruturação de seus conhecimentos, age como um término do
processo, fundamenta-se na averiguação da execução dos objetivos sugeridos e é
entendida como um teste classificatório do conhecimento. Neste caso, a avaliação é
utilizada como um meio para selecionar e dividir a turma em “fortes” ou “fracos”. O
sujeito que não se encaixa nos padrões pré-estabelecidos e nem nas expectativas
do processo educacional, termina por absorver a ideia de que não é apto a
desenvolver-se nem a prosperar conforme suas capacidades.
Tendo o saber que uma supervisora pedagógica deve assessorar o
professor, em forma de elaboração de um plano, direção, gestão, coordenação,
avaliação e renovação do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, cabe
a mesma, realizar um planejamento, direcionando os professores a aplicarem
durante o ano letivo métodos avaliativos que sejam capazes de fazer análises mais
precisas sobre a evolução do aluno. É necessário treiná-los e apresentar a eles os
diversos tipos de métodos avaliativos existentes, que sempre de vem ser utilizados
de forma comprometida, possibilitando ao aluno ser contribuinte da construção do
autoconhecimento e, por conseguinte, fazer o uso de instrumentos, como o
estudante realizar uma avaliação sobre si próprio; avaliação entre colegas;
avaliação dos deveres de casa; simulados; apresentações; seminários; trabalhos
em grupo; sala de aula invertida; ensino híbrido; prova tradicional, mas de uma
forma mais aplicada e interpretativa, entre outros métodos que que permitam a
aproximação entre educador e educando, ampliando o diálogo e interação dos
envolvidos, pondo fim a avaliação baseada no método tradicionalista e tecnicista
ainda preeminente e transformando-se em algo mais expressivo para o docente e
seu discente, contribuindo para que consigam avaliar, realmente, a evolução do
aprendiz no decorrer do processo escolar e transformá-lo em um sujeito
questionador e capaz de mudar o mundo onde vive.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 24 de
dezembro de 1996.
CONCEIÇÃO, José Luis Monteiro. A avaliação segundo a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação. Disponível em
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/16/12/a-avaliao-segundo-a-lei-de-
diretrizes-e-bases-da-educao Acesso em 29/04/2021.

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